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História Ele é o diabo - 4 - Liberdade pt 1


Escrita por: _Daniih_

Notas do Autor


Vamos ver o que acontecerá a Daiki e vamos focar um pouco em outro tb.

Capítulo 8 - 4 - Liberdade pt 1


Fanfic / Fanfiction Ele é o diabo - 4 - Liberdade pt 1

Midorima estava em seu escritório em sua casa lendo as críticas horrorosas do livro de Kise e lembrando das palavras de Takao Kazunari, ele mesmo como um alfa não havia notado o ponto de vista dado por um leitor ômega. Kise parecia querer alfinetar o ex-marido de Aomine sua visão.

E falando nele...

Viu a mensagem no celular deixada pelo o outro e ergueu uma sobrancelha, jurava que ele o ligaria. Decidiu por fim, ele mesmo pegar o número e discar.

Ligação On

- Veja que surpresa agradável...  – Disse Kazunari, sentando em sua cama. – Não achei que me ligaria, Midorima-san.

- Em contrapartida, eu achei que me ligaria. – Rebateu o Esverdado.

- Oh e por que? Quem seria eu para atrapalhar seu trabalho com algo que não é tão urgente? – Disse com um sorriso travesso, não deixando transparecer a sua satisfação.

- Um interesse em investimento não seria algo urgente? – Rebateu ajeitando-se na cadeira.

- Com toda a certeza, mas eu imagino que você deva estar bem ocupado com o investimento atual, um agente literário do seu nível com certeza deve estar lendo as críticas não muito boas feitas ao rei do romance e seu último livro nada agradável para 90% dos leitores. – Disse com simplicidade e claro, amaciando um pouco o ego do outro, demonstrando ao menos o mínimo de interesse por seu trabalho.

Takao estava deitado na cama dele, com um robe laranja adorável de seda, desde que, há  meses, era co-fundador de uma empresa que cresceu mais do que quando você adota um cachorro e falam que ele vai ficar pequeno, tinha bastante dinheiro e havia aprendido regras de etiqueta e de como se portar como um novo membro da alta sociedade, e ele, pelo que fazia pelos outros ômegas e betas, começou a ser muito notado pela sociedade, assim como Kagami, por mais que este tentasse se esconder e pedir para Takao roubar o foco de si. O que era difícil quando se tinha 1,90 de altura e era o maior ômega já visto em rede nacional. Fora ter os cabelos vermelhos.

Mas voltando ao que interessava...

- De fato sou um homem ocupado e sim, estava lendo as críticas quando vi sua mensagem e telefonei para ter certeza de que era você. – Rebateu simplista – Além do mais, não gosto de conversar por mensagem. – Deixou a voz mais ríspida nesta última frase, realmente não tinha paciência pra isso.

Takao sorriu travesso do outro lado da linha. A voz máscula que vinha do outro lado do telefone lhe causou arrepios desde o primeiro momento que Midorima abriu a boca para lhe falar.

Estar carente e necessitado era uma merda. Mas ao menos conseguia se divertir com a cara dele.

- Ligou pra mim no momento que viu minha mensagem? Você é rápido – Riu de uma maneira indecifrável para o outro, o que o deixou instigado.

- Gosto de ir direto ao ponto. Existem poucas coisas que prorrogo ou prolongo. – Respondeu com a frieza habitual. – Estaria ou lhe atrapalhando? Afinal talvez você não pudesse falar por ligação agora... – Perguntou, não havia calculado que Takao talvez não pudesse falar naquele momento.

- Oh de maneira alguma, acabei de chegar em casa, tomei um banho perfumado... coloquei um robe de seda laranja e neste momento estou sentado na cama segurando o celular na orelha com o ombro enquanto passo um creminho maravilhoso nas minhas pernas. – Disse como se fosse a cosia mais simples do mundo fazendo Midorima arquear a sobrancelha, movimento esse que logicamente Takao não conseguia ver. – Ser ômega é dureza... Se cuidar e ainda cuidar do próprio negócio não é fácil. Daqui a pouco há alguém me ligando por algum problema em algum lugar. – Sorriu sem que o outro ouvisse, havia falado, de propósito, o que estava fazendo naquele momento apenas para ver a reação do outro.

- Lamento te-lo interrompido em tamanho momento de intimidade e descanso. – Midorima não sabia bem como rebater àquela altura, não era nada comum dizerem algo pessoal diretamente a ele.

- Oh ora que é isso, não se importe, é bom ter alguém para conversar! – Disse divertido. – Ser solitário tem suas partes ruins, mas me diga, estaria interessado em um jantar para discutirmos os negócios?

- Sim estou. Inclusive permita-me convida-lo para um restaurante ao qual eu tenho uma preferência especial. – Disse profissional e pigarreando a garganta ao fim. – Se não for muito atrevimento da minha parte.

- Mas o que é isso, claro que seria ótimo, você parece ser um homem de bom gosto, ou não estaria falando comigo nesse momento. Se veste de maneira impecável e vive arrumado... – Disse viajando, mas nem se importou muito. – E gostou da minha empresa, claro.

- Parece um ramo bom para investir. – Disse, ignorando todo o resto, ou ao menos, tentando. – Vamos marcar para amanhã à noite, seria possível?

- Com toda a certeza – Sorriu.

- Lhe mandarei uma mensagem com os detalhes. – Disse e se despediu, recebendo um “até lá” do outro.

Ligação Off

Midorima era um homem ponderado, media cada passo, era frio, ele podia ser muita coisa, mas o que não era, era cego, e os óculos estavam ali apenas para ajudar. Ele só precisava deles para ler. Seu olhar afiado notou com vasta facilidade a beleza de Takao, e o atrevimento com toda a certeza também.

Takao era malvado em alguns termos, fez o esverdeado esperar quase uma semana por seu contato. Não que este estivesse com pressa, até o momento ele era apenas um homem inteligente com sua cota de beleza.

Mas Midorima estava com dois incômodos ao imaginar a cena que Takao lhe descrevera.

Um deles, é que ficou pensando demais sobre como seria ele com o tal robe laranja de seda, com o corpo perfumado e recém-saído de um banho, em uma grande cama que seu cérebro projetou. Isso incomodou a ponto do seu fluxo sanguíneo aumentar e ele sentir, o que resultou no segundo incômodo, bem no meio de suas pernas.

- Mas nem pensar... – Sussurrou o esverdeado, olhando a ereção leve que se formava em suas pernas, como se respondesse à sua própria vontade.

Um banho frio teria a obrigação de o acalmar.

 

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Kise segurava a mão de Aomine, ambos estavam na frente de Larry, o advogado deles, o cara era um americano formado em Harvard que atendia milionários, e claro que Kise Ryota era um de seus clientes.

- Sua resposta é VDC – Disse com um rosto de quem já tinha a causa ganha.

- Isso é algum termo legislativo? – Perguntou Aomine. Ambos estavam sentados à frente do advogado que estava atrás de sua mesa, com um terno azul perfeitamente alinhado, feito sob medida, cabelo castanho jogado charmosamente para trás e tinhas olhos alaranjados, era bem interessante. Tinha um ar intelectual, selvagem e exalava dinheiro.

- Virus. De. Computador. – Disse levantando um dedo a cada palavra. – Nossa brilhante defesa irá alegar que um vírus de computador fez com que você mandasse sem nenhuma intenção o dinheiro de outros para sua conta externa. Usaremos como exemplo o caso de Kise!!

- Brilhante. – Disse convicto, Aomine.

- Eu soube que o Juíz Phillips vai presidir o seu caso, e isso é uma ótima notícia! – Disse com entusiasmo. – Ele geralmente é bem condescendente com alfa que cometem o crime do colarinho branco. E meu pai joga com ele aos fins de semana, nada que uma partidinha de golfe não resolva.

- Maravilhoso! E vai dar certo? – Rebateu o azulado se levantando com Kise ao seu lado.

- Aomine meu bom homem, eu não recebo 4.000 Ienes a hora para dar conselhos errados – Disse acompanhando os dois até a porta – nos vemos lá.

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Já no elevador, Aomine estava tendo uma pequena crise de consciência.

- Me perdoe por este estresse Kise, não sei como um qualquer como eu acabou com alguém como você... – Disse entrando no elevador com o loiro e tentando tocar em seu ombro.

- Não me encoste! – Disse nervoso vendo Aomine fazer um olhar de desentendido. – Você deve achar que eu sou burro! – Disse chegando ao térreo e indo em direção à porta. – Roubar dos próprios clientes já é errado... mas roubar da mão que te alimenta...! – Decidiu apenas sair dali, mas voltou na porta giratória – Quero você fora da minha casa. – Saiu e rodou na porta novamente – Ah, e está demitido. – Disse, dessa vez sem voltar.

Kise havia entendido muito bem, o Advogado havia dito que Aomine retirava de sua conta bancária também. Então o demitiu como amante e como contador, indo encontrar com Midorima para saber como proceder.

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Naquela mesma noite, Midorima estava sentado em uma mesa de restaurante francês, finíssimo, e estava muito bem vestido. Um terno negro como a noite, com a camisa âmbar (um amarelo quase beirando o alaranjado) que fazia a gravata negra se destacar. Cabelo bem penteado, unhas bem cortadas e cuidadas, óculos de aro negro com detalhes igualmente amarelos nas hastes, quase da cor da camisa. Seu perfume era um Armani Code, que combinava bem com sua pessoa.

Havia chego 10 minutos antes do horário combinado para pegar a mesa reservada, iria falar de negócios aquela noite com Takao.

E falando nele...

Takao havia chego, utilizava um terno vinho com uma camisa branca por baixo, em suas orelhas haviam piercings de argola pequenos e havia jogado seu cabelo para o lado. Seu perfume era um Hypnose Lancôme, tradicionalmente feminino, mas fazer o que, ele era um ômega e preferia algo assim. Queria mais era causar.

Takao não negava que havia sentido atração em Midorima e queria impressionar o homem, não pensava em besteiras como casamento, mas fazia MUITO TEMPO desde que tinha tido uma boa foda. Sabia que talvez nesse primeiro encontro para falar de negócios era bem difícil ter uma chance em sua cama, mas não custava impressionar.

Midorima ao notar sua presença se aproximando, se levantou e puxou a cadeira para ele. Ao sentar, notou um pinguim de pelúcia à mesa, mas decidiu não perguntar nada.

“Que fofo, até parece um alfa e homem à moda antiga.” – Sorriu esperando que o outro se sentasse. – Obrigado.  – Agradeceu, ainda sorrindo.

O Garçom já fora, assim que Takao chegou, entregar os cardápios e duas taças de água.

- Não sou um conhecedor da culinária francesa, me recomenda algo, Midorima-san? – Perguntou erguendo a sobrancelha e sorrindo.

- Vamos querer uma Soup D'oignon (Sopa de cebola) pra cada de entrada por favor. – Pediu ao Garçom que recolheu o cardápio das entradas.

- Agora mesmo, senhor. – Saiu e foi buscar os pratos.

- Então Midorima, agradeço por ter tirado um dia de sua agenda para me acompanhar neste jantar. – Disse sorrindo singelo para o outro, mas o olhar afiado nunca saia de seu rosto.

- Lhe digo o mesmo. Imagino como deve ser cansativo lidar com tantas pessoas diariamente. – Rebateu, acenando com a cabeça mantendo o contato visual.

- Com certeza, a maioria dos ômegas da minha agência tem uma história triste para contar. – Disse, sorvendo um pouco de água.

- É por isso que prefiro livros – Ressaltou – Não sou bom em confortar ninguém. Nunca sei o que dizer.

- Nem sempre precisa dizer algo... deixar eles falarem e sentirem que são ouvidos atentamente já ajuda muito, já que geralmente se sentem depreciados e ignorados, principalmente pelos próprios alfas. – Disse torcendo a boca e olhando para o lado, mas logo retomando o contato visual com o esverdeado. – Por isso a maioria anda querendo trocar alfas por betas.

- Generalizar uma vasta população não é algo inteligente – Disse com o tom normal, não parecia censurar, apenas comentar. – Pode acabar pagando a sua língua.

- Oh sim, por favor... – Sorriu olhando para o outro, tendo feito uma vozinha arrastada.

- Hm? – Midorima ergueu a sobrancelha esquerda, tendo ouvido a voz feita por Takao e seu cérebro processado.

- Morder a minha língua e achar um alfa de família respeitável para dar filhos – Disse sorrindo de lado.

- Compreendo – Disse sem saber bem o que responder. – Vai achar uma hora.

Takao não era o tipo de pessoa com quem tratava geralmente, a maioria tentava falar o mais educadamente consigo de maneira profissional, polida, formal e pareciam travar em sua presença, mas Takao falava consigo de maneira informal, despojada e parecia relaxado em sua presença, como se seu ar sério não o afetasse.

A sopa logo veio e ambos a sorveram devagar, Takao adorava cebola, então, para ele, estava maravilhoso.

- Ótima pedida, Midorima-san, adoro cebola. – Disse sorrindo após dar pinceladas de guardanapo em sua boca. – Mas vamos ao que interessa. Gostaria de saber qual o seu interesse.

O Garçon veio retirar os pratos da entrada e Midorima pediu uma Carne à Francesa e vinho para acompanhar.

- Sua empresa cresce e vocês reinvestem bastante, é só ver o quanto aumentou o capital dando suporte aos funcionários e o número de chamados que eles em. Aomine mesmo contratou alguns vocês – Disse usando o azulado como exemplo.

- Ah sim, eu soube, também soube que tomou um deles como amante. – Disse revirando os olhos. – Aquele ali ainda vai achar o dele...

- Entendo... mas ele já achou. Kise não quer mais saber dele, e agora ele está envolvido em um escândalo sem o apoio de Ryota... – Disse analisando, entendendo agora o que acontecia e o porque Kise estava tão furioso mais cedo. – Ele poderá ser preso. Mas parece que ele acumulou uma pequena fortuna, e está com um ótimo advogado. E esse advogado é amigo do juiz que vai presidir. Que por acaso é condescendente com esse tipo de atitude se for um alfa.

Takao não conteve e nem quis conter o revirar de olhos, alfas podem fazer tudo, mas quando se é um beta, complica, quando se é um ômega então, parece que não há justiça no mundo.

- Bem... eu não se você, mas eu vou pedir a Kami para que sua justiça reine. – Disse sorvendo e terminando sua água.

Neste momento o garçom trouxe duas cumbucas grandes com bastante carne, temperada e com muitos cogumelos.

- Oh minha nossa, isso parece ótimo Midorima-san... – Disse encarando o prato, sentindo o maravilhoso cheiro.

- Não apenas parece. Eu gosto bastante. – Se limitou a dizer dando uma garfada em sua comida, com Takao fazendo o mesmo.

Assim que retornaram à falar, Takao se limitou à ouvir a proposta de Midorima e processar as informações, tentando ao máximo se concentrar em qualquer cosia que não fosse o tom grave de sua voz.

Como seria aquela voz sussurrando sacanagens em seu ouvido? Ah como gostaria de escutar...

- Você concorda? – Perguntou Midorima, chamando Takao de volta de seus pensamentos – Assim ficaria justo para ambos, embora eu tivesse que ter acesso aos relatórios semanais de liquidez da empresa.

- Kagami é muito cuidadoso com isso, embora você se tornasse nosso parceiro, ele preferiria que você fosse ir lá olhar semanalmente, com certeza. – Disse pensativo, conhecendo o cuidado com que Kagami tratava o negócio.

- Completamente justo. – Disse sorrindo minimamente. Cautelosos, ele gostava disso.

- Será que eles tem sobremesas aqui? – Perguntou Takao olhando para o lado procurando um garçom.

- Gosta de doces? – Perguntou Midorima.

- Ômegas adoram açúcar e proteína... – Disse docemente – Eu sou uma formiguinha, por exemplo, não podem me oferecer doce que eu aceito. Nunca me ofereça por educação.

- É raro eu comer doces... Só se for o açúcar de frutas. – Disse torcendo a boca, ele não era nada chegado em algo muito doce. Midorima levantou a mão e 3 segundos depois um garçom apareceu.

- Como posso servir? – Perguntou o mesmo que os havia servido as das últimas vezes.

Takao ficou impressionado com a velocidade dele, onde esse homem estava escondido?

- Crème Brûlée para o meu convidado, e para mim Éclair, metade da porção, por favor. – Disse e o homem logo desapareceu. Midorima viu o outro olhar para ele com um olhar de interrogação.

- Vai gostar, esse doce faz sucesso com os ômegas. – Disse simplista.

- Então traz muitos aqui é? – Cutucou Takao, dando um sorrisinho.

_ Não eu... – Midorima fora pego brevemente, mas beeem brevemente de surpresa por Takao. Se recompondo em seguida – Eu li em um artigo de um dos meus clientes que iria para um livro culinário.

- Você não é acostumado que falem de qualquer jeito com você não é? Informalmente – Takao perguntou colocando a cabeça sobre a mão direita, apoiando-a ali e tombando para a mesma direção. Havia percebido sobre como as vezes, mas bem raramente, Midorima tinha que parar para escolher as palavras.

- Devo dizer que o senhor é um tanto quanto... incomum. Esta deve ser a palavra que procuro. – Disse parecendo ter pensado por um segundo. – As pessoas com quem me relaciono são geralmente profissionais ao extremo, como eu. Não jogam conversa fora e nem falam de seus sonhos e esperanças aleatórios. – Respondeu simplista.

- Nossa, esses jantarem devem ser chaaaaaaaatos – Disse Takao revirando os olhos, entediado – Mas diz ai, você sequer namora?

- Não acha que esta sendo invasivo? – Perguntou o outro ajeitando seus óculos.

- Hm.... – Fingiu pensar – Não.

Midorima ficou encarando Takao pensando no porque de sua pergunta, ou ele queria jogar conversa fora, ou queria o conhecer melhor, ou ele queria se candidatar à vaga. Não soube exatamente qual das opções.

- Ai ai... – Revirou os olhos. – ...Pensa comigo, você vai se enfiar num antro de Betas e ômegas toda a semana, se você tiver um parceiro ou parceira, vai ficar incomodado, vai encher o seu saco, e pode até sobrar pra mim ou para algum dos meus funcionário. – Revirou os olhos.

- Não estaria sendo catastrofista? – Perguntou Midorima. Para ele aquilo era exagero.

- Não sei se viu. Eu perguntei o nome e Kise só faltou pular em cima de mim. Isso pelo fato de eu ser um ômega e ele um beta. – Disse sem dar muita importância. - Não é a primeira vez que um beta quer me matar por ciúmes. Já perdi alguns amigos por isso.

- Agora que você falou faz certo sentido, fique despreocupado, não há ninguém que possa causar grande estrago. – Disse respondendo.

- Não há ninguém que possa causar grande estrago, existem 2 vertentes ai. Ou há alguém que é uma pessoa tranquila, dona de si e completamente controlada, o que não existe, ou essa pessoa não existe. Qual seria? – Perguntou, levantando um dedo à cada opção.

- Eu não me relaciono amorosamente com outro ser humano há anos, se essa é o que quer saber. – Apenas respondeu, embora não fosse da conta de Takao, estava tagarelando demais sobre aquele assunto, se essa resposta o deixaria satisfeito, então ótimo.

- Então a nossa... coexistência vai ser fácil – Respondeu simplista com o garçom servindo ambos.

Resumo da ópera, Takao amou o doce, Midorima comeu apenas acompanha-lo e ainda bem que havia pedido algo bem pequeno, pois não suportava açúcar demais, ainda mais quando havia chocolate.

Após comerem, Midorima insistiu em pagar a conta, dizendo que o convite fora dele. Ao saírem, o moço perguntou qualera o carro deles.

- O meu carro é um BMW X1 XDrive prata, e o do cavalehrio seria... – Midorima olhou para Takao, esperando que respondesse.

- Eu vim de táxi, não dirijo, não se preocupem eu vou pedir outro para voltar. – Disse fazendo um gesto descontraído com a mão.

- Iie (iie em japonês é não) não tem necessidade, eu o levarei. – Disse olhando para o menor e depois para o manobrista – Apenas meu carro, por favor.

- Agora mesmo, senhor. – Disse saindo para buscar o carro.

- Não precisa, sério. – Disse Takao.

- Eu o convidei sem saber se sequer dispunha de transporte, não se preocupe não é problema leva-lo. – Disse. Momentos depois o carro dele estava ali, e o carro era lindo.

- Tudo bem – Disse Takao sem argumentar nada a mais. Assim que o manobrista saiu do carro, Midorima abriu a porta do passageiro, ele entrou e se acomodou e logo o outro entrou na parte do motorista. – Seu carro é muito bonito, planejo ter um um dia, quando eu dirigir...

- Não tenha pressa para tirar sua carta, o trânsito estressa as pessoas. – Disse em resposta, saindo com o carro e colocando o endereço que Takao lhe fornecera no GPS.

- Realmente ser passageiro é bom então. – Disse sorrindo – Olha eu não quero ser enxerido Midorima-san, mas... – Parou se perguntando se deveria continuar sua questão.

- Já estamos aqui, pode perguntar. – Disse mantendo os olhos na estrada.

- Você não parece ter o costume de conviver com ômegas ou até mesmo falar conosco diretamente. Claro que os maiores em sua maioria são alfas, mas você não vai ficar desconcertado andando por uma empresa onde 70% é ômega? – Perguntou curioso.

- Creio que não se todos soubermos manter a linha da educação. – Disse um pouco surpreso com a pergunta.

- Tudo bem então. A maioria de nós é carente, então não se sinta deslocado se te olharem com interesse ou desejo. – Sorriu e começou a gargalhar baixo com o rosto de espanto que Midorima fez. – Sua situação só vai piorar se aparecer lá sem aliança.

- Tenho que dizer... eu planejo ter filhos um dia como qualquer um, mas no auge dos meus 35 anos eu gosto de trabalhar. – Disse simplista porém ainda havia a surpresa em sua voz – Se estão procurando um pai para filhotes, no momento este não sou eu.

- Vou deixar anotado – Sorriu com a preocupação do outro em ser atacado. – E darei um jeitinho de ninguém atacar você.

Takao riu gostoso ao fim da própria frase, sua risada entrou nos ouvidos de Midorima de maneira agradável fazendo-o dar um pequeno sorriso também.

Passaram o resto da viagem com um silêncio confortável até chegarem à casa de Takao, 10 minutos depois.

- Midorima-san – Disse Takao docemente – Muito obrigada pela carona, você é muito gentil.  Estendeu a mão esquerda para o outro – Temos um acordo?

- Temos um acordo – Respondeu, apertando a mão do outro, que saiu do carro e fechou a porta logo em seguida. – Espero não ter tomado seu tempo, afinal está tarde – Comentou olhando o relógio.

- Oh não se preocupe, colocar o robe e fazer a skin care não é tão demorado. – Disse sorrindo, acenou e se despediu antes de entrar em sua casa, vendo pela janela o carro do outro partir.

Midorima Shintaro havia desperto curiosidade dele.

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No outro dia de manhã, Takao contou a mim sobre o acordo feito, fiquei satisfeitoe notei Kazunari mais arrumado do que o normal.

- Você parece mais arrumado... o que está havendo?? – Perguntei.

- Bem... – Takao usava um relógio de punho dourado, combinando com o piercing redondo no lóbulo de sua orelha. Sua camisa social preta e calça jeans azul de lavagem escura justas marcavam seu corpo esguio e seu sapato social preto findavam o outfit, mas o moreno não usava muito roupas sociais, preferia uma polo e uma calça. – Midorima-san vai vir para assinarmos o contrato e eu devo estar apresentável.

- Ta com o perfume... – Digo alfinetando.

- Eu usei esse ontem. – Rebateu.

- No encontro com o bonitão? – Alfinetei.

- Era um jantar de negócios! Inclusive... – Takao me contou o que descobriu, sobre Aomine, Kise, o Juíz e o Advogado.

Um toc toc foi ouvido, a secretária entrou e disse que Midorima estava ali, às 9:00 em ponto para assinar o contrato e saiu, indo-o chamar após permitirmos.

- Como estou? – Perguntou.

- Ta parecendo que quer confusão. – Digo olhando-o – Fala sério, você arrumado faz qualquer um rastejar.

Takao sorriu, eu sabia que internamente ele havia sentido uma leve atração pelo cabeça de cenoura.

-Fica em paz Takao. – Digo colocando a mão em seu ombro. – Se eu fosse alfa eu te pegava – Midorima chegou bem nessa hora, a tempo de escutar o que eu dizia – Vamos fazer assim, Aomine tem vários amigos gostosos e solteiros, eu te apresento alguns. Pelo menos um ali vai ter que prestar – Sorri da minha própria piada e ele me acompanhou, estava virado de costas para a porta enquanto eu apenas ergui o olhar fingindo surpresa- Você deve ser Midorima, entre por favor!

Takao quase deu um pulo, foi mais um sobressalto, o que Midorima acharia dele ouvindo o que Kagami falou?

- Oh Midorima, como vai? – Diz ele se aproximando e estendendo a mão para o outro.

- Seja bem-vindo à nossa humilde empresa, foi bem servido? – Perguntei com a maior cara de quem não havia falado que ia arrumar uma transa para o amigo bem na frente dele.

- Fui sim, mas prefiro não comer biscoitos. Em contrapartida, o café estava ótimo, obrigada – Disse ele apertando a mão do Takao e depois a minha.

- Senhores eu preciso dar um telefonema, se não se importam, podem ficar aqui à vontade.

Disse e me retirei, discando o número de Momoi.

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- Oh olá Kagami-sama! O emprego vai muito bem obrigada! – Dizia a mulher. Momoi estava trabalhando na parte administrativa do tribunal, onde Kagami lhe pediu um pequeno favor. – Ah sim, achei o tal juiz, ele vai presidir o caso de Aomine hoje a tarde. – Disse olhando o quadro que todos os juízes veem ao entrar para ver quem julgariam. - Juíza Kirai? Oh sim com certeza. – Disse respondendo ao telefone. – Tudo por você! Prontinho! Mais alguma coisa? – Perguntou ouvindo o ruivo falar que não e agradecer, desligando logo em seguida.

Momoi havia mudado o juíz que julgaria o caso de Aomine para uma juíza ômega linha dura. Ele veria só uma coisa.

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Daiki Daiki... Nunca subestime a vontade de um ômega de fazer da vida de um traidor, um inferno.


Notas Finais


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