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História Em Nome da Amizade - Os cookies no forno!


Escrita por: mrvottomproject e killerquewn

Notas do Autor


Oi, anjinhos! (insiram aqui vários corações)

Espero que vocês gostem da fanfic do fundo do coração de vocês. Escrevi-a com muito amor e carinho (e um pouquinho de insegurança também).

Boa leitura! c:

Capítulo 1 - Os cookies no forno!


 

Eu e Kim Namjoon somos amigos desde a barriga — isso no meu caso já que o castanho é dois anos mais velho do que eu. Mamãe conta que Joonie (apelido carinhoso que eu o dei) adorava ir em nossa casa para poder conversar e acariciar sua barriga; tanto que acho que é por esse motivo que sou tão dependente de seu carinho e atenção. 

Quando nasci — isso em dezembro de noventa e cinco — o papai disse que Namjoon morria de ciúmes de mim, porque ele gostava que eu ficasse com ele no chão para “brincarmos” (entre aspas, pois um bebê no colo de sua mãe não pode fazer muita coisa) e não no colo das visitas; ou até mesmo de seus pais. Era um menininho adorável que falava que seríamos melhores amigos para sempre, até ficarmos igual o vovô e a vovó.

No meu aniversário de cinco anos — o primeiro que chamei meus coleguinhas da escola para festejar comigo — Namjoon mordeu, isso mesmo, M-O-R-D-E-U um amiguinho meu que falou que ele era velho demais para se autoproclamar meu melhor amigo e que devia caçar coisa melhor do que brincar com o seu — já que na cabeça do garoto éramos bffs — melhor amigo. O garoto (cujo nome é Minjae) nunca mais me chamou para seus chás da tarde semanais e eu sou, eternamente, grato a Namjoon por isso, ele era insuportável demais para uma criança de apenas cinco anos. Quem em sã consciência faz um chá da tarde para pirralhos do jardim de infância?

A primeira vez que meu dente caiu, isso aos meus sete anos, foi Namjoon que deu a ajudinha. Éramos somente duas crianças curiosas para saber o que acontecia se “amarrar uma cordinha no dente e na porta” e soltá-la de vez. Bem, descobrimos que: 1- eu chorei horrores e achei que minha boca havia saído do lugar pela quantidade de sangue; 2- culpei Namjoon por não ter pensado direito já que ele era o mais velho; e 3- consegui duas janelinhas ao invés de uma. 

Nunca vou me esquecer quando dei meu primeiro beijo e disse para o Joonie. Era verão de 2008 e eu era apaixonadinho pela Emily, uma britânica que havia se mudado recentemente com os pais para a Coreia e estava na minha sala. A garota me deixava louco com seu sotaque chiquetê e um dia não me aguentei, tasquei-lhe um beijinho doce que (assustadoramente em poucos segundos) virou um beijo de verdade. Enquanto eu beijava a menina a única coisa que se passava na minha cabeça, além de que seus lábios eram macios e adoráveis, era que eu precisava contar ao Nam sobre isso; e foi exatamente a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa: liguei para meu melhor amigo.

“ — Joonie? — perguntei quando o barulho de espera parou.

O telefone chiou por conta de sua respiração, aparentemente cansada, antes de revelar sua voz melódica.

— Oi, Taehy — respondeu.

Eu não podia surtar apenas por sua resposta não tão animada quanto às outras, né? Tipo, Namjoon estava cansado da escola, por isso tinha que dar um desconto para ele, mas custava me responder certo? De qualquer modo, não posso ficar pensando muito nisso, tenho boas notícias para dar, este é o motivo da ligação.

— Hyung, dei meu primeiro beijo — falei embolado pela ansiedade. — Antes que você pergunte com quem, foi com a garota britânica que falei para você. Ela é linda.

Pelos barulhos que vinham do telefone já podia imaginar como Namjoon estava. Sempre que grunhia revirava os olhos. Era inevitável de sua parte.

— Que ótimo, saeng, mas agora eu preciso voltar a estudar. Depois conversamos sobre isso. — E desligou após meu ‘uhum’ um pouco desapontado.”

Fiquei bem bolado com sua reação desanimada perante meu primeiro beijo (porque a minha reação ao seu primeiro beijo havia sido muito extasiada), um dos passos mais importantes da vida amorosa e sexual do jovem dinâmico, mas nada me deixou mais bolado quando ele interferiu na minha primeira vez, contudo tinha um porém: havia sido com um homem e Namjoon não sabia que eu era bi.

Eu tinha quase dezenove anos, estava apenas me descobrindo. Já tinha beijado alguns meninos aqui e ali para ter certeza que estava começando a gostar do sabor da fruta que experimentava. Não tinha contado nada para ninguém — nem mesmo Namjoon, ficava aterrorizado só de pensar em sua reação —, mas infelizmente aquele homem me conhecia demais. Ou talvez tenha me pego no flagra dando pela primeira vez na minha vida, pode ser qualquer um dos dois; só sei que ele surtou quando abriu a porta do meu quarto e viu-me sentando em outro garoto. Posso lembrar aquela cena direitinho. Famoso dia que quase fodi com a minha amizade e não com o amigo.

“Eu realmente estava dando tudo de mim naquela transa — como era a primeira e eu não queria que fosse tão ruim já que falavam tanto como que a primeira vez era terrível. 

O garoto, aparentemente, sem muita experiência também, não conseguia colocar seu pau inteiro dentro de mim, pois eu havia dito que doía demais, por isso iríamos tentar só a metade para depois colocar tudo de uma vez. E foi isso que fizemos: quando percebi que a dor havia desaparecido quase totalmente, quis testar coisas novas na cama. E sim, as coisas novas que digo são: posição cowboy (famosa cavalgada) e ir com tudo. 

Eu realmente estava com meu corpo em chamas, pronto para montar com muita força naquele boy. Segurei seu pênis na base, respirei fundo e pensei ‘é agora que eu uso esse filho da égua de trampolim’ antes de sentar com toda a força — e descuidado, porque aquela ação foi totalmente inconsequente e doeu um bocado para um garoto não praticante daquilo. Eu estava extremamente feliz de finalmente ter aquele homem lá, entregue a mim, após dias tentando arrancar uma casquinha do menino, mas a felicidade tinha que acabar com apenas um grito chamando meu nome. E pasmem: não era um gemido.

— TAEHYUNG, MEU DEUS! — Assusto-me e caio de cima do garoto ao perceber Namjoon parado na porta com a mão em seus olhos. — MEU DEUS, MEU DEUS!

Comecei a me vestir o mais rápido que pude com as roupas que eu encontrava no chão e mandei o garoto que estava comigo também fazer isso e sair pela janela o quanto antes para eu poder conversar com o Kim mais velho direito.

— Pronto — disse chegando perto do castanho, depois de fechar a janela para Yoongi. — Pode tirar as mãos dos olhos, ele já foi embora. — Toquei seus ombros tensos. — Vamos conversar, por favor.

Aos poucos o mais velho foi tirando as mãos dos olhos e me olhando como uma pessoa normal (e um pouco traumatizada) olharia. Tentei dar um sorriso, mas acabou saindo alguma coisa desastrosa pelo desespero que eu estava na hora. 

Tomei sua mão direita e levei-o até minha cama, lugar onde ele ficou meio receoso de sentar depois de ter visto um coito(?) acontecer ali. Sentei-me em sua frente de cabeça baixa para não ter que olhar seus olhos e lidar com aquela tristeza que eles refletiam.

— Nam… — Começo a falar, mas logo perco o fio da meada por não saber como dar a notícia. — Eu gosto de homens… mas também gosto de mulheres. — Tento explicar de uma forma rápida. — Eu sou bi, e eu realmente espero que você não me rejeite por isso, pois foi exatamente por esse motivo que fiquei com medo de te contar. 

Namjoon não disse nada, apenas continuou quieto enquanto eu estava cabisbaixo. Posso estar exagerando, mas tive no mínimo três minutos de silêncio absoluto no quarto antes dele proferir alguma palavra.

— Tudo bem, Taehy. — Começa a falar calmo. — Não me importo com isso, sério. — Consigo levantar minha cabeça pela primeira vez, sentindo-me pronto para olhar seus olhos. — O que me entristece é você não ter confiado em mim. Eu, que nunca te julgaria por isso. — Terminou com um sorriso de orelha a orelha e com aquelas covinhas adoráveis que só ele tinha.

Não sabia como reagir. Não sabia se o beijava por conta da adrenalina e euforia, não sabia se o abraçava ou se ficava apenas quieto e chorando as lágrimas que haviam surgido em meu rosto. Bem, optei pela segunda: abraçar e chorar ao mesmo tempo que o agradecia do fundo do meu coração.”

Foi naquele dia que fizemos a promessa de sempre contar tudo ao outro, mesmo que ficássemos um pouco desconfortáveis ou inseguros com nossos segredos. 

Aquela promessa, amigos, foi a pior coisa que fiz na minha vida.

Quando me formei na escola (aos dezoito, bens a Deus) passei direto na universidade de cinema de Seul e aquilo foi uma doideira! Primeiro fui o organizador do meu baile de formatura, o que impossibilitou um pouco o estudo para os vestibulares. Depois da festa tive que correr atrás do conteúdo que precisaria para entrar na minha faculdade e curso dos sonhos (infelizmente vivemos em um sistema educacional onde o método de avaliação é terrível, mas temos que lidar — por hora — com isso). Quando a carta de admissão chegou em casa, minha família inteira foi a loucura, especialmente, porque não tinha parentes em Seul e como caralhos iria morar lá sozinho? Logo eu, filhinho de papai e mamãe?

Mas tinha alguém, ah se tinha. Kim Namjoon, meu eterno melhor amigo que trocava todo dia, mensagens pelo MSN comigo e curtia todas minhas publicações no Orkut. Aquele que acompanhou meu crescimento e continuava ao meu lado mesmo depois de todas as doideiras do tempo e da vida. A única pessoa que minha mamãe confiava para tomar conta de mim.

Nem precisei implorar ou algo do tipo para poder morar com Namjoon, ele aceitou na hora que falei que estava precisando de casa em Seul. Fui morar com ele em seu apartamento no centro da cidade assim que as aulas terminaram e a época de matrículas na universidade havia começado. 

No começo foi um pouco complicado de ajustar nossos horários juntos, pois sempre estávamos muito ocupados com trabalhos da universidade e de meio-período para nos manter, mas um grande domingo que eu estava em casa de bobeira foi a chave perfeita para desenterrar uma tradição antiga.

Namjoon havia acabado de chegar em casa de seu turno na biblioteca do campus. Deixou seu boné e chaves sobre a mesa e pendurou o casaco no cabideiro. Estava fazendo o caminho para ir ao seu quarto quando se desviou ao notar meu olhar curioso sobre si. 

“— Taehy, você está em casa! — disse, extremamente animado após deixar um beijinho em minha cabeça, nossa forma de cumprimento. — Quanto tempo que não nos encontramos assim: sem correria.

Apenas mexo minha cabeça positivamente para ele, porque estava impossibilitado de responder já que um sorriso enorme tomava conta de minha boca. A universidade estava me matando, ainda mais agora que a época de estágios havia começado. Namjoon fazia gastronomia, por isso ficava das 18h até 23h no restaurante de um amigo seu como chefe estagiário, como ele mesmo se chamava, e isso acabava fazendo a gente mal se ver na semana.

O mais velho senta-se no sofá e olha para a TV antes de me dar um sorrisinho extremamente adorável ao meu ver.

— Está assistindo desenho, que amável. — Mostro a língua para ele, que retribui o gesto. — Isso lembra nossa infância quando eu dormia em sua casa só para assistirmos desenho cedo no outro dia enquanto comíamos pipoca e outras porcarias.”

Foi ali que tive minha brilhante ideia de transformar nossas noites de domingo em noites sagradas para nos curtirmos, ao menos um pouquinho, sem o estresse diário dos professores cobrando trabalhos e chefes cobrando resultados. 

Namjoon aceitou de primeira (como todas as outras coisas que já havia pedido para ele) e amou completamente aquela ideia. 

Só tinha um problema. O único problema que eu tinha e que conseguia ser o maior do que o monte Everest.

Namjoon fazia cookies para comermos enquanto assistíamos algum desenho que lembrava nossa infância. Até aí tudo bem, nenhum problema, amo cookies de paixão, ficava extremamente feliz com aquilo. O problema era: ele batia a massa sem camiseta. Os músculos fortes de seus braços ficavam se exibindo a cada volta que Namjoon dava com aquela espátula na batedeira. Um desejo que eu nunca havia tido por meu melhor amigo resolveu aparecer.

A partir de um tempo não conseguia ficar mais na cozinha enquanto ele cozinhava, era demais para minha sanidade. Depois comecei a evitar chegar aos domingos na sua hora de tomar banho, pois o filho da mãe sempre esquecia a toalha e fazia-me buscar para ele. Doía tanto ver seu corpo esculpido pelos deuses sendo banhado por aquela água sortuda de poder escorregar pelo seu torso nu sem poder ao menos dar uma mordidinha. 

Acho que Namjoon havia notado que eu estava me afastando dele no dia em que havíamos separado para nós, pois ficava me perguntando várias vezes se eu estava bem ou se estava incomodado com algo, mas é que eu não podia mais sustentar aquele crush sem cabimentos dentro de mim. Nunca havia me sentido atraído por ele em dezenove anos da minha vida, tinha que ser logo agora que morava sob seu teto? 

Sentia-me arrepiado quando chamava meu nome de manhã para eu acordar, e meu coração acelerava com seus gestos carinhosos — tipo nosso beijinho na cabeça de recepção. Comecei a querer mais daquilo, desejei que ele errasse o caminho da minha testa e fosse parar na minha boca, talvez, ou que ele adicionasse um “te amo, meu amor” quando falasse tchau para mim, antes de ir estudar. Aquilo estava tomando grandes proporções, por isso resolvi me afastar e dar tempo para a piranha emocionada que sou, não podia me prender ainda mais em minha imaginação, não era um lugar seguro.

Lembram quando falei para vocês sobre a maldita promessa? Ela foi usada para o jogo sujo de Namjoon.

Acho que ele estava bravo, bolado, irado por eu estar fugindo dele todos os dias, por isso sua solução foi me prender em casa no nosso domingo. Não pude sair antes, não pude me preparar psicologicamente, não pude clamar pelo socorro de alguma coisa divina, pois estávamos só nós dois trancados cara-a-cara dentro do apartamento. 

Não havíamos aberto a boca desde que Namjoon tomara a chave de minha mão. Eu estava nervoso demais para iniciar um diálogo e Namjoon pensativo demais. Talvez estivesse organizando sua estratégia sua para me pegar, e não do bom jeito, de primeira.

— Taehy, prometemos sempre contar a verdade um ao outro, mesmo se fosse algo desconfortável ou ruim. — Começou ajeitando seu terreno. — Não quero acabar com nossa amizade de anos por conta de algo bobo como em sua festa de quinze anos que você deu o primeiro pedaço para a Haesoo ao invés de mim.

Engoli seco. Ele estava certo, não podíamos acabar nossa amizade por coisas bobas de adolescente. 

Só tinha um problema. Meu motivo não era coisa boba e poderia arruinar nossa amizade de qualquer jeito. Aquela situação me deixou em um dilema terrível. Mentir, mas continuar com nossa amizade, ou contar a verdade e acabar com tudo de vez?

Adivinhem por qual alternativa optei e ganhem cinco pontos.

— Não é nada, hyung, apenas estou confuso sobre qual presente te dar. — Tentei soar o mais convincente possível. — Isso está me deixando preocupado, pois o Natal é daqui a cinco dias e eu não quero te decepcionar. — Usei a tática das bochechas cheias e bico de criança mimada para poder convencer ainda mais, o que pareceu dar certo.

Namjoon apenas mudou sua expressão de preocupada e séria para uma leve e calma, como um anjo.

— Não precisa se preocupar, saeng. — Ele pegou as minhas mãos e enrolou-as com as suas. — Irei fazer alguns biscoitos para comermos com leite e assistirmos desenho para aliviar essa tensão. O que acha?

“Eu acho que você deveria me comer logo e acabar com todo esse sofrimento que meu interior está tendo”.

Sim, eu realmente queria dizer aquilo, mas não consegui, então apenas respondi como o bom menino que eu era.

— Claro, hyung! — Abri o sorriso mais falso e desesperador do mundo antes de levantar-me do sofá e seguir o mais velho até a cozinha.

Sentei-me no balcão para poder esperá-lo (e analisá-lo) a fazer os cookies. O bom era: ele estava de blusa, algo extremamente aliviador para o mero cachorrinho que sou por ele. 

Mas o ‘cara não tardou a sentir o calor desumano que ele sentia na cozinha. Eu podia trabalhar duro, mas o diabo trabalhava mais, não era possível. Senti todos meus músculos se contraírem ao tempo que meu estômago rodopiava e o sangue descia para lugares que não podia descer. Estava fodido no sentido literal da palavra.

Enquanto Joonie tagarelava sobre como havia sido sua semana cansativa eu ficava quieto com medo de um gemido sair caso eu abrisse a boca. Santo pai do tesão, por favor, ajude-me.

As coisas só pioraram quando ele começou a mexer os cookies com as mãos. Suas veias saltavam de seu braço, deixando-o super convidativo e desligando o meu lado racional, o que me possibilitou dizer algo que eu não sei se foi bom ou ruim.

— Por favor, hyung, deixa eu dar ‘pra você de presente de Natal em nome da nossa amizade. 

Acho que o acastanhado entrou em choque com meus dizeres, pois parou de mexer os cookies na hora e virou para mim, com uma cara indecifrável.

Naquele segundo eu me arrependi 100% de ter entregue o controle do meu cérebro para a minha libido. Achei que havia arruinado minha amizade para sempre e que Namjoon nunca mais iria querer olhar em minha cara com medo do pervertido sexual que eu era por ele. Tinha que arrumar a merda que havia feito, só não sabia como.

Bem, na verdade, tinha um jeito de consertar aquilo. Ia ter que apelar para minha cara de pau se quisesse continuar com a amizade intacta, entretanto, só tinha um problema: o Kim era extremamente inteligente, muito dificilmente eu conseguiria enganá-lo, mas mesmo assim decidi ir fundo. Em nome da nossa amizade.

— Sabe, dar um presente de- — Parei de falar por conta de seu indicador pressionando minha boca.

— Eu entendi, Taehyung, não sou tonto — falou lentamente e parou por um tempo, ficando apenas com aquela cara pensativa que ele assumia em momentos que realmente precisava pensar.

Meu Deus. Ele estava pensando se ficaria comigo. E não era pouco, era muito. Suas sobrancelhas se levantaram e seus lábios se reprimiram antes dele lançar um olhar felino para mim, aqueles que invadem sua alma e atingem o seu ponto mais sensível. Era aquela a hora de todas minhas fantasias se realizarem. Que comece o show!

— Pode ser. — Foi ficando perigosamente, próximo de mim. — Quando você vai dar o presente?

— Agora. — Foi a única coisa que consegui soltar sem ser gemer. Eu precisava, implorava por aquilo e acho que era extremamente notório pelo jeito que ele agarrou minha cintura antes de atracar sua boca na minha de forma necessitada. 

O beijo foi ficando intenso ao tempo que suas mãos passeavam pelas curvas do meu corpo como se fosse um carro sem direção. Senti sua apreensão a partir disso e pude concluir que ele estava tão nervoso quanto eu naquela situação embaraçada que nos encontrávamos. Era estranhamente boa a forma que Namjoon tocava minha cintura sobre a roupa enquanto empurrava seu corpo com força sobre mim, forçando-me a deitar sobre o balcão.

O mais velho tirou minha blusa de forma desajeitada por conta do nosso beijo afoito e jogou-a no chão da cozinha — tomando muito cuidado para não jogar muito perto do fogão, pois o forno estava ligado e não queríamos uma camiseta queimada para nos atrapalhar. 

Sua boca descolou da minha e seus olhos se fixaram no meu quando ele fez o ato mais amável que poderia ter feito em um momento tão selvagem: passou a mão em minha testa para empurrar meus fios para trás e a beijou com toda delicadeza do mundo antes de descer os beijos para o meu pescoço, lambuzando-o de saliva por conta de suas mordidas superficiais e depois indo para o meu torso, deixando marcas mais avermelhadas por conta da força usada no local.

Seus lábios encontraram — depois de um pequeno percurso — meu mamilo direito. Rodou sua língua na auréola e fincou os dentes sem muita força no mamilo para puxá-lo e sugá-lo enquanto apertava com seus dedos fortes o mamilo esquerdo.

Podia sentir sua ereção tocando a minha de acordo com os movimentos de sua boca e corpo, levando o meu corpo ao nível máximo de sensibilidade que possuía. Mordia meus lábios para reprimir um gemido dolorido por conta de sua boca trabalhando tão bem em meu mamilo, mas não aguentei por muito tempo, minha garganta coçava para deixá-los sair de uma vez.

Eu estava extremamente necessitado por um toque mais íntimo ainda, e o ápice da noite foi quando Namjoon baixou sua boca até a minha samba-canção e deu um sorriso sereno para meu pênis ereto antes de dar um beijo sobre o tecido e puxá-lo para baixo, deixando-o livre de qualquer coisa que pudesse impedir sua boca, esta que abrigou-o tão bem dentro de si.

O acastanhado começou pela glande e foi descendo até onde sua boca aguentava, afinal não era pouca coisa. Quando voltou sua cabeça para a posição inicial fez um barulho extremamente pornográfico com sua boca deixando meu membro e colocou-se a lamber novamente minha glande e ficou somente por ali, como se estivesse me provocando — e estava.

Na base do desespero por mais contato, levei minhas mãos até seus fios de cabelo e puxei-os sem dó, vendo um sorriso safado aparecer em seu rosto.

— Quem te vê, quem te compra, Joonie hyung — sussurro e mordo meus lábios antes de enterrar meu pênis em sua boca, colocando-o inteirinho por lá.

Algumas lágrimas apareceram nos cantos dos seus olhos, mas o Kim não se deixou abalar, continuou movimentando sua boca com maestria e vontade em meu falo, enquanto eu debruçava minha cabeça para trás e soltava um gemido arrastado.

Ficamos naquele vai e vem por um tempo antes de eu gozar em sua boca, lambuzando-a com meu líquido; mas como o demônio trabalha duro, Namjoon lambeu-a com os olhos fixos em mim, fazendo-me ficar mais excitado do que já estava.

Antes mesmo de eu pedir — ou melhor, implorar — para acabarmos logo com aquilo já que estava louco para ter seu pau dentro de mim, o Kim mais velho tirou suas calças e a cueca, deixando seu membro (extremamente bonito e cheio de veias, devo ressaltar) aparecer em minha visão. Que abençoado, meu pai.

O mais velho me largou de lado para poder pegar no bolso de suas calças um pacotinho de lubrificante e camisinha. Abriu-os e lambuzou seus dedos e seu pênis — este qual colocou a camisinha —  com o líquido para facilitar as coisas para nós dois.

Namjoon levou seus dois dedos até minha entrada, circulando-a (o que fazia um arrepio delicioso) e inserindo-os logo em seguida, fazendo movimentos de vai e vem para acalmar meu interior agitado. Soltei um gemido e flexionei os músculos do rosto para fechar meus olhos enquanto delirava de prazer. Era como estar nas entradas de um banquete sendo seu pau o prato principal.

Quando os movimentos com os dedos já estavam suficientes e seu membro melecado o bastante com lubrificante, Namjoon tirou seus dedos de dentro de mim e posicionou seu pênis em minha entrada, pincelando-a antes de enterrá-lo aos poucos dentro de mim.

Cruzei os dedos do meu pé enquanto soltava um gemido sôfrego (pela necessidade dele dentro de mim) ao tempo que eu abrigava todo seu volume. Algumas lágrimas teimosas se amontoaram no canto de meus olhos por ter um tempo que não fazia aquilo, mas consegui segurá-las até seu pau estar totalmente dentro de mim.

Ficamos alguns segundos daquela forma, sem nos mexer, até que ele perguntou: “Posso ir?” com aquela voz preocupada que somente ele tinha, e eu, como o desesperado que estava, apenas mexi várias vezes a cabeça para afirmar.

Namjoon moveu-se para fora e novamente entrou em mim. Fez movimentos lentos e fracos, mas que foram se agravando para rápidos e fortes (além de mais fundos do que antes). Apertei meus dedos no encosto do balcão para não cair e enrolei minhas pernas na cintura do mais velho para ter movimentos melhores e mais certeiros vindo de sua parte.

Finalmente, fi-nal-men-te estava tendo aquele homem dentro de mim, depois de semanas necessitado daquilo. Levantei meu corpo para poder abraçar seu pescoço e beijar seus lábios de forma afoita para descontar tamanho prazer que estava sentindo. Ficamos ali por um bom tempo, nós dois nos beijando fervorosamente, o balcão e os cookies no forno.

OS COOKIES NO FORNO!

— Namjoon — sussurrei com dificuldade ao pé de seu ouvido. — Os cookies.

Parece que o mais velho retomou a consciência, pois parou de se movimentar dentro de mim e olhou-me com os olhos esbugalhados, assumindo uma feição adorável demais para o momento quente. 

— Estou quase gozando, vamos na fé — disse soltando uma risadinha envergonhada antes de voltar a se movimentar.

Namjoon dá mais algumas estocadas antes de tirar seu pênis de dentro de mim para poder ejacular fora. Ficamos por alguns segundos parados, apenas com a respiração ofegante e olhando um para o outro.

O primeiro a tomar uma ação foi Namjoon, que foi até o forno e desligou os cookies que estavam quase queimando — a julgar pelo cheiro. 

Desço de cima do balcão sentindo minhas pernas doerem um pouco, mas nada muito forte. O acastanhado olha para mim depois de colocar a bandeja de cookies sobre o outro balcão da cozinha e encosta-se no mesmo com um sorrisinho sagaz. 

— Essa foi rápida, Taehy. — Começou dizendo. — Mas espere até meu presente de aniversário para você, acho que irá gostar.

Foi com essa frase que minha ansiedade de pré-aniversário ficou maior ainda. É, acho que vou ter que dar mais um presente para o hyung para conseguir fechar o ano com chave de ouro, mas tudo em nome da nossa amizade, é claro.

 


Notas Finais


Oi, meus pasteizinhos de churros!

Espero que tenham gostado da fanfic e me perdoem qualquer coisinha errada pelo trajeto, críticas são sempre bem-vindas! (só tomem cuidado com as palavras porque eu sou muito sensível taok).

Agradecimentos para a Ari e o Olly que são os melhores adms do mundo inteirinho e me deram dicas aqui e acolá sobre a fanfic! Amo vocês dois!

Também obrigada a Shinnie (@UmaMiniArmy ) pela capa linda de morrer que eu fiquei babando o dia inteirinho! Ficou muito bonita, fez jus a escritora (badumTIS)

E agradecer a beta (@PranPryah) por ter feito os comentários bonitinhos antes da correção e ter tido paciência para corrigir todos meus erros bobos durante a escrita. Você é um anjo!

Obrigada pela leitura e vida longa ao vottom!


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