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História Eleenad - Como tudo começou.


Escrita por: Muizinha

Notas do Autor


Não sei se vou continuar escrevendo aqui, mas vocês pediram o primeiro capítulo do meu passatempo, então eu publiquei. Me digam lá no twitter (@muizinha) se vocês querem mais, ou, sei lá, algo pra mudar... Tô no capítulo 20 e qualquer coisinha, então tem bastante páginas. Cya.

Capítulo 1 - Como tudo começou.


1º CAPÍTULO
Quinta-feira, 21 de maio, 2028.

“ – Kyla, afaste-se disso!

São meus pais. Tudo está tão longe e turvo, mas eu não posso mais voltar atrás.

- Adeus, pai. – esboço um sorriso falso olhando para a imagem que parecia ser o meu pai.

A luz em minha frente pulsava em tons coloridos. Em um passo de cada vez, eu desapareço e sou engolida pelo mais puro branco. A paz me envolveu.

‘Adeus.’”

Acordo. Ainda é de noite e o ar está gelado, concluo que não amanheceu ainda. Raios de sol fracos atravessam a cortina e batem no lustre, iluminando o vermelho vivo do meu quarto. Venho tendo pesadelos desde que “aquilo” aconteceu. Reluto em ficar na cama por mais alguns minutos, mas algo me diz que devo levantar.

Uma única passada pelo espelho e percebo que eu estou pálida o suficiente para contar a quantos meses eu não vejo o sol. Relevo isto e penteio os meus cabelos castanhos e longos, coloco uma calça rasgada nos joelhos, uma blusa de uma banda qualquer e, de lei, o meu all stars.

‘Acordou cedo, Kyla.’ – uma voz ecoa em minha cabeça. Era a de um amigo, Tom.

Por um momento eu cheguei a esquecer que os poderes humanos se desenvolveram de tal modo que telepatia se tornou algo comum, mas não é liberado para todos. Apenas algumas pessoas foram aceitas por esse poder. E eu sou uma delas.

‘O Conselho quer te ver hoje à tarde.’

- Obrigada pelo triste aviso, Tom. Vou tentar não sofrer algum acidente no caminho. – Falo sozinha e solto uma risada forçada.

Conselho Supremo. Há 12 anos, um grupo de pessoas me encontrou em um quarto vazio e me deu uma identidade. Eu não me lembro de nada, só sei que apareci ali com o mais puro sentimento de solidão. São misteriosos o suficiente para eu não querer manter contato e não entendo o motivo de estarem me procurando agora. Eu realmente não quero descobrir.

‘Abre a porta, estou do lado de fora’. – Tom, mais uma vez, invade os meus pensamentos.

Suspiro e desço as escadas, a caminho da porta.

Uma figura alta se ergue diante de mim. Moreno, cabelos castanhos e compridos até as orelhas, ombros largos, olhos verdes e com o famoso casaco de um time famoso de basquete. Era Tom.

- Pare de aparecer desse jeito, Tom. – fechei a porta atrás de mim indo em direção à calçada, já iluminada por poucos rastros do sol.

- Me perdoa, não posso evitar. – Tom me segue instantaneamente. – A razão pela qual eu vim é o motivo do Conselho querer te ver hoje.

Tom trabalha para eles como um tipo de cachorro investigativo, apenas recebendo ordens sem explicações. Ele foi achado na mesma casa algumas horas antes e está tão perdido quanto eu. Nós não nos lembramos de nada.

- Você sabe de alguma coisa?

- Eles querem me ver também.

Um frio percorreu a minha espinha e minha cabeça se encheu de dúvidas. Talvez eles tenham descoberto algo sobre o nosso passado, mas não sei se quero procurar o que se passou depois de tantos anos tentando esquecer.

‘Eu posso ler a sua mente.’

- Ótimo, então sabe que eu não quero descobrir o que eles têm para falar. – Me viro e encaro Tom, que permanece quieto. – Eu não quero saber o que aconteceu naquele dia.

- É importante, Kyla.

- Me dê um motivo, um ótimo motivo. – Questiono levantando a voz.

- Você não quer saber quem são “eles”? – Tom rebate.

É verdade, nós éramos crianças quando fomos encontrados e não nos lembramos dos rostos do Conselho. Seria ótimo agradecer pessoalmente quem nos resgatou, mas eu sinto que não vai terminar apenas em agradecimento. Algo me incomoda.

- Ok, por ora nós podemos falar com o Conselho.

Mas confesso que eu não quero.



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