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História Em rota de colisão - XXIII


Escrita por: Confusion

Capítulo 23 - XXIII


XXIII

Se tinha uma coisa que Emma sabia sobre sua família, era que quando todos estavam juntos sempre acabava em choro, seja de alegria ou de dor, de raiva ou felicidade, sempre alguém chorava no final de tudo, seja sua mãe, seu irmão, sua tia ou madrinha. Obviamente aquela noite não seria uma exceção, alguém iria chorar e muito provavelmente seria ela.

O céu estava estrelado, o vento frio balançava as folhas de um lado para outro, a grande mesa disposta no meio do quintal parecia um convite para algo encantador, acariciou a barriga inchada de Felicity.

-Quantos meses?

-Mais ou menos quatro.

-Já sabem qual é o sexo? – retirou a mão da barriga da tia.

-Não, Oliver quer saber somente no dia do parto. – ela suspirou. – Embora minha mãe e Thea estejam loucas para saber e começar a decorar o quarto.

-Que bom. Com licença tenho que ir falar com Joe, eu ainda não o vi. – sorriu para a tia e saiu em busca de Joe, ela realmente ainda não tinha ido falar com ele, mas também queria sair de perto de Felicity antes que dissesse algo que não devia.

Aquela noite estava passando como um enorme borrão, ela havia cumprimentado todos que conhecia, havia tolerado Julian ao lado de Felicity, o jeito estranho como Carla tratava Caitlin e estava até mesmo se acostumando a ver Holly ao lado de Oliver, mesmo não gostando. Também havia notado que seus pais mantinham uma certa distância um do outro e só ficavam juntos quando parecia necessário.

Suas mãos tremiam quando se aproximou de Lydia e Camille, elas estavam juntas a um grupo de indivíduos que ela conhecia muito bem, tentou sorrir quando viu Tommy com Meli, já sabia da história toda. Ela havia se encontrado com ele um pouco depois de ter ouvido aquela conversa entre Caitlin, Felicity e Íris. Tommy explicou o que havia mudado e pediu ajuda para juntar seus pais de novo, porem o que mais a surpreendeu foi ele ter revelado que estava com Meli a mais de um mês, seu coração se partiu novamente, mas ela sorriu e o parabenizou.

-Você está bem? – Wally perguntou aparecendo em seu campo de visão.

-Sim, apenas um pouco incomodada com essa história. – revelou. – Ainda não me acostumei com essa maldita troca de casais.

-As coisas mudam, Em. – ele falou um pouco azedo.

-Deixa eu adivinhar, ainda não está de boa com Carla morando aqui. – sorriu, Wally revirou os olhos.

-Ela mudou completamente a rotina do papai e a minha rotina, as vezes acho que ela está tentando me envenenar com aquelas “comidas saudáveis”.

Ela riu baixinho.

-E eu que pensei que estava exagerando demais. – se virou para o grupo bem no momento em que Meli beijava Tommy, seu sorriso desapareceu.

-Apenas respire Emma, tudo vai acabar bem. – aconselhou Wally. Meli pareceu notar que ela olhava, pois aprofundou o beijo.

-Wally me segura ou eu juro que mato a vadia.

-Eu adoraria ver um barraco hoje, mas sei que você estaria encrencada, mas do que já está.

-Você é tão adorável. – o West se afastou, estranhamente aquela conversa havia sido boa para ela. Wally era realmente uma ótima companhia.

Em algum lugar alguma música começou a tocar, Tommy sorriu pra ela, ele estava ainda mais lindo do que dá última vez. Prensou os lábios e acenou com dedos, não queria se aproximar mais do que o necessário. Sua mente gritava desesperadamente para ela dar o fora dali, e todo o seu corpo parecia concordar com isso. Subiu os degraus que levavam a cozinha, passou por Joe e Carla que conversavam, correu em direção ao quarto de Íris, girou a chave duas vezes apoiando a testa contra a porta de madeira.

O gosto salgado das lágrimas chegara a sua boca repente. É, ela estava na merda.

~***~

Em um prédio meio velho nos subúrbios de Central City havia uma pequena sala que era propriedade de uma terapeuta designada pelo serviço social, e era para ela que Emma tinha que contar seus problemas atuais, o que era uma coisa engraçada já que seus problemas atuais estavam equilibrados com seus problemas anteriores.

-Então, que tal começarmos com um pouco de sua história. – a senhora de meia idade abaixou os óculos a encarando. – Ou a parte que você se lembra.

-Não acho que você vai querer saber sobre a minha vida, ela é chata e monótona.

-Senhorita, acredite, sua vida é tudo, menos chata e monótona.

Emma suspirou, então começou a falar:

-Tenho quinze anos e de algum jeito consegui uma cicatriz de bala no meu abdome. – embora não esteja mais visível. – Moro com a minha tutora e conheço várias pessoas boas que me ajudam muito. Fui atacada três vezes, de maneiras diferentes, primeiro por insetos, depois por um meta-humano e por fim, por um louco que me deixou em coma.

A doutora folheou a prancheta com a sobrancelha arqueada.

-Interessante, segundo seu registro você não falo nada sobre esse “louco” que lhe deixou em coma. – Emma mordeu o lábio inferior, realmente não falou sobre o idiota com Joe ou seus pais. – Se lembra dele?

-Não.

-Nem algum detalhe importante? – ela insistiu, Em negou com a cabeça. – Ok, mas se lembre que eu estou para te ajudar, pode me contar o que quiser.

-Sigilo médico-paciente. – Emma se lembrou do que sua mãe falou uma vez.

A doutora assentiu, a conversa fluiu de maneira automática, perguntas eram respondidas e duvidas tiradas. Quando o horário acabou ambas se despediram, Emma parou na porta do prédio e discou o número do pai no celular que havia ganhado no início da manhã, estava preste a colocá-lo no ouvido quando o carro do outro lado da rua buzinou, ela colocou uma mão sobre os olhos tampando o sol, a cabeça de Wally saiu pela janela motorista.

Sorriu e guardou o celular no bolso, atravessou a rua e entrou no carro.

-Pensei que Barry ia vir me pegar. – colocou o cinto de segurança.

-Barry teve um pequeno problema. – ele tirou o carro da vaga. – E pediu para eu vir pegar você. Tenho que te levar para o laboratório, mas eu acho que podemos dar uma passadinha no Big Belly Burger.

-Agora você está falando a minha língua. – eles sorriam um para o outro.

Wally estacionou o carro em frente a lanchonete, saltou do carro e logo perguntou o que ela queria, embora estivesse com muita fome a ponto de desmaiar, pediu apenas um hambúrguer simples com o Coca-Cola.

Se inclinou para frente cruzando os braços sobre o painel e apoiando a cabeça, Wally entrou na lanchonete, mas não foi em direção ao balcão, seguiu o caminho contrário até uma garota sentada na janela, o logo grudado no vidro a impediu de ver quem era a tal garota, mas por milésimos de segundos, Emma jurou que seu tio havia beijado a garota. Os dois ficaram de pé e para total surpresa dela, a tal garota não era nada mais, nada menos, que Jesse Wells.

Se jogou contra o banco encarando a cena que se desenrolava a sua frente, Wally fez os pedidos, mas continuou grudado em Jesse. Não que ela estivesse surpresa, havia visto Jess na noite da festa, sabia que ela era uma velocista e que podia circular entre os multiversos. E também sabia que seus tios haviam namorado escondidos por quase um ano, entre idas e vindas.

Pelo menos isso não havia mudado.

Wally demorou quase meia hora para voltar para o carro, ela não comentou sobre o que viu, apenas reclamou sobre a demora.

-Tinha gente demais. – ele se defendeu. Emma teve que conter o riso.

-Então, você vai me dizer ou eu vou ter que descobrir sozinha o que houve entre Caitlin e Carla? – ela mordeu um pedaço do hambúrguer e encarou Wally. – Porque se você me disser que está tudo bem entre elas, eu te bato.

-É coisa delas Emma.

-Wally! Fala logo pô! – o West bufou.

-Ok, mas você tem que prometer que não vai contar para ninguém. – Emma fez o gesto com os dedos da mesma maneira como fez na noite da festa. – Um pouco antes de Carla se mudar pra cá, quando o namoro de Caitlin e Barry estava apenas começando uma coisa estranha aconteceu.

-O que? - se inclinou em direção dele.

-Caitlin descobriu que estava grávida.

Seu queixo caiu, por essa ela não esperava.

-Ela tá grávida.

-Ainda tem mais nessa história. – Wally coçou a cabeça, parecia nervoso. – A gravidez dela foi uma das maiores novidades que eu já vi, todo mundo estava feliz, papai estava ansioso para ser avô e Barry louco para ser pai, eles já tinham até escolhido os nomes, até que um dia, Caitlin e Carla estavam conversando, na verdade discutindo, no laboratório, foi uma discussão bem acalorada. No início da noite Barry ligou pro papai e disse que Cait havia perdido o bebê, obviamente ela culpou Carla, mesmo não sendo exatamente culpa dela.

-Como assim? – Emma perguntou em um sussurro.

-O médico que eles visitaram, disse que algo deu errado e que a gravidez já era de risco, e que a discussão apenas apressou o que já estava previsto.

Ela mordeu o lábio inferior.

-Toda a gravidez de Caitlin vai ser de risco, não é? – Wally assentiu.

-Ela ainda está abalada com tudo isso.

Emma se virou pra frente, nenhum dos dois falou mais nada até chegarem ao laboratório. A história toda parecia ser surreal. Ela sabia que sua mãe havia perdido um bebê antes dela nascer, mas não sabia que a culpa era de sua avó. Se lembrou de sua mãe gravida de Charlie, a noite em que ela deu à luz, foi a noite que ela quase morreu, se lembrou da agonia que sentiu pelo milésimo de segundo que pensou que a perderia.

Caitlin conversava com Cisco assim que ela entrou no córtex, ela realmente parecia um pouco mudada, não apenas fisicamente. Wally a encarou com se dissesse silenciosamente, não abra a boca. Ela obviamente não abriria, não agora.

Sentou em uma cadeira e mandou uma mensagem para Tommy.

Emma: Você sabia sobre minha mãe?

Tommy: Sobre o bebê? Claro.

Emma: Ok. Como está tia Feli?

Tommy: Bem. Mas preciso de sua ajuda.

Emma: Juntar seus pais?

Tommy: Isso! Já tem um plano?

Emma: Você acha que não?

Emma: Vamos começar com o plano A. Fazer eles perceberem que ainda se gostam.

Tommy: E como você vai fazer isso?

Emma: Trancamos eles em um quarto e os deixamos lá até admitirem.

Tommy: Por que eu acho que isso não vai dar certo?

Emma: Não se preocupe, ainda temos o alfabeto inteiroJ

Tommy: Carmim. Eu te amo.TA

Ela sorriu com aquelas três palavrinhas aqueceram seu coração, sabia que ele estava brincado, mas não pode deixar se sentir aquela sensação de ser ama.

-Humm, que sorriso é esse? – Cisco perguntou maliciosamente, ela mordeu o lábio inferior antes de responder:

-Cala a boca.

-Quem nega sempre consente. – ela se virou para Camille que entrava na sala com uma enorme carranca. – Sabe qual é a palavra do dia?

-Não.

-Propositum.

Emma arqueou a sobrancelha.

-Isso é latim? – perguntou Caitlin impressionada. Cami assentiu. – Você sabe latim?

-Claro, papai me forçou a fazer pelo menos uma língua morta ou ele não pagaria meu curto de designer gráfico de vídeo game.

-Você faz jogos? – os olhos de Cisco brilhavam de excitação.

-Os melhores. – ela se gabou sorrindo.

-Acho que estou apaixonada! – Lydia gritou, o sorriso de Camille se desmanchou.

-E lá vamos nós de novo. - ela murmurou irritada. – E quem é desta vez Lyds?

-O cara do posto de gasolina. – Íris respondeu por ela, Emma inclinou a cabeça olhando para madrinha confusa. – Paramos para abastecer e esse garoto foi nós atender e...

-Ele é muito gato! Um deus grego! – Lydia engrandeceu, provavelmente ele não era aquilo tudo. – Tão gentil.

-Ele disse de nada. – Íris retificou.

-Tão inteligente.

-Ele não precisou de calculadora. – a jornalista emendou.

-Ele tinha olhos azuis piscina. – Lydia se ludibriou.

Íris jogou as mãos para cima em um gesto de desistência. Emma tampou a boca para não rir.

-Não se preocupem, já, já passa, ela apenas tem que se lembrar que tem um namorado. – Camille afirmou, repreendendo Lyds com o olhar.

-Ah claro, Cory. – a loira sorriu desanimada. Em sabia que Lydia estava namorando Cory a quase três mês, foi tudo muito rápido de acordo com Tommy, eles se conheceram e logo começaram a sair. Ela conhecia Lyds muito bem para saber que aquele namoro não duraria muito. – Ele me convidou pra ir ao boliche, vocês querem ir comigo?

Emma deu de ombros, Camille pareceu pensar por um tempo e então perguntou:

-Adien vai?

Lydia revirou os olhos bufando irritada, Em tampou a boca rindo.

-E depois você fala de mim. – a loira desdenhou.

-Que horas vocês vão? – Íris perguntou sem tirar os olhos do celular. – Tenho que voltar pro jornal e posso levar vocês.

-Valeu tia. – disse Lydia cintilante.  A West tirou os olhos do celular encarando a garota.

-Tia? Eu sou quase da sua idade. – disse indignada.

-Em que metade? – Cisco perguntou, irônico. Íris virou fuzilando o engenheiro com o olhar. – Ok, por um todo.

Caitlin suspirou balançando a cabeça, colocou a mão sobre a barriga, mas tirou rapidamente. Emma observou o olhar tristonho da mãe.

-Cait podemos conversar. – as palavras saíram de maneira automática, queria falar com ela desde de ontem, tinha uma coisa importante para contar, algo sobre sua história, sobre o acidente.

-Claro, meu bem.

Ela se levantou e seguiu a doutora para fora do córtex, Cami e Lydia lhe encaravam intrigadas.

-Para onde estamos indo? – perguntou um tanto confusa.

-Você vai ver.

A sala em que Caitlin a levou era pequena de descanso.

-Então sobre o que você quer conversar? – Emma caminhou até Caitlin e se sentou aos seus pés.

-Apenas queria saber o que está acontecendo? – deu de ombros.

-Como assim? – perguntou Caitlin fazendo carinho em seu cabelo.

-Você e o papai estão muito estranhos. – afirmou descansando a cabeça no colo da mãe.

Caitlin suspirou melancolicamente.

-Nem sempre Barry e eu vamos concordar com algumas coisas.

-Tipo o bebê? – a doutora parou de mexer em seu cabelo, Emma virou a cabeça encarando a mãe. – Você me contou uma vez que perdeu um bebê antes de mim.

-É, algumas coisas aconteceram. – os olhos de Caitlin se encheram de água.

-Não é sua culpa. – Emma pegou a mão dela. A conhecia o suficiente para saber que ela havia se culpado mais do que culpara a própria mãe. – Nunca foi, certas coisas apenas acontecem.

-Barry disse a mesma coisa.

Deu de ombros.

-O que eu posso fazer, sou uma cópia do papai. – a doutora riu baixinho. – Sei que está sendo duro e que pareci ser o fim do mundo, mas não é. Você tem a mim, tem papai, tem tio Cisco, tem uma família que te apoia e está pronta para te ajudar. E volte a falar com papai, ele também está muito machucado, o filho também era dele. Papai te ama mamãe e so quer seu bem.

Caitlin secou as lágrimas.

-Eu sei, acho que nem parei para pensar com ele sentiu, falarei com Bar, tenho que pedir desculpa. Mas o que você queria me falar, meu amor?

-É complicado. – respirou fundo, estava na hora de contar a verdade. – É sobre o futuro.

-Então é melhor você não falar.

-Mas é necessário, apenas me escuta mamãe. Quando eu tinha uns dois anos sofri um acidente de carro, na verdade eu e você sofremos. Um cara havia roubado um carro e acabou em perseguição com a polícia e o Flash, estávamos indo para uma prova do seu vestido de noiva, quando paramos no sinal, eu comecei a ouvir as sirenes e quando sinal abriu...

-O carro nos atingiu? – Emma assentiu sobre o olhar preocupado de Caitlin.

-Eu não me machuquei muito, já você, - umedeceu os lábios antes de continuar. – você perdeu a memória. – Cait colocou a mão sobre a boca. - Você so lembrava da sua vida antes da explosão do acelerador, nem sabia que era o papai ou tio Cisco, muito menos eu. Eu não me lembro de muita coisa, so me lembro das noites em que você ficou longe e alguns flashes que tenho em sonhos, aqueles sonhos que eu acordo gritando.

“Mas esse não é o ponto em que eu quero chegar, o fato é que, enquanto você estava sem memória, uma pessoa se aproximou de você, uma pessoa sem escrúpulos ou dotada da falta de qualquer tipo de sentimento. Essa é a descrição do tio Cisco. – explicou vendo o olhar confuso de Caitlin. – Essa pessoa tentou usar você, mudar sua memória, dizendo que vocês estavam noivos e que papai estava te enganando. Inacreditavelmente você quase caiu, mas sua memória voltou.

“Esse é um resumo de tudo o que eu escutei, vocês não gostam de falar sobre isso, mas agora eu entendo. – olhou para cima tentando rever todos os sonhos e memorias que havia tido durante todos esses anos. – Eu não sei quem é esse cara, mas sei que ele fez algo muito ruim para vocês.

-E o que ele fez?

-Ele me sequestrou, eu acho. – disse meio incerta. - As imagens na minha cabeça ainda estão muito confusas.

-Que imagens? – perguntou Caitlin intrigada.

-Eu tenho esses sonhos, que estão mais para memorias. Pessoas ao meu redor me dizendo algo que não entendo, um quarto rosa, uma casa de bonecas, um homem grande de olhos azuis vivos e agora, uma mulher que diz que eu sou filha dela. – suspirou. – No início eu nem dei bola, mas tudo pareceu se encaixar, acho que esse cara que tentou ficar com você, me sequestrou e me juntou com uma louca psicopata.

-Você já me falou isso no futuro?

-Não, porque não parecia importante. – deu de ombros.

-E agora é?

-Acho que sim, porque alguém está dando 500 mil pela minha cabeça e eu acho que é ele. – falou baixinho esperando a explosão da mãe.

-E porque você não falou isso antes, Emma!

Caitlin ficou de pé com as mãos sobre a cintura.

-Porque eu so soube disso na noite da festa. – se defendeu observando a doutora andar de um lado para outro da pequena sala.

-Temos que falar com Joe, a polícia precisa saber disso.

-Aproveita e fala com tia Lyla, vai que a ARGUS sabe de alguma coisa.

-Bem provável. – Cait mordeu o lábio inferior. – Ok, você tem que ficar sobre proteção.

Ela se colocou de pé.

-Então eu não posso ir ao boliche com as meninas? – perguntou esperançosa, esperando por um não. Ela odiava boliche.

-Se você quiser pode ir, você estará com Tommy, tenho plena certeza que ele foi treinado pelo melhor.

Gemeu em desgosto.

-Mãe, você quer mesmo me colocar numa sala com o cara que eu gosto, o cara que gosta de mim, o cara que gostava de mim so que agora gosta de outra, que nesse caso eu beijei ele? – Caitlin a encarou confusa.

-Acho que sim.

-Você é uma péssima pessoa!

-Que é uma péssima pessoa? – Barry perguntou entrando na sala, Emma se virou para ele.

-Mamãe.

-Não diga isso, ela so está um pouco confusa ultimamente.

Caitlin encarou Barry, mas invés de retrucar ou o ignorar, ela se jogou nos braços dele e o beijou lentamente. Emma se virou para outro lado, encarando a parede de quadros e ficou assim por um bom tempo.

-O que foi isso? - seu pai perguntou confuso.

-Um pedido de desculpa. – Caitlin respondeu e Em voltou a encarar os pais. – Estou agindo com uma vadia nesses últimos dias, não me preocupei em saber como você se sentia depois de tudo isso. Você está sendo maravilhoso para mim, Bar. Tem me aturado e sempre ficou ao meu lado, por isso que eu te amo.

Pela cara que Barry fez ao ouvir aquelas palavras, Emma constatou que aquela era primeira vez que sua mãe havia falado aquilo para ele.

-Eu também te amo.

Pelo menos ela sabia que aquele “eu te amo” era verdadeiro e recíproco.



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