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História Em Busca Do Amor - Pai


Escrita por: KonanKurosaki e KuroudoAkabane

Notas do Autor


Olá. Voltamos com mais um capítulo para vocês! Obrigado por sempre lerem e até o próximo! ~KonanKurosaki

Oi, amorecos! (Me senti a minha avó agora) Estamos de volta, dessa vez com um capítulo menos longo (também conhecido como "mais curto") mas muito especial e importante para vocês, já que agora nós começamos a ter um pouco mais de detalhes sobre a relação que Rukia tinha com Kaien :T Nada muito sad, não se preocupem. Para falar a verdade, eu acho esse um capítulo bem animado.
Enfim, nos falamos melhor nas notas finais. Boa leitura! ~KuroudoAkabane

Capítulo 28 - Pai


 

- Onde você vai com essa roupa? - Kaien a olhou dos pés à cabeça, criticamente.

- Sair com a Isane e a Nemu - respondeu, agora um pouco insegura com suas vestes.

- Ah, aquela Nemu - falou o nome com desprezo enquanto revirava os olhos. - Já falei que não gosto que você ande com aquelazinha. Não quero que você vá!

- Mas eu já marquei com elas. Já devem estar até me esperando - argumentou.

- Não interessa! Com aquela piranha lá você não vai!

Rukia cruzou os braços. Não queria ceder. Não dessa vez. Tinha marcado de ir encontrar suas amigas e era isso que pretendia fazer. Sem falar que estava cansada de ouvi-lo chamando suas amigas de piranha sem razão alguma.

- Por que você sempre insiste em chamar ela desse jeito? Você nem conhece ela! Nunca se deu ao trabalho de conhecer nenhum dos meus amigos.

- Porque eu não preciso conhecer aquele tipinho para saber o que ela é. Dá para ver só pelas roupas que ela usa. - Olhou-a dos pés à cabeça novamente, mas dessa vez com uma pitada de desprezo antes de voltar a se virar e continuar a assistir TV. - E pelo jeito você tá começando a ficar igual.

Aquilo magoou Rukia de uma forma que ela nem poderia explicar. Ele nunca tinha olhado para ela daquele jeito! Como se estivesse olhando para qualquer uma que encontrou na rua!

Deu meia volta e bateu a porta do quarto, onde se trancou e finalmente deixou as lágrimas que tinha segurado lá na sala caírem todas de uma vez, borrando sua maquiagem e arruinando de vez a sua noite.

Mandou umas mensagens para as garotas se desculpando e avisando que não iria. Disse que não estava se sentindo muito bem, por isso tinha decidido ficar em casa. Bem, não era uma mentira. Só preferiu não contar toda a verdade.

______________________

O dia seguinte na empresa não foi tão ruim quanto o anterior - até porque seria um pouco difícil superar. O clima no escritório estava mais leve, embora de longe não estivesse cem por cento. Não sabia se Kukaku estava brava com ela ou se só não sabia como se comportar diante de uma situação dessas também. Pensou que o mais provável era a primeira opção, já que a Kukaku não se importava de arrumar uma briga pelo que já tinha visto nas poucas semanas ali na editora.

Passou o almoço com a Yachiru e o Zaraki num restaurante que ficava a cerca de quinze minutos da Gotei 13. A princípio ficou um pouco intimidada com a presença de Kenpachi, que sempre carregava uma carranca - menos quando fechavam um contrato para mais uma publicação - e tinha dois metros de altura, praticamente um gigante ao lado de alguém baixinho como Rukia. Yachiru até parecia uma criança ao lado dele. Ficava imaginando se ela própria também não parecia.

***

Hoje, uma sexta-feira, decidiu não fazer hora extra já que não precisava adiantar o trabalho. Era apenas uma mania que tinha.

Queria aproveitar essa noite para pôr as séries em dia - e a leitura também - e passar um tempo com seus irmãos. Principalmente depois do drama da noite anterior. Queria mostrar para eles que estava bem e que não precisavam se preocupar.

Talvez fosse bom sair um pouco esse final de semana, para não ficar enfurnada dentro de casa. Seria uma boa forma de demonstrar que já estava melhor, talvez não cem por cento bem, mas bem o suficiente.

Foi então que se lembrou de ter desmarcado a visita que iria fazer a Haruna e Ichigo na noite passada e pensou que, como não tinha nada para fazer esse final de semana, poderia remarcar, dessa vez tendo a tarde inteira livre para poder brincar com a garota.

Então, sentada em um assento no ônibus lotado, digitou uma mensagem para o ruivo:

Rukia: Tudo bem por você se eu aparecer aí esse final de semana? Já que não pude ir ontem a noite. Estou com saudades da Haruna :3.

Assim que chegasse em casa e o Wi-Fi conectasse no celular, a mensagem seria enviada. Será que não tinha sido direta demais, se oferecendo desse jeito para ir na casa dos outros? Deu de ombros com o pensamento. Bom, veremos!

*-*-*-*-*-*-*-*-*

Ichigo chegou de mais um dia cansativo no hospital e assim que Carla foi embora, foi deitar-se no sofá. Haruna estava vendo um desenho na TV. A música de abertura chamou sua atenção. Ele conhecia ela. Quando olhou com mais atenção, reconheceu o desenho da Sakura Card Captors, que fez parte do final de sua infância e início da adolescência.

- Esse desenho está passando na TV? - perguntou para Haruna, estranhando essa aparição repentina da Sakura depois de tantos anos.

- Não, é um DVD - respondeu a garota, sem tirar os olhos das imagens coloridas da abertura. - A Carla trouxe para mim.

Ichigo arqueou as sobrancelhas. A Carla nem tinha comentado nada… Bem, devia ter trazido o desenho para distrair um pouco a pequena. Como também tinha um filho pequeno, devia ter vários desses desenhos em casa.

Devolveria na segunda-feira, logo pela manhã, para ter certeza de que não iria esquecer.

Começou a assistir o desenho junto com sua filha. Era um pouco nostálgico para ele e o fez ter vontade de voltar a assistir alguns desenhos da época dos quais gostava muito, como InuYasha, Samurai X e Yu Yu Hakusho, que nunca chegou a assistir o final.

Estava até que se divertindo com a animação, quando a campainha tocou numa sequência que ele conhecia muito bem. Fechou os olhos por alguns segundos e respirou fundo antes de se levantar e ir atender.

Assim que abriu a porta, sentiu braços grandes e fortes o agarrarem em algo que poderia ser um abraço ou uma chave de fenda.

- Ai, pai! O que você está fazendo? - reclamou, tentando se desvencilhar do “carinho” que o mais velho aplicava nele.

- Eu vim ver meu filho e a minha netinha linda - disse fazendo biquinho e voz de bebê, olhando na direção de Haruna. - Já que você não leva ela para eu ver!

A pequena deixou a TV de lado e olhou para o avô, que enfim largou Ichigo e foi em direção a ela. Haruna deu um abraço em Isshin quando ele a pegou no colo. Obviamente estavam com saudades um do outro, depois de quase seis meses sem se ver.

- Ichigo, você deveria ir me visitar mais vezes! Você não pode abandonar seu velho desse jeito!

- Eu não estou abandonando você, ok? Só estava muito ocupado nesses últimos tempos.

- Percebi. - Fungou e virou a cara para o filho, levando Haruna de volta para o sofá onde estava e sentando-se ao lado dela. - O que você está vendo aí?

Ichigo respirou fundo. Seu pai sempre fora muito invasivo, não era atoa que evitava de ir na casa dele. Com certeza ele começaria a fazer um milhão de perguntas sobre “como ele estava depois da morte de Orihime” ou ficaria cobrando-o de nunca ir lá, porque eram apenas essas duas coisas que ele sabia falar para Ichigo.

O ruivo então foi para a cozinha, servir um pouco de café para si mesmo e para o pai. Sentiu o celular vibrar em seu bolso traseiro, então parou o que estava fazendo para ver o que era. Tinham duas mensagens esperando por ele: uma de Renji e outra de Rukia. Ele ignorou totalmente a mensagem do amigo e foi ver o que a morena queria. Ela queria em ir visitá-los naquele final de semana e estava perguntando se teria problemas. Mas antes que Ichigo pudesse sequer pensar em responder, sentiu uma baforada na nuca e só então percebeu que seu pai estava parado logo atrás de si, lendo a conversa por sobre seu ombro.

- Ei! O que você está fazendo? - disse, escondendo o aparelho de volta em seu bolso, para que seu pai parasse de ler a conversa.

- Estava apenas passando para vir pegar meu café - Foi em direção à garrafa térmica em cima da mesa.  - E acabei lendo, por um acaso, a sua conversa com essa tal de Rukia.

Ichigo revirou os olhos e pegou o copo que já tinha servido de café.

- Quantas vezes já disse para você parar de bisbilhotar por aí?

- Não tente desconversar. Que tipo de relação você tem com essa menina? - Se recostou na mesa, com um copo cheio de café na mão.

- Mas que… Eu não tenho nada com ela! - bufou. Por que todo mundo tinha que achar que os dois tinham alguma coisa? Não é como se ele não quisesse que ‘fosse’ verdade, mas ainda nem sabia se teria alguma chance com a morena agora que ela não trabalhava mais para ele.

- Não tente me enganar. Suas irmãs me contaram dela da última vez em que estiveram aqui. - Cruzou os braços, como se tivesse jogado a maior prova de todas na cara de Ichigo.

- Bem, eu não sei o que elas falaram para o senhor, mas aparentemente a informação não estava certa. Rukia era a ‘babá’ da Haruna e se demitiu há alguma semanas, ela só está marcando um dia para poder vir ver Haruna novamente.

Isshin chegou a murchar um pouco, com a informação que acabava de receber. Ichigo por sua vez apenas observava a decepção estampada na cara do pai enquanto tomava seu café tranquilamente, sem conseguir conter o pingo de satisfação que sentiu com a situação. Parecia que finalmente tinha voltado ao controle das coisas, pelo menos por um momento.

- Do jeito que suas irmãs falaram, parecia que vocês eram muito mais… próximos.

- É, não somos. - Não iria contar para seu pai que atualmente eles eram amigos e que trocavam mensagens com uma certa frequência. Conhecia seu velho suficientemente bem para saber que aquilo seria o suficiente para reacender a certeza de seu pai de que eles estavam juntos e que logo em seguida, seria bombardeado por mais um zilhão de perguntas indiscretas.

- De  qualquer forma... - O mais velho finalmente recuperou seu ânimo. - Você bem que poderia arrumar uma namoradinha, né?

- Não vejo necessidade.

- Nunca é bom ficar sozinho por muito tempo.

Ichigo olhou para o pai de soslaio. Como se ele mesmo não estivesse sozinho há quase vinte anos, desde que sua mãe morreu. Ou pelo menos, ele pensava que seu pai estivesse. Agora já não tinha mais certeza, pelo modo como ele falou.

Teve vontade de perguntar sobre, mas não queria se prolongar no assunto. Sem falar que dependendo da resposta, seu pai era capaz de começar a entrar em detalhes... Coisa que o ruivo com certeza preferia evitar. Então logo tratou de mudar o rumo da conversa e perguntou como estavam as coisas lá na pequena clínica do pai.

- Ah, está do mesmo jeito de sempre. Alguns vizinhos são muito estabanados e se machucam com qualquer caco de vidro, então sempre tem alguém por lá.

Ichigo continuou conversando com seu pai, sempre cuidando para que não voltassem para aquele assunto de “namoradinhas”, até que ele foi embora. Apenas quando estava indo deitar-se, já passado bastante da meia noite, se lembrou das mensagens que ainda não tinha respondido.

Ichigo: Claro, Rukia. Pode aparecer a qualquer hora. Só dar uma ligadinha antes, para eu arrumar a casa e fingir que continuamos organizados, mesmo sem você.

Então, abriu a mensagem de Renji, que era muito mais sucinta:

Renji: Peguei :u.

Ichigo revirou os olhos e ignorou a mensagem do amigo com muito gosto, botando o celular para carregar e virando-se para o outro lado na cama, para olhar o céu pela janela antes de apagar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Comentem! ~KonanKurosaki

Oi, de novo gente. Então, tenho algumas cositas à dizer... Primeiramente, queria já me desculpar por qualquer surrealidade que aparecer na história em relação ao relacionamento abusivo entre Kaien e Rukia. Desde o início, não era a intenção da fic tratar sobre esse assunto e isso me surgiu há pouco tempo, por conta disso, não fui capaz de desenvolver os traumas que provavelmente Rukia teria em decorrência desse relacionamento desde o princípio, para ficar algo realmente mais crível. Sem falar que eu pesquisei muito sobre o tema e sei que normalmente o cara que é abusivo, muitas vezes, age de maneira sutil, ao ponto de você sequer perceber que está em um relacionamento tóxico e as cenas que irão se passar com Kaien são os momentos mais escrachados de babaquice por parte dele, justamente para mostrar realmente como aquele relacionamento tóxico não era apenas frescura de uma garota que acabou de sair da adolescência e entrar na faculdade. Espero não decepcionar ninguém em relação a isso e me desculpem qualquer coisa, principalmente se esse for um assunto sensível para você e você achar que eu não estou tratando o tema de maneira adequada.
Agora, segundamente... O que vocês achariam de um capítulo que tem por volta de seis mil palavras. Espera aí, vou repetir em outra língua para ficar mais claro: SIX THOUSAND WORDS! 6.000 palavras! Ai, meu Deus, eu sei! Um dos capítulos posteriores que eu estava reescrevendo e inserindo uma ou outra cena deu cinco mil e poucas palavras e ainda falta adicionar uma parte que eu não penso que vá ser muuuito pequena.
***Eu queria saber se tudo bem por vocês publicar o capítulo inteiro, gigantesco daquele jeito, ou se vocês preferem que eu divida em duas partes? Ele foi pensado para ser um capítulo único, mas tem uma parte que eu posso separar sem problemas, mas o capítulo provavelmente continuaria bem comprido, por volta de quatro mil e quinhentas palavras ou quase cinco mil. Enfim, por favor, me respondam isso nos comentários, pois assim eu já posso começar a editar e a me preparar para postar os capítulos separadamente.
Meu Deus, eu nunca calo a boca! Nem eu me aguento!
Enfim, obrigada por tudo sempre, guys. Vocês são incríveis! Deixem suas impressões aí nos comentários e respondam minhas questões, por favor. Mas também aproveitem e me contem o que acharam daquele primeiro trecho inicial do relacionamento abusivo dos dois!
Por hoje é isso e eu finalmente vou parar de escrever! ~KuroudoAkabane
Edit: acabei de ver que praticamente escrevi um segundo livro aqui embaixo!


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