História Empty Space - Kim TaeHyung - Manipulador.

*Natasha On*

— Que surpresa boa, Natasha Drew. É incrível a quantidade de vezes que estamos nos vendo. — Jimin finalmente quebra o silêncio entre nós quatro.

— É bom te ver, Park. — Respondo. Naquele dia em que enfrentei Mia e ele eu estava muito confiante, mas agora, é algo diferente. Embora eu esteja melhor da pouca timidez que tinha. Irei tratar como me tratarem de agora em diante. — Olá, Jungkook. — Cumprimento o garoto que apenas assente sorrindo minimamente.

— Suponho que vieram ajudar na mudança. — Tae pigarrea. — Nada de gracinhas ou desrespeito. Ela é minha namorada e estamos na nossa casa, por favor, sejam maduros.

— Não se preocupa com isso, Jeon e eu iremos respeitar sua decisão de ficar com iss…com ela. — Jimin comenta. — Eu peço desculpas pelo modo que te tratei todo esse tempo. — O mais baixo se curva. Jeon se levanta e faz o mesmo.

— Relaxa. Eu não ligo mais para o que inventam sobre mim, só não quero que descontem no Tae. Isso eu não vou permitir, nunca.

— Podemos ajudar na mudança? — Jeon indaga.

— Devem. — Os três riem. TaeHyung guia os dois para os locais que precisam ser arrumados e eu fico na sala.

É tão estranho aceitar pessoas que me odeiam na minha casa. Não posso fazer nada, pois são amigos do Tae. Eu conheci o lado ruim deles, meu TaeTae os conhece bem e tem o melhor deles, é o que importa para mim.

Meu novo celular vibrou na mesa e percebi que minha irmã estava ligando, fui rápida ao atender.

— Alô?

— Nat? Ah, que saudades da sua voz.

— Essa semana não vou poder te ver, tudo bem?

— Não se preocupa, entendo perfeitamente a situação que a sua vida tá tomando. Não sabe o quanto estou feliz por ti, irmãzinha. — Ouço sua risada do outro lado da linha e sorrio. Ela me faz um bem danado. — Vida nova, um namorado maravilhoso… não esqueça dos estudos e de ser independente.

— Minhas notas são médias, mas posso melhorar. Sabe, logo começarei a entregar currículos e acharei algo que combine comigo.

— Uma stripper, talvez? — Arregalo os olhos. Olho rápido para conferir se TaeTae não estava próximo e revirei os olhos.

— Ele com certeza não gostaria de saber que eu amo esse tipo de dança. Taetae é um anjo, doce e carinhoso, nunca deve ter visto tal coisa. — Minha irmã debocha das minhas palavras do outro lado da linha. — Blair, eu falo sério. Impossível ver maldade nele.

— Acho que a inocente aqui é você. Está mesmo acreditando na cara de Santo desse cara?

— Sim! Eu também não quero assustá-lo com certas coisas, então apenas pare.

— Vou olhar aqui na minha bola de cristal e… oh my gosh! Você vai ter uma surpresa ainda esse mês. — Blair brinca e cai na risada.

— Engraçadinha. — Acabo rindo de suas maluquices. — Vamos nos adaptar e nos dar muito bem.

— Nem tudo é flores. Agora é um relacionamento sério, você não vai poder simplesmente brigar e se esconder.

— Eu sei.

— Não, Natasha, você não sabe. As vezes, vai precisar deixar o orgulho de lado. O medo vai ter que ser esquecido. Os desentendimentos terão que ser resolvidos.

— Eu entendi, não preciso das suas dicas ou seja lá o que seja. Eu sei me cuidar. Teremos uma vida normal.

— Vocês já transaram? Usaram camisinha? Ele foi carinhoso?

— Quê? Enlouqueceu?

— Todo casal faz isso, Nat. Vocês já andavam de conversinha antes de oficializar, imagino agora que vão morar juntos. — Ouço mais uma de suas risadas maléficas e fico indignada com tamanha safadeza. — E aí, fizeram ou não?

— Não, ainda não.

— Quer dizer que a senhorita pretende, hm?

— Olha, melhor você ir dormir e me deixar em paz. — Rimos.

— TaeHyung sabe que você é estéril?

— Não tivemos tempo para esse tipo de conversa, mas ele irá saber. — Respondo. — Acho que vai ser uma decepção, pois ele sonha em ser pai.

— Vocês podem adotar, sem problemas. — Blair comenta. Bom, poderia ser, mas a última coisa que eu quero é ser mãe. — Veja pelo lado bom, vão poder transar sem camisinha, isso se ambos se cuidarem, pois as doenças estão em toda parte.

— Até amanhã, Blair. — Caímos na risada. — Eu te amo.

— Eu amo muito mais. — Ela sussurra. Encerramos a ligação.

— Era a sua irmã, baby? — A voz grossa e rouca de TaeHyung me assusta, rimos fraco e eu assinto. — Como ela está?

— Está muito bem. — Respondo. Tae vem até mim, segura minha cintura e coloco meus braços em volta do seu pescoço. — E você, como está se sentindo?

— Estou muito mal. — Tae faz careta e eu me preocupo.

— O que está sentindo? Dor? Náuseas? — Pergunto.

— Sim, e apenas uma coisa pode ajudar.

— Analgésicos, muita água e…

— Apenas sua boca na minha. — Ele fala e sorri em seguida.

— Não precisava me matar do coração.

— Você sabe que eu amo um drama. — Com sua força, Tae levanta meu corpo e me coloca no colo. Apesar de termos a mesma altura, eu não senti que ficou estranho. — Vai me dar o remédio ou eu vou ter que roubá-lo?

— A senha é fácil: ser desobediente. — Sussurro em seu ouvido e mordo o lóbulo de sua orelha, largando-a lentamente. Após isso, TaeHyung me rouba um beijo. Nossos lábios se movem lentamente enquanto apreciamos o carinho. Sua mão em minha bunda não me incomodou. Minha mão direita acariciava sua nuca enquanto a esquerda segurava seu rosto. Paramos por falta de ar, mas TaeTae mordeu meus lábios e os puxou, em seguida deu três selinhos. — Volte sempre. — Rimos um pouco.

— Estão se divertindo enquanto nós trabalhamos duro? — Jimin bate palmas. Tae e eu damos de ombro e eu o abraço.

— Trabalhando duro um caramba, vocês se pegam que eu sei. — Tae diz e meus olhos arregalam espontaneamente, eu não esperava por essa e pela reação de Jimin, ele também não esperava. — Pois é, mesmo longe dos dois estou sempre bem informado. Não sou o único que esconde as coisas, huh?

— Jeon está me chamando, preciso ir. — Jimin corre para o quarto, ficou envergonhado pelas palavras do TaeTae.

— Você é malvado Kim TaeHyung. — Sorrio de lado. O que eu não esperava é que ele me deitaria no sofá e ficasse por cima, praticamente me comendo com os olhos já que não poderia me comer com outra coisa.

— Eu devo ter cara de sofá para você, não é?

— Porque eu mal vejo e já quero sentar? — Falo sem pensar. — Ops. — Tae ri rouco.

— Eu aposto que mesmo vendada você iria sentar. — Suas mãos vão saindo lentamente do meu bumbum, sentindo a pele das minhas coxas e seu corpo sai de cima do meu. O Kim sai da sala com um sorriso cínico no rosto me deixando sem entender nada.

Agora eu sei que Kim TaeHyung é manipulador.