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História Elementary - Meu coração seguirá em frente


Escrita por: ollgzain

Notas do Autor


Já que ninguém lê as notas aqui, colocarei em negrito antes da história

Capítulo 18 - Meu coração seguirá em frente


MEU CORAÇÃO SEGUIRÁ EM FRENTE

Love can touch us one time and last for a lifetime (amor pode nos tocar uma vez e durar uma vida)

And never let go till we're gone (e nunca nos abandonar até termos partido)

Love was when I loved you, one true time I hold to (amor foi quando eu amei você, um momento verdadeiro no qual me seguro)

In my life we'll always go on (em minha vida nós sempre seguiremos em frente)

My Heart Will Go On – Celine Dion

Eu a conheci quando eu tinha 18 anos e ela mudou a minha vida de uma maneira que eu não conseguiria pôr em palavras até hoje. Se eu contasse a história detalhada, eu sei que há pessoas que se surpreenderiam e me olhariam de forma estranha, como se imaginassem ela naquela época, embora eu não consiga ver ela do jeito que ela é hoje.

Para mim ela sempre será a garçonete do Sunshine. A estudante de administração que fazia aula de contabilidade junto comigo, a mulher mais bonita provavelmente de toda universidade de Leeds e a mulher por quem eu me apaixonei naquele semestre.

A mulher quem eu me casei um ano depois.

A mãe de meu filho mais velho, Heitor e minha caçula, Helena.

E quem você conhece por Eleanor Dion.

 

Eu lembro de como eu estava fascinado pelo cabelo loiro dela, pelos olhos claros e sorriso que poderia iluminar o mundo inteiro sem precisar de nenhuma outra fonte de energia. Eleanor tinha aquele poder, fazer o dia de todos que estavam na mais profunda escuridão virar luz em poucos segundos. Ela tinha aquela áurea branca que emanava dela sem qualquer esforço que me fazia ficar louco por ela.

Eu adorava o jeito em que ela atendia os pedidos na Sunshine, com seus cabelos presos num rabo de cavalo alto, mas a franja caída nos olhos, pouca maquiagem, mas destacando seus olhos de íris claras que me deixava fascinado. Ela sempre me atendia, eu sempre pedia a mesma coisa e era o momento em que eu tinha como compartilhar os segundos na presença dela.

Eu adorava quando ela cantava na noite do karaokê, sendo aplaudida com tanto fervor (em boa parte por mim) e recebendo críticas positivas. Eu adorava o jeito que nossos olhos se encontravam quando estávamos na grande biblioteca, sentados longe, mas perto o bastante para eu poder ficar de olho nela.

Eu adorava o jeito que ela dizia meu nome (depois que eu tive a coragem de me apresentar para ela na aula de contabilidade) me pedindo ajuda para fechar as contas e o jeito que ela cochilava na cadeira nas aulas de cálculo me faziam a achar a criatura mais perfeita do universo.

Nos casamos um ano depois, no meio do campus da faculdade, com meu melhor amigo Steven Dorkin como meu padrinho e a irmã dela, Mary Ann, como sua madrinha. Eleanor me fazia entender que até um cara tão lógico como eu, deveria fazer coisas impulsivas como ela. Eu a amava e sabia que não amaria nada como eu amei e ainda amo ela.

Mas eu me enganei.

Quando Eleanor engravidou, eu estava quase terminando a faculdade, então ela largou seu emprego no Sunshine e eu comecei a dar aulas em duas escolas ao mesmo tempo e ainda estava terminando meu trabalho de conclusão de curso, o temido TCC.

Eu não poderia reclamar, pois cada vez que chegava em nosso humilde apartamento com apenas um quarto, sala junto a cozinha e banheiro, e vê-la acariciando a barriga cada dia maior, eu afirmava que eu estava apaixonado mais uma vez por Eleanor Clarke. Ela beijava meus lábios, sussurrava ‘bem vindo de volta ao lar’ e nos amávamos por horas a afim, sentindo todo aquele amor sair de dentro do meu ser e envolve-la.

Heitor nasceu saudável igual um touro, herdando os olhos claros da mãe e a tonalidade do meu cabelo. Heitor era muito agitado e nos primeiros meses não tivemos boas noites de sono, sendo sempre acordados com seu choro as tantas da madrugada. Mas eu também não poderia reclamar disso, ver que o pequeno Heitor era o fruto do meu amor e de Eleanor era mais do que gratificante. Era saber que tudo que você sentia estava em suas mãos e que herdava parte do seu sangue. Eu, Eleanor e Heitor éramos uma família, enfim.

Eleanor continuava a cantar no Sunshine e eu sempre levava Heitor para prestigiar sua mamãe. Eleanor dizia que ‘éramos os homens da vida dela’ sempre quando eu e Heitor levávamos uma rosa branca, a favorita de Eleanor, após suas pequenas performances no palco improvisado.

Foi naquele dia que Eleanor conseguiu mudar sua vida. Um homem no auge dos seus quarenta e tantos anos disse a Eleanor que ela teria futuro como cantora e perguntou se ela não estava interessada em um demo. Eu adorei o jeito que Eleanor disse que discutiria a ideia com o marido dela, e que ela poderia liga-lo para lhe dar a notícia e sua palavra final.

É claro que eu concordei que ela poderia fazer o demo, Eleanor tinha uma grande voz e era uma artista nata, aqueles que tinham o dom sem saber. Ela fez a demo no mesmo dia que me contou que a família iria aumentar e que ela estava grávida novamente. Nosso segundo bebê estava a caminho.

Heitor tinha pouco mais de um ano quando Eleanor finalizou o seu primeiro CD, estando grávida de quase quatro meses. O ultrassom apontou que seria uma menina. Minha princesa Helena estava chegando para aumentar a nossa família. Eu estava animado por ter uma garotinha, sempre me imaginei sendo o tipo de pai protetor que conhece o namorado da filha e pergunta quais suas intenções com ela.

Mas foi pouco depois do nascimento da nossa Helena que as coisas começaram a desandar.

Eleanor começou a ficar conhecida e ganhar fama muito rápido. Suas músicas começaram a ganhar reconhecimento, prêmios... Ela começou a viajar muito, deixando eu, um Heitor de agora dois anos completos e uma Helena de poucos meses em casa. Tive que contratar uma babá para conseguir trabalhar pelo menos meio período, pois eu amava ficar com meus filhos, só que eu amava lecionar.

Quando começaram a supor que Eleanor estava tendo um caso com DiCaprio, que na época estava promovendo o filme do Titanic junto com Eleanor, que foi a compositora da música principal da trilha sonora do filme, eu me quebrei.

Eu respirava Eleanor a tanto tempo que ouvir dizerem que minha esposa, mãe de meus filhos, estava com outra pessoa me devorava por dentro.

É claro que foi um pedido meu eu e as crianças não nos envolvermos no mundo midiático, mas doía ler que a solteira mais cobiçada de Londres poderia agora estar com um envolvimento amoroso com o ator.

E após tantos meses longe de casa, sem a ver, sem ela ver os próprios filhos, eu decidi pelo divórcio.

Não porque eu havia arranjado outra pessoa. Não por falta de amor, porque eu tinha completa certeza que eu só amaria Eleanor Dion pelo resto da minha vida. Mas porque eu estava quebrado e sabia que não haveria concerto para mim. Ficar horas longe dela me deixava doido, mas meses, me deixou doente.

E quando ela veio me perguntar o porquê de eu não a amar mais... Eu toquei o seu rosto pela última vez, colocando a mecha loira atrás da orelha, e olhando aquela cara com tanta maquiagem que eu nem reconhecia os olhos pelos quais me apaixonei. Ela havia mudado e isso era de partir o coração. Mas ela estava fazendo o que amava, então eu não poderia pedir para ela desistir. Então eu tive que partir.

- O amor só me tocou uma vez na vida e nunca vai me abandonar até eu morrer – Eu falei tão sereno, mas nunca foi tão difícil dizer quaisquer palavras a ela – Amor foi quando eu amei você, e é nesse momento que vou me segurar e seguir em frente.

Ela chorou naquele instante e eu beijei seus lábios pela última vez naquele ano... E no resto dos anos que se passaram. Comecei a lecionar em Leeds, onde eu a conheci. Onde eu me casei. Onde tivemos Heitor e Helena. Onde fomos pela primeira vez, uma família.

E eu sabia que fosse longe, fosse perto, qualquer lugar que Eleanor estivesse, meu coração pertencia a ela e somente a ela. Porque eu poderia seguir em frente, mas meu coração ainda seria o mesmo.

E mesmo eu me envolvendo com Thea, agora, quase vinte anos depois... Eu amava Eleanor de todo coração. Porque tudo que passamos juntos na época de faculdade, nosso casamento e o nascimento dos nossos filhos... Nada se comparava aquele momento. E eu me prendia naquele momento. Eu a sentia nos meus sonhos, eu a via nos meus sonhos. 

Toda vez que eu ia seu nome estampados nos jornais meu coração vacilava. Eu ficava orgulhoso com cada conquista dela, mas não conseguia voltar. Porque eu sei que eu gostaria de voltar para ela. Para os braços dela. E para o amor dela.

Porque quando ela estava lá, eu não sentia medo. Mas eu a carreguei em meu coração para me dar um pouco a mais de coragem na vida, porque eu sei que se não amasse Eleanor Dion, eu não conseguiria viver. E só por causa disso que eu ainda respiro.

Por ela e pelos meus filhos.

 

 

AVISO MEGA ULTRA IMPORTANTE!!!

eu estou viajando para fora do país e não estou levando meu computador onde estão os capítulos... reservei apenas duas One shorts (essa que acabei de postar e mais uma) para não deixar a fic largada... NÃO ESTOU ABANDONANDO, NEM ENTRANDO EM HIATUS, APENAS ESTOU DE FÉRIAS U.U

qualquer coisa podem me perguntar via inbox, Twitter (@_leticianardy) ou facebook (Helena Rose Clarke)

obrigada!!

let 

 



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