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História Elos do coração - Capítulo XI


Escrita por: madancrazy

Notas do Autor


Oi amores, como vão?
Obrigada pelos comentários no capítulo anterior, fico muito feliz que estejam gostando e acompanhando. Estou de volta com mais um capítulo fresquinho. Aproveitem!


ps: estamos na reta final.
ps 2: dedico esse capítulo as minhas marias @teledramatica e @alwayspasmanter. Amo vocês!

Capítulo 11 - Capítulo XI



Ela fora o caminho todo pensativa na decisão que havia tomado. Quanto mais se aproximava do destino mais ficava nervosa, suas mãos ao volante suavam, seu coração parecia que sairia pela boca. 
Estacionou próximo ao prédio e demorou alguns segundos antes de tomar coragem e sair do carro. Usou suas chaves para abrir o portão do prédio e pensou que aquela seria a última vez que faria aquilo. Ela poderia usar novamente a cópia da chaves mas preferiu não usar. Tocou a campainha e por alguns segundos pensou em ir embora e desistir, pensar mais sobre sua decisão. Mas não deu tempo. A porta se abriu e a figura do fotógrafo apareceu com um sorriso para lhe receber. 

– Meu amor? Que surpresa! - ele deu passagem para que ela entrasse  — Você não avisou que vinha. 
– Rafael a gente precisa conversar. - ela se vira pra ele. O fotógrafo percebe pela expressão que ela fazia a conversa era séria. 
– O que foi Lili? Aconteceu alguma coisa? - se aproxima pegando nas mãos dela que rapidamente desfez o contato. — O quê... - ele estranha. 
– Rafael, eu vou ser direta. E-Eu... Não foi fácil tomar essa decisão então eu preciso que você me escute. - ele acena com a cabeça — E-Eu quero terminar. Eu não quero mais.
O fotógrafo ficou imóvel por alguns segundos. Não sabia o que falar ou o que pensar. Lili estava terminando com ele. 
– O quê? M-Mas você...- ela a encarava — O que aconteceu Lili? O que aconteceu pra você tomar essa do nada? 
– Não foi do nada, Rafael. E você sabe muito bem disso. - ela mantinha a pose. Não queria perder a coragem. — Depois daquilo que aconteceu no concurso eu fiquei pensando e eu acho que é o melhor a
– Meu amor, por favor! - ele se aproxima dela, que se afasta. — Aquilo não foi nada, Lili. Eu te pedi desculpas. Eu fiquei com ciúmes, foi só isso. Mas já passou. A gente está bem. 
– Não Rafael, nós não estamos bem. EU não estou bem. Eu tô cansada. - ela vai até ele e estende a chave — Pega. Acabou, Rafael. 
O rapaz ficou boquiaberto com o que estava acontecendo. Quando viu a namorada na porta não passou pela sua cabeça que estaria tendo aquela conversa. Não entendi o porquê ela estava fazendo se na sua cabeça estavam bem. 
– P-Por que você está fazendo isso? ME FALA, LILI!! - ela o olha assustada. Não imaginaria que ele tivesse essa reação. 
– E-eu já disse, Rafael. Eu não quero mais. - ela caminha até o balcão que separava a cozinha e põe as chaves encima. A loira sentiu um arrepio assim que sentiu a mão dele em seu braço a virando bruscamente. 
– VOCÊ VOLTOU PRO GERMANO, NÉ? É ISSO, LILI? VOCÊ VOLTOU PRO IDIOTA DO SEU MARIDO!!! 
– ME SOLTA, RAFAEL!!! - ela tenta se soltar mas o rapaz a segurava com força. 
– Eu não vou soltar até você me falar. ME FALA, LILI!! - a loira arregalou os olhos com medo. As lágrimas já começavam a descer por seu todo seu rosto. 
– M-Me solta, Rafael. - ela pede num sussurro choroso — Por favor! 
O fotógrafo a encarava e num lapso de lucidez realizou o que tinha feito e a soltou. Ele a encarava. 
– Não faz isso com a gente, Lili. Eu te amo. V-Você foi a única mulher que me deu alegria depois de... Não joga nossa história no lixo. A gente se ama, Lili. Por favor! - a loira acena em negação. Estava tremendo, assustada, com medo. 
– E-Eu nunca te dei falsas esperanças, Rafael. Sempre fui sincera com você, te pedia paciência porque e
– E eu fui paciente, Lili. EU FUI! Eu só... Não estou acreditando que você está - em um ato de desespero ele vai até ela e segura seu rosto com as mãos. — Não faz isso, Lili! Não faz isso com a gente. 
– Acabou, Rafael. - ela desfaz o contato. Os dois se olham por uns instantes. Cada um com seus sentimentos, com suas certezas.
Lili tinha certeza que aquilo era o certo a se fazer, e que não poderia ter tomado outra decisão. Já o fotógrafo se perguntava o porquê da mulher está fazendo aquilo, se tinha feito algo que tinha a levado fazer aquilo. 
Em passos ágeis a loira sai do estúdio do fotógrafo. Assim que abre o portão do prédio para sair respira fundo. Aliviada. Se sentia aliviada por ter feito aquilo, menos um peso. Agora precisava tomar outra atitude importante. Essa ela tinha certeza que lhe causaria uma sensação muito melhor do que a que estava sentindo. 

Rumou a outro prédio que ficava ali mesmo, na mesma rua. Usou as chaves que a cunhada havia lhe dado. Com o coração acelerado subiu as escadas depressa, deixando escapar um sorriso nos lábios. Estava tremendo. Nervosa. Mas dessa vez era um nervosismo bom. Bateu na porta do apartamento e esperou alguns segundos antes da mesma ser aberta. 
– Tia!! - Mila sorri dando passagem pra mesma entrar. Se abraçam brevemente. 
– É-É... Seu tio está aí? - ela o procura e se vira pra sobrinha. 
– Ele saiu rapidinho com a tia Nana. Aconteceu alguma coisa? Você parece agitada. - a modelo nota o nervosismo da mulher. 

– Pedi pra eles comprarem umas coisas pro jantar, Lili. - Ingrid diz alto da cozinha. A loira da dois passos para ver a mulher. 
– Ah sim... É q-que eu precisava falar com ele. É importante. - ela se atrapalha nas palavras. 
– Eles já devem estar voltando. Fica pra jantar com a gente. - a arquiteta vai sai da cozinha indo até a cunhada que acena em negação. 
– N-Não! Obrigada, Didi. E-eu preciso ir... Obrigada! - ela não dá nem chances as outras e sai porta afora. Ingrid e Mila se olham confusa por uns instantes e saem atrás da loira. 
– Tia!!! Tia espera aí!!! - Mila a chama mas em vão. 

Lili sai afoita. Tinha um plano de chegar na casa do ex marido para conversar com ele e o mesmo não estava ali. Talvez o universo estava lhe mandando um sinal de que não deveria se precipitar a ter aquele conversa agora. Mas o universo estava lhe mandando outro sinal agora mesmo. Germano vinha caminhando ao lado da irmã, rindo, conversando algo. 

Assim que seus olhos se cruzam a empresária tem a mesma sensação de quando o via toda vez. Parecia que seu coração iria sair pela boca, e um sorriso automaticamente brotou em seus lábios. 

– Lili!? O que você tá fazendo aqui? - ele se aproxima dela com a irmã ao lado. 
– E-Eu preciso falar com você, Germano. A gente precisa conversar. - o tom choroso da empresária fez o homem querer a abraçar ali mesmo. Mas não o fez. Ele ainda estava magoado com ela, não queria falar. 
– Lili, eu não acho uma boa ideia. Você já me disse tudo que quis hoje de manhã. - ele suspira. 

– Eu não quis, você sabe disso. Por favor, Germano! - ela se aproxima dele — A gente precisa conversar. 

A fazendeira alterna o olhar entre o irmão e a cunhada rapidamente, faz um gesto com as mãos para que ele lhe entregue a sacola e ele o fez. Ela acena pros dois e vai até a irmã e a sobrinha que estavam no portão do prédio assistindo tudo. 

– Ela chegou há muito tempo? - ela pergunta baixo e a sobrinha acena em negação sem tirar os olhos dos tios. 

– Você sabe que a gente precisa conversar, Germano. E-Eu nunca quis dizer aquilo. Eu não baseei nosso casamento em uma noite, se é isso que você está pensando. - a loira o encara. Estava sendo sincera em suas palavras. 
– É, mas não foi isso que você disse, Liliane.  - o tom de voz dele a fez se praguejar mentalmente. Sabia que ele ainda estava magoado. — M-Mas eu não devia ter falado com você daquele jeito. Me desculpa! - ele suspira e passa a mão no rosto tentando espantar a enxurrada de pensamentos que rondava sua mente. — Eu acho melhor a gente conversar outro dia, Lili. Não acho que hoje é o melhor momento. 

O empresário lhe lança um olhar e caminha para ir até as irmãs. Por um segundo a empresária até pensou em fazer o que ele estava pedindo e ter a conversa em outro diz mas ela não queria perder mais tempo. Agora não tinha mais ninguém que a fizesse se arrepender de fazer o que mais queria. 
– Não! - ela apressa os passos parando na frente dele. 
– Lili...
– Não Germano, eu não quero mais adiar o que eu quero fazer desde que você saiu. - ele a olha confuso. A loira o surpreende e o beija. 

O empresário se surpreende com o ato mas não recusou. Muito pelo contrário. Envolveu a cintura dela com um dos braços a trazendo pra mais perto, a língua pedia passagem por mais e ela cedia. Estava com saudades dela.  

As três mulheres que observavam um pouco afastadas ficaram boquiabertas com a atitude da empresária. Mila sorria feliz pra cena que via, junto com a mãe e a tia. 

– Lili... - eles se separam ofegantes. — O quê...
– Eu te amo, Germano. E-Eu tentei... Eu tentei te odiar de todas as formas. Tentei colocar a culpa do nosso casamento ter chegado a esse ponto toda encima de você mas eu estava errada. A culpa não é só sua. - a loira respira fundo. O empresário a olhava com carinho, ainda sem entender. Eles estavam tendo aquela conversa, que tanto foi adiada, ali mesmo. 
– E-Eu não devia ter falado daquele jeito com você hoje de manhã. - ele admite um pouco envergonhado. O homem leva uma das mãos ao rosto da mulher acariciando. — Eu exagerei, não de via ter 
– Não. - ela nega com a cabeça — Por favor! Eu sinto sua falta. Eu sinto sua falta todos os dias. E-Eu não aguento mais ter que ficar longe de você. Eu te amo, nunca deixei te amar. 
– Mas você... - ele a interrompe. Ela sabia muito bem do que ele estava se referindo. A empresária nega com a cabeça, lhe dando a confirmação de que ele queria saber.  

O empresário abre um sorriso a fazendo sorrir também. Ele a puxa pelo pescoço para um beijo terno. As mãos grandes acariciam o braço dela, e sente a mesma se encolher. 

– O que foi? - ele a olha preocupado — Por que voc... - seu olhar vai direto para o braço esquerdo da mulher, onde tinha uma vermelhidão. — O que foi isso, Liliane? - ele a pergunta sério examinando seu braço. 

Nesse mesmo momento do outro lado da rua Rafael saia com intuito de espairecer, ainda atordoado com o término recente. Assim que vê a então ex namorada do outro lado junto ao ex marido ele fica estático. Não acreditando no que estava vendo. 

Assim que vê o rapaz do outro lado o empresário realiza o que aconteceu. O medo estampado no olhar da mãe do seu filho, assim que ela vê o fotógrafo do outro lado os observando dizia tudo. 

– Eu vou matar esse desgraçado. - Germano diz entre os dentes indo até o outro lado. 
– Germano! Germano, não! - Lili o segue logo atrás. Mila, Ingrid e Nana logo seguiram a loira. As irmãs conheciam muito bem o irmão pra saber o que ele iria fazer. 


– Seu muleque covarde! - o fotógrafo não teve nenhuma chance. Com toda raiva e indignação o empresário pega o rapaz pela gola da camisa. 

– Germano, para! Por favor! - Lili tenta se aproximar para apartar mas é impedida pela cunhada. 

– Você é um insolente. Como teve a coragem? - com uma mão livre ele lhe defere um soco enquanto o segurava pela gola. O rapaz mais jovem não teve reação a primeiro momento mas logo tentou se desvencilhar do empresário. 
– ME LARGA! 
– Eu vou te ensinar a respeitar a uma mulher. Principalmente a MINHA mulher, está entendendo? - outro soco é deferido no rosto do fotógrafo que dessa vez perde os sentidos. 

– GERMANO! GERMANO, PARA! POR FAVOR - Lili consegue ir até o marido se pondo atrás dele segurando seus ombros. 
– LILI, POR FAVOR! - ele a olha rapidamente por cima dos ombros.  

Algumas pessoas que passavam por ali ficavam surpresas com a cena que via. Outras se aglomeram pra ver o que estava acontecendo. De longe Fabinho e Cassandra viram o tumulto e foram ve também, o herdeiro da Bastille toma um susto ao ver que era o pai quem estava causando aquilo tudo.  Ele vê as tias e a prima afastadas, puxa a loira e vai até elas. 

– Tias, o que tá acontecendo? - ele acena pras mulheres rapidamente. 

– O que você acha? Seu pai está

– Fabinho! Fabinho, meu filho. Graças a Deus! - Lili se vira assim que ouve o rapaz e vai até ele. — Faz alguma coisa, meu filho. Segura seu pai. 
– Eu? Tá doida, mãe? Já viu o tamanho do meu pai? Daqui a pouco quem vai apanhar sou eu! - Fabinho da de ombros puxando a namorada pela cintura. 
– UUU! - Cassandra faz uma expressão de dor ao ver o sogro deferir outro soco no fotógrafo. — Coitado do fotógrafo gato galinha, pegou o sogrão de mal humor. Vai sogrão! - ela se anima mas logo recebe um olhar fulminante da sogra. 

– Isso tá melhor que UFC. Nocaute mais rápido que eu já vi. - Mila logo se desculpa ao ver o olhar da tia. — Desculpa! 

 
Lili volta a tentar apaziguar a confusão indo até o marido, que deferia mais um soco no fotógrafo pra logo depois o largar no chão. 

– Você é um parasita. Seu lugar é aí no chão. - ele olha pro rapaz com desprezo. — Nunca mais se aproxime da minha família, está entendendo? NUNCA MAIS PROCURE A MINHA MULHER! 

O ódio no olhar do fotógrafo pro empresário poderia ser palpável. Pra ele os Monteiros acabaram com a sua vida, maldito dia que conheceu a filha primogênita deles e anos depois se apaixonou pela mãe. Nunca tinha passado tamanha humilhação na vida. 

Aos poucos todos foram se afastando restando apenas os Monteiros, Cassandra e o fotógrafo que estava sentado no meio fio da calçada cuspindo o sangue. 

Desesperada a editora vai até o empresário e o abraça forte. Ela estava tremendo. 

– Tá tudo bem! Acabou! - ele beija seus cabelos, os acariciando tentando tranquilizar a mulher. — Está tudo bem! 

– Podemos ir agora? - Ingrid olha pro irmão e o mesmo acena em concordância. 

Todos caminham em direção ao prédio do outro lado. Lili estava agarrada ao marido, nervosa com tudo que tinha acontecido. Fabinho e Cassandra de mãos dadas ao lado deles enquanto Mila, Nana e Ingrid iam um pouco mais atrás. 
Ao chegarem na frente do prédio a fazendeira vai até o portão para abrir mas antes se vira para o olhar pro irmão. 
– Está se sentindo melhor? - ela pergunta com um sorriso sacana — Honrou o chifre? 

– Dá um tempo, Nana. - Lili diz fuzilando a cunhada com olhos.

 A fazendeira solta uma gargalhada presa que contagia todos os presentes, incluindo a cunhada. Ingrid convida todos para o plano original da noite que era jantar em harmonia. Agora teriam um jantar com inúmeras perguntas direcionada ao ex casal que agora haviam se reconciliando e ao novo casal que estava surgindo, Fabinho e Cassandra. 


Notas Finais


E aí, gostaram da Lili se declarando? 🤠


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