História Emotional Rollercoaster - One Shot

- O que você disse? - Perguntei, incrédula sem conseguir segurar o sorriso.

    Ele não respondeu, somente me olhou com um sorriso lindo nos lábios.
   Levei minhas mãos até sua nuca o trazendo para um beijo lento. Eu não acreditava no que tinha acabado de escutar, mas parecia música pros meus ouvidos. Ele estava apaixonado por mim, é isso? Eu não conseguia acreditar.

- Tem certeza disso? - Perguntei ao sair do beijo e ele assentiu sorrindo.

- Nunca tive tanta certeza de uma coisa, Kylie. - Ri disso e o beijei novamente.

   O beijo foi interrompido por barulhos altos de buzinas. Realmente, estávamos parados no sinal faz tempo. Ri disso junto com Justin e ele saiu de lá.

(...)

   Chegamos em uma casa enorme e segundo Justin a festa seria lá.

- É enorme. - Comentei. - Realmente tem necessidade disso?

- Bom, vai ser uma festa grande então... - Assenti.

- Seu prejuízo vai ser grande. - Ele riu e deu de ombros.

- É uma festa, talvez não dê tanto trabalho. - Olhei irônica pra ele que riu.

- Sabe que vai ser um destroço. - Ele riu alto disso.

- Desisto então. Vamos embora. - Ri disso.

- Besta. - Falei rindo.

   Depois de um tempo fomos embora e Justin insistia em ir para a casa dele.

- Eu trabalho amanhã cedo, Justin. - Ele bufou alto. - Já são quase meia noite.

- E o problema?

- Tem um chamado Kylie Houston dormindo mal, acordando cedo de super mal humor, culpando Justin Bieber. Acho que esse problema você não vai querer ver. - Ele revirou os olhos rindo.

- Qual é, Kylie? - Fez bico e revirei os olhos.

- Tá... - Falei levantando as mãos em rendição. Qual é? Eu não conseguia dizer não pra aquela carinha.

- Eu sei que você não consegue me dizer não. - Falou convencido.

- Não provoca. - Apontei.

- Parei. - Falou e ri.

   No caminho Justin batucava os dedos no volante de acordo com a música. Era engraçado, ele era muito agitado. Não parava de cantarolar. Era engraçado, ele parecia ter uma bateira dentro dele, muita energia.

   Chegamos na sua casa e eu nunca iria me acostumar com aquele tanto de seguranças.

- Ryan me disse que ia depor. - Falou quando entramos.

- Sim, acredite... eu o fiz o interrogatório dele. - Ele me olhou surpreso. - Pior... Junto com Tracey.

- Não pode ser. - Falou rindo alto.

- Juro.

- Incrível! - Exaltou rindo. - Mas e aí? Ele vai ser preso?

- Não. Foi um grande mal entendido, particularmente eu já sabia. É o Ryan... - Falei com uma expressão confusa.

- Entendi. - Respirou fundo. - Não quer comer nada?

- Nah! Tô de boa.

- Então vamos subir?

- Para? - Perguntei brincalhona e ele revirou os olhos.

- Alguém me disse que tinha que acordar cedo amanhã, não lembra? - Falou ao se aproximar de mim no sofá.

- Não sei se lembro. - Falei fingindo pensar e ele beijou meu rosto, me fazendo rir.

- Vamos logo. - Falou rindo e segurei sua mão.

    Subimos e Justin ligou o ar-condicionado e fechou a porta. Ele tirou a blusa logo em seguida. Sentei na cama e chequei algo no meu celular. Era uma mensagem de Alice.

  "Estou indo para sua casa. Chaz e eu não estamos mais juntos. Preciso conversar com você."

    Porra. Não sei se ficava mais abalada pelo fato de ter que ir pra casa ou pelo fato deles terem terminado. Era praticamente impossível, a ficha não caiu. Porra. Não queria ir embora.

- Justin, você não vai acreditar... Me desculpa, mas eu tenho que ir. - Ele me olhou confuso e se aproximou.

- Como assim? O que aconteceu? - Perguntou com uma cara meio confusa.

- Alice. Ela precisa de mim agora. - Ele assentiu parecendo entender. - Você entende, não é?

- Claro claro... - Falou meio triste, bufou alto e concordou com a cabeça. - Quer que eu vá te deixar?

- Sim. - Ele vestiu sua camisa novamente e eu confesso que eu tinha ficado meio triste, queria ficar com ele. Mas minha melhor amiga precisa de mim e eu conheço bem Alice quando esse tipo de coisa acontece. É um drama incrível.

   Já estávamos chegando na minha casa e Justin tava meio calado o caminho inteiro, percebi que ele ficou meio na dele.
   Chegamos lá e ele estacionou no meio fio perto do meu prédio.

- Não ficou chateado, né? - Ele negou com a cabeça.

- Claro que eu queria ficar com você. - Sorri pra isso. - Mas sei que é importante.

    Concordei com a cabeça e acariciei seu rosto com uma mão. Ele sorriu e colou nossos lábios e meu coração estava completamente cheio de paixão por ele. Nunca senti nada assim antes. Aquecia meu coração quando ele sorria dessa forma.

- Nos vemos depois?

- Espero que logo. - Falou de uma maneira encantadora e sorri, saindo do carro logo em seguida.

    Subi no elevador e fui direto para o meu apartamento, entrei vendo Alice quietinha no canto, sentada próxima ao balcão. Ela me olhou e eu percebi que a coisa tinha sido realmente séria. Ela estava com os olhos marejados de quem tinha chorado muito.

- Hey. - Falei baixinho e a abracei. - O que aconteceu?

    Percebi que ela chorava. Tá, eu sei que ela sempre faz um drama fora do comum mas meu coração nunca aguentava.

- A gente brigou feio. - Fiz careta pra isso. - Ele me enconde alguma coisa.

- Como assim? Calma. - Sentamos no sofá e ela fungou respirando fundo.

- Eu tava na casa dele, fui ao banheiro no andar de baixo e normalmente nunca vou no banheiro no andar de baixo. Parece que errei a porta, a porta estava trancada mas ele viu e simplesmente surtou. - Franzi o cenho.

- Como assim surtou?

- Começou à brigar, arrogante, disse pra eu nunca mais tentar entrar ali e do nada ele tava simplesmente me dando esporro como se eu fosse criança.

- Que estranho.

- Sim, muito estranho. Perguntei se ele tava escondendo alguma coisa de mim e ele ficou pior ainda. Mas depois disso, tenho certeza que ele tá. - Assenti. Era realmente muito estranho mas nada entrava na minha cabeça, nenhuma idéia. - Falei pra ele me contar e ele disse que não era nada demais, que não precisava desse drama, sendo que quem surtou foi ele.

- Verdade.

- Então falei pra ele me contar o que estava escondendo, porquê um relacionamento precisa de confiança, mas ele não me falou. Então eu disse que era melhor a gente terminar e ele simplesmente me chamou de infantil, disse que não era pra tanto e à esse ponto a raiva já tinha batido e simplesmente saí de lá. Ele surta, faz maior cena e ainda me chama de infantil.

- Uau! - Eu realmente estava impressionada. Nunca imaginei Chaz assim, não tinha nem uma imagem em minha cabeça. - Fica calma. Olha, sei que falar isso agora não adianta mas foi só uma briga, vai ficar tudo bem.

- Só uma briga?

- Sim. As pessoas quando estão nervosas, com raiva acabam falando besteira, é normal. Fica calma, daqui há pouco vocês conversam melhor e se acertam. - Ela negou com a cabeça.

- Não. Eu não quero conversar com Chaz. Só falo com ele novamente quando ele quiser se desculpar e me falar o que está escondendo de mim. - Assenti.

- Você tem todo o direito, Alice, mas não leve isso à outro nível.

- Não tô exagerando.

- Talvez esteja. - Ela revirou os olhos. - Olha, converse com ele depois e vocês vão se acertar. Eu tenho certeza.

- É o que eu mais quero, Kylie. Mas sem confiança não vai rolar.

    Okay, ela estava certa. Eu acho um pequeno exagero das duas partes mas ela está certa.

- Okay, vai dormir aqui?

- Sim. - Assenti.

- Só toma cuidado pra não encharcar minha cama com suas lágrimas, tá? - Ela riu alto.

      P.O.V Justin Bieber L.A 10:18 AM

    Tomava café da manhã enquanto Chaz enchia a porra do saco aquela hora da manhã.

- Eu preciso muito, muito que chegue logo essa festa do Ryan. - O olhei desconfiado. - Vou botar Los Angeles à baixo.

- Se Alice te ver falando assim te quebra. - Foi o que falei e ele fez uma careta.

- Tô solteiro pra sua informação. - Arqueei as sobrancelhas pra isso, quase incrédulo.

- Como assim? - Perguntei confuso.

- Você não tá mais com a Alice?

- Não cite o nome dela quando eu estiver presente, por favor. - Ri disso. Foi engraçado. Ele me olhou feio.

- O que aconteceu?

- Quase deu uma merda grande. - Respirou fundo. - Ela quase entrou sem querer no quarto onde estão guardados nosso equipamento, armas, essas coisas. Você sabe.

- Porra. - Quase engasguei.

- Sorte que sempre deixo trancado. Mas aí ela ficou curiosa, começou à perguntar o que eu estava escondendo, fiquei puto e acabamos brigando feio.

- Aí por isso você tá solteiro agora? - Ela assentiu e dei um tapa na sua cabeça.

- Ai, porra! Tá maluco?

- Larga de ser idiota. A garota adora você e você faz uma porra dessas.

- Qual é, Justin? Vai querer me dá lição de moral agora?

- Não, mas você sabe que não foi pra tanto. - Falei e ele respirou fundo.

- Merda! - Resmungou passando as mãos no rosto. - Não importa mais. Ela deve preferir ver o diabo do que me ver agora na frente dela.

- Converse com ela depois.

- Okay, okay... Talvez. - Revirei os olhos para isso.

- Vou resolver umas coisas da festa do Ryan, vai comigo? - Ele negou.

- Nem fodendo que vou participar dessa chatice. - Ri disso, dando de ombros.

- Okay.

   Subi as escadas e pus um moletom pois por algum milagre, chovia em Los Angeles. Desci as escadas e saí de casa, deixando Chaz lá.

- O blindado tá prontinho te esperando patrão. - O segurança se referiu à ranger e ri.

- Foi mal, Will mas hoje tô mais pra esportivo. - Falei rindo e ele riu logo em seguida.

   Entrei na minha f12 e saí de casa em um pulo. A chuva era forte e parei em um sinal, onde não tinha absolutamente ninguém. Parecia filme de terror. Ri disso e quando ia dar a partida escutei um roncado de motor e era um carro todo preto, deu a volta no meu carro em frente o mesmo e olhei para o retrovisor vendo outro atrás. Merda. Peguei minha arma no porta luvas e saí do carro mas não pude fazer muita coisa quando escutei o barulho de tiros e senti um forte impacto no meu corpo me fazendo cair. Aquilo doía pra porra, era uma dor fora do normal, era tão doloroso que eu não podia nem gritar de dor. Só senti a vista escurecer um pouco mas me manti firme.

- Achou que eu ia deixar você aprontando por aí, sem saber onde você estava? Achou mesmo que eu ia te deixar em paz? - Observei melhor já sabendo quem era mas logo tive a visão de Jack me encarando com um sorriso malicioso nos lábios. - Eu disse que você não ia escapar das minhas mãos, Justin.

   Foi a última coisa que escutei antes da vista escurecer.