1. Spirit Fanfics >
  2. Enchanté >
  3. What if...?

História Enchanté - What if...?


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: E se...?💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 16 - What if...?


Fanfic / Fanfiction Enchanté - What if...?

 

 

É difícil dizer tudo o que eu estava sentindo… era, era pior do que eu pensava...

Era mais forte, era maior…

Merda, eu amava aquela garota...

- Não, meu Deus, Harry…! — Ela me olhou hesitante e tampou minha boca com as mãos. — Não deviamo… — Nos limites de sua resistência a calei com um beijo plácido.

Ela passou os braços ao redor do meu pescoço me puxando um pouco mais para si.

Ficamos nos beijando por longos segundos, até minutos...

Ela me beijava como ninguém havia me beijado antes, aquela boca... aquela respiração… aquele perfume… aquele toque… tudo nela estava me deixando desnorteado, aumentando e aumentando mais os meus batimentos…

- ...sempre quis te beijar... — Minha voz não soou mais que um sussurro. — Sempre quis te ter comigo…

Ela sorriu levemente para mim, erguendo a mão para acariciar o meu rosto.

- Eu também… mas não podemos, mi cariño... — Abri os olhos e segurei na sua nuca olhando em seus olhos.

- Você diz que não podemos ficar juntos, mas não conseguimos ficar separados… — Seus olhos brilharam, e apesar de estar quase cedendo, ela afastou-se, com as mãos empurrando levemente os meus ombros. — Meu coração te escolheu, Ivy — Seu corpo estremeceu novamente. — Estamos predestinados a ficar juntos... — Me perdi no seu olhar por rápidos instantes. — Por isso, independente de qualquer coisa, eu não vou abrir mão de você. Eu te quero pra sempre.

 

 

 

                                     Beijar você foi fácil, difícil é esquecer o gosto do seu beijo.

 

 

 

 

Harry

 

Ela sorriu abraçando-me forte pelo pescoço.

- O que houve…? — Perguntei-lhe baixo.

- Eu também te quero para sempre… — Calmamente beijei seu pescoço. — Mas precisamos fazer isso do jeito certo… — Assenti apertando ainda mais meu braço em volta da sua cintura.

- Pode me dar só mais um beijo...? — Ouvi seu riso fraco.

Ela segurou meu rosto entre as mãos e ficou na ponta dos pés para me beijar.

Segurei o rosto dela e conectei nossos lábios.

Meu coração voltou a bater desesperado quando senti outra vez o seu gosto… ela acariciou meu rosto enquanto nos beijávamos e sorriu quando nos afastamos ao fim do beijo...

- ...eu preciso ir... — Sussurrou, ofegante.

- Aham… — Puxei-a pela cintura de novo não querendo nenhuma distância entre nós dois.

Tentei beijá-la e ela riu me repreendendo com um tapa no braço.

- Harry…!

- Viciei no seu beijo… — Ela segurou na minha nuca correspondendo com todo o seu sentimento ao calmo contato de nossos lábios.

Como é possível gostar tanto de alguém assim…?

Será que há respostas…?

Talvez não com palavras...

Mas se o beijo for tão apaixonante, e os olhos se encherem de lágrimas como os meus naquele momento... é por que existe algo mágico entre a gente...

Até que infelizmente ouvimos uma buzina soando.

Ela se curvou um pouco para trás se afastando.

- Agora eu tenho que ir! Tchau! — Ela saiu apressadamente do quarto e correu escada abaixo.  

Soltei um suspiro apaixonado e fui até janela para contemplá-la, tomando cuidado para não ser visto.

Vi Libby e ela entrarem em um táxi, que saiu pela rua logo em seguida.

Por alguns instantes ainda permaneci estático, abobalhado, ao lado da janela.

Me sentia inquieto, eufórico, mas feliz.

Completo…

Pela primeira vez compreendi o que Louis quis me dizer há alguns dias...

O amor nos preenche, nos liberta, mas aprisiona do jeito certo. Com aconchego.

Ama-se pelo cheiro, pelo silêncio, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que te provoca...

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela suavidade que os lábios se tocam… ama-se por magnetismo, por intervenção divina.

Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível…

Senti meu celular vibrar no bolso e enfiei minha mão esquerda o pegando. Desbloqueei a tela e vi uma mensagem da Libby no visor.

 

 

[07:15am] Libby: Bom dia, Poupon. Te espero até mais tarde na escola hoje? Beijos, saudades.

 

 

Engoli seco e me sentei na cama sentindo o peso da culpa cair sobre os meus ombros.

Aquilo não iria acabar bem. Não ia. E não havia chances de eu me safar da culpa do que fiz há alguns minutos.

Eu beijei a Ivy, a irmã da minha namorada, mas a garota que eu amo.

Eu poderia aproveitar para contar a verdade para a Libby, mas não conseguiria. Não ia conseguir.

Porém a minha consciência iria me torturar até que eu fizesse isso. Só iria parar quando eu contasse...

 

O que que eu faço, meu Deus…?

 

[07:18am] Harry: Bom dia, Ma Belle. Claro. Nos vemos mais tarde. Beijo.

 

 

Respirei fundo sentindo a culpa subir à minha garganta. Me levantei da cama e saí do quarto para ir embora.

Eu precisava contar o que fiz para alguém… mas quem iria entender tal situação…?

Tem razão, a minha mãe.

Peguei um táxi para casa e tentei não pensar nisso durante o caminho inteiro. Não deu certo.

Não parei de pensar nos beijos…

Assim que cheguei em casa, paguei ao taxista e desci do carro notando que o carro do meu pai não estava na garagem. Graças a Deus. Não quero vê-lo pelos próximos cem anos.

Entrei em casa e ouvi minha mãe na cozinha. Fui até lá.

- Filho! — Ela soltou o que fazia e me abraçou forte. — Eu estava tão preocupada… o que houve?

- Eu ouvi a discussão de vocês ontem e só precisava de um tempo sozinho — Seu olhar tornou-se entristecido.

- Oh, meu amor, eu sinto muito…

- Não vamos falar disso, por favor. — Não queria chorar de novo por causa disso. — Eu preciso te contar algo muito mais importante — Dessa vez seu olhar se tornou confuso.

- Conte

- Ontem eu dormi na casa da Ivy… nós dormimos juntos e hoje de manhã aconteceu o nosso primeiro beijo — Houve um misto de surpresa e desapontamento em seu olhar.

- ...era disso que eu tinha medo… — Ela disse em um tom baixo.

- Medo do que? — Me tornei caótico. — Que nos beijássemos?

- Que acabasse cometendo o mesmo erro que eu. — Desviei meus olhos dela e olhei para o chão.

- Não planejei isso, mãe… apenas aconteceu. E eu gostei. Eu… eu me sinto outro... — Sorri fechando os meus olhos.

- Eu sei, eu estou vendo que sim. Mas o que irá fazer agora? — Abri os olhos. — O que vai fazer em relação a Libby? — Dei de ombros e ela me olhou séria. — Irá deixar as coisas assim…? — Questionou-me surpresa.

Aquela era uma boa pergunta. Uma excruciante e bagunçada pergunta. Mas eu sabia a resposta. Só era difícil de admitir a mim mesmo que eu ainda queria as duas...

Que eu pretendia ficar com as duas.

- Ainda não sei, mãe. As duas são importantes para mim. As duas me alegram só de vê-las... — Ela tinha os olhos nos meus. — Eu preciso pensar. — Respondi para encerrar logo o assunto.

- Ok. Nisso eu concordo — Assentimos um para o outro.

Voltei a sorrir comigo mesmo com a lembrança dos beijos…

- ...você não acha? — Despertei.

- O que a senhora disse? — Indaguei ao perceber que ela falava alguma coisa.

- Será que você pode ao menos dar atenção ao que estou dizendo?

- Desculpe — Disse sorrindo.

- Eu estava dizendo que o coração é mais amplo que o mundo, meu filho. Mas isso não significa fazer dele terra de dois amores. Você tem que ter firmeza, coragem e escolher. Nenhuma das duas merecem sofrer em virtude do seu prazer. — Soltei um suspiro desanimado e resolvi concordar. Ela estava mais do que certa.

-  Eu entendi. Vou dormir um pouco até a hora do almoço, tá?

Ela concordou com a cabeça.

- Vai ser peixe ao molho. Por isso não demorará tanto para sair — Avisou-me.

- Ok. Vou tirar só um cochilo. É só me chamar quando estiver pronto — E saí da cozinha para subir pro meu quarto.

Droga, droga, droga, pensei ao olhar para o meu reflexo no espelho da sala.

Eu gosto da Libby. Gosto mesmo. Morro de desejo por ela. Adoro sua companhia. Tremo de prazer pelo simples fato de vê-la. Então por que jogar fora tudo isso...?

Por que não aproveitar os momentos que posso ficar ao lado das duas, sem ter que escolher só uma?!

Às vezes acho que estou enlouquecendo… a minha cabeça fica dando mil voltas, meu coração dividido, eu sei que isso não está certo e eu já estou ficando zonzo no meio dessa loucura toda.

Eu já nem sei mais lidar com os meus sentimentos… o meu coração pede por uma, mas implora pela outra. Nunca pensei que fosse possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, até acontecer comigo. De um lado está a garota que eu me apaixonei à primeira vista, Libby, que sempre esteve comigo e continua aqui, ao meu lado pro que der e vier, mas que é completamente diferente de mim. Do outro lado, Ivy, a garota que me envolveu com um abraço… que me conquistou com um sorriso… que me derreteu com um carinho, que me fisgou com um beijo, que me entende com o olhar, mas é completamente impossível para mim. E eu no meio das duas, fascinado, louco, confuso. Quando olho para elas, vejo duas peças diferentes do mesmo quebra-cabeça. O que falta em uma, a outra compensa, e vice-versa. Eu sinceramente não sei o que fazer, eu não consigo me decidir, escolher uma só. As duas me completam de maneiras diferentes, me apaixonam, me encantam e, por mim, eu escolheria as duas e seria absurdamente feliz.

O mais difícil de fazer é exatamente isso... descartar uma opção de felicidade.

E se eu fizer a escolha errada e me arrepender mais tarde…? Não, não dá, é um caminho sem volta e, se eu não posso ter as duas, vou deixar que a vida se decida por mim.

Tô apostando no destino.

 

 

                                                                  [...]

 

 

 

Libby

 

Peguei minha mochila e caminhei para a saída da escola. Desci os estreitos degraus olhando atenta por todo o pátio central. Buscava Harry, já passava de 01:30 da tarde.

Sei lá por quanto tempo fiquei procurando-o até que finalmente o encontrei.

Ele sorriu de canto para mim que suspirei fundo com o mesmo sorriso tolo em meu rosto.

Ri das caretas que ele fazia enquanto eu caminhava em sua direção, e quando cheguei perto o suficiente me joguei em seus braços. Ele me segurou e me girou em meio a um abraço apertado tirando meus pés do chão.

Ficamos separados por apenas uma noite, mas era como se tivesse sido por dois anos.

Ele me colocou no chão e tomou meus lábios assim que pôde...

Seu beijo estava cheio de luxúria, ânsia e intensidade. Seus lábios tremiam sobre os meus e eu não soube dizer se isso era bom ou ruim.

Abracei seu pescoço e me afastei precisando de ar.

- Nossa — Soltei.

Ele abriu os olhos devagar.

- Já tinha esquecido como é bom te beijar… — Comentei e ele sorriu beijando minha bochecha e minha testa em seguida.

- Que mentirosa. Me beijou ontem — Sorri tirando meus fios de cabelo que voavam contra o seu rosto. — Vamos? Cadê a Ivy?

- Ela vai ficar para a monitoria

- Ah. — Ele ficou explicitamente incomodado. — Então vamos indo — Ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos.

Pegamos um táxi e ele não abriu a boca durante todo o caminho até minha casa. Parecia pensativo, aéreo e tenso com alguma coisa, ele até se assustou quando levei minha mão para acariciar sua nuca.

- Está tudo bem?

- Sim — Ele forçou um sorriso e percebi que não era verdade. Mas não insisti no assunto. O que quer que fosse, ele teria que me dizer por livre e espontânea vontade. — Vou ficar pouco tempo na sua casa hoje, Ma Belle. Tenho que resolver umas coisas com a minha mãe — Compreendi a situação.

- Okay...

- Mas vou tentar voltar mais tarde — Tentar…?

O que o impediria?

- Me diga o que está acontecendo… — Ele parecia estar se esgueirando da minha presença. — Tem alguma coisa te incomodando...

- Está tudo bem, Pretty. — Até mesmo a forma que ele me chamou soou diferente. — Me desculpe se não estou te dando a atenção que merece… — Seu braço puxou meu corpo contra o dele, e assim deixou o rosto cair sobre o meu pescoço.

Girei um pouco minha cabeça e o puxei para mais perto, o beijando.

Eu o sentia distante, por mais carinhoso e intenso que tivesse aquele beijo.

- Quer almoçar em algum restaurante? — Sugeri depois que nos afastamos. Se ele estivesse com problemas, espairecer seria uma boa ideia.

Ele hesitou. E então meneou com a cabeça.

- Tanto faz… você quer? — Seu olhar estava tão melancólico.

- ...foi só uma ideia… — Virei a cabeça e avistei minha casa ao longe.

Ele estava mesmo estranho. Mas não fiz perguntas às quais ele não iria responder. Ele me contaria quando estivesse pronto…

O táxi parou e assim descemos do carro.  

- Vou esquentar a comida — Ele assentiu calado sentando em uma cadeira da cozinha.

Enquanto esquentava toda a comida no microondas, o observava mexer em seu celular, concentrado e de cabeça baixa.

- Pronto — Alertei depois de colocar todas as panelas em cima da mesa, ele ergueu a cabeça me olhando.

- Obrigado — Ele pegou minha mão direita e beijou-a no dorso.

Ele gentilmente tentou servir o meu prato, porém não conseguiu. A colher tremia em sua mão esquerda, sem domínio.

- Deixa que eu te sirvo, Poupon... — Ele assentiu agradecido.

Calmamente peguei a colher de sua mão e servi nossos pratos.

- Quer ajuda...? — Ele não estava indo muito bem sozinho.

- Por favor — Se rendeu.

Aproximei minha cadeira da dele e comecei a dar garfadas em sua boca. Só comi depois que ele terminou tudo.

- Obrigado — Agradeceu-me junto à um selinho. — Você é maravilhosa, sabia...?

- Sabia — Ele riu e me puxou pra perto me dando um beijo rápido.

- Quer que eu te dê na boca também? — Sugeriu brincalhão e rimos juntos antes de eu começar a comer.

A comida já estava fria, mas não me importei. Estava feliz por ele já estar satisfeito.

Ele bocejou algumas vezes e encostou a cabeça na parte de trás da cadeira, fechando seus olhos.

- Está cansado…?

- Com sono…

- Vamos subir — Encerrei minha última garfada.

Ele abri os olhos de uma vez.

- Não, Pretty, termina de comer, pelo amor de Deus — Tornou-se cauteloso.

- Já terminei.

- Libby. — Censurou-me.

- Já terminei. — Saltei ficando de pé segurando o meu prato.

Peguei seu prato também e levei tudo pra pia.

- Se eu soubesse tinha ficado calado. — Murmurou chateado consigo mesmo.

- Besteira. Eu já tinha terminado

- Tô acreditando — Ele levantou-se da cadeira e assim saímos da cozinha.

Subimos a escada em passos calmos e entramos no meu quarto.

- Caralho o seu colchão é o melhor do mundo… — Ele disse ao deitar de costas na cama.

Ri por um segundo e fui até o banheiro para escovar os dentes rapidinho.

Saí do banheiro e vi que ele estava com os braços sobre a barriga e os olhos fechados. Será que dormiu…?

Tentei deitar na cama sem me mexer muito. Ele logo se aconchegou em meus braços.

Comecei a deslizar meus dedos por sua nuca em um carinho, ele suspirou, puxando a coberta um pouco mais para cima dele.

- ...eu já disse o quanto amo quando você me trata com tanto amor e carinho...? — Ouvi sua voz baixa e manhosa.

- Nunca disse — Sorriu de olhos fechados.

- ...pois eu amo... — Beijei a bochecha dele dando uma leve mordida no final fazendo-o sorrir enrugando o nariz.

Fui só suspiros.

- ...me acorda antes das 5, por favor...? — Pediu.

- Acordo

- Tente dormir também… — Ele curvou-se um pouco selando um beijo em minha testa.

- Irei… — Encostei minha cabeça na sua e adormecemos juntos.

 

 

                                                                  [...]

 

 

- Caramba, já são cinco e meia! — Ouvi a voz dele exclamar e acabei acordando. — Desculpa te acordar. Eu perdi a hora.

- Tudo bem… — Cocei um dos olhos. — Era muito importante o seu compromisso...?

- Nem tanto — Ele passou a ponta dos dedos por minha bochecha e colou nossos lábios.

Com um suspiro profundo, puxei-o para mim, envolvendo seu pescoço num abraço firme e caloroso.

Uma onda de calor tomou conta do meu corpo à medida que aquele beijo se tornava mais profundo...

Esquecida do mundo, passei a beijar seu rosto, seu pescoço, e a pele branca e macia de sua clavícula e ombros arrancando-lhe suspiros e grunhidos... eu estava alucinada ao contato de sua mão quente e ágil que me acariciava as curvas em movimentos rítmicos e sensuais…

Aos poucos nossas roupas foram sumindo… ele jogou sua cabeça para trás me fazendo voltar a estimular seu pescoço com beijos, ele se contraiu sob o meu toque, arrepiando-se, pedindo por mais…

Sua pulsação tornou-se mais acelerada… sua mão apertava meu seio, seu polegar circulava o meu mamilo…  

Ele se curvou tentando alcançar minha boca, tomando meus lábios nos seus…

O ruído do beijo ressoava em meus ouvidos… o som de nossas salivas… lábios se chocando… ele me beijava com fome, com impaciência… energicamente enfiei minhas mãos em sua nuca sentindo o suor escorrer da base de seus cabelos enquanto o beijo pulsava infinitamente entre nós dois...

- Camisinha…? — Murmurou em minha boca.

- Gaveta… — Respondi-o de volta.

Aquele pareceu ser o estímulo que faltava…

Senti sua língua acariciar meus lábios de forma erótica… o beijo ficou mais sensual, provocando um tremor no meu corpo, fazendo-me ansiar pelo prazer que somente ele podia me dar…

Seus lábios quentes percorreram a linha do meu pescoço, provocando arrepios de prazer em lugares desconhecidos por mim…

- Harry... — Ele saboreou seu nome em meus lábios e um sorriso sensual enfeitou sua boca.

Ele é tão lindo que sempre, sempre me tirava o fôlego…

Senti sua língua percorrer o vale entre os meus seios, tremi com violência… e levei minha mão ao seu pênis já desnudo e comecei a masturbá-lo fazendo-o gritar de prazer… com movimentos uniformes, ele afagava-me os cabelos no mes­mo ritmo... seu corpo contorcia-se abaixo do meu, e ele bem que tentava se concentrar nas carícias que me fazia… porém desistiu por alguns minutos e entregou-se ao prazer que sentia, saciando-se completamente…

- Nã-não pa-ra… — Ele uivou perdido no prazer que o envolvia.

Ele soltava alguns palavrões e palavras picantes, e desceu a mão pelo meu ventre até encontrar a umidade em meu ponto mais íntimo… retribuindo os carinhos... seus dedos trabalharam com habilidade em meu clitóris, provocando ondas de desejo incontroláveis em mim...

- Espere — Ele gemeu, afastando minha mão do seu pênis. — Estou quase...

Aproveitei a deixa e me inclinei sobre ele cobrindo-o de beijos famintos… desde o pescoço até o fim de sua barriga, com um suspiro, ele gemeu.

- Li...bby! Oh meu Deus! — Seus gemidos ficavam cada vez mais gostosos arrepiando todo o meu corpo. — Euprecisodevocêagora!

E foi aí que eu me ajeitei rapidamente entre suas pernas caindo de boca em seu membro.

O gemido que ele soltou foi alto… com a mão esquerda ele agarrou o lençol e em seguida o levou até a boca, deixando-o entre os dentes.

Ele achava mesmo que isso ia conter os seus gemidos…?

Lambi lento e continuamente a sua glande e um intenso grito o escapou...

Sorri satisfeita.

Ele agarrou em meus cabelos com a mão me mantendo entre suas pernas… o gosto dele é afrodisíaco…

Seus olhos cor de esmeralda brilhavam com intensidade e luxúria...

E quando ele estava quase gozando, senti sua mão arquear o meu rosto enquanto ele colocava a camisinha… de onde ele a tirou…? Eu nem o vi pegando...

Ele tomou meus lábios novamente em um beijo caloroso e me levantou pela cintura fazendo seu pênis escorregar para dentro de mim com vontade.

- God! — Ele gemeu em tamanho prazer enquanto me estocava fundo.

Puxei seu rosto para um novo beijo. Ele correspondeu intensificando mais ainda as estocadas…

Levei minhas mãos ao seu quadril e o agarrei, tentando fazê-lo ir com mais força, o que só resultou em movimentos mais intensos…

Com os olhos apertados ele continuou no comando… como podia ser tão lindo…?

Ele puxou-me violentamente pela nuca e grudou os seus lábios nos meus… retribuí o beijo com urgência...

Ele estocava cada vez mais… e gemeu meu nome em meus lábios...

Seu ventre encolheu, sua cabeça indo para trás...

Senti seu membro inflar dentro de mim e depois o seu forte gemido deixou claro que ele havia atingido o seu limite… seus olhos escureceram por causa do orgasmo… eles sempre ficavam assim, quase negros… e mesmo já saciado, ele não parou os movimentos até que eu atingisse o meu…

O que não demorou nada para acontecer… veio em seguida...

Ele respirou fundo e ajeitou o rosto na curva do meu pescoço recuperando o fôlego…

Sorri e levei minhas mãos novamente a sua nuca e comecei a acariciá-la…

- Tudo bem…? — Perguntei sentindo que ele ainda respirava forte.

- Tudo… — Conseguiu murmurar. — ...você é linda… — Sorri encantada. — ...linda demais... — Comecei a beijar carinhosamente seu rosto, fazendo-o sorrir docemente, e preguiçoso. — ...preciso de um banho. Me arranja uma toalha...? — Assenti com a cabeça.

Ele saiu de dentro de mim e assim me levantei da cama indo até o guarda-roupas. Peguei uma toalha e entreguei para ele.

Ele pegou sua roupa em cima da cama e me deu um selinho antes de entrar no banheiro.

Me enrolei em um hobby e o esperei sair. Minutos depois ele saiu de banho tomado, devidamente vestido.

- Está um príncipe — Ele me olhou risonho.

- Vem aqui — Ele disse e abriu os braços me convidando. Sorri e fui até ele.

Encostei minha cabeça em seu peito e ele fechou os braços ao redor de mim. Ficamos por algum tempo em silêncio, apenas assim.

- Posso te perguntar uma coisa…? — Indagou-me.

Ergui o rosto para olhá-lo.

- Pode.

Ele parecia nervoso e inquieto.

- O quanto você gosta de mim…? — Seus lindos olhos me encaravam firmemente.

- Eu gosto muito... muito, Poupon — Rocei meu nariz no dele, que fechou os olhos sorrindo.

- Mas é um amor que supera tudo...? — Seu tom dizia o quanto ele queria que eu respondesse sim.

- Sim... — Passei a mão acariciando alguns fios de seu cabelo. — O que foi…? — Notei ele angustiado.

- Nada… — Pisquei meus olhos devagar. — Eu só tenho medo de errar com você e não ter mais volta…

- Então não erre com a única coisa que não tem perdão para mim… — Alertei-o no mesmo instante.

- O que...?

- Não mexa com a minha irmã.

Seus olhos se perderam nos meus, ele ficou em silêncio por alguns segundos, sua expressão de tristeza fez minhas pernas fraquejarem.

- Tenho que ir, Pretty — Ele soltou um suspiro. De alívio? Ou de desapontamento?

- Tudo bem — Ele sorriu fraco e segurou minha nuca levando meu rosto de encontro ao seu.

Encostei nossas línguas com calma, aproveitando a sensação de ter sua boca na minha...  

Separei nossos lábios e desci carinhosamente minha boca por seu pescoço.

Ele riu baixinho.

- ...assim eu não vou conseguir ir embora… — Só continuei o que fazia, sentindo seu corpo arrepiar. — Mmm… tudo bem, podemos fazer isso de novo… — Ele disse mais para ele mesmo do que para mim e eu ri.

Em um gesto rápido ele me tomou em seus braços e me jogou na cama.

Fiquei atordoada por um segundo e o vi ficar por cima de mim, apoiando seus joelhos em cada lado do meu corpo…

Ele olhava bem dentro dos meus olhos com um sorriso safado e assim vi o desejo estampado nas profundezas daqueles poços esverdeados…

Um desejo louco, selvagem, ansioso…

Me ergui um pouco para cima e ele me beijou sem pudor algum…

Nossos corpos pegavam fogo… seus dedos e língua pareciam estar por toda parte em minha pele…

Deslizei também minhas mãos por seu corpo provocando-o… tocando-o… arranhando-o até que ele não pudesse mais suportar.

 

 

 

                                                           Horas depois...

 

 

 

 

 

Ivy

 

Estava em meu quarto tentando estudar espanhol. Tentando. Não conseguia me concentrar e parar de pensar em Harry e em nossos beijos…

Eu estremecia apenas por lembrá-los. Imagina as sensações que sentiria se pudesse senti-los de novo…?

Corei comigo mesma por total embaraço.

Afastei tais pensamentos da minha cabeça e decidi voltar para o mundo dos estudos.

Estava trancada em meu quarto, com o aquecedor ligado, e todas as portas e janelas fechadas. Estava uma noite fria lá fora.

 

3. Das palavras abaixo a única que pertence à mesma classe gramatical de "lo" em "Lo malo de la vida es no tener amigos" é:

 

a) Le volví.

b) Lo venderemos.

c) Lo que.

d) El trabajo.

e) Lo tenía.

 

Na alternativa d, "el" pertence à mesma classe gramatical de "lo" porque ambos atuam como artigos...

 

Será que está certo…?

 

Fui conferir a resposta.

Letra D: El trabajo.

 

Ufa, respondi corretamente.

 

Repentinamente uma rajada de vento despenteou meus cabelos, que cobriram-me os olhos.

- O que está fazendo...? — De súbito meu coração palpitou desesperado. Era a voz dele.

Olhei para a varanda e o encarei horrorizada.

Um sorriso escorregou por seus lábios e uma onda de amor me inundou.

Não sonhava acordada… lá estava Harry. Lá estava ele, entrando em meu quarto, sorrindo para mim.

- Harry?! — Caí em mim. — O que faz aqui?? — Saltei da cama apavorada.

- Eu queria te ver — Tremendo, tentei me controlar.

- Por favor, vá embora

- Pode esquecer — Murmurou, caminhando devagar em minha direção.

- O que quer dizer? — Dei um passo para trás.

- Que estou exatamente onde desejo estar.

No mesmo instante em que ele falou isso, eu quase voltei atrás em minha decisão. Mas pensei que, caso o fizesse, teria de suportar conviver com a culpa o resto da minha vida. Como agüentaria algo assim...? Já me sentia culpada o suficiente por tê-lo beijado...

Aproveitei para tentar escapar, saindo do quarto, mas ele foi mais rápido. E antes de completar meu movimento, ele segurou-me pela cintura, pousando os lábios sobre os meus. Atordoada, quis mordê-lo, arranhá-lo. Mas assim que senti a intensidade daquele beijo tão amoroso, perdi o fôlego e o controle. Foi devastador. Devagar, abracei seu rosto com minhas mãos e em seguida nos beijamos com desespero e urgência. Seu corpo queimava contra o meu e o meu ansiava por seu toque experiente e tão possessivo…

Tremia sem poder me con­trolar… eu estava com o corpo em chamas…

- Harry… não… — Tentei me afastar, em pânico. Se alguém entrasse no meu quarto… poderia acontecer uma desgraça!

- Sabe que desejo você há muito tempo. Vy. — Sussurrou em meus lábios. — Por que não para de lutar e se entrega a mim?

- Não podemos... por favor não. — Pedi pela segunda vez e então ele me soltou.

Respirei fundo, tentando não me descontrolar de novo.

- Me dê uma razão para desistir de você — Confrontou-me.

Ridículo. Impossível. Totalmente absurdo.

Havia mil e uma razões para não ficarmos juntos… nossa diferença de idade… a autorização dos meus pais, os sentimentos da minha irmã; mas o meu corpo, meus sentidos... estavam re­lutantes em aceitar tudo isso.

- Como imaginei… — Disse diante do meu silêncio. — Então não irei desistir.

- Harry

- Não vou, Ivy. — Rebateu firme.

Ele roçou os lábios nos meus, uma, duas, três vezes, instantaneamente fechei meus olhos.

- Por que não confessa seu desejo...? Você me quer tanto quanto eu te quero...

Ele segurou o meu rosto com uma das mãos e escorregou a ponta de sua língua por minha boca já entreaberta me beijando com amor, em uma intimidade correspondida plenamente por mim…

O prazer foi tão grande que es­queci completamente que estava sendo beijada por ele de novo…

Agarrei sua cintura com as mãos e segundos depois, ele pegou uma das minhas mãos e colocou-a em seu rosto e com a sua afa­gou os meus cabelos...

O modo como ele me beijava, o modo como me abraçava, a reação que me provocava... eu queria que aquele momento perdurasse para sempre...

Estremecíamos com a sensação de prazer e uma onda de calor percorreu o meu corpo todo.

Meus mamilos enrijeceram, e eu mal pude acreditar que uma mensagem me fora transmitida daquela maneira. Nunca estive excitada antes, nunca.

Com relutância abri os olhos e o olhei me afastando.

Ele me olhou de volta e abriu um sorriso satisfeito. Eu sabia que era por que eu estava naquela condição. Ele sabia que tinha o poder de deixar-me aflita, entregue a um desejo que ainda não aprendi a controlar.

- Adoro saber que excito você... — Ele murmurou com voz ainda mais rouca. Envergonhada com o seu olhar tão fixo no meu, abaixei a cabeça. — Não fique tímida — Falou com carinho.

- Harry, por favor… já fomos longe demais.

- Acalme-se e raciocine — Ele pediu com suavidade.

Raciocinar? Essa seria a última coisa que eu conseguiria fazer. Não com aquele corpo tão maravilhoso e másculo contra o seu.

- Eu te quero tanto, mon ciel... — Disse deixando-me fraca e trêmula.

- Pare com isso! — Pedi, fechando os olhos na tentativa de fugir de sua investida.

- E por que deveria...? Você é minha. — Um rubor cobriu-me o rosto. Minha mente estava em completo caos. Sentia-me nas nuvens ao saber como ele se sentia ao mesmo tempo tempo que sofria tentando lutar contra o incontrolável desejo de ser abraçada, beijada por ele.

- Não sou sua, minha irmã é.

- Acho que sim — Ele concordou. — Mas

- Engana-se se acha que poderá ter as duas, Harry. — Interrompi-o abruptamen­te, acrescentando: — Eu não sou assim e nunca faria isso com ela, nem por você. — Ele me observava com tristeza, tão de perto, que receei que ele pudesse ler em meus olhos o que se passava na minha alma.

- Quantas vezes vou ter que dizer que não vou abrir mão de você? — Ele aproximou-se e tomou minha mão na sua. — Que o teu olhar desperta o mais profundo sentimento que a minha alma já conseguiu sentir

Demorei o olhar no dele.

E então tomei coragem.

- Você seria capaz de escolher uma das duas…? Apenas uma...? — Ele ficou gelado.

Ele apertou a minha mão e respirou firme.

- Isso não... — Suas palavras, seu tom, tudo havia me destruído.

- Então o que pretendia fazer…? — Me tornei cética. — Ficar com as duas? — Ele balançou a cabeça.

- Eu não sei o que sinto por ela, mas sei que te am… — Soltei sua mão e lhe dei as costas.

- Acho que já foi tudo esclarecido… pode ir embora, por favor.

- Está falando sério? — Sua voz soou incrédula.

- Segue a sua vida.

- E se a minha vida só tiver sentido com você nela? — Ele perguntou calma­mente.

- Então aprenda a viver sem mim. — Respirei fundo engolindo todas as emoções. Ainda bem que estava de costas para ele.

- Mais uma vez está me jogando nos braços da sua irmã? — Dessa vez sua voz soou irada.

Me virei para encará-lo.

Sua expressão estava séria, o seu olhar amargo.

- Eu não joguei, Harry. Você fez isso sozinho.

Ele engoliu seco ao me ouvir.

- Chega, já me cansei desse assunto, Ivy! — Nossos olhares se encontraram, e ele me surpreendeu quando voltou a falar. — Dentro de mim há dois sentimentos: um deles é por ela e o outro é por você. Os dois estão sempre brigando. Nenhum ganha, nenhum perde, mas o que corresponde a você é aquele que eu mais alimento constantemente.

- E o que quer que eu faça…? — Perguntei-lhe magoada, vendo-o negar com a cabeça. — Você acabou de dizer que não conseguiria escolher entre nós duas...! Como poderíamos ficar juntos...?

- Meu coração saiu do controle! A minha vida saiu do controle, Ivy!

- E o que quer que eu faça…? — Voltei a perguntar.

- Preciso de um tempo para me recompor. Colocar minha mente no lugar de onde ela nunca deveria ter saído 

- Então é melhor ficarmos afastados

- Sim, eu concordo.

- Então vá embora, Harry. Agora. — Ele franziu o cenho e fechou a cara, mal acreditando no que eu disse.

- Quer saber, garota? — Rebateu-me entre os dentes. — Talvez a Libby seja o melhor para mim.

Respirei por um breve momento, a minha cabeça rodou um pouco.

- Você conseguiu bagunçar, destruir, magoar o que eu sentia por você, Ivy. Destruiu o nosso futuro, desrespeitou o que iria ser a nossa história. Não consigo mais te perdoar.

E por fim ele saiu do meu quarto pela varanda de onde entrou.

O desejo que senti de ir atrás dele foi quase incontrolável, mas não quebraria a minha palavra.

Acho que foi melhor assim, cada um pro seu lado.

Cruzamos o caminho um do outro por um mero acaso e no final saímos os dois machucados.

Harry foi apenas o rascunho do livro que eu pensei em escrever. Mas o destino mudou o roteiro...

 

[08:10pm] Cameron: Ivy, me desculpe. Acabei saindo tarde da aula e não tive tempo de preparar nada. Mas topa almoçar comigo amanhã?

 


Notas Finais


Me digam o que acharam do capítulo e até o próximo <3

→ ❤️❤️❤️ Música tema do casal Hibby:
https://m.youtube.com/watch?v=xXzvE9Gu8iM&pp=ygUvdGF5bG9yIHN3aWZ0IGUgemF5biBpIGRvbid0IHdhbm5hIGxpdmUgZm9yZXZlciA%3D ❤️❤️❤️
Tradução: https://m.letras.mus.br/taylor-swift/i-dont-wanna-live-forever/traducao.html

❤️❤️❤️ Música tema do casal Hivy: https://m.youtube.com/watch?v=4zfgkZx2d3g ❤️❤️❤️
Tradução: https://m.letras.mus.br/lu-musicas/791664/traducao.html


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...