História Em meus sonhos você era gay - O quê está acontecendo? Do que você está falando?

JUNGKOOK

Então estávamos lá, todos sentados em uma roda no gramado sintético. O garoto de cabelo azul ao meu lado está quieto e não para de me encarar, eu sinto seu olhar me queimando.

A garrafa gira. Para em Yoongi e o garoto de cabelo azul.

— Verdade ou desafio? — o de cabelos platinados pergunta.

— Verdade — essa foi a primeira vez em que ouvi sua voz, ela é grave e bonita.

— Hm... como se chama?

— Kim Taehyung.

Oh... então esse é seu nome. Bonito.

Encarei Taehyung e o mesmo já estava me encarando, ele sorriu para mim e nossa... Que sorriso lindo! Sorri de volta e então voltamos a prestar atenção no jogo.

Até que... Eu senti seu toque em minha coxa. Trocamos um olhar cúmplice de soslaio, me atrevi a toca-lo também. Deixava minha mão fazer um passeio em sua coxa farta, e sentia a sua fazer o mesmo na minha.

Então Taehyung depositou um aperto forte e possessivo perto da minha virilha, eu fiquei quente e lhe encarei. O de cabelos azuis molhou os lábios. Sexy. Ele afastou seu toque para pegar em minha mão e levá-la até sua protuberância, fazendo meus dedos apertarem em volta do seu tamanho, pouco se fudendo para o fato de que temos testemunhas.

— Sua namorada... — alertei olhando a garota de cabelo azul por cima de seus ombros. Taehyung riu soprado e se aproximou para sussurrar:

— Eu não tenho namorada.

Levantei em um pulo com o coração acelerado. O que foi isso? Não acredito que sonhei com o garoto de cabelo azul. Nossa, estava tão na cara que achei ele atraente que até meu cérebro — ou qualquer parte da minha cabeça que esteja envolvida na realização de sonhos — percebeu e me ludibriou bonito. Comecei a rir sozinho pelo ocorrido.

— Eu tenho que contar isso para os meninos. Não posso rir disso sozinho – disse para mim mesmo enquanto me levantava, tomando coragem para enfrentar aquele domingo tedioso. Mais tarde encontraria Yoongi e Hoseok para contar as peripécias da minha mente.

TAEHYUNG

Acordei com várias mensagens de Ryujin, me perguntando o quê iríamos fazer hoje. E pelo fato de não ter respondido nenhuma delas, sei que quem está batendo na porta do meu quarto freneticamente é Ryu.

— Vamos Tae acorde! — eu disse... — já passou do meio dia!

Alguém avisa que nos domingos devemos dormir até segunda-feira?

Soltei um muxoxo me levantando da cama, me espreguicei e bocejei antes de abrir a porta. Ryu selou meus lábios sem se importar com o fato de quê acabei de acordar, entrando no quarto e sentando na minha cama bagunçada.

— Podemos assistir o primeiro episódio da nova temporada o quê acha? — sugeriu enquanto eu procurava por algo para vestir e me livrar do meu tão amado pijama.

— Você já assistiu. É chato assim — fiz um bico escolhendo uma calça rasgada e uma camiseta simples.

— Então vamos comer fora! — disse animada — tem uma lanchonete ótima perto da minha faculdade.

— É, pode ser — dei de ombros pegando minha cueca e toalha para ir tomar banho — já volto.

Ryu assentiu e eu fui tomar meu banho. Enquanto lavava meu cabelo azul, aos poucos as lembranças da noite passada vieram a mente — já que com a visita de Ryujin não tive nem tempo de pensar — me lembrando do jogo que participei graças a insistência de Ryu, na verdade, se fui para aquela festa foi por pura insistência da parte dela. Acho que não existe ninguém mais insistente que Ryujin.

Logo me lembrei dos seus amigos da faculdade tentando se aproximar de mim, por simples e clara conveniência, mas é claro que a tentativa de aproximação mais estranha da noite foi a do tal Jungkook. Garoto abusado esse! Agora com as ideias mais claras e livres de álcool, tenho a certeza que o garoto de cabelo rosa estava claramente dando em cima de mim, sem um pingo de vergonha nenhuma!

Ri da situação desligando o chuveiro. Não vou contar sobre isso para Ryu, afinal, Jungkook faz parte do seu ciclo de amizades e mesmo que não me sinta confortável com eles, não quero que ela fique presa a mim estragando sua vida social por tão pouco.

— Me ajude a secar o cabelo, tô com preguiça — disse assim que entrei no quarto já vestido e Ryujin pegou o secador apontando para a cama pra que eu me sentasse.

Assim o fiz, me sentando na beirada e minha namorada parou entre minhas pernas logo ligando o aparelho.

— Ryu? — chamei alto pelo barulho do secador e Ryujin me encarou — há quanto tempo conhece os meninos?

— Meus amigos que te apresentei ontem? — perguntou e eu assenti — não sei ao certo, mas fiz amizade com Hoseok logo no início do curso.

— Hm... — ponderei colocando as mãos em seus joelhos — e o tal Jungkook? É amiga dele?

— O conheço de vista — deu de ombros — Hobi fala muito dele. Mas por quê a pergunta?

— Não fui com a cara dele — disse simples e Ryujin riu desligando o secador.

— E quando você vai com a cara de alguém Tae? — acariciou meus cabelos descendo as mãos para minhas bochechas antes de juntar nossos lábios.

Puxei seus joelhos para que ficassem um em cada lado do meu quadril, e Ryujin sentou em meu colo. Aprofundamos o beijo, minhas mãos agora em sua cintura e as suas unhas arranhando meus ombros como sempre costuma fazer quando as coisas entre nós esquentam.

...

— É a primeira vez que isso me acontece — nunca pensei que diria isso, mas aqui estou eu dizendo, com as bochechas queimando de vergonha, me sentindo mais vulnerável que nunca antes, apertando o lençol que me cobre até o peito como se minha vida dependesse disso.

— Tudo bem Tae, relaxa — Ryu iniciou beijos no meu pescoço e eu continuei olhando o teto, incapaz de encara-la — é normal isso acontecer. Há uma primeira vez pra tudo.

Respirei fundo disposto a relaxar, talvez eu estivesse tenso mesmo e isso que está me impedindo de ficar ereto.

Sim, eu não conseguindo ficar duro. E isso é assustador!

Ryu continuou beijando meu pescoço abaixando o lençol, sua mão passeando pelo meu peito, abdômen, os beijos descendo, sua mão acariciou minha virilha e passou a fazer um carinho em minha coxa quando se ajeitou melhor, pronta para me chupar. Mas havia algo errado em seus toques, o carinho que faz em minha coxa está diferente, falta algo... Seu toque não é como o do-

— Eu não consigo Ryu — me sentei na cama e minha namorada bufou puxando o lençol para cobrir sua nudez — hoje não vai rolar.

— O quê está acontecendo com você Taehyung? — não sei dizer se Ryu está indignada ou preocupada, talvez os dois.

— Eu não sei — suspirei — eu nunca broxei antes e agora estou envergonhado demais pra fazer sexo.

— Certo — revirou os olhos e se levantou começando a se vestir — vamos fazer o quê combinamos e comer fora. As vezes é fome.

— É... — Eu espero que seja...

JUNGKOOK

—...E então ele disse que não tinha namorada. Aí eu acordei – terminei de contar. Hobi, que estava com metade de um sanduíche na boca parou de mastigar surpreso pelo sonho, enquanto Yoongi gargalhava.

— JK, você realmente não presta – foi o que Hobi disse por fim, balançando a cabeça em negação.

— Osh, que culpa tenho eu? Não é como se eu pudesse escolher com o quê sonhar – digo revirando os olhos, logo bebericando meu refrigerante.

Estamos todos em uma lanchonete que costumamos frequentar nos intervalos da faculdade, ou só quando estamos de bobeira, como hoje.

— Jungkook, deixa de ser besta! Todo mundo sabe que a gente só sonha com o que passamos muito tempo pensando, ou alertas e fatos que futuramente irão acontecer, ou já estão acontecendo – Yoongi diz limpando a lateral dos olhos. Essa praga até chorou de tanto rir de mim. Idiota!

— Isso não tem nada haver, porque eu não fiquei pensando nele. Eu nem conheço ele – digo ao que reviro os olhos novamente. Espero que não exista câimbra no globo ocular, certamente eu iria ter por revirar tanto os olhos e isso iria doer pra caramba. Mas não posso evitar, quando vejo, já fiz.

— Duvido que não, ele é do jeitinho que você gosta Jungkook – o platinado diz dando uma pausa para terminar o seu sanduíche e então volta a falar – homem bonito e de cabelo colorido. Quer mais o que? Certeza que você ficou instigado.

— Eu nem reparei – menti na cara dura dando de ombros. Hobi em minha frente me encarou de olhos cerrados.

— Pare de mentir JK, eu percebi você lançando aquele sorriso pra ele – Hobi enfatizou o “aquele". Aish, eles me conhecem tão bem.

— Eu não sei do que está falando – dou de ombros – só tratei ele da mesma forma como trato todo mundo, ué.

— Diga a verdade Jungkook. Se você pudesse pegaria ele, não? – Yoongi pergunta sem vergonha alguma na cara.

— Mas que pergunta... é claro que pegaria! Afinal ele é um gato! Porém, é hétero e namora, sem chance alguma disso acontecer – finalizo meu refrigerante antes de continuar – agora chega dessa conversa, tá legal? Eu preciso ir embora – digo pronto para sair.

— Tá louco pra sonhar com o garoto de novo que eu sei — Hobi estalou a língua e eu fingi demência.

Mas é exatamente isso, quero passar o domingo em baixo do meu edredom sonhando com o Taehyung. Se tiver sorte é claro.

— Não sei do que você está falando — arrastei a cadeira e me coloquei de pé.

— Ah é? Vai me dizer que não adoraria ver Taehyung passando por aquela porta? — Yoongi disse irônico e eu dei de ombros.

— Até parece que ele chegaria aqui agora — ri soprado e Hoseok também se levantou.

— Ryu?! Você por aqui? — mas que caralhinhos?

Logo a cabeleira azul da tal Ryu apareceu em minha frente, a mesma abraçou Hoseok e eu engoli seco antes de olhar para o lado e ver ele.

Taehyung? Tá de brincadeira comigo!

— Senta aqui com a gente! — Hobi convidou e Ryu apenas assentiu puxando Taehyung consigo. Caralho, maldita hora em que decidi ir embora!

Ah, mas eu não vou embora mesmo!

Além de eu não ser besta, também sou bem sonso e sei fingir demência como ninguém. Usando desse meu dom, apenas puxei minha cadeira de volta de fininho, como se nunca planejasse ir embora e voltei a me sentar como se nada tivesse acontecido.

— Você não ia embora Jungkook? — Yoongi me perguntou com aquela ironia de sempre e eu lhe lancei um olhar que dizia: "fica na sua, cobra peçonhenta!".

— Nem sei do que você está falando — perdi as contas de quantas vezes disse isso hoje.

TAEHYUNG

No carro Ryujin tagarelava sobre qualquer coisa que não estou prestando atenção, pois a cena de mais cedo fica se repetindo na minha cabeça.

Não acredito que broxei no auge dos meus vinte e dois anos!

— Taehyung-ah! — Ryu reclamou.

— Sim?

— Você ouviu o que eu disse? — apenas assenti — então o quê eu disse?

Lhe encarei por um segundo antes de voltar a atenção para o trânsito, a tempo de ver seus olhos revirando.

— Aigoo... — começou a afagar minha coxa — você ainda está encanado com o que houve mais cedo?

— Claro que estou Ryu, eu nunca te deixei na mão — a frente avistei a tal lanchonete no meio da avenida perto do campus da Ryujin, a mesma estalou a língua em negação, seu toque na minha coxa continua e eu o sinto meio... frio?

— As provas estão chegando, você está elaborando um trabalho sozinho que deveria ser em grupo... — Ryu sabe que todos os trabalhos em grupo da faculdade eu costumo fazer sozinho, pois não tenho paciência pra trabalhar em equipe — está estressado, normal isso acontecer. Sério Tae, não estou chateada.

Estacionei em frente a lanchonete e segurei sua mão em minha coxa, num agradecimento mudo e sorrimos um para o outro antes de descermos do carro.

— Parece aconchegante — disse ao ver a fachada do local, me sentia num cenário de um filme clássico hollywoodiano dos anos 70.

— A galera da minha turma costuma se reunir aqui depois das aulas — segurou minha mão — vem, o local costuma lotar nesse horário.

Me deixei ser guiado pela minha namorada para dentro da lanchonete. Ao entrarmos no estabelecimento constatei que era realmente aconchegante, o lugar é todo em tons pastéis, parece casa de vó. Ryu e eu olhamos em volta procurando por mesas vagas até que-

— Ryu?! Você por aqui? — a não, mas que merda?

— Hobi! — e lá estava minha namorada toda animada e Hoseok se abraçando. Ontem na festa notei que ambos são muito enérgicos, tanto Hoseok quanto Ryu costumam rir de tudo e falam demais, não me admira serem amigos.

Me aproximei de onde estavam — para não ficar parado feito idiota no meio da lanchonete — e meu corpo ficou todo revirado assim como meus olhos quando eu parei do lado dele.

Jungkook? Tá de palhaçada comigo!

— Senta aqui com a gente! — Hoseok convidou e não é surpresa pra ninguém que, com apenas uma olhadela, Ryujin me convenceu de puxar uma cadeira de outra mesa e me sentar com seus amigos.

— Você não ia embora Jungkook? — o garoto de cabelos platinados presente na mesa perguntou, se não me engano seu nome é Yeon alguma coisa.

— Não sei do que você está falando — o garoto de cabelos rosa respondeu e foi quando eu percebi que quando chegamos, Jungkook estava de pé. Se planejava ir embora, por que não foi meu Deus?

— O quê acharam da festa de ontem? — Hoseok perguntou, Yeon não sei o quê se levantou para se livrar das bandejas com o lixo, aparentemente eles já terminaram de comer.

— Eu me diverti bastante com o jogo — Ryu respondeu alegre e eu me encostei preguiçosamente na cadeira disposto a ficar neutro na conversa.

— E você? Taehyung não é? — é claro que o cerejinha não vai me deixar em paz, apenas assenti me segurando para não bufar — se divertiu com o jogo?

Olhei para sua cara de sonso — nem precisamos sermos íntimos para saber que Jungkook é muito sonso — o sorriso ladino estava alí e eu não consegui me segurar soltando uma lufada de ar, me praguejando por sentar do seu lado de novo. A vida me odeia, só pode!

— Acho que não nos apresentamos devidamente — o platinado que já havia voltado disse — me chamo Yoongi.

Ah... Yoongi lembrei. Sorri amigável acenando com a cabeça. Ryu me passou o cardápio me recomendando um lanche e eu apenas concordei com a sua sugestão. Me levantei para fazer os pedidos me deparando com uma fila, pelo menos iria me livrar da panelinha por uns minutos.

— Qual o seu curso? — ah, não! me erra Jungkook! — nunca te vi no campus.

— Estudo em outra instituição — respondi seco e Jungkook murmurou algo continuando alí, parado do meu lado. Ele não tem o quê fazer? — vai me perguntar mais alguma coisa, ou vai ficar parado aí?

— Eu tenho muitas perguntas para te fazer sim, mas na verdade o Yoon jogou fora meu refil e eu quero mais refrigerante — lhe encarei e lá estava o sorriso ladino, está escrito "sonso" na testa dele.

— Hm.

Voltei a olhar para frente e logo Jungkook estava sendo incoveniente outra vez, invadindo meu espaço pessoal colando seu ombro no meu, agora assim tão perto notei que sou alguns centímetros mais alto, mas Jungkook é bem mais musculoso. Nem sei a razão de estar reparando nisso.

— Você não sabe ficar perto das pessoas sem invadir o espaço pessoal delas?

— Tem quantos anos? — ignorou minha pergunta e eu dei um passo para o lado, revirando os olhos antes de responder.

— Vinte e dois.

— Ah... então sou mais novo!

— Quantos anos tem? — perguntei por pura educação, não me interessa a idade dele.

— Vinte e um, mas estou na mesma sala que o Yoongi porque me formei cedo no colégio — se aproximou novamente tocando meu ombro e eu apenas olhei para o seu toque audacioso antes de voltar a encara-lo — sou muito inteligente.

E sonso, pensei. Segurei sua mão em meu ombro lhe afastando e sorri amarelo.

— Bom pra você — nossa vez de fazer os pedidos chegou, Jungkook pediu pelo seu refil primeiro e eu fiz meu pedido e de Ryu logo depois, o de cabelos rosa ficou me esperando enquanto me encarava curioso, sugando o refrigerante pelo canudo. Sinto que Jungkook não vai me deixar em paz tão cedo.

— Você não é muito tátil não é? — perguntou enquanto caminhamos de volta para nossa mesa e eu suspirei cansado.

— Não com quem não conheço — disse e Jungkook sorriu largo.

— Ah... menos mal! — entrelaçou seu braço no meu e eu quase derrubei a bandeja, mas que porra- — que bom que a gente já se conhece!

— Olha, já estão amigos! — Ryu disse e eu pedi socorro com o olhar colocando a bandeja sobre a mesa antes de me sentar, Jungkook se afastou para se sentar também e eu dei graças por isso.

— Vamos comer logo, preciso terminar o trabalho ainda hoje — menti e Ryu assentiu passando a comer seu lanche.

Juntei quatro batatas fritas e as coloquei na boca de uma vez, peguei meu hamburguer e dei uma grande mordida sem ao menos ter engolido as batatas.

— Ei... vai com calma meu docinho de coco, ou vai acabar engasgando — Jungkook colocou a mão em minha coxa e eu revirei os olhos forçando a comida pra dentro antes de responder:

— É hyung pra você!

Docinho de coco, esse foi o auge da sua ousadia. Não, corrigindo, o carinho que está fazendo na minha coxa nesse momento é o auge da sua ousadia. Maldita hora em que decidi usar uma calça rasgada!

— Então somos mesmo amigos? — sorriu com falsa inocência e eu o ignorei voltando a comer com pressa. Ryu notou sua mão em minha coxa e Jungkook pigarreou, mas não afastou o toque — Hm... você malha? Suas coxas são grossas.

— Taehyung odeia fazer exercícios — Ryu respondeu por mim — a genética dele é muito boa. Olhe só, ele come e não engorda.

— Percebi que come feito um ogro — Yoongi disse e eu não fiquei ofendido, pois vendo o jeito que estou comendo agora, era de se esperar essa primeira impressão.

— Ele parece um ogro mesmo, é todo nervosinho e — Jungkook disse apertando minha coxa e me fazendo sentir sua mão quente, meu corpo gelou quando continuou — grosso.

Sua mão se aproximou da minha virilha e eu entrei em pânico por dentro, Ryu falava algo como eu usar isso como uma máscara e que na verdade era um rapaz doce, Hoseok respondeu algo mas eu não estava prestando atenção pois estava muito concentrado em controlar minhas reações ao toque insistente do Jungkook. O quê está acontecendo comigo?

— Hyung...? — Jungkook me chamou praticamente sussurrando e eu engoli o hambúrguer duramente antes de lhe encarar com as bochechas queimando — está gostoso?

Deixou um aperto forte perto da minha virilha e eu solucei surpreso, tanto pelo toque, quanto pela pergunta de duplo sentido. Preciso ir embora urgente!

— Aposto que o Tae está gostando — Ryu disse não percebendo o duplo sentido na pergunta — o lanche daqui é o melhor.

— Aqui você sempre será bem servido — Jungkook continuou com suas frases de duplo sentido. Achei alguém mais insistente que Ryujin.

Apenas continuei comendo meu lanche me perguntando a razão de ainda estar sendo tocado por Jungkook, quando decidi afastar seu toque já era tarde pois todos já havíamos decidido ir embora.

Quando cheguei em casa me vi na mesma cena de mais cedo; escondido nos lençóis, encarando o teto, as bochechas queimando e me perguntando o quê há de errado comigo?!

Só que diferente de mais cedo, estou duro feito pedra.