História Em busca da luz - Capítulo 48

Pov jimin

 

Jungkook e namjoon desaparecem por alguns instantes, e logo voltam, fiquei curioso, mas quando perguntei para jungkook ele falou que era segredo. Vou respeitar o espaço dele e por isso não irei insistir no assunto.

 

Jin e namjoon já haviam ido embora, e como jungkook não ia trabalhar hoje, ele propôs da gente sair para comprar o berço de jiwon, achei uma boa ideia por isso aceitei.

 

Me arrumei, jungkook se arrumou e arrumou jiwon.

 

Depois de todos prontos fomos para o centro de lojas perto daqui do prédio. Lá só tem lojas caras, mas é o que fica mais perto da nossa casa, então é melhor assim.

 

Jungkook pegou a chave do carro, enquanto eu coloquei jiwon na cadeirinha de bebê e comecei a levá-lo para o carro.

 

Pelo menos dessa vez ele não chorou.

 

[...]

 

Chegamos no local, saímos do carro, jungkook pega jiwon e deixa a cadeirinha. Tiramos o carrinho de bebê dele que estava na mala do carro.

 

Montamos, pois o carrinho é do tipo desmontável e colocamos ele lá. Ele não reclamou, acho que por ter o brinquedinho, aquilo chamou sua atenção.

 

Jungkook começa a empurrar o carrinho e eu o acompanho ao seu lado. Não demorou muito e logo ele segurou minha mão.

 

Mesmo fazendo um tempo que namoro com ele, ainda não me acostumei em andar de mãos dadas. Não que eu ache ruim, eu até gosto.

 

Olhávamos as vitrines, mas nenhuma era a loja de bebês.

 

Enquanto procurávamos a loja, conversávamos coisas aleatórias, já jiwon estava ocupado tentando pegar o brinquedinho que estava preso em cima do carrinho.

 

Finalmente achamos a loja, não pensamos duas vezes e adentramos o local.

 

Tinha muitas coisas para criança, muita coisa fofa, dava vontade de comprar tudo.

 

— olha jimin, aquele berço.— apontou para um berço preto.

 

Nos aproximamos do berço. 

 

— jungkook, esse berço não.— falo analisando o berço. 

 

Logo ele me olha indignado.

 

— porque não?

 

— olha esse berço, jungkook, ele é todo preto, o menino vai ficar com medo de dormir aí.

 

Às vezes jungkook é meio sem noção, mas eu não posso falar nada, porque eu também sou, só que dessa vez eu estou certo.

 

— vai nada, olha como ele não vai.— ele tira jiwon que se sorria sozinho e coloca no berço preto.

 

Não deu muito tempo e logo o sorriso do bebê desaparece, ele começa a olhar para os lados como se procurasse alguma. Quando ele não achou o que queria, começou a chorar.

 

— aí está sua resposta em relação ao berço.— pego jiwon e começo a balançá-lo de leve.— não vai ser esse.— falo convicto e ele logo abaixa o olhar.

 

— que droga.— fala inconformado.— preto é tão legal, seria ótimo um berço assim.

 

— é legal para você, mas para jiwon não é.

 

Percebo que o bebê já havia parado de chorar no meu colo, agora ele tentava pegar meu rosto. Já tinha percebido que ele é meio inquieto, ele vai dar um trabalho quando começar a andar.

 

Enquanto jungkook se lamentava, eu fiquei observando os outros berços, logo vendo um que chamou muito minha atenção.

 

— olha aquele jungkook, é perfeito.— puxo a manga de sua camisa para ele olhar.

 

— qual?— olha na mesma direção que eu.

 

— aquele azul.— vou até ele.

 

— azul... não sei não jimin, prefiro o preto.

 

— é, mas o jiwon não, vamos ver se ele gosta desse.

 

Coloco-o no berço, ele não pareceu incomodado de estar aqui.

 

— filhinho, você não está achando ruim esse berço?— jungkook se abaixa para perguntar pra jiwon.

 

Como resposta o bebê bate na cara dele, claro que foi porque jiwon estava brincando sozinho e acabou acertando jungkook. Mas mesmo assim acabou sendo engraçado.

 

— aí está a resposta dele.— fala rindo.

 

— não precisava me bater.— fala alisando a bochecha, mas logo começa a ri também.— é acho que vai ser esse mesmo.

 

— então eu irei procurar algum atendente para nos atender, já volto.— falo e começo a me distanciar dos dois.

 

Quando ia virar o corredor das fraldas ainda olho outro vez, jungkook sorria enquanto estava abaixando mexendo com jiwon. Acabo sorrindo bobo ao ver a cena.

 

Ele com certeza vai ser um bom appa.

 

Volto a prestar atenção no que eu estava fazendo.

 

A loja era meio grande, por isso estava difícil de encontrar alguém. Passo pelo corredor das mamadeiras e quando ia virar para a dos carrinhos, sinto uma mão com um pano contra meu nariz e outra envolvendo minha cintura e braços com força.

 

Merda, isso é boa noite Cinderela.

 

Meu corpo começa a pesar, acho que a droga está numa dose muito alta, já está fazendo efeito.

 

Não consigo revidar. Vou perdendo as forças e  minha consciência vai se apagando.

 

— boa noite jimin.

 

Só consigo escutar isso e acabo apagando.

 

Pov jungkook 

 

— seu omma tá demorando né.— falo para jiwon que ainda estava no berço.— vamos procurá-lo?

 

O bebê só sorri, eu acabo rindo também.

 

Pego ele, coloco em seu carrinho, o cubro com o seu paninho de carrinhos e começo a empurrar o carrinho.

 

Passei por quase todos os corredores e nada do jimin. Quando estava no corredor das mamadeiras vejo uma mulher que tinha roupa da loja, logo deduzi que ela trabalhava ali, então fui até ela.

 

— com licença, você viu um homem loiro, bem bonito, por aqui?— pergunto nervoso.

 

Já estava pensando o pior, ele foi só chamar um funcionário, com certeza não demoraria esse tempo todo.

 

— não, não vi ninguém não senhor.

 

Ela fala e logo meu desespero aumenta.

 

Que merda! Eu não devia ter deixado ele ir sozinho.

 

Onde será que ele foi?

 

[...] 

 

Pov jimin

 

Abro meus olhos lentamente. Acabo me assustando com a situação.

 

Eu estava amarrado por correntes que prendiam minhas mãos em cima da minha cabeça, meus braços doem, então eu já devo estar nessa posição faz um tempo.

 

Pior que eu mal consigo colocar os pés no chão, essa posição é muito desconfortável.

 

Olhei ao redor, para poder analisar o local. Era um quarto escuro, onde não havia nada.

 

A pessoa que me prendeu aqui é muito burra, eu posso escapar facilmente por causa dos meus poderes.

 

Tento usar meus poderes para me livrar das correntes, mas logo me surpreendo novamente, não estava funcionando.

 

Talvez a pessoa não fosse tão burra assim. Acho que essa sala é feita de algum material especial, por essa eu não esperava.

 

E agora? Como vou sair daqui?

 

Suspiro frustrado.

 

A porta foi aberta e eu acabo me assustando, pois estava preso em outros pensamentos.

 

Assim que vejo quem era, logo entendo tudo o que está acontecendo. Não achei que a veria de novo.

 

Meu corpo fica frio subitamente, isso se chama medo. Meu corpo treme, mesmo sem eu querer.

 

Que merda.

 

Porque tinha que ser logo ela? Porque ela tinha que aparecer logo agora?

 

Parece que não querem que eu seja feliz.