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História Em Busca Do Amor - Resultado


Escrita por: KonanKurosaki e KuroudoAkabane

Notas do Autor


Oi. Voltamos mais uma vez no prazo com mais um capítulo para vocês. Espero que gostem! ~KonanKurosaki

Então, amores, tudo bem com vocês? Como têm passado a semana? Eu praticamente já estou pedindo pra sair -.-'. Espero que estejam preparados para alguns resultados de certas coisas de capítulos anteriores.
Bom, não vou me estender muito aqui nas notas. Nos vemos lá embaixo! Boa leitura! ~KuroudoAkabane

Capítulo 35 - Resultado


Rukia passou o dia seguinte inteiro de bom humor. Conseguiu fugir da série de perguntas de sua irmã pela manhã, alegando estar atrasada para o trabalho. Após ter saído, ficou se perguntando ‘quando’ sua irmã percebeu que ainda nem estava na hora de Rukia sair.

Desde aquele último dia, não houve nenhuma incomodação no trabalho. Seu relacionamento com Kukaku até voltava aos poucos à cordialidade que era no início, embora de uma forma muito mais fria agora. Sabia que Hiyori conseguia perceber muito bem essa atmosfera esquisita entre as duas, mas preferia não se meter, apenas observando as coisas de longe.

O dia correu como sempre: quente, cansativo e muito atarefado para si.

Quando já estava no ônibus voltando para casa, olhou as mensagens pela primeira vez no dia. Respondeu alguns amigos e viu, por último, que Ichigo havia lhe enviado uma mensagem no meio  da tarde, por volta das três horas. Clicou no ícone do ruivo e abriu a conversa.

Ichigo: Oi. Desculpe eu não ter mandado uma mensagem antes, estava muito ocupado de manhã e só agora tive tempo de pegar o celular um pouco. Sabe, eu gostei muito de ontem… Queria saber se você está afim de se encontrar esse final de semana de novo. Deixo você escolher o programa ;).

Rukia tentou segurar o sorriso - em vão. Apostava que devia estar com cara de idiota encarando o celular naquele exato momento. Deu uma breve olhada para os lados, para ver se tinha alguém olhando e, quando não encontrou ninguém, deixou seu sorriso se expandir pelo rosto cansado.

Ichigo às vezes conseguia ser tão… Hm! Não conseguia encontrar uma palavra que descrevesse ele precisamente. Ele era tão… Ichigo. Simples assim.

Queria muito vê-lo logo e sabia que o ruivo sentia o mesmo, mas não esperava que ele fosse mandar uma mensagem convidando-a para sair logo no dia seguinte!

Começou a digitar uma resposta, que apagou algumas vezes antes de se sentir satisfeita com o seu conteúdo:

Rukia: Claro. Por que não? Eu também gostei muito da noite de ontem.

Após enviar essa mensagem, pensou em coisas que poderiam fazer num fim de semana. Não conseguia pensar em nada muito interessante. Na verdade, tinha gostado bastante de ir ao cinema depois de tanto tempo assistindo filmes somente em casa ou na Netflix. Por mais que já fosse quinta-feira, decidiu que seria melhor pensar com mais calma e responder depois.

Rukia: Não consegui pensar em nada para a gente fazer. Vou pensar melhor essa noite e te dou uma resposta amanhã, tudo bem?

Continuou com o aparelho em mãos por algum tempo, relendo suas mensagens e imaginando mil outras que poderia ter mandado. Suspirou e guardou o celular na bolsa novamente, já se levantando para descer no próximo ponto.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Ichigo voltou para casa acompanhado de Renji. O tatuado tinha decidido que queria conhecer a atual babá de Haruna para “avaliar se ela tinha potencial ou não”. Ichigo sabia muito bem o tipo de potencial que ele estava procurando encontrar, mas decidiu não discutir. Já tinha avisado o amigo outras vezes que ela era casada e que ela não tinha o perfil de quem trairia o marido, ainda mais para ficar com ‘ele’.

Destrancou a porta e entrou no apartamento seguido de perto pelo avermelhado, que já lançava olhares aguçados para todos os lados a procura de Carla.

O ruivo seguiu até a cozinha, onde sabia que provavelmente encontraria a mulher e foi exatamente o que aconteceu. Haruna estava sentada na mesa, encarando uma travessa de biscoitos que provavelmente tinham acabado de sair do forno, esperando o conteúdo esfriar para poder atacar.

Carla estava passando o café do bule para a garrafa térmica vermelha que Ichigo tinha comprado a pouco tempo. Renji lançou olhares pouco discretos para a mulher, especialmente para uma certa parte do corpo. Ichigo deu um cutucão no amigo e repreendeu-o com o olhar, enquanto ia se sentar ao lado de sua filha.

- Isso aqui tá com um cheiro muito bom, Carla.

Carla se virou para Ichigo, sorrindo e só então percebeu a presença do outro. Dirigiu um sorriso simpático para o mesmo, o cumprimentando assim que terminou de passar o café para a garrafa.

Renji lhe dirigiu, em resposta, seu sorriso mais cafajeste, deixando-a sem graça.

Ichigo bufou e revirou os olhos ao lado da filha, fazendo uma careta para o amigo e gesticulando para que ele parasse com isso. Estava constrangendo Carla!

Haruna observava a situação sem entender muito bem o que estava acontecendo, mas achando interessante a interação entre os três adultos à sua frente. Já estava acostumada a ver Ichigo dando broncas e sermões em Renji, e também estava acostumada com o jeito do tatuado, que ela provavelmente o caracterizaria como “desleixado”, se soubesse o significado dessa palavra. Mas era óbvio que uma criança que estava prestes a fazer quatro anos não saberia daquilo.

- E, então, Carla… - Renji começou, na tentativa de ser sedutor, mas apenas parecendo mais ridículo ainda naquela situação. - Você tem gostado de trabalhar aqui?

- Claro! Haruna é muito quieta e é um doce. - Sorriu para a pequena, que abaixou um pouco a cabeça, envergonhada. - Eu adoro crianças - disse, voltando sua atenção para o tatuado novamente.

Renji riu um pouco.

- Ah, a Haruna eu sei que é um ‘amorzinho’ - falou esta última palavra fazendo uma voz como quando se fala com um bebê, enquanto fazia um bico para a pequena, que riu um pouco. - Mas eu quero saber se tem sido fácil aturar o Ichigo. Sabe, ele não é a pessoa mais querida do mundo… - Renji estava provocando de novo enquanto tentava fazer graça. Ichigo apenas estreitou os olhos em resposta. - Conseguiu espantar até a outra garota que cuidava de Haruna.

- Para com isso, Renji! Daqui a pouco a Carla vai achar que eu sou a pior pessoa do mundo.

- Não se preocupe com isso - Carla disse, sorrindo amigavelmente. - Eu tenho gostado bastante de trabalhar aqui e o Ichigo sempre me tratou muito bem.

- Pena que eu não posso dizer o mesmo - O Abarai suspirou, abaixando a cabeça sobre os braços cruzados sobre a mesa, fazendo cara triste.

- Bom, talvez tenha um motivo para isso, não é?

Carla riu da interação deles. Achou os dois muito divertidos e gostaria de ficar mais, mas tinha que ir embora. Ainda precisava pegar seu filho na escola antes de ir para casa e não queria se atrasar.

Depois que ela saiu, Renji murchou um pouco por saber que ela tinha um filho e que mal tinha dado atenção a ele.

- Eu tentei te avisar.

Logo os biscoitos esfriaram o suficiente para que eles pudessem comer e - caramba! - eles estavam deliciosos. Precisava lembrar de pedir a receita da próxima vez que visse Carla. Enquanto os três devoravam o lanche, o celular de Renji vibrou, chamando sua atenção. Ele foi conferir a mensagem que tinha recebido e no mesmo momento a expressão dele se intensificou, seus ombros ficaram tensos e pareceu que ele tinha acabado de levar um soco no estômago.

Ichigo se esticou por cima da mesa, querendo checar como o amigo estava e o que ele tinha visto que o deixou daquele jeito. Renji realmente estava o deixando preocupado.

- O que foi? Cara, você está bem?

Renji trincou o maxilar, angustiado. Em todos os anos de amizade, aquela provavelmente era a primeira vez que Ichigo via o Abarai assim.

- A Jackie acabou de me enviar o resultado dos exames… - Fechou os olhos com força e jogou a cabeça para trás. - Deu positivo.

Ichigo deixou-se cair novamente na cadeira, exasperado. Olhou com pena para o amigo, que parecia inconsolável do outro lado da mesa.

- Ela tá grávida, cara. Ela tá… - Bufou, desamparado. - Puta merda! Ela tá grávida! Eu não acredito nisso. Eu… Vou ter um filho! Isso é horrível!

Então era isso. Renji ia ser pai.

- O que você vai fazer agora? - perguntou com cautela para o amigo, que aparentemente não estava em um bom momento.

- ‘O que eu vou fazer agora’? O que eu posso fazer? Eu vou ser a ‘merda’ de um pai. Eu não estou preparado pra isso… - murmurou para si mesmo, apoiando a cabeça entre as mãos.

- Você vai ter nove meses para se preparar. - Tentou acalmar o amigo, mas pareceu apenas ter piorado a situação.

- Cala a boca, Ichigo. Pra você é fácil falar! Quando vocês tiveram a Haruna já estavam casados e tinham a vida bem estruturada. Você é responsável e estava preparado pra isso. Eu nunca quis ter filhos! Como é que eu faço agora?

Ichigo virou para sua filha por um momento e pediu para que ela esperasse lá fora. Se ela quisesse poderia levar os biscoitos e foi exatamente o que ela fez. Foi direto para a frente da TV com a bandeja em mãos.

O ruivo se levantou e foi para o lado do amigo. Passou um braço por cima dos ombros dele, tentando consolá-lo da forma que era possível.

- Eu sinto muito, Renji. Sei que isso nunca esteve nos seus planos. Mas… - Olhou para a entrada da cozinha, conferindo se Haruna estava longe o bastante e não corria o risco ouvi-lo. - Você é foda e vai conseguir tirar isso de letra. Paternidade não é uma coisa tão complicada assim. Você estar presente na vida dessa criança já é o suficiente. E ajudá-la da forma que for necessária e possível. - O amigo olhou para ele, ainda desanimado, mas agora um pouco mais calmo. - Depois que seu filho nascer, você vai entender essas coisas melhor. Tenho certeza que você vai tirar de letra. As crianças te adoram! Por que com essa seria diferente?

O tatuado abaixou a cabeça e soltou uma risada anasalada, completamente desprovida de humor e voltou a olhar para o ruivo, dessa vez com os olhos levemente vermelhos.

- Não sei o que pode dar errado, ao mesmo tempo que ‘tudo’ pode dar errado. Entende? É como se eu não estivesse mais no controle da situação e isso me assusta pra ‘caralho’.

Ichigo observava enquanto os olhos do amigo se tornavam cada vez mais vermelhos e se enchiam de lágrimas aos poucos. Era difícil ver seu amigo assim. Renji sempre foi tão forte e confiante. E vê-lo naquele estado agora… Tentando se segurar para não chorar na frente do melhor amigo… Ichigo de repente sentiu um nó na garganta também e logo também estava se esforçando para não chorar.

Apertou o ombro do amigo, num gesto de apoio.

- Eu confio em você.

Renji não aguentou mais e deixou seus olhos derramarem algumas lágrimas, virando o rosto para que Ichigo não o visse naquele momento. O nó na garganta do ruivo apertou mais ainda, a ponto de ele quase não conseguir falar:

- Eu estou aqui. Cara, eu estou aqui. E você pode contar comigo. - Uma lágriminha idiota rolou de seu olho e ele rapidamente a limpou. Renji caiu no choro em resposta a Ichigo, escondendo o rosto entre as mãos. O menor hesitou um pouco antes de puxar o amigo para um abraço desajeitado. Aquilo era inusitado. Em qualquer outro momento sentiria sua masculinidade sendo ferida, mesmo que levemente, mas naquela hora só queria ajudar um pouco o amigo. Mostrar que ele realmente estaria ali se precisasse de alguma coisa. ‘Qualquer’ coisa! Renji sempre esteve lá e agora era a sua vez de estar lá por ele. Era sua vez de retribuir todos esses anos de amizade.

- Que merda, cara. - Soluçou mais um pouco. - Ter que ser consolado por você. É a prova de que realmente cheguei no fundo do poço. Pior do que isso não pode ficar, não é? - Dessa vez, o som de leves gargalhadas se juntou aos soluços constantes e às fungadas.

Ichigo fingiu acertar um soco nas costelas do amigo, que fingiu ser acertado e, então, estavam ambos rindo. Renji respirou profunda e lentamente e soltou o ar com a mesma calma, tentando se acalmar de uma vez por todas e acabar com aquela choradeira.

- Podemos não falar mais sobre isso hoje? - pediu para Ichigo, que concordou prontamente. O tatuado teria tempo de sobra para se acostumar com a situação e aprender a lidar com ela.

Por ora, foram para a sala e se sentaram cada um de um lado de Haruna, que estava com o pote nas pernas, onde restavam menos da metade dos biscoitos.

- Olha só que menina gulosa! Quase que comeu tudo e deixou a gente sem. - Ichigo brincou com sua filha, tentando disfarçar toda a situação, mas obviamente isso era inútil. Renji estava com uma cara de choro horrível, com os olhos vermelhos e inchados e a voz ainda estava estranha. Ficava imaginando como ele próprio não estaria.

Haruna olhava fixamente para Renji, que olhava fixamente para a TV, evitando o olhar de ambos. A ruiva, então, pegou um dos biscoitos e estendeu para ele, que lhe lançou um olhar um pouco surpreso, embora ainda carregando uma expressão desamparada no rosto.

- Não precisa, querida. Pode comer tudo - disse, acariciando a cabeça dela e bagunçando seus cabelos.

Mas ela estendeu a mão novamente, dessa vez não esperando para ver se ele iria pegar ou não o biscoito, deixando-o em seu colo.

- Você precisa mais do que eu. - Ambos olharam para ela, extremamente surpresos. - Biscoitos sempre me deixam felizes, então você pode pegar esse para você ficar feliz também. Se não funcionar você pode pegar mais um.

A cara de Renji se contorceu mais uma vez, tentando segurar o choro. A Haruna foi tão… Gentil. Fofa. Incrível. Tinham tantos adjetivos que poderiam descrever ela naquele momento.

Renji finalmente aceitou o presente e pegou o biscoito de suas pernas.

- Obrigado - murmurou para a pequena, antes de levar o biscoito até a boca e dar uma mordida, deixando uma lágrima escapar.

Haruna então, estendeu o pote inteiro para o avermelhado, que voltou a chorar com força.

- Pode pegar tudo. Mas eu também vou precisar de um, porque estou começando a ficar triste… - Então ela ficou de pé no sofá e abraçou o tatuado que, após alguns momentos, abraçou-a de volta também, com força.

Ichigo encarava a cena de seu assento no sofá, também levemente emocionado com a cena. Sua filha era incrível! Ele sempre teve orgulho dela, mas nunca como nesse momento. ‘Nesse momento’ teve a certeza de que estava fazendo alguma coisa muito certa.


Notas Finais


E, então, gostaram? Eu espero que sim. Comentem! ~KonanKurosaki

Ain, gente :'( Mucho sad essa parte do Renji, não é? Me digam vocês. Eu enquanto escrevia realmente fiquei bolada com tudo isso, mas quero saber se vocês também sentiram a profundidade do negócio. Principalmente com essa Haruna fofinha sendo ainda mais fofa!
E a Rukia realmente está conseguindo fugir das perguntas da Hisana! Um marco histórico hahahaha.
Mas, então... Me deixem aqui nos comentários as suas impressões sobre o capítulo, se gostaram ou se não gostaram, por que... Enfim, comentem aí o que chamou a atenção de vocês sobre o capítulo e o que estão achando da fanfic. Esse feedback é importante pra mim e também me digam sobre o que vocês gostariam de ver Ichigo e Rukia fazendo no próximo encontro (nada safadinho, ok?!), porque, por conta de alterações que eu fiz em capítulos passados, agora eu vou precisar reescrever alguns para eles não perderem o sentido. E eu vou ter que reescrever o próximo encontro deles também, então me sugiram temas aí ou eu vou pegar qualquer coisa aleatória mesmo e é nóis. E, ah, nada de cinema de novo. Bora variar!
Enfim, era isso. Como sempre, falo que nem o Burro do Shreck ou mais ainda! Hahahaha. Mas era isso o que eu tinha para falar. Espero que vocês estejam gostando do andar da carruagem, porque eu tenho me esforçado bastante. Até parei com o meu outro projeto para voltar a me dedicar a esse até o final!
Bom, agora é sério. Parei. Obrigada por lerem e por comentarem. Beijinho no coração e talvez sábado eu não apareça (só lembrei disso agora). O mais provável é que eu já poste o próximo capítulo amanhã ou sexta de manhã. Enfim, é nóis e tchau! ~KuroudoAkabane


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