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História Em busca da paz. (Stlaus-Mpreg) - Quando tiraram a minha paz.


Escrita por: OnyQueen

Notas do Autor


Repostando.

Capítulo 1 - Quando tiraram a minha paz.


Eu tinha 16 anos, era muito novo, idiota, irresponsável e inconsequente, minha paz havia acabado quando eu entrei na floresta com meu melhor amigo para ir atrás de um corpo e ele foi mordido por um lobo.

Irresponsável e louco, eu sei.

Faziam uns 60 anos que não haviam notícias de lobos perambulando por Beacon Hills, pois é. 

Mas foi isso que deu início a tudo, foi no dia seguinte que a minha paz foi tirada de mim como se não fosse nada, ao ver aqueles belos olhos verdes esmeraldas, em uma cor linda onde não se dava para diferenciar entre o verde, o castanho e o azul acinzentados, pois todas estavam misturadas dando uma cor única, mas eu sabia diferenciar, ainda mais quando estavam em situações e ambientes diferentes.

Eu me apaixonei perdidamente por aquele homem, Derek Hale, era a única pessoa que conseguia realmente me tirar do sério em questão de segundos. Mas que ao mesmo tempo me fez me apaixonar por ele. 

Começamos a namorar depois de toda aquela história do kanima, foram 3 longos anos juntos, mas tudo em segredo, pois Derek falava que era para a minha segurança, que ele não podia arriscar me perder por causa dos caçadores e do passado dele. 

Aceitei.

Era um motivo bem plausível na verdade, ainda mais levando em conta o tipo de vida que levávamos. 

Então para mim era compreensível...

Até eu realmente descobrir o motivo de ele querer tanto manter segredo, ele estava me traindo com a Breaden, uma mercenária que ele havia contratado para achar Kate. 

Terminei com ele no dia seguinte após a descoberta, não queria vingança, não queria nada, apenas distância. 

Eu estava na escola quando aconteceu, perdi meus sentidos, meu peito ardia e o ar não entrava, uma forte dor em meu baixo ventre me fez ficar aflito, no início pensei ser um ataque de pânico, eu conversava com Peter naquele momento, ele estava planejando pedir meu pai em casamento e eu estava o ajudando. 

Estava burlando aula no campo de lacrosse para o ajudar, eu sei, é irresponsável, mas era para um bom motivo.

Percebi o olhar aflito de Peter sobre mim e senti algo quente deslizar pelas minhas pernas, levei minhas mãos trêmulas até a minha calça de moletom e meu ar sumiu de vez quando vi sangue em minhas mãos me deixando confuso e atordoado. 

Desmaiei nos braços de Peter. 

Quando acordei estava no hospital e Melissa tinha lágrimas nos olhos, assim como meu pai e Peter. 

Lembro nitidamente de quando perguntei ao meu pai o que acontecia, do porquê deles estarem chorando, então meu pai segurou em minha mão desviando o olhar de mim e eu senti meu mundo desabar apenas naquele pequeno diálogo que tivemos.

— O que está acontecendo? Por que vocês estão com cara de que alguém morreu? — Eu perguntei tentando amenizar a situação, estava com um clima muito pesado e tenso.

— Filho… — Meu pai me chamou e eu franzi o cenho em confusão, meu pai quase nunca me chamava de filho. Ou era garoto ou pirralho, o último somente quando estava muito irritado. Raramente era filho, lembro-me até hoje quando ele começou uma conversa comigo assim, me chamando assim. — Eu... eu sinto muito. — Meu pai diz e eu começo a ficar preocupado e confuso, pois já tinha noção de que algo ruim tinha acontecido.

— Pelo que? O que está acontecendo? Pai? — Perguntei aflito e vejo Peter sussurrar algo no ouvido de meu pai.

—Ele não sabia? — Meu pai perguntou olhando para Peter de um jeito que me deixou mais preocupado ainda.

— Pai! — Gritei ganhando a atenção dos três presentes, Melissa parecia que ainda estava processando a informação, estava quieta e com um olhar vago cheio de dor. 

— Stiles, eu preciso que fique calmo pelo que temos a lhe dizer. — Melissa começou com seu tom de médica, eu odiava esse tom, eu não estava gostando nem um pouco. 

— Filho, eu.. eu sinto muito... Mas..  Mas... você.. — Meu pai respirou fundo e colocou as mais no meu braço esquerdo. — Você perdeu seu filho. —  Meu pai diz chorando e eu levo minha mão para meu baixo ventre não acreditando naquilo, não acreditava no que meu pai estava falando. 

Eu já havia lido sobre esses tipos de gravidez, sabia que um homem apenas podia engravidar se ele tivesse encontrado seu companheiro de alma, você sendo ou não humano, ou você sendo ou não marcado por ele ou ela.

— Pai... me diz, me diz que isso não é verdade, me diz que eu não perdi meu bebê, me diz que eu não perdi o meu filho… — Pedi com a voz quebradiça agarrando a mão do meu pai com força. 

— Eu sinto muito. — Peter disse colocando a mão em meu ombro, pois meu pai só sabia chorar.

— Não, por favor, por favor, me diz que isso é mentira, — Pedi desesperadamente. — Me diz que isso é apenas uma brincadeira de muito mal gosto.. pai, me diz, me diz. —  Pedia chorando e me encolhendo enquanto apertava a roupa do hospital. — Por favor! Me diz que isso é mentira. — Naquele ponto eu só sabia gritar e chorar, eu estava tão destruído que estava a ponto de ter um ataque de pânico. 

— Stiles, filho, calma. — Meu pai me pediu, mas eu não podia, doía, ainda dói. 

Isso já vai fazer uma semana que aconteceu, uma semana que minha alma foi destruída e eu perdi meu bebê, eu sempre sonhava com ele, um garotinho de cinco anos, cabelos castanhos, pele pálida cheia de pintinhas e olhos verdes onde não dava para se distinguir entre o verde, o castanho e o azul acinzentado. 

Mas isso foi arrancado de mim como se não fosse nada mais uma vez, pois descobri naquele mesmo dia que Derek Hale era meu companheiro de alma e que ele havia me rejeitado, por isso perdi meu filho, meu corpo havia entrado em um estado crítico de febre, onde eu consegui alcançar 50 graus de febre, Melissa havia conseguido me trazer de volta a vida, pois eu tive quatro paradas cardíacas e fiquei por um dia inteiro em um pequeno coma induzido e quando acordei eu recebi a notícia que me destruiu por completo. 

Hoje eu estaria indo embora de Beacon Hills,  eu havia recebido uma mensagem de Lydia me falando que Scott estava me chamando para uma reunião de última hora e que não podia falar pessoalmente pois estava meio ocupado com algo, por isso não pode vir me falar pessoalmente e pediu a Lydia. 

Assim que desci para a sala de casa, Peter estava me esperando para me levar até o loft, não queria e nem podia ir sozinho até lá de qualquer modo. 

Fiquei submerso em meus pensamentos o caminho inteiro, apenas sonhando acordado com o filho que eu havia acabado de perder. 

Meu pequeno era tão lindo em meus sonhos, eu não conseguia suportar, era tanta dor em meu peito que segurar as lágrimas eram difíceis. Eu já estava chorando de novo a essa altura, apenas senti meu pai Peter me puxar para seus braços e me abraçar forte até eu me acalmar. 

Sugeriu que voltássemos para casa, mas eu neguei dizendo que queria me despedir dos meus amigos e dos meus filhotes de consideração, ele apenas assentiu e ficamos mais alguns minutos abraçados. 

Depois de mais alguns minutos me recompondo Peter seguiu nosso caminho até o loft e ficamos dentro do carro por mais algum tempo, respirei fundo algumas vezes e saímos do carro indo direto para o apartamento de Derek. 

Meu pai Peter me ajudou a subir me pegando no colo, o que causou risadas em nós dois, pois não podia fazer esforço por estar muito fraco ainda, conversamos algumas banalidades durante o trajeto do loft, assim que meu pai Peter me pôs no chão, foi um time perfeito, eu toquei o chão com meus pés e a porta foi aberta por Lydia que franziu o cenho ao ver meu estado.

— Você está bem? — Lydia me perguntou e eu me limitei a assentir. — Vem, estávamos apenas te esperando. — Falou e dessa vez quem franziu o cenho foi eu.

— Pra que? — Pergunto e Lydia faz uma careta.

— Derek está noivo daquela lambisgóia da Breaden. — Aquilo foi como levar um soco bem no meio da cara, perdi momentaneamente as forças da minha perna, mas Peter me segurou em um abraço e sequei rapidamente uma lágrima que havia escapado de meus olhos. 

— Oh, eu não.. eu não sabia. — Falei engolindo o nó que se formou em minha garganta e forcei um sorriso.

— Quer ir embora filhote? — Peter me perguntou e eu neguei. 

— Quero me despedir deles. — Respondi e meu pai Peter assentiu.

— Você vai embora? — Lydia acabou perguntando um tanto quanto alto, ouvi algo dentro do loft quebrar e logo um Scott com os olhos cheio de lágrimas apareceu empurrando Lydia. 

— Você vai embora? — Scott perguntou confuso e fungando. — O que houve com você? Você está pálido. — Scott comenta não me dando brechas para responder e me puxa para longe de meu pai Peter antes que eu possa raciocinar algo para dentro do loft, soltei um gemido de dor quando Scott me fez sentar no sofá e Peter se aproximou de mim rapidamente de modo preocupado. 

— Está tudo bem? — Perguntou tocando em meu braço e eu suspirei um pouco aliviado.

— Obrigado.. — Murmurei e Peter piscou um pouco desnorteado e percebi que ele não estava puxando apenas minha dor física, mas também a minha emocional. — Peter, não. — Disse me afastando um pouco e percebi que todos olhavam para nós dois.

— O que está fazendo aqui? — Derek perguntou me olhando friamente e eu desviei o olhar para Peter que parecia meio tonto e o ajudei a se sentar ao meu lado.

— Vim dizer adeus. — Respondi simples e percebi que o olhar de Derek vacilou um pouco quando eu disse isso e senti um pouco de sangue começar a sujar minha calça novamente e Peter é o primeiro a perceber o cheiro, pois ele me abraçou e começou a soltar seu cheiro em mim cobrindo o cheiro de sangue.

Havia perdido meu filho e em troca havia recebido uma hemorragia, por isso não podia me esforçar. Percebi meus amigos/filhotes se encolheram com a notícia e Breaden abrir um sorriso enorme com isso.

— Estou indo embora, mas prometo manter contato. — Digo e vejo que Scott estava chorando encolhido perto da enorme janela. — Posso falar com você depois? — Digo e ele assente fungando.

— Então você não vai mais voltar? — Kira me pergunta com a voz trêmula parada ao meu lado e vejo o olhar curioso de todos sobre mim.

— Bom, eu já terminei a escola. — Digo olhando para Scott que me olhava confuso, puxando Kira para se sentar no meu colo a abraçando. — Terminei ano passado na verdade, mas, preferi continuar com vocês para não deixar meu pai sozinho também. — Digo e depois olho para Peter. — Mas agora sei que ele vai ficar bem, assim como vocês também, vocês tem ótimos alfas. — Digo olhando para Peter e Scott, ignorando Derek completamente, não conseguia olhá-lo sem sentir a dor avassaladora de saber que foi por causa dele que eu perdi o meu filho.

— Mas você é nossa mãe, como vamos sobreviver sem a nossa mãe? — Isaac me pergunta e eu dou uma risada fraca.

— Uma hora ou outra precisamos deixar nossos filhos ir, mesmo que doa em nossos peitos ou você não o veja mais. — Digo e Peter me aperta em seus braços depositando um beijo em meus cabelos, seco meus olhos colocando o casaco de Peter que o mesmo me estendeu para cobrir a mancha em minha calça e Kira se levanta para eu poder me levantar também. — Vou sentir a falta de vocês, vocês podem ir me visitar, depois eu mando uma mensagem para vocês dizendo onde eu vou estar morando. — Digo e faço um sinal para Scott vir comigo e Peter.

— Stiles… — Ouço Derek me chamar e eu o olho antes de sair.

— Parabéns pelo noivado Derek, espero que seja feliz. — Digo sincero – mesmo que sentindo meu peito doer de novo –, levo minha mão até o local e Peter me leva para fora do loft.

Assim que chegamos em frente ao carro de Peter, Scott para com as mãos no bolso encarando o chão meio triste, o compreendo, ele não está entendendo o porquê de quebrar a nossa promessa a muito tempo feita.

— Você tem mesmo que ir embora? — Scott pergunta choroso com a voz rouca.

— Tenho, você não entenderia. — Respondo apertando minha camiseta encostando minha cabeça no peito de Peter e tento acalmar a dor em meu peito.

— Então tenta me fazer entender. — Scott suplicou apontando para si mesmo começando a chorar.

— Scott… — Tento falar.

— Não, me diz! Me diz o porquê. — Scott implora e eu fecho os olhos com força para não olhá-lo mordendo o lábio inferior com força e logo senti o gosto metálico atingir minha boca. — Me diz… — Scott pede fracamente me abraçando e eu percebi apenas depois de sentir seus braços ao meu redor que meu pai Peter havia se afastado.

— Eu perdi ele.. — Respondi em um sussurro apertando minha camiseta com força. — Eu perdi meu filho Scott. — Quando eu percebi havia perdido a força das minhas pernas e eu e Scott estávamos abraçados em frente ao prédio chorando rios e mais rios de lágrimas. — Eu não posso mais ficar aqui, aqui só me trouxe sofrimento e muita dor. — Acrescento. — Também me deu vários amigos e um ótimo pai, — Olho para Peter que sorri para mim. — Mas eu não posso continuar aqui. Não posso ficar em um lugar onde apenas tiraram a minha paz. O meu filho se foi. Scott, meu filho morreu e eu nem o conheci. — Digo o olhando nos olhos e Scott seca as minhas lágrimas mordendo o lábio inferior para conter um soluço.

— Está tudo bem, eu vou te apoiar, só me promete que vai me ligar, que vai manter contato, sem você eu não sobrevivo, lembra? — Pergunta me fazendo rir pela primeira vez essa semana.

— É claro que eu lembro Mascott, e eu prometo. — Digo dando-lhe um beijo na testa e sorrio tentando conter mais lágrimas de cair. — E agora pra levantar? Como faço? — Pergunto rindo fraco e Peter se aproxima me pegando cuidadosamente no colo e me coloca sentado no banco do carona com cuidado. — Scott? — Chamo quando ele iria fechar a porta e ele me olha.

— Sim? — Pergunta e eu respiro fundo. — Não se preocupe, não irei contar para ninguém. — Diz sorrindo fraco coçando o queixo que havia deixado mais torto devido ao sorriso.

— Eu ia dizer que te amo Mascott. — Digo e Scott sorri maior.

— Eu também te amo Sti, mas não irei contar, não se preocupe. — Responde e eu assinto.

— Tchau Scotty. — Digo acenando e Scott desvia o olhar para o chão meio triste mas sem desmanchar o sorriso.

— Tchau Sti. — Scott diz olhando em meus olhos e eu sorrio também. 

Scott fecha a porta do carro e Peter dá partida, à última coisa que vejo antes de dormir é Scott chorando e Isaac o abraçando enquanto ambos me viam partir.



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