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História Em Meio Ao Caos - SasuNaru (Naruto) - Capítulo 3 - Que gay...


Escrita por: ellexwriting

Notas do Autor


Eu sou um pouco fanática por musicais, então sim, uma certa pessoinha cantou nesse capítulo.
Se quiserem acompanhar a letra o nome da música é "Podemos – Violetta"
e sim, é uma música da disney.

Capítulo 3 - Capítulo 3 - Que gay...


— Sasuke 


Assim que vi que estava cara a cara com o loiro, não pude evitar, não sabia oque dizer e nem como agir, então me levantei e sai correndo do restaurante. Tentei me misturar com as pessoas, mas de alguma forma ele me achou e senti meu braço ser puxado. Acabando por ficar a pouquíssimos centímetros do rosto do loiro. "Fala alguma coisa, Sasuke." gritei para mim mesmo. 


– Oi... é você mesmo? – perguntei querendo enfiar minha cara no buraco mais próximo.


– Se 'ta falando da ponte... Sim... – ele sorria, assim como aquela hora no restaurante, e assim como ontem...


– Obrigado... – falei baixo e me obriguei a abraça-lo mesmo não sendo algo que eu sou muito acostumado. Por incrível que pareça ele me abraçou ainda mais forte, oque foi até que confortável. 


– A gente tem muito oque conversar – ele disse acompanhado de uma risada fofa e eu apenas concordei. 


Não sei lidar com pessoas desconhecidas, mas acho que eu não deveria ficar o elogiando mentalmente desse jeito. O garoto pegou minha mão, me levando para longe de todos e para uma rua que não conhecia. 


Ele passava confiança, sabia exatamente para onde estava indo. Me guiou até um prédio e depois para o elevador do mesmo, nos fazendo chegar ao telhado. Naruto simplesmente subiu no parapeito e se sentou, fazendo um sinal com a mão, para que eu fizesse o mesmo.


Me sentei ao lado hesitante, não sabia se ele poderia pular a qualquer momento, ou sei lá oque passa por sua cabeça. Estava pensando nas possibilidades quando ele se virou para mim com um sorriso nos lábios e o sol refletindo em seu cabelo loiro. 


– Por que queria se matar? – ele perguntou de uma forma tão natural. Não tinha certeza se deveria falar o motivo e contar a verdade, mas... confio nele, bom, ele salvou a minha vida, né? 


– Porque... eu não gosto de quem eu sou... – falei com medo de qualquer julgamento, mas a única coisa que recebi foi sua mão agarrando a minha com delicadeza.


– E você está vivo... por você ou por outra pessoa? – perguntou enquanto acariciava minha mão.


Ok... eu não tinha uma resposta para essa pergunta. Eu estou vivo porque quero, claro. Mas... não tenho certeza se é por mim ou... por ele... 


– Não sei... – ele fechou os olhos, prensando os lábios um contra o outro. 


Ficamos alguns minutos em silêncio total, não fazia ideia do que poderia dizer agora, mas ele não estava chateado, parecia bem... eu acho. Ainda queria saber como foi que ele me salvou, só que como poderia perguntar isso sem parecer rude? 


– Sabe... Eu sonhei com você noite passada... – ele disse de repente, e a informação me deixou ainda mais confuso. – Sonhei que te salvava, mas... não sei como é real... 


Com os olhos azuis ainda mais azuis e cada vez mais intensos, olhou para mim pouco confuso. Poderiam existir milhares de explicações para isso, mas nenhuma me parecia muito convincente agora. Mas... ele sonhou, eu vivi aquilo e... Meu pensamento é interrompido por ele.


– Hina me disse que existe uma lenda onde almas conectadas podem fazer oque fizemos... algo assim... – anda Sasuke, reage de algum jeito.


– Tem medo de altura?– perguntei de repente e ele soltou uma risada divertida.


– Eu te trouxe pra cima de um prédio e tô sentado aqui, então espero que não – ele ria enquanto falava. 


Revirei os olhos na tentativa de disfarçar o sorriso e me levantei, saindo do parapeito. Estendi a mão para o loiro que aceitou na hora e o levei dali. A ideia era o levar para um lugar onde eu sempre ia para me sentir... vivo, digamos assim. Um dos melhores lugares que já fui na vida, e a única pessoa que eu já tive coragem de trazer foi Itachi.


Assim que chegamos, Naruto correu pela grama rindo e se jogou no chão. Era o alto de uma pequena colina afastada de tudo. Bem longe na verdade, me surpreende que ele tenha vindo até aqui e esteja tão animado. Me sentei ao lado dele, olhando a vista. Tinham algumas árvores e flores começavam a brotar nelas, lindas flores azuis que por algum motivo me faziam feliz. 


Percebi que Naruto estava me encarando, e antes que pudesse o questionar, se levantou e correu para baixo, praticamente se jogou porque meu Deus, quem desse nessa velocidade? Vi ele dar alguns pulos perto das árvores, era um pouco longe para enxergar nitidamente, principalmente para mim que sou viciado em videogame e digamos que isso prejudica um pouco minha visão. 


Consegui ver seu cabelo loiro, que agora estava mais amarelo do que nunca, correndo na minha direção. Me levantei e fui até a beira o ajudar, estendi a mão e ele pareceu surpreso com o ato. "Será que pareço tão chato assim?" me perguntei o puxando para cima. Ele tinha algumas flores com ele.


– Essas flores..? – perguntei apontando para as mesmas e ele sorriu sem graça, coçando a nuca. 


– Eu vi que você tava olhando e... – ele parou de falar com um suspiro, e em seguida colocou uma delas atrás da minha orelha, me entregando as outras com um sorriso encantador. 


"Que gay..." pensei, mas então me lembrei que realmente sou gay, enfim, o sonso. Segurei as flores e ele voltou a se sentar, fiz o mesmo e puxei seu rosto o direcionando para mim. Foi inevitável olhar para a boca dele, principalmente com aquele sorriso lá. Peguei uma das flores e mordi o lábio colocando-a atrás de sua orelha, assim como fizera comigo. E devo admitir que a flor combinou muito com a beleza natural dele. 


– Quando me salvou... você disse que já  tinha tentado o mesmo que eu... Por que? – meu Deus, Sasuke, quem é que pergunta uma coisa dessas assim? Vai se tratar. 


Vi um pequeno desconforto em seu rosto, fiz igual ele mesmo havia feito, peguei sua mão e apertei de leve. Espero que ele entenda que isso significa que pode confiar em mim. Ele suspirou e me olhou por um breve momento antes de tocar a flor em sua cabeça.


– Meu irmão se suicidou... – ele dizia triste. – Pensei que se fizesse o mesmo... poderia ficar com ele, mas... quando era quase tarde demais... percebi que ainda queria viver... ainda queria amar alguém... – ele olhou para mim de um jeito que pensei que poderia até invadir minha mente de tão profundo que seu olhar foi. 


Senti uma lagrima escapar de meu controle e escorrer por meu rosto. Naruto foi mais ágil que eu e a secou rapidamente, deixando um sorriso como consolo. Ele estava bem, e queria que eu soubesse disso. Fechei os olhos e suspirei agradecido por ele não feito oque estava prestes a fazer naquela época, se tivesse feito, não sei oque seria de mim hoje. 


– Minha mãe cantava uma música para mim e para meu irmão quando éramos pequenos – falei tentando aliviar o clima e ele pareceu interessado. Provavelmente já imaginava que todos estavam mortos pelo meu tom de voz.


– Pode... canta-la pra mim? – me surpreendi com o pedido, mas o desejo de reviver aqueles momentos era tanto que não poderia recusar nem se quisesse. 


Assenti com a cabeça e o loiro deitou em meu colo. Estranhei no início, mas era até que confortável. Respirei fundo tentando me lembrar da letra certinha e não me segurei ao sorrir com a lembrança que nunca se apagou.


No soy ave para volar

Y en un cuadro no sé pintar

No soy poeta, escultor

Tan solo soy lo que soy


Não sou pássaro para voar

E eu não sei pintar um quadro

Não sou poeta, escultor

Sou apenas o que sou


Senti ele se aconchegando em meu colo, e agradeci aos céus por ter feitos aulas de espanhol, caso contrário, estaria passando a maior vergonha.


Las estrellas no sé leer

Y la Luna no bajaré

No soy el cielo, ni el Sol

Tan solo soy


Não sei ler as estrelas

Não posso te dar a Lua

Não sou o céu, nem o Sol

Apenas sou


Ok, talvez essa música seja um pouco romântica demais, por que é que minha mãe que cantar justamente essa? Estava nos preparando para uma declaração de amor, é? Mesmo que fosse, não sinto a mínima vontade de parar agora.


Pero hay cosas que sí sé

Ven aquí y te mostraré

En tus ojos puedo ver

Lo puedes lograr, prueba imaginar


Mas eu sei algumas coisas

Venha aqui e te mostrarei

Posso ver em seus olhos

Você consegue, tente imaginar


Podemos pintar colores al alma

Podemos gritar, yeah

Podemos volar sin tener alas

Ser la letra en mi canción

Y tallarme en tu voz


Podemos colorir a alma

Podemos gritar, iê

Podemos voar sem ter asas

Ser a letra em minha canção

E me esculpir em sua voz


Ai droga! Só sei mais uma estrofe e então acaba... tomara que não esteja me achando um infantil, já que essa música é de uma série infantil que minha mãe amava e nos obrigava a ver com ela. 


No soy el Sol que se pone en el mar

No sé nada que esté por pasar

No soy un príncipe azul

Tan solo soy


Não sou o Sol que se põe no mar

Não sei nada sobre o futuro

Eu não sou um príncipe encantado

Apenas sou


O escutei soltar uma risadinha quando cantei sobre não ser um príncipe, algo me diz que ele conhece bem essa música. Mas bom, agora que acabou, percebi uma hesitação nele ao levantar de meu colo. O sol já está se pondo, então acho que não temos muita escolha.


– Eu amava essa série – ele disse assim que se levantou e estendeu a mão para mim. – Sua mãe tinha bom gosto. 


Sorrimos juntos e então começamos a andar na direção do Ichiraku, tomara que nossos amigos não estejam preocupados com nosso sumiço de... cinco horas? Ok, a Sakura vai me espancar.





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