História Em busca da salvação (Sans e Frisk) - Como tudo começou

  Já se passaram dois anos. Desde que saímos do subsolo a vida em nossa pequena aldeia está como sempre.

Alphys e Undyne estão se amando, o relacionamento entre Mettaton e Papyrus continua complicado, e eu continuo amando o Sans em segredo.

Algo nele sempre me intrigou, não sei nada sobre seu passado, aparentemente Papyrus também não, já que sempre que pergunto sobre o assunto fica tão curioso e desnorteado quanto eu.

Nunca tive coragem para conversar assuntos íntimos com Sans, nossas conversas se resumem apenas em trocadilhos com ossos e Papyrus. Realmente não consigo entender porque gosto dele, talvez seja pelo seu passado oculto e sombrio, talvez pelo seu humor, ou talvez porque acabei me perdendo em seu misterioso olhar, nos seus pensamentos e palavras.

Eu, Sans e Papyrus moramos juntos. A algum tempo atrás decidi que isso seria melhor para todos, já que Toriel finalmente conseguiu superar os ressentimentos com Asgore, e concordou, relutantemente, em morar com ele, mas, segundo ela, um relacionamento amoroso entre ambos ainda é impossível.

O dia a dia em nossa casa é sempre divertido, aprendi alguns trocadilhos, porem Papyrus ainda fica irritado quando os uso.
Meu quarto é ao lado do de Sans. Sempre que deito para dormir, me pergunto o que ele esta fazendo, se esta pensando em mim, se tem algum sentimento por Toriel, e se poderíamos dar certo um dia. Mas ele não dá nenhuma pista, em relação a resposta a uma dessas perguntas.

O dia que mais gosto na semana, são as terças feiras. Nesse dia Papyrus sai para se encontrar com Mettaton e como ficamos a sós em casa, Sans e eu passamos a noite jogando vídeo games, contando piadas ruins ou, em algumas noites, vamos ao Grillby's. Em alguns dias fico pensando em como seria a vida se ele soubesse o que sinto por ele.

Antes de concluir meus pensamentos, Sans entra no meu quarto.
Sans-Eai pirralho.
Frisk-Sans, já falei para bater na porta antes de entrar!!
Sans-Desculpa, desculpa... Percebi que você ta ai sem fazer nada então vim te perguntar se você quer ir pro Grillby's hoje a noite...
Frisk-Claro, será um prazer...
Sans-Ótimo, temos que conversar.

Foi o bastante para passar o dia todo pensando sobre o assunto. Várias coisas vieram a minha cabeça. Será que ele iria, finalmente tirar as dívidas que tenho? Será que ele vai se declarar para mim? Provavelmente não. Deve ser outra de suas típicas pegadinhas. De qualquer forma, me arrumei bastante, e fiquei preparada para tudo.

As seis e meia estava pronta, agora era só esperar. Fiquei brincando com meu cachorro para passar o tempo. Os segundos pareciam horas e a espera era interminável.
Sete e meia.
Sans sempre foi um esqueleto muito preguiçoso, deveria ter esquecido, ou dormido. Então decidi ir ao seu quarto. Bati na porta. Mas não houve resposta. Empurrei a porta e entrei.
Já que estava no quarto dele, decidi procurar por alguma coisa que me ajudasse a entende-lo, afinal não é todo dia que se tem a oportunidade de ficar sozinha no quarto de uma pessoa tão misteriosa.
Estava uma bagunça, papeis espalhados pelo chão, meias para todos os lados, fora as blusas largadas em cima de uma cadeira
Ao analisar uma daquelas pilhas de papéis vi uma foto de Sans e outra pessoa. Não a reconhecia, mas parecia que já tinha visto ela em algum lugar. Sans parecia incomodando com algo naquela foto. Aquilo só aumentou minha curiosidade, e me senti determinada a encontar a verdade.

Olhando o resto da pilha, encontrei um papel, as palavras estavam escritas com letras maiúsculas e vermelhas, quando ia começar a ler, ouço um grito vindo da porta:
Sans-EIIII, O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO?
Rapidamente solto o papel e a foto, me viro e vejo Sans parado na porta. Seu olho esquerdo estava azul, coisa que nunca tinha acontecido.
Frisk- E-eu estava te procurando, e... Desculpe, realmente não deveria ter feito isso, me desculpe Sans.
Sans-(*suspiro*) Tudo bem pirralha. Sei que só estava curiosa. Bem, já que estamos aqui, podemos ir para o Grillby's. A propósito, você está linda hoje...
Sans- Obrigado. Falo sem jeito.
Sans me abraça e nos teletransporta para o Grillby's. Chegando lá sentamos em uma mesa longe das demais, ele parecia nervoso e apreensivo, será que foi por causa da foto? Ou algo que eu fiz? Eu não sei, tudo que me resta agora é ouvir.