O interior do opulento jato particular de Nathaniel arrancou o folego de Eater. A cabine principal possuía móveis convidativos era adornada com arte moderna. O interior também oferecia um escritório, um cinema e diversas suítes.
- A França tem leis rígidas para invasão de privacidade da imprensa. Muitas pessoas acham a mídia menos intrusiva aqui.
- Em que parte da França vamos.
- É uma surpresa Azi.
Eles foram para St-Louis, uma das áreas residenciais mais exclusivas de Paris. O carro parou diante de uma construção elegante do século XVII. Nathaniel abriu aporta
-Sinta- se a vontade.
- O que está acontecendo? Por que me trouxe aqui?
-Comprei essa casa para você. Quero que crie meu filho aqui.
-Quer que eu me mude para outro país e viva dependendo de você?
- Me deixa explicar – pediu Nathaniel.
Eater abaixou a cabeça para não dizer o quanto o considerava arrogante e audacioso. Deveria ficar impressionada com a surpresa que provavelmente custara milhões. Contudo, sentia-se humilhada, pois mais uma vez ele tentava armar para cima dela. Primeiro, usando seu bom coração para ajuda-lo a enganar a vó e agora tentando usar o bebê. Ela não ia ficar dependente dele de novo.
- Comprei a casa, pois não quero que meu filho sofra.
- Sofrer com o que?
- Se permanecer no Brasil, você sempre sofrerá preconceitos por causa de seu passado.
- Ata... então não é o bebê , mas sim você .Disse ela rindo de forma sarcástica .
-Como assim? Perguntou ele franzindo a testa.
- Você não quer que falem que a mãe do seu filho é uma ex -presidiaria .
- Eu quero só protege você e meu filho. Disse ele passando a mão no rosto
-Bem, vou falar uma coisa. Fui para a prisão por um crime que não cometi. Eu não roubei aqueles quadros, ou nenhum dos outros itens que sumiram da coleção da galeria.
Com uma cara fechada, ele suspirou.
- Você cometeu um erro e era muito jovem. Vamos nos esquecer disso e lidar com o presente.
Meio tonta Eater encarou-o. Estava chocada pela recusa dele em considerar que ela pudesse ser considerada inocente.
- Você não pode me ouvir?
- Você foi ouvida por um júri e sabemos qual foi o veredito.
Sentindo-se como tivesse sido golpeada no rosto, Eater desviou o olhar. Ele se recusava ouvi sua declaração de inocência.
-Bem, falaremos do futuro... Mas ela o interrompeu com uma pergunta.
- Eu poderia morar aqui e ter um namorado?
- Como assim. Disse ele pegando ela pelo braço.
- Estarei livre para morar com outro homem aqui?
- O único homem da sua vida sou eu.
- E você vai morar aqui?
- Não
- Você não vai estar aqui nas horas difíceis. Virar visitar só nas horas que for conveniente?
- Doarei sempre grande parte do meu tempo para vocês.
- Nathaniel me levar para casa.
-Mesmo me irritando ainda quero beija-la. Disse ele abaixando e dando pequenos beijos no braço dela.
A respiração dela acelerou.
-Vamos parar de brigar. Você não quer subir e ver o quarto?
- Você tem vergonha de mim, mas ainda quer dormir comigo. Eu já mais aceitarei isso. Disse ela tirando o braço da mão dele e correndo até o carro. Eater sabia que não adiantava correr, mas ela precisava controlar o desejo que sentia por aquele homem.
- Não posso falar com você agora. Eu te ligo daqui alguns meses. Murmurou ela quando ele entrou no carro.
- Mas você precisa de mim agora.
- Não, não preciso.
Notando a fragilidade dela ele concordou.
- Daqui a três meses volto para o meu filho.
Ela respirou aliviada e o coração de Nathaniel doeu por isso.
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