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História Emma Swan e os segredos da Rainha - As vassouras e o espelho.


Escrita por: dearestparrilla

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 5 - As vassouras e o espelho.


 

{Narrador}

Alguns dias se passaram, todos os alunos estavam aliviados de alcançarem mais um fim de semana e darem uma pausa nas aulas integrais que tinham de segunda a sexta. Aos sábados eles tinham apenas algumas aulas extracurriculares e Cora esperava pacientemente Regina terminar sua aula de Astronomia para finalmente comprarem a vassoura da bruxinha para o seu primeiro jogo. Quando Regina saiu da aula ela estava animada, contou os segundos a manhã toda para aquilo e finalmente tinha chegado a hora. 

— Mãe?! — Regina chamou após entrelaçar as mãos na da mulher ao seu lado enquanto caminhavam. — Será que posso ter a nova Nimbus 2000? — Perguntou com um pouco de receio, mas não parava de olhar para Cora. Talvez estudando a expressão que surgiria diante de tal pergunta, mas o que ela viu foi um sorriso orgulhoso nascer no rosto da mãe.  

— Eu não pensava em nada menos que isso, Regina. — Disse apertando amorosamente a mão da filha. — Vamos lhe comprar a melhor! — Completou olhando para a filha. Quando levantou o olhar novamente e Regina o seguiu, ela avistou a loja e apressou o passo até lá, puxando a mãe atrás de si.  

Ao entrarem na loja, Regina logo correu para onde a Nimbus 2000 estava exposta e ficou admirando-a enquanto sua mãe foi conversar com o atendente. Os olhos de Regina estavam focados na vassoura, mas quando ela olhou para fora da loja e viu uma de suas lojas de doces favorita, seus olhos brilharam três vezes mais. Ela tinha acabado de pedir a sua mãe a vassoura mais cara do mundo bruxo, poderia ou deveria pedir um doce também?   

— Regina? — Cora chamou e ganhou atenção da filha. — Venha ver sua vassoura, querida. — Disse e a morena caminhou até a mãe, olhando o objetivo acima do balcão. — Gostou? — Perguntou.   

— Gostei. É linda! — Regina respondeu animada e passou a mão na vassoura, mas logo voltou a olhar a loja de doce através da vitrine da loja que estava.  

— Eu acho que alguém quer um doce. — Cora comentou.  

— Eu posso mãe? — Regina perguntou sorridente, faltou dar pulinhos de felicidade. 

— Pensei que estaria mais feliz com sua vassoura, não é todo dia que se entra no time de Quadribol e se ganha uma Nimbus 2000. — Respondeu.  

— Eu fiquei, ela é linda! Mas eu não como um daqueles há tanto tempo e... — Enquanto Regina falava, Cora pegava a vassoura já embalada em cima do balcão e um pensamento passou pela sua cabeça. — Hein mãe? — Regina perguntou lhe cutucando e percebeu ter ficado fora do ar por alguns segundos.  

— Sim, filha?  

— Eu posso ir comprar o doce? — Perguntou pela terceira vez, já que na segunda Cora não tinha ouvido.  

— Oh! Sim, sim querida. — Cora disse mexendo em sua carteira e entregou algumas moedas para a filha. — Compre quantos der, te encontrarei em breve.  

— Não terminou aqui? — Regina perguntou confusa.  

— Estou quase. — Cora respondeu e sorriu, Regina retribuiu o sorriso e correu para a loja colorida do outro lado do beco.  

∷∷∷∷∷∷ 

Já era de tarde, Emma tinha terminado há pouco sua aula extracurricular de Adivinhação e estava sentada com August e Zelena quando ouviram barulhos de tumulto vindo de alguma parte do castelo atrás deles. Eles seguiram a falação e avistaram uma multidão  no pátio perto dos corredores do lado de fora da escola.  

— Ei, o que está acontecendo aqui? — August perguntou para um dos meninos que estava longe do centro da multidão. Eles não conseguiam ver o que estava sendo rodeado.  

— Regina Mills ganhou uma Nimbus 2000! — Ele exclamou.  

— Uou!! — August disse e se enfiou no meio da multidão também. Ele queria ver de perto a vassoura. Todos faziam esforço para chegarem perto de Regina, Emma se esquivava de um lado para o outro tentando ver o que tinha de tão especial naquela vassoura mas era gente demais ali. Ela nem viu quando Zelena simplesmente revirou os olhos e se retirou. Emma não sabia porque todos queriam ver uma vassoura, era só uma vassoura, ou então a melhor vassoura, a mais cara, como ouviu alguns dizerem, mas o que ela fazia? 

— O que essa vassoura faz? Por um acaso ela voa sozinha? — Emma perguntou em voz alta mas não direcionou a pergunta para ninguém, afinal, estava cheio de pessoas ao redor dela e todas aquelas que ouviram, lhe direcionaram um olhar de desprezo. Emma tentou olhar mais algumas vezes por entre os corpos para ver o que tinha de tão especial na vassoura e quando não conseguiu, procurou por Zelena, que não estava mais ali. O empurra-empurra e os olhares que recebeu segundos atrás a deixou desconfortável, se ver sozinha ali só piorou a situação e então ela se direcionou para o seu quarto. Talvez lesse algum livro ou estudasse as coisas que tinha aprendido durante a semana...  

Entrando no seu quarto ela foi logo para seus matérias, pegou o livro que queria e o deixou cair assim que virou para sua cama. Um embrulho grande estava parado ali, bem no meio dela, o sol que entrava pela janela batia lá fazendo-o de certa forma parecer fruto da sua imaginação. Emma se aproximou lentamente esperando que o objeto sumisse mas isso não aconteceu, ela o tocou e era real. Estava claro o que era, o embrulho não deixava dúvidas.  

Emma desembrulhou o presente e tirou a vassoura do papel, passou os olhos pelo cabo e logo as letras douradas e brilhantes na ponta dela lhe chamaram a atenção. "Nimbus 2000", era o que estava escrito ali. Emma não sabia o que a vassoura fazia mas sabia que era a melhor vassoura, e a mais cara, isso bastou para que um sorriso enorme crescesse em seu rosto e ela se sentisse feliz. "Mas quem tinha mandado?", Emma pensou e procurou por um bilhete.  

"Sua mãe estaria muito orgulhosa de você. Parabéns por entrar no time."  

Era o que estava escrito no papelzinho que Emma achou no chão, provavelmente tinha caído quando ela tirou a vassoura. Mas não estava assinado, procurou no embrulho também um possível "De: ... Para: Emma", mas não achou. Era um presente anônimo, mas um presente anônimo que Emma tinha gostado muito, afinal era o terceiro presente que ganhava em toda sua vida.  

Emma pegou a vassoura e correu castelo a fora. Queria mostrar a August que agora também tinha uma Nimbus 2000 e que ele não precisaria entrar em meio multidões para  vê-la. Chegou perto da multidão onde todos adoravam a vassoura de Regina e antes que pudesse encontrar o amigo, alguém espalhou a novidade.  

— Vejam!!! Emma Swan também tem uma Nimbus 2000! — Gritaram. As pessoas se aproximaram de Emma e a multidão foi engolindo-a pouco a pouco, quando percebeu, ela já estava ao lado de Regina e cercada de gente, ela era bombardeada de perguntas tais como se ela já tinha testado a vassoura ou quem tinha lhe dado. E mesmo se ela soubesse tal resposta, não conseguiria responder, eles perguntavam mas não davam a chance dela falar o que fosse.   

— Olha Regina, também ganhei uma vassoura! — Emma disse  sorridente para a morena que não lhe deu nenhuma resposta, apenas a olhava com uma expressão indecifrável. — Agora posso descobrir se ela voa sozinha. — Comentou rindo e Regina franziu o cenho, olhou-a um tanto confusa e com um pouco de raiva.  

Emma esperou Regina dizer alguma coisa mas como ela não o fez, desistiu de olhar para a colega e esperar. Aos poucos a multidão foi se concentrando ao redor de Emma e deixando Regina de lado. De longe, Cora observava tudo. Viu quando a filha olhou para os lados sem graça e foi andando até um banco próximo para se sentar. Cora nem piscava, viu a respiração da filha se alterar, seu rosto estava baixo, ela iria chorar. Regina olhou mais uma vez para a multidão ao redor de Emma e Cora viu a raiva tomar o lugar da tristeza no rosto de sua pequena. Regina olhou mais uma vez para a vassoura que segurava firme e a soltou no chão. Não tinha mais nada de mágico naquilo para ela. Cora viu a filha se levantar e correr para longe dali, deixando a vassoura onde estava. Seu coração se apertou e ela sentiu o que a filha sentia por um momento, mas logo seu semblante se tornou preocupado, pensativo... Mas Cora não foi a única a ver Regina soltar a vassoura e correr, olhinhos verdes espiavam a morena por entre as pessoas que rodeavam a dona de tais olhos. Emma entregou a vassoura a August e pediu licença as pessoas que bloqueavam seu caminho, eles nem ligaram para ela, a vassoura era mesmo o centro das atenções.  

Emma correu atrás de Regina e não fazia ideia de onde a morena estava indo, mas não deixaria ela escapar. Não estava pronta ainda para abordar a morena. Por que se importava tanto com ela, afinal? Para onde ela estava indo? Porque tinha agido daquele jeito? Emma não conseguia parar de pensar em milhares de perguntas mas quase perdeu o fôlego quando Regina olhou para trás e viu a loira lhe seguindo.  

— Regina... Você está triste? — Emma finalmente perguntou dando uma corridinha para ficar mais próxima da morena, ia tocar-lhe o ombro mas desistiu.  

— Não tenho motivos para isso. — Regina respondeu e a voz dela era de um pré choro. Agora Emma queria saber porque.  

— Então porque você saiu correndo daquele jeito? Pra onde estamos isso? — Insistiu.  

— Estamos? — Regina perguntou em tom debochado e parou de andar, se virando para Emma. — Não existe "estamos", Emma. Eu estou indo ficar sozinha, você eu não sei! — Respondeu e voltou a andar.  

— Então vamos ficar sozinha juntas porque não sei onde estamos e daqui não sei voltar. — Emma respondeu e deu uma corridinha atrás de Regina, que ao processar a frase da loira parou e olhou ao redor. Ela também não sabia onde estavam agora mas não deixaria isso transparecer.  

— Você nunca sabe nada, está claro que o caminho é por ali. — Regina respondeu e apontou para uma porta que julgou ser a correta. 

Ela e Emma seguiram até lá, quando entraram viram uma grande sala escura e aparentemente vazia, elas enxergavam apenas pelas poucas luzes que entravam das janelas e todo o cômodo contava, além das janelas, com um curioso objeto que lhes chamou a atenção. Emma foi a primeira a andar até lá.  

— Por que eles mantêm um espelho numa sala vazia? — Perguntou parada em frente ao objeto. Regina estava procurando outra saída.  

— Não sei, talvez.. 

— Uou, Regina, olha isso!! — Emma exclamou surpresa e seu olhos estavam vidrados no espelho. Regina andou até ela e parou ao seu lado, não vendo nada além do seu reflexo.  

— O quê? - Perguntou olhando Emma. — É só um espelho.  

— Você não está vendo isso? — Emma perguntou confusa e apontou para o vidro. — Ele está mostrando um parque... Tem quatro pessoas sentadas em uma mesa e OLHA!!! Sou eu!! Ali, correndo entre as mesas com outra criança atrás de mim. Mas... — Emma assumiu uma voz e expressão triste. — Mas a criança não tem rosto, parece que uma neblina está cobrindo o rosto dela, assim como de outros dois adultos, mas os outros dois são meus pais... É o casal que Hagrid me mostrou fotos. — Emma completou pensativa. — Regina... Será que esse espelho mostra o futuro? — Perguntou, Regina olhou pra ela com pesar.  

— Acho que não, Emma. Seus pais... — Regina começou e Emma voltou a olhar para o espelho.  

— Meus pais estão mortos... — Completou a frase que Regina iria dizer, não tão triste quanto a morena esperava. Emma viu Regina se movimentar e olhou para a morena que estava se aproximando do objeto, seu cenho estava franzido, ela forçava o olhar. — Você está vendo agora? — Emma perguntou se animando novamente.  

— Não... Eu vejo uma criança e.. e.. Sou eu! — Regina exclamou, Emma nunca tinha visto um sorriso como aquele na morena.  

— O que mais? - A loira perguntou feliz por ela.  

— E tem uma pessoa, eu acho que é um homem... — Regina puxou o ar assustando Emma e a menina olhou assustada para o espelho. — É o meu pai! — Regina disse se aproximando ainda mais do objeto e Emma viu o sorriso da morena se alargar mais. Na imagem, ela estava com o homem em um parque mas a morena achou melhor não dizer essa informação.  

—Você vê o rosto dele? — Emma perguntou e viu o sorriso da morena sumir.  

— Não... — Regina respondeu. Emma tocou seus ombros. — Emma... Se o espelho não mostra o futuro e seus pais estão mortos, será que o  meu está também? — Perguntou triste. Emma tentou pensar em algo. 

— Mas eu vi o rosto dos meus. Você não vê o do seu pai, talvez para você ele mostre o futuro... Se não vê o rosto, como sabe que é ele?  

—  Eu não o conheço, nunca o vi. Mas sempre tive o broche que ele está usando nessa imagem, é a única coisa que ele deixou para mim. Eu o guardo com muito cuidado e sempre checo se está no lugar antes de dormir. É como se eu "olhasse" para ele e desejasse uma boa noite, onde quer que ele esteja.  

— Eu não sabia... disso sobre você. — Emma comentou e viu o olhar da morena buscar o seu.  

— Isso faz diferença? — Perguntou forçando uma risada. 

—Talvez seja o que reflete nas suas atitudes. — Emma respondeu e Regina arqueou a sobrancelha em sua direção. Após essa fala, Emma sabia que provavelmente nunca mais teria acesso a essa Regina que viu agora. Regina ia responder mas elas ouviram um barulho alto e se assustaram, virando ambas para trás. — Melhor sairmos daqui antes que alguém nos veja. — Emma sugeriu e Regina não respondeu, nem assentiu, apenas saiu andando e Emma a seguiu. Quando chegaram próxima do Grande Salão, Emma se encontrou e Regina seguiu seu caminho em direção ao Salão Comunal da Sonserina. Emma pensou em se despedir, abriu e fechou a boca várias vezes, mas era melhor não. Já tinha tido demais da morena por aquele dia e conseguiu de certa forma estragar, era melhor deixá-la ir e foi o que Emma fez, se virou de costas e foi para o Salão Comunal da Grifinória, começaria a procurar por August e sua vassoura por aquele local.  

∷∷∷∷∷∷ 

{Emma Swan} 

Estávamos na aula de Introdução a feitiços e hoje aprenderíamos levitação, como sempre, Regina estava ao meu lado. Tínhamos que sentar com nossas duplas mas em qualquer ordem, então August estava do meu lado direito e Regina no esquerdo.  

— Peguem suas varinhas e repitam o meu movimento de girar e sacudir. — O professor instruiu e assim fizemos uma vez. — Agora, quero que façam o movimento falando "Wingardium leviosa". — Completou e começamos a tentar.  

— Wingardium leviosar. — Tentei, nada. — Wingardium leviosar!!! — Tentei novamente e sacudi insistentemente minha varinha.   

— Para, para!! — Regina pediu segurando minha mão. — Assim vai acabar machucando alguém e você está falando errado... — Regina falou e me olhou seriamente, eu a olhei confusa. — É Levioosa, não Leviosaar! — Regina me corrigiu e revirei os olhos.  

— Mas foi isso que eu disse. — Falei pegando minha varinha novamente. — Wingardium leviosar!! — Tentei. Regina respirou fundo impaciente e olhei para ela.  

— Eu desisto! — Falou para mim e voltou a atenção para sua pena, que era o objeto que tentávamos levitar. - Wingardium leviosa! — Disse girando e sacudindo sua varinha, em pouco tempo ela controlava sua pena no ar e o professor aplaudia enquanto os outros alunos olhavam um tanto encantados para o objeto flutuando. August me cutucou com o ombro e quando o olhei ele sorriu, com certeza tinha ouvido.  

— É Wingardium leviooooosa, não leviosaaaar. — Remendei Regina baixinho e nós dois rimos. Regina coçou a garganta e se ajeitou na cadeira, provavelmente um alerta para dizer que ela estava ouvindo tudo mesmo que estivéssemos cochichando. Me ajeitei em minha cadeira também e voltei a tentar fazer o feitiço, falando de maneira correta dessa vez.  

O resto da aula foi tranquilo, tirando o fato de que um dos alunos conseguiu explodir sua pena. Após o almoço eu descobri que o meu primeiro jogo de Quadribol estava próximo, eu fiquei animada e ansiosa, precisava treinar bastante se quisesse ganhar de Regina, era desafiador, era estranho e diferente, eu me sentia intimidada, Regina havia nascido no mundo bruxo, sua mãe foi uma excelente jogadora, não duvidava que ela tinha nascido já nos campos. Que ela conhecia todas as regras, isso ficou mais que claro uma vez que a vi treinando. Mas aquilo só me deu mais gás para me dedicar mais aos meus treinos e quanto mais aprendia sobre Quadribol, mais me apaixonava por ele.   


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem!!


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