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História Em Meio a Máfia(Jikook) - 51-Capítulo


Escrita por: T_Hyungg

Capítulo 51 - 51-Capítulo


*Narr on*


Jimin insistia em repassar as regras pela décima vez seguida, atrasando ainda mais quem ansiava tanto sair logo dalí. A verdade é que sentia algo em seu peito que o incomodava e mesmo não sabendo ao certo o que era, sabia que tinha haver com a ida de Dae-Yun com as crianças para o shopping.

—Não se afastem do-...

—Eu entendi, papai! —Junghee fez um bico emburrado. —A gente não vai se afastar, prometo!

—E não andem em nada perigoso. —Jin também alertou, enquanto descia Ha Joon dos seus braços.

—E não comam muitas porcarias. —Yoongi estreitou os olhos para sua filha. —Principalmente você, mocinha.

—Eu sempre fico de olho neles, não se preocupem. —Dae garantiu, afinal não era a primeira vez que saiam juntos.

—Eu sei, mas... —cogitou falar sobre sua leve angústia, porém desistiu. Não deveria ser nada no fim das contas e provavelmente só estaria sendo exagerado como Jungkook sempre lhe dizia que era. 

—Jimin? —o beta tocou seu ombro para acordá-lo de seus pensamentos. —Aconteceu alguma coisa?

—Não... 

Apesar da resposta vaga, o mais velho lhe conhecia o suficiente para saber que com certeza havia algo sim. 

—Eu não sei o que está te incomodando, mas eu jamais deixaria nada acontecer com eles. —o confortou. —Os protegerei com unhas e dentes e até com a minha própria vida, se necessário for. Sabe disso, não é?

—Sim... —assentiu levemente. —Sei que não existe ninguém melhor para cuidar deles.

—Certo. —sorriu, contente com a melhora de seu semblante. —Nós estaremos de volta à tarde, como de costume. 

—Tio Dae, a gente não ia olhar a nova loja de brinquedos do shopping? —Hyumi sussurrou confidente.

—Oh! É verdade. —exclamou no mesmo tom. —Então estaremos de volta à tarde e meia. —corrigiu sua frase com humor.

Os ômegas lhes acompanharam pelo jardim, permanecendo com os olhares fixos no carro até que o mesmo sumisse de vista.

—Quem era? —a voz de Leya bradou do lado esquerdo, referindo-se ao veículo que acabara de sair.

A ruiva estava sentada em uma das cadeiras de balanço suspensas ao teto com uma xícara de chá em mãos.

—Dae-Yun e os meninos. —Jimin respondeu se aproximando. —Já é praticamente uma rotina fazerem manha pra conseguirem sair assim toda semana. —riu brevemente.

—Não esperava que você estivesse acordada. —Yoongi confessou devido ao horário que ela desceu para tomar café a primeira vez.

—Eu geralmente não costumo acordar tarde. —disse, bebericando seu chá. —Aquele dia só foi muito exaustivo.

O trio se acomodou nos assentos próximos à ela.

—Quantos anos tem, Leya? —Jin indagou curioso pela beleza conservada que a francesa possuía. Porém, os olhos azuis fixaram-se fortemente no ômega e ele se questionou se realmente deveria ter feito aquela pergunta. —Ah! N-Não é que eu esteja querendo insinuar nada! Quero dizer, deve ser indelicado perguntar isso à uma mulher... 

—Não fique tão alarmado. Não tem problema. —por um segundo e de forma quase imperceptível, Kim poderia jurar que a viu sorrir. —Tenho vinte e nove.

A resposta pareceu surpreendê-lo.

—O quê? Pareço mais velha? —apesar do tom soar irônico, seu rosto continuava inexpressivo como sempre.

—Não. —se apressou em dizer. —Na verdade, tem um rosto bem jovem, mas... De alguma forma você exala um ar tão ponderado e maduro.

—É de família. —respondeu vagamente, voltando para seu chá. 

De repente, ela parou. Não de uma forma sutil, mas bruscamente ao ponto de quase derrubar a xícara de sua destra.

Percorreu seu olhar ao derredor, erguendo sua cabeça como se estivesse farejando o ar.

Diferentemente de outras alfas de sua mesma classe, a ruiva usufruía de um poder olfativo invejável.

—Leya? —Jimin franziu a testa sem entender a súbita mudança. —O que houve?

—Chamem o Hoseok e os outros. —ditou seriamente.

—Eles não estão aqui-...

—Contatem eles e avisem que precisam voltar imediatamente! 

—Por que? O que está acontecendo? —Jin elevou mais a voz.

—Eu senti algo estranho no ar... Um cheiro e não está longe. —avisou severamente.

—Cheiro...? —Yoongi repetiu com receio. —De... De que?

—Morte. —respondeu, deixando-os com os olhares espantados.

Apesar da demora que levaram para conseguirem contatá-los, os alfas não demoraram à retornar para a casa. Evidentemente não perderiam tempo após saberem do que Leya havia dito.

—O que você está dizendo? Seja mais clara e direta. —exigiu Namjoon descrente.

—O que quis dizer antes e agora também, é que alguma coisa dentro desses muros... Está morta. —respondeu sem abalo. —Eu... Espero que as crianças tenham algum cachorro ou gato na casa.

A tensão tomou conta do cômodo. Era óbvio que não havia animal alí, então...

—Consegue achar de onde vem o cheiro? —Hoseok a indagou.

Ele conhecia o grande potencial de Leya e sabia que ela não poderia estar errada quanto ao que sentiu. Por tanto, já se preparava para encontrar o pior.

—Talvez... —ela soltou, voltando a farejar o desagradável odor.

—Vocês acreditam mesmo nisso? Quero dizer, aqui dentro e sem que nenhum de nós tenha notado? É impossível. —Taehyung sussurrou incrédulo para Namjoon e Jungkook.

Eles seguiam formando uma fila curva na seguinte ordem: Leya, Hoseok, Namjoon, Taehyung, Jungkook, Jimin, Yoongi e Jin.

Do outro lado, próximo aos fundos da casa, Leon vinha trazendo consigo algumas caixas médias em ambas as mãos. Devido aos trabalhos atribuídos à si pelo próprio Wang Yoon, foi obrigado a passar os últimos meses ausente da cidade. Porém, retornara a pouco tempo.

Estava fazendo uma limpa em seu velho escritório que se encontrava uma verdadeira bagunça, provavelmente feita pela pedra no seu sapato, mais conhecido como Dae-Yun.

Pensou em reunir as caixas na parte de trás dos fundos para que os empregados retirassem junto com o lixo.

Em meio esse processo e devido a sua idade já um pouco avançada também, acabou por escorregar com uma das caixas, espalhando toda a tralha pelo chão do jardim.

—Inferno! —esbravejou, recolhendo novamente um por um.

Alguns objetos ficaram cobertos de terra, já que a parte dos fundos era onde Hyeri e Yejin costumavam plantar rosas. Por esta razão, a terra era mais solta e úmida.

O som de passos atrás de si lhe assustou. Virou-se em alerta para encarar de baixo a mulher alta e ruiva, acompanhada dos alfas e ômegas.

—Senhores...? —murmurou, não entendendo o motivo daquela reunião toda.

Como se estivesse ignorando sua presença, Leya passou por si, ficando frente à uma grande plantação de rosas.

—Está aqui. —apontou para a terra.

Ninguém se atraveu a ir verificar. Alguns não acreditavam, mas agora que estavam alí, vendo-a apontar com tanta confiança. Temiam sobre quem poderia estar sob aquelas flores.

Hoseok se adiantou, abaixando-se ao lado e retirando um pouco da terra com a mão. Logo um pedaço de plástico foi surgindo e em uma tentativa estúpida de forçar a sacola, ele puxou, fazendo vir junto com ela uma cabeça.

Os ômegas gritaram horrorizados e precisaram ser contidos por seus parceiros.

Namjoon escondeu a face de Jin contra seu peito, pedindo para que ele se acalmasse. E o mesmo foi feito aos outros dois. Jungkook liberou seus feromônios em certa quantidade, tentando entorpecer Jimin a um nível relaxante.

Leon recuou de onde estava, aparentemente também surpreso.

—Quem é essa? —Leya indagou.

—H-Haenim... —o mais velho engoliu em seco.

—É a irmã da Hyeri, nossa cuidadora desde pequenos. —Namjoon respondeu, sendo mais específico.

—Leon, avise nosso pai imediatamente e... Chame alguém pra, você sabe, cuidar disso. —Hoseok ordenou.

—Como quiser, senhor. —saiu apressado em busca de um telefone.

Jimin começara a perceber que talvez aquele sentimento ruim em seu peito fosse um alerta, e por alguma razão sua cabeça não parava de pensar em Junghee.

—Jungkook... Ligue para o Dae-Yun. —pediu, reprimindo o enjôo que sentia.

—Huh? Por quê? —estranhou o pedido.

—Só liga... Por favor, estou te implorando.

—Está bem, calma. —o abraçou, ainda sem entender.

No shopping Dae-Yun acabara de guardar o veículo em uma bendita vaga, que quase não apareceu, devido o lotamento do local.

—Parece que não somos os únicos a virem olhar a loja de brinquedos. —comentou, retirando os menores do carro.

—Vamos acabar perdendo as melhores edições! —Hyumi reclamou.

—Se o papai não tivesse atrasado a gente... —murmurou chateado.

—Tudo bem, ainda podemos andar nos brinquedos. —Ha Joon tentou confortá-los.

—Isso mesmo! Nem que a gente fure a fila, nós vamos entrar naquela loja! —o beta decretou animado.

—Mas tio Dae... —Junghee tombou  a cabeça. —Furar fila não é errado?

—Só se pegarem você. —respondeu sem pensar. —N-Não! Digo, é errado. Claro que é errado. —sorriu sem graça. —Não façam isso crianças.

—Por que está preocupado com a gente? É mais capaz de você fazer. —Hyumi soltou.

—Você era uma gracinha quando bebê. Quando se tornou tão ousada? —fingiu estar magoado. —Ah, eles crescem tão rápido. —suspirou.

Antes que alcançassem o elevador que ficava no estacionamento do subsolo, o mais velho percebeu algo estranho.

—Esperem. —pediu seriamente, enquanto analisava o ambiente ao redor.

Os menores não entenderam, mas permaneceram quietos como lhes foi mandado.

De repente um barulho começou se aproximar e uma luz forte foi jogada sobre seus olhos.

Uma van parou a metros de distância e seis homens de macacões e capuzes desceram. Apenas três deles carregavam consigo bastões de ferro.

—Porra... —xingou, recuando. —Crianças, se encondam! —gritou, fazendo os homens avançarem.

Porém, ao invés de lhe atacarem como pensava, eles iniciaram uma perseguição atrás dos menores. 

O beta então percebeu, que ele não era o alvo alí. 

Em uma tentativa de facilitar a fulga dos menores e tomar as atenções para si, pulou na frente dos homens, acertando um soco certeiro no primeiro deles.

—Meninos, não se escondam! Corram para um lugar seguro, bem longe! —voltou a gritar para o trio que se afastava cada vez mais.

—FILHO DA PUTA! —o homem urrou de dor após o golpe que recebera, sentindo o sangue escorrer de seu nariz.

—Você vai precisar de um médico depois disso. —o beta avisou com um sorriso irônico.

—Peguem os pirralhos! Eu cuido desse. —cuspiu com desdém, avançando sem hesitação.

Dae conseguiu evitar a barra de ferro e acertá-lo mais algumas vezes. Aquilo estava fácil demais, chegava a ser ridículo todos esses idiotas achando que poderiam enfrentá-lo.

—Isso está ficando chato. Por que não acabamos por aqui? 

—Eu digo o mesmo. —o homem sorriu sadicamente.

Ambos se prepararam para o último e decisivo golpe.

—TIO DAE! —Hyumi gritou e tudo aconteceu rápido demais.

O beta virou-se para ver a pequena ser carregada por um dos homens até o veículo.

—NÃO! —tentou correr até ela, mas sua visão apagou por alguns segundos e após recobrar a consciência, estava no chão com sangue escorrendo por seu rosto. —Não... Por favor... —forçou-se a levantar, mas seu maldito corpo não respondia.

—Cala a porra da boca. —o homem então finalizou com um último golpe em sua nuca. —Coloquem ele no carro também, merda. —mandou e um de seus homens o arrastou sem nenhum cuidado até lá 

—Me solta! —Hyumi ainda se debatia nos braços de seu sequestrador. —Você sabe de quem eu sou filha?! Me solta agora ou-AAH!

O homem a lançou sem paciência para dentro da van.

Para o desespero do pobre Ha Joon, ele se encontrava encurralado contra uma parede grande que não lhe dava chance de escape.

O cara a sua frente, quase rosnava de tão irritado que estava por ser obrigado a correr atrás dele. Ato que assustava o menor ao ponto de fazê-lo chorar alto entre soluços.

—Agora pare de correr, seu maldito pirralho irritante! —agarrou brutalmente seu braço, fazendo-o berrar.

SOLTA ELE!  

O homem assustou-se com a voz diferente que bradou tão furiosa, e por um momento pensou que fosse alguém que tivesse sido atraído pelo barulho dos gritos. Mas o virar-se percebeu que não se tratava de ninguém mais, ninguém menos do que o terceiro fedelho.

Ele então riu. Riu alto e divertido.

E pensar que eu quase tive medo por causa de uma criança! ; continuou a rir de si mesmo em pensamento.

O pequeno alfa por outro lado não parecia ver graça nenhuma, pelo contrário! Rosnava ferozmente como um cachorro arisco, exibindo suas presinhas para aquele homem.

Eu mandei soltar! —repetiu no mesmo tom.

—Tão pequeno e já sabe usar seu comando alfa? Você é realmente... —o encarou ambicioso como se visse algum tesouro valioso a sua frente.

Junghee não escutava o mínimo do que ele falava. Focando apenas em Ha Joon, ele correu em direção a ambos, mordendo de forma certeira a mão que prendia seu primo.

O homem furioso, arremessou o menor contra a parede, fazendo-o cair já sem consciência.

—Não! —Joon despencou ao lado dele, tentando protegê-lo com seu próprio corpo. Porém, isso só facilitou para que ambos fossem carregados juntos.

Agora, no meio daquele estacionamento deserto só se ouvia uma coisa... O som de um telefone tocando.



Notas Finais


Relaxem, anjos. Se esse cap está ruim, mas o outro vai estar pior.
Kkkkkkk!
[Dicas-Dúvidas-Comentários]
Até! ಥ⌣ಥ❤


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