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História Em Meio a Madrugada ( Near x Mello ) - - Aquilo é... Sangue?!


Escrita por: Mocchiato_Coffee

Notas do Autor


Oii, coisinhas amadas!
Aii, esse capítulo foi mais complicado pra mim kkkk

Lembrete: Narrações em itálico, entre traços, são como Flashbacks, memórias... entenderam?


Espero que vocês gostem!!
E bebe água, caramba =-=

~ Boa leitura!! ♡

Capítulo 4 - - Aquilo é... Sangue?!


Fanfic / Fanfiction Em Meio a Madrugada ( Near x Mello ) - - Aquilo é... Sangue?!

Near 

— Mello, Matt... – Aceno com a cabeça para ambos, Matt retribui o gesto, Mello apenas me encara levemente espantado. – Mello...?

Mello

---//----

Ando na frente de Matt, paro em frente à uma porta no fim do corredor; deveria ser o banheiro. Abro a porta. Mas o que vi me fez parar.

— Puta que pariu...

Na banheira havia um homem. Ele não parecia estar vivo. Seu rosto estava pálido, amarelado; os olhos arregalados em uma expressão que eu descreveria como surpresa.

A água da banheira estava em uma mistura de sangue e sujeira. Parecia ter espuma também, acho que ele estava tomando banho quando aconteceu. O sangue escorria das bordas da banheira de porcelana branca e fria; a pia também estava suja. Matt colocou a mão em meu ombro, eu estremeci; na pia havia um dedo. UM DEDO!!

Tentei pegar meu celular e ligar para alguém, Roger, no caso. Acidentalmente, o derrubei no chão, pois estava tremendo. Me abaixei para pegá-lo sem tirar os olhos do corpo. Ao chegar ao chão, fiquei na mesma altura que o rosto do homem. Ele me encarava com os olhos assustados, e eu o encarei de volta com olhos mais assustados ainda.

Matt me puxou pelo braço, me levantando e pegando meu celular de minhas mãos.

—Deixa que eu ligo, vai ficar na sal, Mel. Eu resolvo isso pra você!

— Não. - Não mesmo!  Eu resolvo. – Pego meu celular de sua mão, e o empurro para fora, fechando a porta atrás de mim.

Não! Matt tinha pavor de corpos, sangue, e coisas assim. Eu não o deixaria fazer isso.

Disco o número.

— Alô, Roger? Temos uma situação aqui. Cadê o Near?

---//---

— Mello...??

Ouço a voz de Matt me chamando.

— Oi? – Digo me recompondo.

— Vamos sair daqui, vão fazer a autópsia, voltamos depois, pode ser?

— Ah, pode... – Deixo que ele me leve para fora.

--//--

Estávamos andando de volta para casa, íamos atravessar a rua, então vi Near, no mesmo lado da calçada, alguns metros mais distante, ele parecia não ter nos visto. O sinal fica verde, mas o mesmo parece receioso quanto ao simples ato de atravessar a rua.


Eu confesso, me senti na obrigação de fazer alguma coisa. Se ele morresse, Matt e eu teríamos que dar conta sozinhos da investigação.

Me aproximo dele e seguro em seu pulso, o mesmo olha para mim de relance e parece relaxar um pouco ao ver que sou eu. O guio até o outro lado, espero Matt se juntar a nós, e solto seu pulso.

— Obrigado – Diz um pouco mais baixo.

— Bem, se você morrer, teríamos mais trabalho.

— Ah... você pretende ir conferir os resultados da autópsia mais tarde?

— Ah, eu acho...

— Ele vai! – Matt se aproxima, com as mãos nos bolsos, e um cigarro na boca – Eu não vou voltar àquele lugar nojento, e você precisa dos resultados, vá com a ovelha!

— Você me chamou de ovelha...?

— Chamei. Vai fazer o quê a respeito, ovelha...?! – Diz Matt, sorrindo levemente presunçoso, o cigarro pendendo do lado direito do lábio.

— Não irei fazer nada. – Disse simples.

— N-Não... 'pera... quê...? – Matt franze o cenho.

— O que eu deveria fazer? – Diz Near, com a cabeça inclinada para a direita, ele realmente parece ser apenas um garotinho, mesmo sendo mais velho do que isso! Começamos a andar, os três juntos.

— Bem, quando eu chamo a Barbie de Willy, ele fica estressadinho, e diz que vai me matar, mas, eu ainda tô vivo, olhem só!! - Ele abre os braços de uma forma cômica. Aquele idiota!

— Hm... Willy...? – O baixinho diz parecendo um tanto quanto perdido.

— É. Willy Wonka... Você não conhece?! – Matt praticamente grita, e eu tapo a sua boca.

— Não, eu deveria conhecê-lo?

— Garoto, você tá brincando, né? Seus pais nunca te levaram para assistir 'A Fantástica Fábrica de Chocolate'?! – Caramba, ele realmente ficou indignado, haha.

— Não cheguei a conhecer meus pais. Atualmente, eu vivo em um orfanato.

Matt para por um segundo e volta a andar, vejo que ele ficou desanimado, pelo que conheço dele ( Bastante, por sinal ) deve estar se sentindo mal por Near. Ele fez a mesma expressão quando eu o disse a mesma coisa algum tempo atrás.

— Entendo... bem, um dia, quando tiver tempo livre, aparece lá em casa! Podemos assistir juntos! – Ele sorri.

— Eu? Ver um filme com vocês? – O menino de cabelos brancos pisca rapidamente – Seria ótimo... - Ele dá um sorriso mínimo, olha para mim, e eu retribuo o sorriso.

Andamos mais um pouco em silêncio, avistei uma cafeteria, Mint&Latte, como meu chocolate havia acabado, sugeri que fôssemos comer alguma coisa. Ah, e o idiota do Matt sugeriu que iria comer o meu cu, aquele--

Nos sentamos próximos da grande janela que dava vista para a rua, me sentei no canto, de frente para Near, enquanto Matt se sentou ao meu lado. Ele foi pegar o cardápio, deixando à mim e ao outro esperando. Realmente, se eu não falar nada, aquele projeto de detetive não falaria também.

— Eu também perdi meus pais. – Caralho, eu podia falar qualquer coisa e fui falar disso, puta que pariu, Mello!!

— Hm? – Ele me encara com seus olhos escuros, eles pareciam vazios, mas curiosos ao mesmo tempo.

— Perdi meus pais, assim como você. – Encaro a mesa de madeira clara e lisa – Eles faleceram em um acidentede carro...

— Sinto muito pela sua perda.

Ele fala como se não tivesse passado pela mesma coisa e fica em silêncio por alguns minutos.

— Não cheguei a saber a causa dos meus terem me deixado, não sei se faleceram, ou simplesmente não me queriam. – Ele pisca fortemente e franze os lábios.

Aquilo me fez sentir uma certa empatia por ele, o fato de termos algo em comum, tirando o fato de sonhar em sermos detetives. O jeito como ele falava aquilo... por mais que não aparentasse qualquer expressão, vi que apertou o punho que estava em cima da mesa com força. Eu não sabia o que dizer, então, apenas coloquei minha mão sobre a sua, em um ato imprevisto até para mim. Sua mão era macia, levemente gelada. E, mesmo segurando a mão da 'Lerigou ( Vulgo, Elsa ) , senti uma sensação reconfortante.

— Então, aqui está! – Matt vem da esquerda com o cardápio em mãos – Já pedi seu chocolate, Willy!

— Como você sabia que eu queria chocolate?! – Pergunto, incrédulo.

— Ah, desculpa, esqueci de me apresentar. Prazer, sou Matt, moro com você a 5 anos! - O mesmo me estende a mão com aquele típico sorrisinho idiota.

– Prazer, Matt! - Aperto sua mão, então aperto mais forte, e mais forte...

— Ai, caramba! – Ele puxa sua mão dolorida. – Loira agressiva... - O garoto lança um olhar mortal para mim.

— Ruivo idiota... – Digo lhe lançando o mesmo olhar.

— Hum...  Near resmunga, imediatamente nos lembramos que a ovelha estava lá.

— Ah é, o Near tá aqui haha – Diz Matt coçando a nuca. – Algum problema?

— Bem, eu recebi uma mensagem informando que podemos ir ver o resultado amanhã, pensei que quisessem saber.

— Então não precisamos ir hoje?! Ótimo!! Isso quer dizer que... Vamos levar a ovelha pra ver "A Fantástica Fábrica de Chocolate"!! – Matt grita entusiasmado, acarretando olhares para nós.

— Se ele for, você para de berrar?!

— Sim, eu paro! – Aquele idiota sorriu de forma doce. – Então, bora!!

– Eu não terminei o meu café...

O mesmo mal o deixa terminar de falar, pega Near pelo pulso e começa a o arrastar, como reflexo, o garoto segura meu antebraço com força, para não ser levado por aquele doido. Então, começo a ser arrastado junto do outro. Sinceramente... eu ainda quero entender a obsessão do Matt com o Willy Wonka, isso não é possível!!

---//---

Após alguns minutos andando ( lê-se, "sendo arrastado por um maníaco" ) chegamos em frente ao nosso prédio.

Era um prédio de altura média, 7 andares, a fachada era cor creme, e tinha um belo jardim frontal de violetas e hortênsias.

Meu amigo abriu o portão, e fomos em direção ao elevador, para o 6° andar. Por algum motivo, ele ainda não havia soltado Near, e o mesmo ainda segurava meu braço, tch.. como se fôssemos fugir de um elevador!

Ao adentrar o apartamento, o ruivinho vai até a cozinha, ouço o barulho do micro-ondas, deveria estar fazendo pipoca. Claro, a minha é com chocolate por cima. Nos acomodamos no tapete, assim, ligando a TV, Matt volta da cozinha com as duas tigelas de pipoca, a doce, e a normal, e se senta em nosso meio, colocando o filme.

— Ovelha... isto será uma experiência que você levará para o resto da sua vida! Entendeu?? – Diz sério, segurando em seus ombros e olhando fundo nos olhos do garoto, que estava levemente assustado.

— Er... Ok...

— Claro né, nunca se sabe quando você vai cair num rio de chocolate e se afogar lá. Ninguém é tão burro assim! – Reviro os olhos.

— Você faria isso.

— Eu disse que ninguém é burro o bastante pra fazer isso, e eu sou um apaixonado por chocolate, não um idiota!

— Grandes merdas... Agora, para de dar spoiler 'pro menino e deixa eu começar o filme logo!! – Matt dá o play, e todos nos concentramos na tela.

Eu gosto daquele filme, claro, eles retratam a nós, amantes de chocolate, como uns doidos, mas são ossos do ofício.

Near parecia estar gostando, o mesmo parece ter gostado mais dos *Oompa-Loompas. Matt sabia as letras de todas as músicas deles de cor! Impressionante, mas mal consegue se lembrar do número de celular dos pais.

----//----

Estávamos nos créditos do filme, Matt estava sorrindo igual ao idiota que é, e Near ficou piscando algumas vezes, olhando para os nomes que passavam na tela.

— Hum... O Charlie escolheu a família a ter uma fábrica de chocolate? – Disse Nate, em seu típico tom frio de falar.

— Sim, ele escolheu! Para o Charlie, não adiantaria ter a fábrica sem a família. – Matt falou.

— Acho que eu não posso opinar nisso... então, eu escolheria a fábrica.

— E me daria chocolate infinito?? – Disse eu, afinal, iria adorar que uma alma caridosa me desse toneladas de chocolate!

— Óbvio que não! – Ele disse como se fosse óbvio – Eu iria ir à falência!

— Aaah, mas veja pelo lado bom! – Eu disse, gesticulando.

— Qual seria o lado bom...? – Disse levemente apreensivo, com medo da reposta, talvez.

— Você iria à falência, maaas... Ganharia um amigo extremamente grato!!! - Digo com meu melhor ( e mais forçado ) sorriso.

— Prefiro o dinheiro. – Falou depressa e se levantou. Enquanto novamente, eu fazia a minha famosa "Cara de Indignação".

— Matt, Mello, eu já estou indo!

Near pegou seu casaco de cima da mesinha de centro, o vestindo.

— Mas... já? – Matt soou um tanto quanto decepcionado.

— Eu preciso ler novamente os relatórios; e amanhã de manhã precisamos ir conferir os resultados, se lembra?

— Hum, realmente... Ele é mais responsável do que você, Mello!

O idiota olhou para mim e disse casualmente, como se aquilo não estivesse ferindo minhas ilustres, honra e imagem! Ok, eu realmente sou dramático...

— Até, então!

— Eu te levo até lá embaixo. – Falei pegando as chaves.

— Não precisa. Eu não sou uma criança.

— Tem razão... até uma criança conseguiria ser forte o bastante para não ser arrastada pelo Matt... – Provoquei.

— Certo... me leve então. – Eu juro, JURO, que o vi revirar os olhos!!

Fomos até o elevador em silêncio, eu apertei o botão do térreo, e esperamos os segundos necessários. Ao ouvir o som da porta se abrindo, saímos da caixa metálica, e fomos em direção ao portão. A noite estava gelada, bem escura, e as nuvens cobriam a lua. Cheguei até a me preocupar se Near ficaria bem, sozinho à tal hora da noite.

— Você... vai ficar bem? – Perguntei – Está meio tarde, e está escuro...

— Eu vou pedir um táxi. Não tem pelo quê se preocupar, Mello. Qualquer coisa, eu ligo para você.

— Pra mim...? – Fiquei levemente surpreso.

— Sim, você pode atirar em qualquer um! Chega a me lembrar aquele cara de 'O Poderoso Chefão' – Ele deu um sorrisinho.

— Ah, claro, falou o cara que me lembra o Sherlock Holmes! – Sorri levemente para ele – E o Matt ficaria puto se descobrisse que você assistiu 'O Poderoso Chefão' e não a 'A Fantástica Fábrica De Chocolate'.

— Ele não vai ficar irritado se "alguém" não contar.

— Ah, eu vou contar... – Arqueei as sobrancelhas.

— Que pena... tão jovem para morrer... – Disse com falsa decepção.

— Isso é uma ameaça, baixinho...? – Meu tom de desafio era aparente.

— Considere um aviso, loirinho.

O mesmo olhou para atrás de mim, e eu me virei também para ver o que era, vendo apenas um carro se aproximando.

— É o meu táxi. – Falou – Até mais, Mello!

Near entrou no carro, se sentando no banco daquele modo estranho que ele faz.

— Até mais... ovelha...

                        -----//-----


Notas Finais


* Oompa-Loompa - Aqueles carinhas lá que dançavam e cantavam, tipo as dançarinas do Faustão, só que do Willy Wonka.

---//---

Então, eu tinha tido uma ideia ótima, mas pensei que ia conseguir lembrar sem anotar. Logo eu, a pessoa que vai buscar água e volta com o copo vazio =-=
Enfim, eu tentei escrever aquilo sem sucumbir ao ódio, ok? :3

AiAi...desculpe pelo capítulo longo demais, acabei me empolgando ;w


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