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História Em Busca da Verdade - A nossa amizade não vai acabar!


Escrita por: Bekah1201

Notas do Autor


Oii, amores. Tá aí mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem!!!!
Boa leitura S2

Capítulo 2 - A nossa amizade não vai acabar!


Fanfic / Fanfiction Em Busca da Verdade - A nossa amizade não vai acabar!

"A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração." - Charles Chaplin.

 

Depois da grande notícia, Paula me deixou no quarto, assimilando um pouco sobre o que eu tinha acabado de ouvir. 15 minutos se passaram e eu sai dalí correndo, já sabendo quem eu queria encontrar agora.

Fui falar com minhas amigas, Dani e Marcela, que estavam sentadas nos degraus da escada da frente do abrigo, conversando entre si e admirando o lindo campo que se estendia ao longo do terreno.

Fui até elas e parei na frente das mesmas. 

Dani estava segurando um caderno, onde vários desenhos de árvores robustas e lindas flores mostravam a incrível capacidade que aquela pequena menina de cabelos ruivos tinha.

Marcela notou primeiro a minha presença e cutucou Dani, avisando que eu estava ali. A menina lhe lançou um olhar de reprovação mas logo o desfez quando finalmente pôs os olhos em mim.

Depois de reparar a minha expressão, elas me olharam com uma certa hesitação mas mesmo assim me perguntaram.

-Aconteceu alguma coisa, Bruna? 

-Você ta meio pálida. -Nem eu tinha percebido isso, mas eu estava tão eufórica e feliz que não parei em algum lugar para ver o meu estado.

-Eu vou ser adotada.

Elas se entre olharam e depois voltaram a atenção pra mim. Vários minutos se passaram e elas apenas ficaram me olhando em choque. O sorriso, que até então estava se formando em meus lábios, foi embora quase que em imediato, quando notei que elas estavam muito caladas. 

Marcela se pronunciou quando notou que Dani havia baixado a cabeça e estava em silêncio, tentando encontrar uma resposta.

-Nossa, Bruna. Meus parabéns. Você conseguiu! - Marcela estava tentando disfarçar mas não obteu sucesso. Rapidamente, notei que ela não estava feliz. Seu rosto angelical agora apresentava uma cor meio amarelada que se misturava com o tom dourado de seus cabelos lisos. Seus dentes branquíssimos como pérolas estavam fundidos em um falso sorriso de lado. 

Dani por outro lado, estava olhando para o chão. Seus cabelos ruivos escondiam seus pequenos olhos azuis, que aparentavam estar levemente molhados.

-Vocês não parecem nem um pouco felizes com isso. - Disse encarando-as.

-Não, nós estamos. É que... A gente... A gente vai parar de se ver, não é? Quer dizer, você vai ser adotada e nós vamos ficar aqui. Então... - Marcela parou a frase, não querendo terminar o seu raciocínio. Dani estremeceu logo em seguida. Limpou os olhos e se levantou apressada.

-Meus parabéns, Bruna. - E então voltou para dentro do abrigo, batendo os pés e nos deixando pra trás.

-Dani... - Mas ela não se virou. Ela era aquele tipo de pessoa que mesmo odiando uma ideia, tentava não demonstrar isso, mas como sempre, falhava profundamente. Eu conhecia Dani, e ela nunca pediria para que eu deixar de ir, muito menos se eu estivesse feliz com isso.

Voltei para Marcela que, agora, havia feito o mesmo que Dani. Estava com a cabeça baixa, olhando para o chão.

-Marcela? - Ela voltou o olhar pra mim. - Isso nunca vai acontecer!

-Como você pode ter tanta certeza?

-Porque eu nunca iria deixar isso acontecer! - Ela voltou a baixar a cabeça, descrente. - Vocês são minhas melhores amigas. Vocês são a minha verdadeira família! E eu não sou louca de deixar vocês pra trás. Nunca!

Ela levantou a cabeça, revelando as lágrimas que caiam em seu rosto. Se virou para mim, e continuou a me escutar.

-Adotada ou não, a gente sempre vai se ver. Não importa se eu vou ter que dar uma volta ao mundo, mas eu venho ver vocês. Então, não se preocupem com isso, ok?

Ela olhou no fundo dos meus olhos, e com isso, eu pude sentir sua insegurança. Me encolhi involuntariamente com a pressão daquele olhar sobre mim.

-Ok. - Ela limpou as lágrimas e eu lhe dei um forte abraço, tentando, com esse simples gesto, retirar aquela tristeza dela. Depois de vários minutos assim, nós nos levantamos e voltamos para dentro.

(...)

Logo após da conversa que tive com Marcela, eu a deixei em seu quarto e me certifiquei de que ela estava mais calma. Ela envolveu seus frágeis braços em um travesseiro e dormiu. A imagem de Marcela dormindo poderia ser confundida facilmente com a de um anjo. Bela, calma, tão inocente quanto intimidadora. Ela era linda.

Sai do quarto silenciosamente, e fechei a porta do mesmo, indo em direção ao meu.

No caminho, eu tentei permanecer firme, mas não estava mais aguentando. Meus olhos estavam começando a arder, avisando que as temidas lágrimas estavam chegando, junto com uma tonelada de sentimentos tristes que estavam martelando dentro do meu peito. Me encostei em uma das paredes de mármore claro do lugar e olhei para o vazio da cidade através da janela à minha frente.

 À luz da lua, que aos poucos subia no céu, eu parecia um fantasma em um museu velho, rodeada por quadros antigos que mostravam os anteriores donos do abrigo, desde a época que ele foi fundado.

Meus cabelos grudavam em minha costa, devido ao meu suor, que, por acaso, estava começando a ficar frio. A brisa que entrava pela janela me envolveu e eu estremeci ao impacto do contato.

Fiquei ali por alguns instantes e depois continuei o caminho até o meu quarto. Estava exausta. Tinha que pensar um pouco sobre o grande dia que seria em algumas semanas, mas iria fazer isso só amanhã, hoje o dia já foi muito longo pro meu gosto.

Abri a porta e logo me joguei na cama, cansada. 

Como já estava um pouco tarde, optei por dormir, mas já como previsto, não consegui. Lembranças dessa tarde invadiram minha mente. Dani triste e chorando; Dani indo embora com raiva daquela situação toda; Marcela também triste e chorando; e por fim, nós nos abraçando.

Eu não podia simplesmente culpá-las. Elas tinham razão em ficarem tristes.

Quando eu cheguei aqui no abrigo,um mês depois de eu nascer, elas vieram em seguida. Primeiro Dani, depois Marcela. Uma com um ano e a outra com seis meses. Crescemos juntas. Unidas. Fazíamos tudo uma com a outra.

Quando eu completei cinco anos, Dani e Marcela me deram um colar de aniversário. 

Num pingente de coração, os nossos nomes estavam escritos. Uma frase envolvia-os: "Até que a morte nos tire dos abraços de cada uma."

A partir daí, nunca nos separamos.

Elas foram a minha família e sempre serão.

Pensei nisso por um bom tempo, até que eu peguei no sono e dormi.


Notas Finais


Então é isso, espero muito que tenham gostado. Não esqueçam de comentar...


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