Enquanto seguiam pelos corredores, após outra vez fugirem dos espartanos, Maka vez ou outra enfurnava Soul em uma cela quando via algum garoto ou fã de Soul por perto.
- Assim nunca vamos achar aquelas bruxas. – Soul bufou, quando foi jogada dentro de uma cela pela terceira vez e só liberta depois de longos minutos.
- Ei, quer que encontrem você?
- Bem, claro que não. – ela cruzou os braços. - Pelo menos sabe pra onde está nos levando, não é?
- Claro que eu sei. Não sou cabeça de vento feito você. – Maka revirou os olhos, enquanto puxava Soul pela mão, passando o mais rápido possível pelos corredores, sem fazer ruídos.
- Ah, isso é mal... – Soul murmurou, parando de andar. Maka a olhou, se perguntando o que era dessa vez.
- O que foi?- Maka perguntou, depois de fitar a albina em silêncio por alguns segundos. – Soul... Temos que...
- Xixi. – Soul disse, juntando as pernas. - Estou segurando desde que saímos de casa... Ou melhor, desde que acordei... Por volta das cinco... E pouca...
- Por que... Não disse antes...
- Acho que se eu der mais um passo, vou...
- Chega, chega, chega... – Maka tapou os ouvidos., - Como deixou chegar nessa situação?
- É que nos últimos dias a Blair me deixa desconfortável até pra ir no banheiro. Ela me segue e fica dizendo que “somos ambas mulheres” e que não há nada errado em ir ao banheiro juntas e... Meio que é constrangedor... – Soul olhou pro lado. - Daí achei que não iria ter problema até chegar á escola e... Daí apareceram esses caras, e as bruxas e agora acho que a minha bexiga vai explodir.
- Como... Você é idiota... – Maka suspirou.
- Mas estou impressionado até hoje!- Soul falou. - Sabe, eu não sabia que garotas conseguiam segurar por tanto tempo. – Soul pareceu superar a vergonha e ficou animada de repente. - Digo, como garoto, cinco minutos e já é um desespero, por isso temos que ir na hora...
- Eu sei... – Maka revirou os olhos. - Sou um garoto no momento...
- Fora que é difícil controlar aquela porcaria. – Soul riu. - Se não tomarmos cuidado, tomamos esguicho da própria urina... E daí vocês além de conseguirem segurar por tanto tempo ainda...
- Eh... ? Por que iria na própria cara?- Maka olhou pra Soul. - Vocês não se sentam...?- Soul arregalou os olhos e encarou Maka.
- Não me diga que... Vocês não fazem em pé...?- Soul perguntou e ambos se fitaram de cima á baixo, antes de fazerem careta. - Mulheres são esquisitas demais...
- Homens são os piores. – Maka tentou espantar as imagens de homens mijando em pé de sua mente .
- De todo jeito... Preciso fazer xixi. E é urgente.
- Certo... – Maka suspirou, abrindo a porta de uma cela.
- Como espera que eu faça aí?- Soul quase gritou. - Sabe o quão difícil é fazer isso estando em pé?
- Por isso que nos sentamos. – Maka revirou os olhos. - Meninas não tem... Man... Mangueiras, por isso... Se abaixe e...
- Está falando sério?- Soul novamente fez careta. - Ah! – ela se encolheu. - Umas horinhas e já é o máximo? Sério?- ela murmurou.
- ISSO É PORQUE ESTEVE SEGURANDO POR TODO ESSE TEMPO!!- Maka gritou, dando um tapa na cabeça de Soul. - Idiota! Nem toda mulher aguenta por tanto tempo, e estou impressionada que não explodiu até agora... - Maka ouviu um barulho de água.
- Oh... – Soul falou, ainda encolhida. - A... A... – Soul ergueu a cabeça, com o rosto completamente vermelho e os olhos lacrimejando. - A culpa é...
- "QUE FOFA!" - Maka ficou vermelho, mas fechou os olhos e pigarreou. - N-não me diga que você...
- Foi como dar um tapinha no fundo de uma garrafa de cobertura pra ajudar o resto da cobertura á descer... – Soul murmurou, enquanto choramingava. - Por sua culpa... Eu mijei na roupa...
- I-isso... – Maka estava pálida. - Não pode ser verdade...
- Esse é o dia em que quero apagar das minhas memórias assim que dormir á noite... – Soul ainda murmurava.
- V-venha. – Maka falou. - Não conto pra ninguém.
- Se contasse, eu diria que foi você de todo jeito. – Soul deu de ombros, enquanto tirava a saia, com o rosto voltando á cor normal.
- O-OE, O QUE ESTÁ... – Maka ficou completamente vermelho quando ela tirou a calcinha e a blusa, se virando e escondendo o rosto entre as mãos. - P-p-p-or q-que e-está... - Maka tremia e gaguejava.
- Oh, pervertido. - Soul riu. - Por acaso tem doze anos mesmo?
- C-CALA A BOCA!!- Maka se encolheu.
- Me empresta a sua blusa. – Soul disse, enquanto usava a blusa pra se cobrir. - Nem tem nada aqui que impressione... – Soul disse, enquanto Maka tirava o blazer e passava pra ela. Soul vestiu a peça, que ia até a metade de suas coxas. - Ótimo. – ela deixou as roupas molhadas de lado. - Ah, que dia de merda... Recebendo declarações de velhos e crianças... Mijando nas calças... Pisando em sangue...
- Eh?- Maka olhou para Soul. - Sangue?
- É. Sangue. – Soul mostrou a sola dos sapatos, que ainda estavam vermelhos. - Foi numa cela do primeiro andar. Parecia que alguém... - Soul parou de falar e fechou os olhos, suspirando pesadamente. - Foi quando... Estávamos com Mei... - ela tornou a abrir os olhos e Maka a fitava, com um olhar vazio. - Maka... Não me diga que provavelmente possa ter sido as bruxas á deixarem aqueles rastros... – Soul fechou a cara.
- Vamos voltar. – Maka sorriu, enquanto levava Soul de volta. - COMO É BURRO!! POR QUE NÃO DISSE SOBRE O SANGUE?!!
- ORA, A SHIBUSEN NÃO É DO TIPO QUE DEIXA QUALQUER UM ESCAPAR FACILMENTE, ENTÃO A ÚLTIMA COISA QUE EU PENSARIA ERA QUE AQUELE SANGUE FOSSE DE BRUXAS, E NÃO DE MENSTRUAÇÃO!!. – Soul apontou para as duas linhas de sangue que escorriam pelo nariz de Maka. - E seu nariz está vazando litros, Pervertido-kun
- Eu apenas bati a cabeça. – Maka afirmou, limpando o sangue, enquanto que Soul ria.
- Mas é o nariz que está sangrando. – Soul segurou na blusa de Maka.
- O primeiro á ser acertado foi o nariz. – Maka insistiu. - Por hora, nos preocupemos com...
- Pervertida. – Soul continuava á rir. - Ah, que droga... – ela parou outra vez, sussurrando.
- O QUE FOI DESSA VEZ?!- Maka gritou.
- Nos acharam. – Soul apontou para um grupo que seguia por um corredor, mas que os avistaram devido ao grito de Maka. – Parabéns. E olha que eu ia te avisar su-til-men-te. - Soul se pôs na frente de Maka e seguiu em direção aos homens.
- Minha linda... – um homem disse, enquanto estendia as flores.
- Você é mesmo maravilhosa, mesmo usando roupas masculinas... – um outro disse.
- Sei, sei... – Soul falou, indo em direção á eles, mesmo que Maka tentasse impedí-la- E agora? O que eu deveria fazer... – Soul havia entrado no seu modo atriz e fazia a voz de uma garotinha preocupada. - Tantos pretendentes...
- E-eu sou o melhor para você!- um deles afirmou.
- Não! Eu que sou!- um outro saltou na frente do primeiro.
- Eu sou mais bonito. – outro disse.
- Ora, ora... – Soul sorriu. - No fundo sabem que só posso ficar com um, certo? – todos pareceram ficar esperançados. - Então, façam o seu melhor, enquanto vou comprar algo pra beber. Quando eu voltar, quero apenas um. – Soul sorriu, puxando Maka pela mão. Maka engoliu em seco, enquanto Soul passava pela multidão de homens, abrindo caminho e se curvando perante ela. - Mas lembrem-se... Apenas. Um. – Soul sorriu quando finalmente chegou nas escadas. - Estou torcendo por vocês. – ela piscou e sorriu, e todos os homens pareciam maravilhados.
Soul puxou Maka de repente e sumiram no segundo lance das escadas. Mal chegaram no corredor acima quando começaram á ouvir gritos e berros de declarações de guerras.
- Ótima ideia, Soul... – Maka elogiou a albina, enquanto corriam pelo corredor. - Fazê-los lutar entre si para atrasá-los...
- Eh?- Soul olhou pra Maka como se ela fosse idiota. - Não pensei assim tão longe. Apenas queria ver porrada. – Soul afirmou, com uma cara deslavada. - Quando acabarmos, vamos correr até lá pra ver quem ainda tá de pé...
- “É um demônio!”- Maka encarou Soul perplexo. - Como pode fazer uma coisa dessas?
- Eu não sei. – Soul deu de ombros, enquanto ria. - Oe, quem sair vivo a gente dá um cupcake! – Soul disse. - Mas sem o recheio, por que o recheio é meu.
- “Se bem que os olhos vermelhos e os dentes afiados... É mesmo filho de um demônio...”- Quem raios são os seus progenitores?!
- Uma mulher dragão e um demônio. – Soul parou de correr, fazendo uma careta de desgosto.
- Oh, entendo. – “Isso faz sentido”.
- OE, ESTÁ MESMO LEVANDO Á SÉRIO, ESTÚPIDO!?- Soul deu um chute na canela de Maka, que chiou um palavrão e fez careta. - De todo o jeito, precisamos correr para... – Soul fez menção de voltar á correr, quando viu que estava em frente á uma porta aberta, e que essa porta tinha suas pegadas de sangue. - Ah, foi aqui. – ela parou a apontou para uma poça na frente da porta. - Passei por aqui. – ela riu, e Maka, que se lamentava pela canela até pouco atrás se recompôs.
- Nice Girl!- ela fez sinal de positivo com o polegar, enquanto Soul abria a porta, e tal como haviam pensado, as bruxa estavam ali. Era um quarto com apenas uma cama, mas as duas se revezavam nela, dormindo. A de cabelos rosa tinha o pulso enfaixado com trapos do vestido da outra, e ambas pareciam estar em um sono profundo.
- Que fofas. Parecem dois ratos assustados, fugindo das armadilhas humanas dispostas á esmagar seus crânios e arrancar brutalmente suas cabeças apenas por roubar um pedaço de queijo... Isso faz parecer que os humanos são lixo... – Soul falou, com uma cara pensativa, se aproximando. - Mas essas feiosas são irritantes. Venha, vamos matá-las... – ela sorriu e para Maka, a sombra de Soul que apareceu através da luz projetada pela vela em cima de uma mesinha no canto do quarto pareceu criar chifres e calda, ao mesmo tempo que no sorriso, os dentes afiados reapareceram, seguidas por uma língua de cobra.
- “DEMÔNIO!”- Maka deu um tapa na cabeça de Soul, com um olhar assustador.
- É brincadeira... – Soul murmurou. - Tsc, idiota. – ela semicerrou os olhos, sacudindo as bruxas. - Oe... Oe, feiosas.
- GWAARH!- as duas gritaram ao ver Soul e Maka, e se encolheram em seguida. – A-ah... É você, humano tolo... – a de cabelos rosa tentou reassumir a pose de comando.
- Tarde demais. – Soul disse com uma expressão neutra. - Esse grito desarmou vocês. – ela se aproximou e puxou o pulso da de cabelos rosas. - Droga, fazendo a gente correr atrás de vocês feito idiotas, dando voltas e voltas por aí...- ela começou á tirar a faixa do braço dela. – E ainda faz essa porcaria aqui... Quer perder o braço, menina?
- E-ei, o que pensa que está... – a bruxa tentou protestar.
- Se continuar com esse trapo sujo, vai inflamar. – Soul disse. - São burras ou o quê? Se querem fugir, pelo menos vá pra bem longe da cidade antes de tentar fazer uma sutura mal feita dessas. Pelo menos corre o risco de um bom samaritano achar que são humanas e oferecer carona pra um hospital, ou sei lá...
- Está falando sério...? - tanto Maka quanto as bruxas perguntaram em uníssono.
- Seríssimo. Feiosas como vocês deveriam se cuidar melhor. – Soul se sentou na cama e analisou o ferimento. - Mesmo que eu me irrite fácil, não gosto de ver garotas machucadas. Mesmo que sejam irritantes feito vocês... – ela fez bico. - Se eu lembrasse onde deixei minha pasta... Ah, Maka, vá atrás da minha pasta. Se voltar á sangrar, aí a coisa pode ficar feia. Não suporto sangue. – Soul fez uma careta de nojo. - E você, vê se fica quieta aqui. - ele falou com a rosada.
- Por que está... – a bruxa loira ia dizendo.
- E você, vá atrás de algo pra costurar isso aqui. Á essa hora, Medusa-sensei não está na enfermaria, então ela está trancada por hora. – Soul disse, enquanto pressionava a manga da blusa de Maka que usava contra o ferimento. - Se machucou enquanto fugia daquelas algemas, não é? Aconteceu o mesmo quando tentei fugir. – Soul riu, lembrando-se de quando chegou na Shibusen, mas notou que Maka e a outra bruxa ainda estavam ali. - Estão esperando o quê?
- Ah... H-hai!- os dois saíram o mais rápido que puderam, mesmo sem entender o que havia dado na albina, apenas a obedecendo.
- Você... No fundo é bem gentil... Não é...?- A bruxa de cabelos rosa perguntou.
- Não diga bobagens. – Soul virou o rosto. - Estou apenas sendo um pouco mais educado. Como eu disse, não suporto ver sangue. E garotas machucadas. Me causam agonia. É o mesmo quando alguém raspa um giz num quadro, fazendo um som irritante, ou fica rangendo os dentes e fazendo som de cerra. É horrível... – a garota olhou Soul por mais algum tempo, antes de começar á rir.
- Você é estranho...
- Diga o que quiser. – Soul virou o rosto outra vez. - Por culpa de vocês, estou sendo perseguido por um bando de velhos, mijei na roupa e sujei as botas de sangue. Tem alguma ideia do quanto odeio sangue???
- FEZ O QUÊ NA ROU...
- Bem, é que... – Soul riu, enquanto explicava tudo o que disse para Maka, enquanto que a garota ria horrores de sua história. Quando terminou, ainda fez bico e ameaçou socar a bruxa caso ela não parasse de rir.
- Você é definitivamente estranho!- ela ainda ria.
- Oh, e para uma bruxa, você até agora não tentou matar ninguém...
- Minha magia é a magia do charme. – ela disse. - Posso fazer qualquer um ficar aos meus pés... Ou qualquer um perseguir incansavelmente quem eu bem entender...
- Foi isso que fez com os espartanos?
- Implantei sonhos onde... Você aparecia e os fazia se apaixonarem por você... – ela disse, olhando para o pulso, que já não sangrava mais. - Desculpe...
- Também peço desculpas. – Soul sorriu. - Não devia ter dito aquelas coisas. Realmente tenho pavio curto, e aquela noite eu queria sushi. Vocês ESTRAGARAM minha noite do sushi, entendem o que eu quero dizer? ES-TRA-GA-RAM. E até hoje não sei onde minha moto foi parar...
- Por isso nos ofendeu?- ela novamente se segurava para não rir.
- Por isso ofendi todo mundo. – Soul encolheu os ombros. - E vocês quem chegaram do nada falando coisas sem sentido sobre seus brinquedinhos...
- Somos bruxas. Sabemos blefar. – ela deu de ombros. - Quem no mundo iria querer brincar com aquela coisa? Era assustadora, pra falar a verdade...
- Oh, então você é mais humana do que parece. – Soul disse. - Onde está sua maldade de nascença?
- Como eu disse, sou uma bruxa do charme. Meu poder não machuca ninguém de verdade. Meu charme anulou minha essência, e assim não fui possuída pelo meu poder. O mesmo vale para minha irmã. Magia de troca de corpos. Por algum motivo, ela também não é controlada pela magia, por isso... Fomos rejeitadas pelas outras bruxas...
- Que vida triste a de vocês. – Soul disse, segurando o riso.
- Qual é a graça?
- É só que... Cara, como pode uma bruxa como você gritar de um jeito tão feio?- Soul começou á rir.
- Hein?
- Quando te sacudi você gritou “Gwaarh!” feito um mons... – a garota começou á encher Soul de tapas, enquanto Soul ria. - Você é mais estranha que eu, esquisitona.
- Ah, você solta insultos de brincadeira... – ela falou, com os olhos arregalados.
- Hein?
- Então não devo levar seus insultos á sério. – ela parecia aliviada, enquanto Soul se mantinha confuso. - Que bom... Agora me beije. – ela fez bico e Soul revirou os olhos.
- Que que cê tá tentando fazer?
- Eh...? Meu... Charme é irresistível até para garotas... – a bruxa olhou Soul confusa. - Ande, me bei...
- Ah, então você gosta de garotas. – Soul disse. - Nada contra, mas sou só uma garota temporária, senhorita gay.
- N-NÃO É ISSO!- ela se pôs de pé. - Que... Esquisito... Diga, você é gay?
- Por que pergunta?
- Por que eu quero saber.
- Nunca me interessei por caras, até o momento... - Soul disse, pensativa.
- Por que diz isso?
- Por que tenho doze anos e me interesso por animes e video game. Se um dia rolas vierem á ser do meu gosto, então serei gay. Até lá, acho que continuo sendo hétero... - ela murmurava, ainda mais pensativa.
- Eh?- a garota ficou confusa. - Você é ou não é?
- Não. – Soul disse, encolhendo os ombros enfim concluindo algo. - Por que?
- Então por que não me beija?
- Na boa, nessa experiência de troca de sexos, fui beijado mais vezes do que me lembro, então se quer um beijo espere pelo menos eu voltar á ter meu pinto. – Soul suspirou.
- Você... É definitivamente estranho... – a garota disse, com uma expressão neutra, enquanto que Soul ignorava seus comentários.
- Você me pede pra te beijar do nada e eu que sou estranho?- Soul riu, enquanto olhava novamente o machucado, tornando á pressionar o pano contra ele. - “Ah, droga... Por que tinha de ter tanto sangue aqui? E como raios ela ainda está viva? Que droga... Odeio isso, mas também não gosto de ver garotas se machucando, então...”- Soul engoliu em seco, enquanto tornava á cuidar do ferimento. - “Seja o que for, posso vomitar quando chegar em casa...”
A porta se abriu de repente e a bruxa loira chegou, arfando e com os olhos lacrimejando, enquanto segurava um kit de primeiros socorros.
- I-ISSO SERVE?!!- ela entregou para Soul, enquanto a albina forçava a rosada á se sentar. Soul abriu a caixa e pegou um pote com álcool, várias gases e uma linha e agulha para fazer os pontos. - POR FAVOR, NÃO DEIXE MINHA IRMÃ MORRER!!- a loira implorou ajoelhada ao lado de Soul, e a irmã lhe deu um tapa na cabeça.
- Quem vai morrer, idiota?- a garota perguntou.
- Era pra estar morta á muito tempo, com esse mar de sangue pra todo lado, mas até agora ainda está inteira. - Soul disse para a loira. - Ela é imortal, por acaso?- as duas sacudiram a cabeça em resposta negativa e Soul deu de ombros. - É melhor se preparar. –ela pegou o pote de álcool e posicionou-o sobre o pulso da garota, que tinha um corte enorme.
- I-isso vai doer?- a rosada perguntou, quase chorando.
- Não. – Soul disse, e a garota deu sinal positivo. Soul virou o pote de uma vez, e a garota começou á tentar se soltar de Soul, enquanto gritava e chorava.
- ISSO DÓÓI!!- ela dizia, enquanto Soul a impedia de se soltar.
- Pronto. – Soul passou uma gase por cima do ferimento. - Está limpo. – ela sorriu. - Agora é só costurar. Não sou um bom médico, mas já fiz isso antes e garanto que mando bem com uma linha e agu... Que sei fazer suturas. – ela se corrigiu.
- Você disse que não iria doer!- a bruxa choramingou.
- Se eu dissesse que doeria, teria deixado eu fazer?
- CLARO QUE NÃO!- ela gritou, querendo esganar Soul, sentindo a ardência passar. - Oh, sumiu..
- É uma dor temporária. Por isso é melhor fazê-la de uma vez, que aí você não fica com medo e ansiosa demais. Aguente mais um pouco. – Soul esterilizou a agulha e a linha, antes de começar á fazer os pontos na pele da garota, que exclamava cada vez que a agulha atravessava a pele.
- Como se chama?- a loira perguntou, já mais calma.
- Soul. Por quê?
- Eu sou Amélia. – a loira disse. - E ela é minha irmã caçula. Amália. Somos as bruxas Coelluns.
- Que porra é essa?- Soul fez bico.
- Coelhos. Podemos nos transformar em coelhos. – Amália disse.
- Não tem nada á ver com as habilidades de vocês. – Soul deu de ombros.
- Só mostramos o básico. Há outras, claro, mas não tem sentido usá-las. Só as usamos quando estamos numa luta. – disse Amélia.
- Aliás, coelhos viram areia?
- Nosso pai era uma arma. – Amélia encolheu os ombros. - Parece que isso afetou um pouco nossa genética e misturou um pouco mais nossas habilidades, fazendo com que tenhamos habilidades esquisitas também.
- Ohh... Incrível. – Soul as olhou com os olhos brilhantes. - Quem dera se eu virasse areia... Poderia entrar em lojas de doces e comer de tudo e... – as duas se olharam por alguns instantes, antes de olharem para Soul e sorrirem.
- Vamos ser amigos?- elas perguntaram juntas, pegando Soul de surpresa.
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