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História Emma - Pedido


Escrita por: morrillabitch

Capítulo 20 - Pedido


Abria os olhos lentamente enquanto minhas pupilas se encolhiam tentando proteger minha cornea dos raios ultra violeta que entravam sem permissão pela janela.

Os passaros festejavam em meus timpanos com seu melodioso louvor.

Estalei meus dedos por costume e voltei meu corpo até onde achei que ela estava.

Cai ao vazio.

Ela não estava.

Um sobressalto de paranoia me fez abrir excessivamente os olhos.

Emma não está.

Por alguma razão tive medo.

No mais profundo de mim sei, que as coisas mais belas da vida são belas porque não duram muito. E para mim, não há nada mais belo nada vida que Emma Swan.

Sai o mais rapido que pude do quarto, precisava acha-la, porque temia que tivesse escapado outra vez.

Ela é uma caixinha de surpresas. E por mais que agora eu saiba sua historia, algo me diz que não sei tudo.

Ela me intriga.

O som de pratos a bater desajeitadamente. O cheiro de comida de panela queimada. Fiquei mais tranquila.

Emma é vegana, mas mesmo assim tentou refazer o omelete que fiz para ela outro dia.

Me cumprimentou com um beijo, desses que trazem o céu até sua cabeça.

Me serviu sua tentativa de café da manhã queimado, que parecia tudo, menos comida.

Ao ver sua carinha de expectativa por minha critica não pude fazer nada alem de comer.

Tinha gosto de carvão com sal. Mas ainda assim foi o melhor omelette que já comi.

Eu a amo, mesmo que ainda não tenha tido coragem de dizer.

No outro dia ela parecia triste. Olhava as ruas pela janela em silencio. O reflexo das pessoas que iam e vinham brilhava em sua iris.

Me aproximei e a tomei em meus braços.

- O que você tem? - perguntei suavemente em seu ouvido.

- Sabe que dia é hoje? - manteve os olhos fixos no horizonte.

- Acho que é, sete?

- É oito de abril.

Esperei em silencio.

- Hoje faço 33 anos, Regina.

Ela ficou o resto do dia trancada no quarto e conhecendo seus pequenos banimentos auto-induzidos, sei que não sairá antes do anoitecer.

Tive uma ideia nada original, mas o tempo é curto, sem falar dos recurssos que tenho a mão. Mas espero que a agrade.

Eu só quero que ela se sentia feliz, quero ver seu sorriso.

- Emma? Pode vir aqui?

A porta se abriu lentamente e de imediato fechei seus olhos com minhas mãos.

Ela sorriu.

- Confia em mim? - perguntei.

- Sabe que não. - riu sapeca.

- Isso é muito sensato da sua parte, linda.

- Onde está me levando?

Sentiu as petalas jogadas no chão com seus pés descalços e sensiveis. Sei que sentiu. E sei que gosta de fingir surpresa.

Eu a conheço.

Não tanto como queria, mas o suficiente para enlouquecer de amor por ela.

Liberei seus lindos e hipnotizantes olhos azuis, que recorreram o lugar em segundos mesmo com a luz eletrica apagada.

A sala estava escura, sendo iluminada por somente duas velas no centro da mesa, que guardava em caso de algum apagão repentino.

Tiveram um melhor uso.

Pétalas vermelhas decoravam o piso.

Espero que não pense que sou uma tonta apaixonada. Porque me senti como uma.

- Estava pensando que desde que chegou não tivemos um jantar de verdade, e que ocasião melhor que essa?

Ficou em silencio.

- Não vai dizer nada? - perguntei depois de um longo e torturante silencio.

Essa cena ocorreu diferente em minha cabeça.

Ela permanecia de pé, olhando as velas.

Cada segundo que permanecia calada era uma tortura para mim. Até que ela rompeu o silencio.

- Porque faz isso?

- Não gostou? - perguntei em respostas.

- Se não gostei? É a coisa mais linda que alguem poderia fazer por por mim, mais… - me olhou decidida a receber uma resposta concreta. - Porque faz essas coisas?

- Você é a minha Emma.

- Não! Quero que me diga. - cerrou os punhos batendo o pé no chão.

Porque ela deseja tanto ouvir?

Detesto minha incapacidade para pronunciar três simples palavras.

- Não vai dizer nada? - perguntou com as mesmas palavras que usei à alguns minutos.

Me fez entender que não sou palho para ela em uma discussão. Devo fazer algo, e rapido.

- Eu… - tentei.

- Você não me ama?

- Emma, olhe ao seu redor! Tudo o que faço, tudo o que sou demonstra o que sinto por você, por que isso não pode ser o suficiente? Quantos relacionamentos estão inundados de palavras vazias? Eles não sentem e nem demonstram. Eu te demonstrei tudo e largaria tudo por ti, não é o suficiente?

- Essas pessoas vivem uma mentira, mas você, você é carinhosa, é sincera, e eu só quero te escutar dizer, mesmo que seja somente uma vez. - suplicou batendo a ponta dos dedos sobre si.

Odeio que faça isso.

Debilita minhas decisões.

- Te voglio bene. - murmurei entre dentes.

Sorriu.

- Não disse que era em italiano, mas é um começo.

Se jogou em meus braços envolvendo meu corpo, sentia sua respiração em meu pescoço.

- Você é uma trapaceira. - sussurrou em meu ouvido fazendo meu corpo vibrar e um sorriso ganhar meus labios. 



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