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História Em uma dose de Bourbon - SuperCorp - Bourbon Street


Escrita por: Japanix

Notas do Autor


Voltei com mais um, espero que gostem! 😉

Capítulo 6 - Bourbon Street


POV KARA

Depois que nos acomodamos no nosso novo apartamento provisório, resolvo tomar um banho gelado e relaxante, afinal a água e eu somos bem íntimas.

FLASHBACK

- Kara você precisa tentar, já faz 4 meses, tente se esforçar, você vai voltar a andar - dizia Katie, minha fisioterapeuta - Pra uma garota que foi para o próprio inferno várias vezes, você está se saindo bem covarde.

Depois de dar as costas e me deixar sozinha no centro de reabilitação das forças armadas, me pego pensando no que Katie acabou de me dizer.
Sou realmente uma covarde, não posso me dar por vencida, Mike está por aí, livre e vivendo sua vida, enquanto eu estou sendo refém de uma cadeira de rodas medíocre. Mike ainda verá meu rosto novamente, e será a última coisa também.

Um mês depois, voltei a dar meus primeiros passos. Tudo graças a Katie que me apresentou um novo tipo de fisioterapia, que consistia em desenvolver a resistência dos membros através de uma piscina de água gelada. 6 meses depois, eu estava nova em folha, exceto por dentro.

FIM DO FLASHBACK

Termino meu banho, e sigo em direção a sala onde Alex se encontra.

- Ei Danvers, que tal darmos uma volta? - digo me sentando ao seu lado.

- Opa, você realmente está me chamando pra sair da BatCaverna? - pergunta em um tom incrédulo.

- Sim, estou afim de beber - digo dando de ombros.

- Por mais que eu ache que você está bebendo demais, vou compactuar com esse momento inusitado - diz se levantando e indo em direção ao seu quarto - vou me arrumar.

Trinta minutos depois estávamos na porta do nosso prédio.

- E aí, pra onde vamos? - pergunto para Alex que está com seu celular nas mãos.

- Bom, na lista de lugares badalados de New Orleans, diz que tem um bar chamado Bourbon Street e que pra nossa sorte, está bem atrás de você.

Me viro de frente para o lugar que ficava em uma esquina, ocupando uma boa extensão entre um quarteirão e outro.

- Bom, vamos lá então - digo dando um sorriso para Alex.

Ao chegarmos na entrada, sinto uma sensação de prazer tomar conta de mim. O lugar era lindo, repleto de arte clássica e urbana nas paredes, fotos de ícones do Blues, Jazz e do Rock Clássico, o lugar possuía um cheiro bom, um pouco adocicado e com um leve teor alcoólico.
Saindo do hall de entrada, pude ver toda a decoração referente aos anos 20, e ao fundo um palco pequeno que possuía um piano, deduzi que alguém deveria cantar ali. Quando olhei em direção ao bar, tive a visão mais linda que eu já vi nos últimos tempos. Em uma escada pequena, havia uma garota organizando umas garrafas de bebidas em uma prateleira rústica. Seus cabelos negros caiam em perfeitamente em suas costas, contrastando com a camiseta branca e justa que ela usava, acompanhada de um jeans preto e bem apertado, o que realçada suas curvas perfeitas.
Me prendi naquela visão, e só fui despertada ao ouvir um pigarrear vindo de uma morena muito bonita, que parecia ser bem mais jovem do que eu, escorada no balcão.

- Sejam bem vindas ao Bourbon Street, em que posso ajudalas?  - perguntou sorrindo.

- O-Obrigada! - droga - vou querer um whisky cowboy.

- E você? - perguntou se dirigindo a Alex.

Quando olhei para o lado, minha irmã estava congelada, nunca a vi daquele jeito. A moça a encarava do outro lado do balcão, e ela não conseguia formular uma simples frase.

- Ela vai querer o mesmo! - digo sorrindo, e empurrando Alex para se sentar em um dos bancos a frente do balcão - Qual é o seu problema? Nunca viu uma garota? - pergunto em um tom baixo, porém cômico.

- E-eu não sei o que aconteceu comigo! - diz corando levemente.

- Oh meu Deus, você ficou corada? - digo incrédula.

- Que? Tá maluca? - diz retomando sua postura.

Antes que eu possa falar algo, as bebidas foram postas a nossa frente.

- Mas alguma coisa? - perguntou a moça de cabelos castanhos e sorriso largo.

- Não, obrigada! - digo cordial - E você Alex?

- N-n-Não - responde abaixando o olhar.

Meu Deus, o que houve com a minha irmã?

Sou tirada dos meus devaneios ao ver a morena saltar da escada em que estava, e se assustar com a nossa presença.

- Oh, desculpe, não vi que havia clientes- diz retirando os fones de ouvido - De qualquer forma, sejam bem vindas ao Bourbon Street.

Não fui capaz de responder uma palavra sequer, seu rosto era muito bonito, estava um pouco suada por conta do esforço e havia alguns fios negros grudados em sua testa e pescoço, seu olhos pareciam duas esmeraldas cintilantes, os lábios era avermelhados e carnudos, convidativos eu diria. E a voz, ah, era como um alento na alma, rouca em uma medida sexy e calma de forma carinhosa. Meu Deus, olha em que estou pensando.

- Kara - ouço Alex me chamar em um tom alto.

- O que? - respondo olhando em sua direção.

- Estou te chamando a minutos e você estava estática. Está tudo bem?

- Estou sim, só estava pensando - respondo tomando um gole do meu whisky.

- Sei - diz com um sorriso sacana estampado em seu rosto.

Horas depois o lugar estava cheio e Alex já estava aos beijos com uma loira em um canto do bar. Realmente minha irmã não muda. As horas foram passando, e em um determinado momento da madrugada o lugar já estava com um movimento bem menor, e Alex e eu já estávamos altas.
De repente, ouço alguém a passos largos em direção ao balcão, e vejo que se tratava da morena de mais cedo. A vejo colocar uma generosa dose de whisky em um copo e o virar de uma única vez e suspirar fundo, em seguida vejo um cara alto e forte, cambaleando em sua direção, já sabia o que iria acontecer e meus músculos ficaram enrijecidos.

- Hey gatinha, é só um beijinho - dizia o homem para a garota.

- James vou ter que pedir que se retire do estabelecimento - diz a de olhos verdes em um tom frio e duro.

- Ah qual é, vem aqui - no momento em que ele puxou o braço da garota eu não me lembro do que aconteceu em seguida.

Quando me dei conta, o bar todo me olhava, e o homem alto e moreno estava caído no chão com o rosto banhado em sangue e eu segurava de forma forte e possessiva a cintura da garota, que me olhava com um olhar indecifrável.

Logo em seguida sugiram mais quatro caras ajudando o tal James a se levantar.

- A loirinha quer brigar? Então vou te ensinar a fazer isso direito - diz James de forma arrogante limpando o sangue do nariz.

Quando ele deu um passo em minha direção, junto a outro cara, vejo Alex acertar um gancho de direita em um dos outros homens que estavam mais atrás, que logo caiu desacordado.
Minutos depois, estavam todos no chão. Logo em seguida saíram correndo do do bar, me sentei e tomei todo o whisky do meu copo, o lugar estava em silêncio até que escutei a voz dócil e rouca dizer em voz alta:

- Estamos encerrando por hoje!

As poucas pessoas que estavam ali, começaram a pagar a conta e ir embora. Minutos depois só restava Alex, eu e as duas goratas de mais cedo. Me levantei deixando 300 dólares no balcão. E fui caminhando em direção a saída, quando ouvi a sua voz.

- Vocês ficam! - seu tom era firme e diria até mandão.

- Vou pagar pelo que quebramos, moro no apartamento na rua da esquerda, o prédio amarelo com janelas brancas. - disse de forma enrolada.

- Eu pedi para se sentar - diz com aquele tom altivo novamente.

Eu tinha problemas em obedecer ordens, mas por algum motivo, me sentei sem contestar. De repente a vi saindo, e voltando minutos depois com uma maleta em mãos.
Logo ela e a outra garota começaram a limpar os machucados das minhas mãos e das de Alex.

- Vocês deveriam procurar outro emprego - digo para quebrar o silêncio - Trabalhar em um bar na noite, trás esses tipos de problemas com caras inúteis e machistas que não respeitam o espaço alheio.

- Não somos garçonetes, somos as donas - diz a de olhos verdes me encarando de forma nada agradável.

- Quantos anos vocês tem? - pergunta Alex em um tom alto e completamente bêbada.

- 18 - diz curta e direta a morena que limpava os ferimentos das mãos de Alex.

- 18? - começo a rir incrédula - O que duas crianças estão fazendo administrando um bar? - pergunto olhando naqueles olhos verdes, que naquele momento poderiam me incinerar.

- Cada um de nós temos uma história senhorita encrenca! - diz a de olhos verdes - Agora vão embora!

A vejo dar as costas e ir em direção aos fundos do bar. Me pergunto se eu havia dito algo errado, mas sou tirada dos meus pensamentos por uma Alex bêbada e agindo de forma inoportuna com a garota que passava uma pomada em suas mãos.

- E você benzinho, vai me dizer o seu nome ou vai deixar eu arrancar com a língua? - pergunta com um sorriso lascivo.

- Você é ridícula- diz a garota apertando com força as mãos de Alex que geme de dor - E nem morta você vai pronunciar o meu nome. Agora vai embora!

É, realmente Alex e eu fizemos algo errado com essas garotas. 


Notas Finais


Comentem o que estão achando 😉
Até breve.


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