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História Encontrando-se - "Precisamos conversar!"


Escrita por: Nanda2611

Notas do Autor


Oi, meus lindos, amo vocês e desculpa por fazer alguns sofrerem! Aproveitem!

Capítulo 8 - "Precisamos conversar!"


Fanfic / Fanfiction Encontrando-se - "Precisamos conversar!"

Mônica não queria levantar daquela calçada, não parava de chorar desde uma hora atrás quando Victoria saiu correndo depois de ver a menina e Rafael se beijando. Continuava ali até que:

_Mônica?- Uma voz familiar chamou pela garota com um tom de indignação e surpresa.

Ela levantou-se meio “morta” ainda e disse do jeito mais desanimado que é possível:

_Oi, Fre...Frederico??- Seu olhar era uma variação entre surpresa e tentativa de reconhecimento.

_Sim, Mô, sou eu! Amiga, você bebeu?- olhou para a garota no chão e levantou uma sobrancelha.

_Não.

_Se você está assim sem beber, imagina se bebesse.

Mônica deitou-se de novo na calçada e começou a pensar. Frederico era aquele amigo quase gay de Mônica que saía com ela sempre, a menina adorava os papos que tinha com Fred e ele foi o único que não a abandonou. Ele fora leal mesmo depois do término do seu último relacionamento com um amigo do garoto, os outros foram junto com ele, Frederico ficou. Desde então eles saíam sempre, todos achando que eles ficavam e apesar dele beijar meninas, para Mônica, era um amigo gay que ela amava muito e que jamais a deixaria... Bom, pelo menos, isso foi no ano passado quando aquele maldito intercâmbio no Canadá começou, era para ser apenas um mês, mas esse mês foi se prolongando, prolongando, até que virou um ano.

Com toda a confusão de sua vida, Mônica esqueceu completamente da chegada do amigo. E bom, ele estava ali.

_Cara, eu te amo muito, você sabe! Mas eu estou muito mal para levantar e ir te abraçar...

O garoto riu e falou:

_Vem, vou te pagar uma bebida, enquanto isso, você me conta o quê está bagunçando essa cabecinha sem neurônios!- E estendeu a mão para a menina que jazia no chão.

Ela olhou para ele com aquela cara de “Jura? Tu, fazendo-me companhia no meu desabafo sobre a droga que é minha vida amorosa?”.

_Por que não, meu amor? Você sempre me salva mesmo!- E pegou a mão do garoto e se ergueu com o buquê ainda em mãos.

Sentaram ali no açaí mesmo e ficaram conversando. Já que o gerente era meio burro, vendeu bebidas para menores, sem problema algum. Pegaram as cervejas de sempre e ao primeiro gole, serviram de chave para que Mônica começasse a falar:

_Fred, eu acabei gostando de uma menina, SIM, uma menina- O garoto olhava para ela com os olhos arregalados, mas depois de absorver o que tinha escutado, suavizou mais a expressão- Eu beijei-a, não lembrava, ela me salvou várias vezes de várias situações e... –Contou tudo, desde o dia que a menina pisou na escola até o encontro que tinham marcado- E aquele maldito do Rafael me beijou, Victoria tacou o buquê no chão e saiu correndo e essa foi minha vida amorosa, Fred, uma bela merda!- Tomou um gole longo e forte da garrafinha a sua frente, enquanto, o menino pensava em uma solução para os problemas dela.

_Mô, vem, tive uma ideia!

O menino levantou, arrastando Mônica pelo braço, pagou tudo que tinham consumido e foram embora com Fred conduzindo. Primeiro, foram a um bar no qual podiam comprar o que quisessem e compraram dois fardos de cerveja, além dois quatro maços de cigarro, Mônica ligou para mãe e avisou que dormiria na casa de Fred e que amanhã contava o que tinha acontecido, a mãe percebeu a voz chorosa da garota e deixou.

Os dois jovens foram para uma praça, Mônica pôs música no celular:

_Ainda ouvindo Oriente, menina?- Fred sorriu e ergueu uma sobrancelha.

_Você pode ter ido embora por um ano, querido, mas meu gosto musical, sempre será o mesmo!- Bebeu um gole e começou a cantarolar junto com o som.

“Um vaso de cristal com flores mortas”. Ela olhou para o buquê com as rosas, agora, murchas. “Um drink forte numa boate qualquer, sua vontade incontrolável lhe fecha e abre portas, ela chega e sai a hora que ela quer!”. E cantou, cantou muito, até que começaram as músicas desanimadoras e Fred:

_Troca essas músicas, pô, volta para o rap que estava bom demais!

Eles riram e ele pegou o celular, voltou, para os raps e depois foi a vez do primeiro cigarro. Ele e Mônica já tinham fumado muito daquilo, eles sempre torciam para chover nos dias que fumavam porque assim o cheiro sumiria no momento que tomassem chuva.

_É disso que eu estava precisando! – Disse ela, pegando um cigarro para si também.

_Eu também.

_Como foi o Canadá? – perguntou ela entre uma tragada e outra.

_ Não vou te contar agora porque amanhã você não lembrar, amanhã eu conto!

Ele sorriu e Mônica deu de ombros, já que sabia que aquilo, realmente, aconteceria.

Mônica deitou no banco da praça, enquanto, Fred cantava Costa Gold junto com o celular no, da frente.  A menina começou a pensar, para variar, em Victória, levantou e bebeu um gole fundo, pensou também em sua avó que tinha vencido um câncer, deixara a família na pior crise financeira, mas pela saúde dela valia a pena. A avó era uma guerreira, superou um câncer de mama e sobreviveu, Mônica lembrava de que todos os dias mesmo com a doença matando-a, a velha sorria e dizia: “Vai dar tudo certo, minha neta! A vida gosta de brincar conosco, você só não pode se deixar vencer, a vida tem sempre que perder!” e Mônica sempre riu dessa frase.

No entanto, percebeu que a vida estava brincando com ela, não que seja algo grave comparado a uma doença, porém a vida estava brincando com ela e a menina estava perdendo o jogo. Só tinha sobrevivido até agora, matando-se aos poucos com doses de álcool e cigarros. Não podia perder esse jogo, não podia, de jeito nenhum, perder esse jogo para a vida. “Se minha vó venceu um câncer já com uma idade avançada, eu posso e vou conquistar Victória!”.

Mônica levantou-se de instantâneo, tomou um gole fundo e longo que serviria para sua coragem e tragou o cigarro:

_Fred, para de cantar e vamos!

O menino olhou desconfiado para ela, mas levantou, não era a primeira vez que a louca da Mônica arrastava-o para algum lugar estranho, a última vez tinha sido para uma casa abandonada onde eles encontraram um casal transando como loucos, em meio à sujeira. Revisado o histórico em sua cabeça, o garoto viu que não importaria aonde eles iriam, seria estranho, nojento, todavia, estando com a menina pirada, seria divertido.

Mônica discou o numero de Alice e ela atendeu:

_Alô? Mô? Olha a hora, menina!

Mônica revirou os olhos, era meia noite ainda, mas Alice estaria dormindo ou compenetrada em escrever.

_Sabe onde é a casa da Victória?

_Sei... Mas... Ah, não vou nem perguntar o que você vai fazer lá, porque vai demorar demais e eu estou ocupada!

_Boa menina!- E abriu aquele sorriso travesso de canto de boca.

_RÁ RÁ RÁ, muito engraçada, você! Olha, onde você está?

_Estou na praça do bar lá!

_Ok, você vai ir até o bar, seguir reto e continuar até chegar à casa do Augusto, o melhor amigo daquele seu ex... – Ah era isso o que faltava, todos estariam lá na frente, Mônica teria que passar pelo idiota que evitava desde que tinham terminado-... Quando chegar lá, você vai virar no próximo quarteirão e vai ver uma casa grande vermelha, essa é a casa de Victória.

_Valeu, Alic... – A menina já tinha desligado, Mônica sorriu “Típico de Alice”- Vem, Fred!

_Claro, Mô!- Disse o menino que estava acabando de guardar em sua bolsa o restante da cerveja e dos maços de cigarro.

Seguindo as instruções de sua melhor amiga, foram até o bar e seguiram até a casa de Augusto e como a menina já previa estavam todos lá e olhou de novo com surpresa, viu Victória e... Não, não podia ser, não podia, não podia.

Victória estava lá, bêbada, beijando o ex de Mônica, Daniel.  As lágrimas já fechavam a visão da pobre menina e quando os beijos acabaram, Victória viu a menina ali, observando tudo. E foi a vez de Mônica correr, correr e correr. Foi a vez de Mônica jogar o buquê no meio da rua. Foi a vez de Mônica chorar.

Fred não suportou o tamanho da audácia de Daniel, estava enraivecido porque, além do garoto ter feito sua melhor amiga chorar antes, estava fazendo-a chorar muito mais. O garoto foi lá, pegou Daniel pela gola da camisa, levantou-o do chão, xingou-o, pôs ele de volta no lugar e acertou-lhe um soco que fez a boca do menino sagrar e depois um, na barriga e depois um, tão forte nos países baixos que ele caiu, chorando e se encolhendo. Só, então, Fred saiu correndo atrás de Mônica, mas alguém já tinha ido primeiro.

Mônica só parou quando chegou à praça, estava sem fôlego, queria beber, queria fumar... “Merda! Fred estava carregando a cerveja e os cigarros na bolsa com ele!”. A menina estava parada no meio da praça, respirando enquanto as lágrimas escorriam de seu rosto, quando, de repente, uma mão pegou seu braço e virou-a para olhá-la.

Era Victória com os olhos vermelhos como os, da menina. Mônica se viu assim, sem ter para onde correr por estar presa ao braço entrelaçado da outra e de cara com seu verdadeiro amor.

“O quê que eu vou fazer?”- pensou Mônica, desesperadamente. 

 Victória limpou os olhos com a mão livre:

_Precisamos conversar!


Notas Finais


Obrigada por lerem e desculpa a demora.


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