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História Ele só pensa em dinheiro - taekook - Capítulo quinze


Escrita por: taegguksm

Notas do Autor


Oi, oi. Prometi que teria capítulo hoje, certo? Então, aqui está. Eu percebi que cometi alguns erros, tipo, antes era Jungkook e agora eu escrevo Jeongguk, então deixo avisado que a fic será revisada, provavelmente amanhã mesmo, caso vocês recebam notificação e tal.

Acho que é isso... Espero que curtam o capítulo! Não se esqueçam de comentar e votar na fic 💜

Capítulo 15 - Capítulo quinze


Para esquecer um problema, nada melhor do que um problema ainda maior. Agora era oficial: Jimin e eu não estávamos nos falando — ou pelo menos nenhum de nós estava disposto a ver se o outro responderia, então era mais ou menos a mesma coisa — mas eu nem tinha tempo para falar com ele.

Se Taehyung e eu tínhamos de ganhar 5 mil extras, eu teria de voltar à ativa e ganhar uma comissão alta sobre o dever de casa de todo mundo, mas certamente teria de suplementar com meu trabalho. É claro que eu presumia que Taehyung tinha conseguido um número satisfatório de clientes em Greenbrook. Tentei controlar a vontade de perguntar a ele à cada duas horas sobre como estava se saindo, porém acabei perguntando à cada duas horas como ele estava se saindo.

— Cara — disse ele por fim, localizando-me na sexta-feira de manhã entre a segunda e a terceira aula, e me arrastando para o laboratório de química. — Será que você pode parar de me enviar mensagens de textos? Estou trabalho nisso, ok? Tem essa garota, a Lisa, com quem eu namorei quando estava lá. Procurei por ela enquanto você estava no trabalho e comecei a avaliar o terreno por lá. Fica frio, tá? Tudo ficará bem.

Ele acariciou meu cabelo, passando os dedos pelas mechas que estavam longas.

— Tá bom, tá bom. Eu só queria saber — respondi, passando meus dedos pela presilha da calça jeans dele.

Que ótimo! Seu contato era com uma ex-namorada. E ele estava "avaliando o terreno" com ela. Lembrei-me das palavras de Jimin (que era exatamente o que eu costumava pensar há algumas semanas) sobre o passado galinha de Taehyung e a paranoia começou a crescer no meu estômago. Com um grande esforço, eu a controlei e assumi uma expressão neutra.

— Então... Você acha que a Lisa vai conseguir alguma coisa? — perguntei, tentando parecer animado.

— Claro que sim. Ela conhece todo mundo. Terei alguma notícia amanhã no máximo, mas se você está tão preocupado assim, eu poderia distraí-lo até lá.

— Ah é? E como?

Ele sorriu e se inclinou na minha direção até que minhas costas encostaram em um pôster antigo de um coral de jazz.

Ah, isso.

Bem, por que não? Um garoto poderia se divertir de vez em quando. Principalmente, se fosse se divertir beijando Kim Taehyung.

[💵]

No final do dia, quando entrei no carro, Taehyung já tinha a lista de clientes de Greenbrook.

— Tam-Tam — disse ele, jogando algumas páginas de papel ofício no meu colo enquanto ligava o carro e saía do estacionamento.

— Ai, meu Deus! — falei, ajeitando-me no assento e passando os olhos pelas folhas.

Devia haver uns quarenta nomes e ele colocou um asteriscos ao lado dos nomes que precisavam de trabalhos finais — que era quase todo mundo. Então, pelas próximas duas semanas, se cada um tivesse uma média de um ou dois trabalhos, além do dever de casa comum... Sim, dava para fazer. Cobraríamos taxas extras por notas melhores, sem mencionar os preços mais altos em geral, porque alunos de colégio particular podiam pagar... E, ao mesmo tempo, mantendo os custos baixos porque só pagaríamos um pouco mais aos nossos funcionários... Bem, dava para fazer. Pelo menos, em termos matemáticos.

Já em questão de preparo físico era outra história.

— Então, estamos ricos, cara — disse Taehyung com um sorriso. — Olha quantos bolsos cheios da grana estão na lista. Os pais da Lisa são sócios de firmas de advocacia, a mãe da Yorim é cirurgiã plástica, os pais de Dave Malley têm, tipo, uma casa de fundição, seja lá o que for isso...

— É, a conta bancária deles é recheada e ficaremos ricos — respondi, de mau humor. — Desde que meus funcionários e eu não durmamos nas próximas duas semanas.

Fiquei olhando para a lista de nomes já começando a me sentir mal com o prospecto.

— O que é mais importante? Dormir ou evitar que sejamos descobertos e expulsos? — perguntou Taehyung, parando no sinal vermelho.

— Por que você precisa colocar as coisas desse modo? — murmurei.

— Porque isso é verdade — respondeu ele.

— É, mas você não precisa ser tão indiferente quanto a isso, principalmente quando sabe que serei eu e meus amigos a trabalhar para caramba, e não você — devolvi, esquecendo-me totalmente do alívio de termos conseguido o trabalho extra ao me dar conta de que agora eu teria de me acabar para fazê-lo. — Se você vendesse cocaína, eu pediria um pouco para você agora — acrescentei, sabendo que o Red Bull não me levaria muito longe.

— Pode pedir — disse Taehyung, dando de ombros. — Acho que tenho como conseguir.

— Ótimo — respondi, sarcástico.

Olhei para a lista de clientes de novo, a letra de Taehyung dançando diante dos meus olhos e suspirei. Hora de arregaçar as mangas.

— Então, cadê o dever dessas pessoas? — perguntei.

— Ainda não peguei — respondeu Taehyung. — E é por isso que não estamos perto do seu restaurante agora, caso não tenha notado.

Olhei pela janela, tentando espantar a sensação de tortura por ter lido os papéis no meu colo por vários minutos. Na verdade, estávamos no bairro dele, onde ele parou na frente de uma casa ainda maior que a dele. E lá estava uma loira alta e com um corpo bonito, usando um top branco e calça legg, fazendo uma saudação ao sol na grande varanda da frente. Ela acenou enquanto estacionávamos.

— Oi, Lis — disse Taehyung pela minha janela para ela. — É isso aí?

Lisa acenou, alegre, dando a volta no carro para ir para a janela do lado dele e entregando uma mochila. Notei o cabelo em um rabo de cavalo perfeito e delineador aplicado de forma impecável sobre os olhos grandes e lutei para controlar minha paranoia de novo. Eles namoraram no primeiro ano, o que foi há séculos. O único motivo pelo qual estavam conversando era para que Taehyung salvasse nossa pele.

— Lis — disse Taehyung, indicando-me. — Este é o Jeongguk. Jeongguk, Lisa.

— Prazer em conhecê-la — sorri, acenando de um modo que eu esperava que parecesse simpático.

— Oi — disse ela, acenando de volta. — Acho que nos conhecemos na festa de Mingyu há algumas semanas.

— Ah, é — respondi, tentando me lembrar daquela noite e não conseguindo.

Taehyung me apresentou a tanta gente na casa de Mingyu e várias garotas, muitas loiras e gatas. Ai, meu Deus! Com quantas daquelas garotas ele já tinha ficado? Sem contar os garotos. Que ótimo! De repente, tive vontade de soltar o cinto de segurança e sair do carro, e precisei pressionar as costas contra o banco para lutar contra isso.

— Obrigado, Lis, nós já vamos — disse Taehyung, tirando o pé do freio. — Envio uma mensagem para você quando terminarmos.

Partimos e Lisa acenou por sobre o ombro enquanto voltava para a varanda para continuar fazendo ioga. Abri a mochila, que era uma Louis Vuitton — meu Deus — e comecei a passar pelas folhas de dever de casa de Greenbrook que ela entregara.

Os problemas era bem padrão; alguns até eram os mesmos que já tínhamos feito para alguns alunos do nosso colégio, então isso seria bom. Comecei a olhar para a lista de livros, para os trabalhos de literatura e todos pareciam bem padrão também.

Continuei analisando o conteúdo da mochila de Lisa. Trabalhos sobre história americana e europeia pareciam ser bem fáceis, pelo menos em relação ao tema, pois a maioria era tema livre do tipo "Escolha sua tese e prove-a", em vez de perguntas específicas. Ótimo. Isso tornaria mais fácil usarmos o conhecimento que já tínhamos. Eu odeio história, mas Hoseok ama, e Dawon e Lucas também são especialistas.

Dei um beijo rápido em Taehyung quando ele parou na esquina e me preparei para o trabalho que tinha à minha frente. Então, saí do carro. Era hora de dividir esses deveres.

[💵]

A semana seguinte — como posso dizer isso? — foi uma loucura. O pouco tempo livre de que dispunha, eu o passava distribuindo deveres de casa, depois recolhendo-os, organizando-os — droga, eu me sentia como um professor — e depois entregando-os para Taehyung. Com seis "funcionários" em tempo integral, além de mim e a escala de preços variadas, a folha de pagamento precisava de uma planilha do Excel. Tentei a que minha mãe usava para o restaurante e, embora eu não tivesse de me importar com impostos, isso era ainda mais complicado do que eu pensei que seria. Além disso, como estava de volta à ativa, isso significava que, além de organizar tudo, eu precisava criar frases semi plausíveis para trabalhos sobre os livros que eu não lia desde o primeiro ano, e depois criar argumentos que mostrassem que eu era uma pessoa que estava se esforçando. Droga, eu tinha feito tantas coisas obscuras nos últimos dias, principalmente quando abordei os monitores novos que pareciam legais e, clandestinamente, ofereci dinheiro para escreverem trabalhos de história, com a única condição de que não fizessem perguntas.

Naquela sexta-feira à noite, eu estava sozinho no restaurante. Meus pais e Yeonjun já tinham ido para casa, deixando-me com o carro (legal) e a responsabilidade de fechar tudo sozinho (não tão legal, já que com a multa para vencer em apenas uma semana, eu precisava de todo o tempo livre que eu conseguisse). Era uma noite quente e eu já tinha tirado a camisa do Pailin e vestido uma camisa cinza justa. Eu estava limpando a última mesa e me preparando para passar o aspirador quando quase deixei um prato cair no chão — através de uma fresta nas cortinas, vi o rosto de Taehyung pressionando os lábios na janela, fazendo caretas enquanto se movia pelo vidro. Ele riu ao ver a expressão chocada no meu rosto e foi até a porta, batendo com os dedos na maçaneta de metal.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, enquanto o deixava entrar.

— O quê? Você me disse que estaria sozinho hoje à noite.

Ele olhou para a minha camisa com um brilho de aprovação no olhar.

— Ah, certo — disse eu. — O irônico é que, como meus pais não sabem sobre a multa e acham que eu fiz um ótimo trabalho enquanto estavam longe, eles estão confiando muito em mim e Yeonjun para lidar com o fechamento.

— Então, onde está Yeonjun? — perguntou Taehyung, olhando em volta do salão.

— Foi ao cinema.

— Com a Star? — sorriu ele.

— É claro.

— Bem — disse ele com um sorriso safado. — Isso é interessante.

Ele deu um passo na minha direção e inclinou a cabeça para me dar um beijo. Depois de um tempo, eu me dei conta de algo.

— A sua boca estava naquele vidro, tipo, trinta segundos atrás.

Eca!

— Isso mesmo e agora tudo que estava naquele vidro está em você também — concluiu ele, rindo. — O que tem aqui para comer?

Ele deu a volta no bar e começou a bisbilhotar.

— Nada, a cozinha está fechada. Bem, temos sorvetes ou bebidas.

Eu o segui até lá, peguei um pano e comecei a limpar o balcão.

— Beleza.

Taehyung pegou uma cerveja na geladeira do bar.

— Boa tentativa — disse eu, tirando a garrafa da mão dele e colocando-a no lugar.

Minha mãe só conta as garrafas de vez em quando, mas ela fez isso hoje.

— E que tal vinho? — perguntou Taehyung, apontando para duas garrafas quase vazias de vinho tinto que estavam no balcão ao lado da máquina de café expresso.

Olhei para as garrafas.

— Você tá maluco? — perguntei.

A data manuscrita em que a garrafa fora aberta era da semana passada e teríamos de jogá-las fora.

Taehyung riu, pegou as duas garrafas, bebendo direto no gargalo.

— Certo, você está pronto para mais deveres? — perguntou ele. — Esses devem ser entregues na segunda-feira.

— Pode deixar — respondi, cansado, enquanto continuava a limpar.

Taehyung pegou uma lista no bolso e entregou para mim, antes de se sentar no balcão, balançando as pernas por um tempo.

— Então, o que você vai fazer quando terminar aqui?

Ele tomou outro gole e me olhou cheio de expectativa.

— Depois que eu terminar tudo aqui, olharei a lista que você me deu, escolherei os deveres mais fáceis e entregarei o resto a meus amigos — respondi de forma mecânica.

Joguei o pano na pia e tirei o avental, dobrando-o e colocando-o no armário perto da caixa registradora.

— Quer sair? — convidou Taehyung. — Dani sugeriu boliche, ou talvez só dirigir até a loja de boliche e bebermos no estacionamento.

— Não posso. Meus pais estão me esperando em casa e, se não estivessem, lembre-se do meu comentário anterior de ter de escrever um trabalho sobre... — olhei para a lista. — Acho que vou escolher Cântico dos cânticos.

— Fala sério — choramingou Taehyung. — Trabalhe duro e divirta-se muito, certo?

Olhei para ele de cara feia.

— Trabalhe duro, divirta-se um pouco — ofereceu ele. Depois, deu de ombros. — Bem, você tem de fazer o que tem de fazer, acho. E ela chegou. — Taehyung desceu do balcão e apontou para a janela, onde o carro de Dani, um Mini fofo vermelho e branco tinha acabado de estacionar. Ela deixou o carro ligado e correu até a porta da frente, usando um mini vestido cinza-chumbo com sandálias prateadas. Acho que essa roupa não era muito adequada para jogar boliche...

— E aí, gente? — cumprimentou ela, passando os braços pela cintura de Taehyung para um abraço rápido.

Nenhuma novidade aí, eles sempre se sentiram à vontade para se tocar, contudo isso de repente começou a me incomodar mais do que de costume. A paranoia de Jimin me atingiu de novo e eu disse a mim mesmo para apenas ignorar, caso contrário, eu acabaria enlouquecendo.

— Jeongguk, você vem também? — perguntou Dani.

Quando neguei com a cabeça, ela fez um beicinho, que foi acentuado pelo uso do brilho labial rosa que usava.

— Droga — disse ela. — Você precisa trabalhar menos. Eu ainda não acredito que você não vai ao baile. Mas obrigada por liberar esse aqui — disse ela, cutucando Taehyung nas costelas.

Como se eu precisasse de um lembrete de que o cara com quem eu estava — namorando? Ficando? — levaria a ex namorada para o baile que meus pais não me deixaram ir.

— Ah, mas minha festa depois do baile... Ela só começará depois que seu turno no restaurante terminar — disse Taehyung sorrindo para mim.

Ele me beijou tanto na mão quanto na boca, ignorando o "Ainda estou aqui" de Dani e os dois saíram pela porta, entraram no carro dela e foram embora. O carro dele ficou na esquina. Acenei para eles que acenaram para mim, antes de partirem.

Ótimo, pensei comigo mesmo, olhando pela janela enquanto o carro deles sumia de vista. Ótimo mesmo. Sem dúvida, eles de divertiram o final de semana inteiro e, mesmo que Taehyung fosse um campeão para enviar pequenas mensagens de texto fofas a cada meia hora, sempre que estava sem mim — o que era a maior parte do tempo, considerando meus turnos da noite —, essa situação não era muito confortável. Tipo assim, eu estava ocupado fazendo o dever de casa dos outros e não tinha nem tempo para ficar com meu namorado, se é que eu podia chamá-lo assim. E, por causa disso, eu meio que ficava super sensível sempre que ele saía com outra pessoa. Ou outras pessoas. Principalmente quando essas pessoas eram ex namorados ou namoradas, atraentes e legais. Droga, Dani era legal, o que tornava as coisas ainda piores.

Eu ficava dizendo a mim mesmo para não ser paranóico, mas isso de nada adiantava. As palavras de Jimin ecoavam na minha cabeça enquanto eu começava a andar pelo salão, lutando contra os pensamentos que insistiam em passar pela minha cabeça: pau que nasce torto, nunca se endireita. Uma vez galinha, sempre galinha. Com quem Taehyung ainda não tinha ficado no colégio? Na verdade, eu tinha a sensação de que a lista era bem curta... até porque, se eu pensasse um pouco em todas as histórias que eu ouvi no primeiro ano, eu mesmo poderia fazer a lista. Ainda assim, sentia dor no estômago só de pensar nisso e, quando vi a lista de deveres de Greenbrook que Taehyung trouxe, lembrei que ainda teria de ficar acordado por mais seis horas e minha cabeça começou a doer também.

Ugh.

Olhei para o bar, onde estavam as garrafas das quais Taehyung bebera, peguei-as e tomei o que restava antes de jogá-las na lata de lixo. Teria sido um pouco mais dramático se o conteúdo fosse maior do que uma colher de chá, mas imaginei que o que contava era o gesto.

[💵]

Sábado de manhã, quando recebi a mensagem de texto do amigo de Yoongi pedindo para ligar para ele ou para Lucas, imaginei que fosse apenas uma pergunta de rotina sobre datas de pagamento ou a próxima tarefa. É claro que coisas ruins pareciam estar acontecendo comigo nos últimos dias.

— Yoongi, e aí? — perguntei assim que ele atendeu ao telefone.

Eu tinha saído do restaurante quando as coisas acalmaram e fora até a caixa de correio, tentando me proteger de outra garoa de primavera. Pelo menos agora, o tempo estava mais quente.

— Oi, Jeongguk — cumprimentou Yoongi. — Olha só, não vai dar para eu e Lucas terminarmos os trabalhos neste final de semana. Será que dá para você encontrar outra pessoa?

— Ah — falei, sentindo o pescoço ficar tenso e o estômago descer até o pé.

— É, tipo, valeu pelo trabalho extra e tudo. Adoramos a grana...

— Adoramos mesmo — ouvi uma voz dizer ao fundo.

Parecia que Lucas estava lá com ele.

— Mas é que tenho muita coisa para fazer agora, principalmente com as provas finais e tudo. Nós dois estamos fazendo um curso Kaplan.

— Sem problema — respondi, lutando para me manter em pé. Eu nunca tinha desmaiado antes, mas tinha quase certeza de que era assim que uma pessoa prestes a desmaiar se sentia. — Obrigado por avisar.

Desliguei enquanto uma voz gritava "ahhhhhhhhhh" dentro da minha cabeça, antes de me encostar, de forma dramática, na caixa de correio, produzindo um som metálico. Hoseok já tinha me enviado um e-mail dizendo que Dawon estava implorando para sair por causa dos treinos extras que o técnico do time de vôlei havia instruído e agora esses caras. Mas não adiantava discutir os tentar convencê-los do contrário. Quem poderia culpá-los? Cada um tinha os próprios deveres para fazer, principalmente nessa época do semestre. E não é como se alguém, além de mim, precisasse ou quisesse ganhar mais do que algumas centenas de dólares por semana, no máximo. Eu não tinha como impedir que as pessoas desistissem. Eu só precisava assumir a tarefa.

Eu.

Jeongguk.

Sozinho.

É, mas isso não era possível.

— Estamos completamente ferrados — sussurrei para Taehyung ao telefone depois do trabalho daquela noite.

Eu estava debaixo das cobertas. Meus pais já estavam dormindo, mas eu não queria me arriscar.

— Não estamos não — disse ele. — Eu mesmo faço alguns dos trabalhos se tivermos de chegar a isso, mas não estamos tão ferrados.

Deixei o telefone cair de tão surpreso que fiquei, embora, como eu mesmo estava deitado, ele caiu só alguns centímetros e eu o peguei de novo.

— Você o quê?

— Farei alguns. Eles não ficarão nada bons — avisou ele. — Mas se for necessário, farei isso.

— Ai, meu Deus! Que lindo isso — respondi, sussurrando um pouco mais alto.

— Ou — continuou ele. — Podíamos considerar meu plano original e acabar com Yugyeom.

— Ah, tá. Cara, eu queria que hovesse algum outro modo...

Usei a luz do meu celular para observar a lista de deveres de Greenbrook e Weston de novo, perguntando-me onde eu poderia facilitar as coisas. E então, percebi.

Em todos os lugares.

Desde que ninguém em Weston conversasse com alguém de Greenbrook... Havia uma sobreposição de 50% entre os deveres, principalmente de história, quando as pessoas podiam escolher o próprio tema.

— Taehyung? — sussurrei, mal conseguindo respirar. Eu estava naquele estado extasiado e amendrontado e tirei as cobertas que cobriam minha cabeça para respirar melhor. — Quais são as chances de sermos pegos se começarmos a vender os mesmos trabalhos para os alunos de Weston e de Greenbrook?

Houve uma longa pausa.

— Bem — respondeu ele com cuidado. — Elas serão bem maiores do que antes. Isso é certo.

— Então você acha que não devemos fazer isso? — perguntei.

— Fala sério — disse ele. — Estou surpreso de não termos começado a fazer isso antes.

Mas a voz dele não tinha aquele tom deboche que costumava ter.

Ficamos em silêncio por algum tempo.

— Você está preocupado, não é? — perguntei, por fim.

— Na verdade, sim — respondeu Taehyung.

Mas nós dois sabíamos que teríamos de fazer isso.


Notas Finais


E aí? Vocês acham que vai dar merda? Hum hum... Apesar de faltar só mais 5 capítulos para acabar, ainda tem bastante coisa para acontecer.

Não posso deixar de agradecer a quem comenta e vota, as vezes eu não consigo responder porque o wattpad buga, mas eu fico muito feliz.

E obrigada por lerem minhas outras fics também, ainda tenho muitos projetos em mente, espero que estejam comigo em todos. ♡

Acho que é isso, se cuidem e usem álcool em gel. Até sábado que vem!


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