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História Encontros - Boa noite


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente, mais um capítulo saindo forno.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 16 - Boa noite


ELLIE

Terminamos de dançar e resolvemos que já estava na hora de voltar.

Assim que entramos no aerocarro começamos a conversar.

- Escute baby, quero que se mantenha alerta. Vi o jeito que Sari nos olhou quando saímos. Ela vai correr direto pra irmã e contar o que aconteceu no restaurante.

- E?! De verdade, você acha que eu tenho medo de uma sayajin que nem conheço? – desdenhei.

- Não subestime Seripa! Ela é uma guerreira de Elite e a tradição sayajin autoriza que fêmeas e machos lutem entre si por parceiros que desejem. Atualmente essas lutas são raras, mas quando acontecem uma das partes acaba bem machucada. – ele me alertava e eu colocava mais essa variável nos meus planos.

- Mas se o objeto da disputa não quiser ficar com quem ganhou, ele ou ela é obrigado a aceitar? – perguntei.

- Sim. A tradição existe para que o mais forte possa passar seus genes adiante. – explicou.

- Entendo. Então, se Seripa me desafiar por você tenho que aceitar e vencer, não é mesmo? – engraçado como aquela possibilidade me animava. Parecia até uma sayajin querendo me testar com alguma adversária forte.

- Você não vai aceitar nenhum desafio de Seripa. Entendeu!? Ela é traiçoeira, além de muito forte...

- Pode parar aí mesmo! Raditz, eu NÃO sou fraca! E tenho meu orgulho. Se essa Seripa me desafiar pra ter você eu vou aceitar E vou ganhar. – falei grosso com ele. Ele não entendia mesmo... eu era uma guerreira assim como ele, apenas não alardeava por aí, também escondia meu ki pra ninguém saber o quanto eu podia ser forte.

Já estava tão acostumada que nem desligava mais esse “modo ki baixo”, o que fazia parecer que eu era fraca.

- Não discuta comigo nesse ponto mulher! Você não vai aceitar nenhum desafio de Seripa e fim de papo.

Eu só o olhei e fiquei calada, não valia a pena discutir por algo que podia nem acontecer. Mas também não significava que eu não ia treinar mais ainda pra ficar mais forte e preparada. Eu ainda não havia chegado ao meu limite de desenvolvimento, sentia que podia ir mais além do que estava.

Era hora de pegar pesado nos treinos.

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RADITZ

Eu olhava ressabiado pra Ellie. Por que diabos ela estava com a maldita ideia fixa de lutar com Seripa?

Maldição! É claro que eu tinha sentido o ki dela aumentar e muito naquele dia em que a confrontei, mas ainda não era suficiente pra derrotar Seripa, além do mais aquela fêmea lutava sujo.

De jeito nenhum que ia deixar Ellie lutar com ela. Eu gosto demais do meu couro pra deixar o velho arrancá-lo por conta da teimosia de uma cabeça dura.

Todos deviam estar dormindo a essa hora, pois a casa estava silenciosa; fui direto ao meu quarto e Ellie foi para o dela.

Acho que ela desistiu dessa ideia maluca de dormir comigo. O que é uma pena, pois estava começando a achar interessante...

Começo a me despir e fico pensando no que descobri sobre Ellie naquela noite. Ela me mostrou algumas facetas da sua personalidade que eu nem desconfiava que existiam!

Quando eu imaginaria que ela fosse tão possessiva? Ou que pudesse traçar estratégias tão rápido quanto um general veterano?

Mas, pensando melhor sobre o segundo ponto, eu tenho que dar o braço a torcer que não quis perceber sua habilidade em estratégia. Ela tinha controlado uma grande empresa junto com o irmão e, pelo que me lembro, embora sua área de atuação fosse a logística, o velho adorava conversar com ela sobre política e estratégia. É claro que ela tinha experiência em comando e estratégia.

Mas a possessividade... Essa foi uma surpresa. Quem diria que aquele pedacinho de personalidade apareceria assim tão de repente?

Deito na cama pensando sobre tudo o que aconteceu no jantar quando sinto sua presença na porta.

- Ellie? – ela tirou toda a produção e soltou os cabelos; está vestindo uma camiseta grande com gola bem aberta, o que faz com que um dos lados caia sobre um de seus ombros, e a camiseta vai até o meio das coxas. Não poderia estar mais despretensiosa ou mais sexy.

- Vim dormir com você... se o acordo ainda estiver de pé... – ela fala incerta.

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ELLIE

Fui me trocar. Enquanto tirava a maquiagem e toda a produção pensava no que tinha proposto a Raditz.

Dormir com ele podia ser o céu ou o inferno, dependia de como eu via as coisas. Ia ser bom saber como era dormir abraçada a um homem, como será acordar ao lado de alguém? Mas se eu não tomasse cuidado podia querer mais que só dormir e aí as coisas complicariam...

Pelo menos ele concordou em ser “fiel”. Não tenho motivos para duvidar dele, afinal, é totalmente do seu interesse que todos acreditem nesse relacionamento; assim, sei que ele vai cumprir essa parte.

Não quero pensar muito no que estou fazendo... acho que quero dar mais liberdade para aquela minha parte que está escondida de mim ainda...sinto que a vontade de lutar com Seripa vem, em parte dela. Em parte porque me conheço: essa luta seria um desafio e eu amo um desafio.

Visto uma camiseta grande e velha, bem confortável e vou ao quarto de Raditz.

Ele já está deitado. Um lençol o cobre e está apoiado em vários travesseiros, seu braço está dobrado, apoiando a cabeça e ele parece pensativo. Eu vejo seu peitoral e seu abdômen definido, dá até vontade de lamber...

Foco Ellie! Foco! Se você ficar excitada ele vai perceber e você não quer isso...

Ele me percebe e estranha minha presença, acho que não acreditou que eu viria.

- Vim dormir com você... se o acordo ainda estiver de pé...

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RADITZ

Me afasto um pouco na cama para lhe dar espaço e a chamo.

- Venha. Já que quer continuar com sua ideia que seja. Vamos ver se dá certo.

Ela se aproxima de mim e se senta na cama, eu me viro um pouco pra olhar seu rosto. Alguma emoção está ali, mas não sei bem o que é... Será que está nervosa?

- Não se preocupe Ellie. Vamos dormir.

- Não estou preocupada. Sei que você não vai me atacar, seria desonroso pra você e é orgulhoso demais de seu charme pra fazer isso. Estava apenas pensando outra coisa...

- E o que seria? – fiquei espantado com sua confiança em mim e também com o fato dela me conhecer bem, além de curioso pelo que ela disse estar pensando.

- Como vamos explicar a todos que nos envolvemos? Não digo as pessoas de fora, falo da família... E como fazer pra que Bardock não te arranque o couro? – ela disse nervosa, mas também querendo rir com a cena que, com certeza, imaginava.

Suspirei cansado. Ela tinha razão nesse ponto.

- Vamos apenas dizer que aconteceu com a nossa convivência e que não é da conta de ninguém. Quanto ao meu pai... vou falar amanhã mesmo com ele, assim se ele quiser me dar uma surra já vai ter a chance dele. – falei fazendo graça da situação.

 Ela riu. Aquilo mexeu com alguma coisa dentro de mim. Gostei de ter feito ela rir.

- Vou estar junto. Afinal não posso permitir que meu pai do coração e sogro mate meu companheiro. – disse sorrindo, também fazendo graça. E se inclinou em minha direção devagar... ela ia me beijar? Caralho, espero que sim!

Mas, que nada, ela me deu um beijo na testa. Sorriu zombeteira e falou:

- Achou que eu ia te beijar na boca é? Só nos seus sonhos Raddie, só nos seus sonhos... Mas tenha uma boa noite, “companheiro”.

E se ajeitou pra dormir ao meu lado.

Eu ri da brincadeira dela. Agarrei sua cintura e a puxei pra mais perto de mim, enquanto minha cauda se enrolava em sua coxa, cheirei seu pescoço – o que me rendeu um olhar de estranhamento e um suspiro – e lhe disse ao ouvido:

- Boa noite, minha Ellie.

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ELLIE

As brincadeiras que fizemos antes de dormir tiraram um peso dos meus ombros, mas quando Raditz me puxou pra mais perto dele e me provocou cheirando meu pescoço, achei estranho. Mas se era pra ter o cheiro dele em mim não estava passando dos limites, nem quando sua cauda enrolou em minha coxa...

Mas quando me chamou “minha Ellie”, meu coração deu um salto. Era uma brincadeira, como a que eu tinha feito, não devo levar a sério e tenho que me acostumar a ouvi-lo falar essas e outras coisas para poder enganar a todos...

Não sei como, mas consegui dormir e sonhei...

Estava em meu lago tranquilo, estava flutuando e pensando em tudo o que tinha acontecido. Era como se eu finalmente estivesse processando tudo...

Até que senti sua aproximação. “Ela” estava vindo até mim. Desde a primeira aula de treino avançado não havíamos mais entrado em contato direto. Esperei pra ver o que ela ia fazer.

- Muitas coisas aconteceram desde que conversamos daquela vez. – ela começou coma aquela voz meio rouca meio rosnado que eu me lembrava.

- Sim. Tentei deixar você livre e espero ter conseguido. – respondi a ela.

- Realmente. Minha prisão agora não existe e você nunca mais fez nada pra me reprimir, mas como dizem gato escaldado tem medo de água fria. Então esperei pra ver.

- E qual a sua opinião? – perguntei ansiosa.

- Você cresceu como mulher e como indivíduo. O que disse ao macho sayajin é verdade: você ficou mais forte. E acho que pode conviver comigo sem me privar de minha liberdade. – ela respondeu.

- Fico feliz de ouvir isso. – lhe disse.

- Desenvolveste um sentido inusitado de orgulho. Não se importa que pensem que é fraca, aliás vê isso como uma vantagem estratégica, mas quando é confrontada diretamente esse orgulho surge com uma força anormal. – ela constatou – Mas isso não é inteiramente ruim, pois foi o que te sustentou quando o macho humano traiu tua confiança. E foi o que te ajudou a subir daquele poço onde caiu com a morte do teu irmão. Embora tivesse que ter tido a ajuda daquele macho sayajin.

- Tem razão em tudo, mas porque fala como se fossemos duas pessoas separadas? Não somos a mesma pessoa? – indaguei curiosa.

- Sim e Não. Não somos exatamente a mesma pessoa, mas Sim dividimos o mesmo corpo e a mesma mente. Assim que precisamos aprender a conviver uma com a outra.

- Estranho isso... Por que acontece assim?

- Por causa de tua herança. – ela responde.

- Minha herança? Não entendo... – falo confusa.

- Quando estiver pronta te conto, mas por hora... Diz-me: como fomos parar na cama do macho sayajin?

Eu corei até a raiz dos meus cabelos com aquela pergunta, mas narrei tudo o que ocorria – era estranho que ela não soubesse de tudo, mas a tratei como se fosse uma amiga que chega e com a qual eu desabafo – e quando finalmente cheguei até uma provável luta com Seripa ela disse:

- Hmm. Realmente tens razão, uma luta com essa fêmea sayajin parece interessante, mas se ela é tão forte assim, sabes que ainda não pode derrota-la não é? Tens que voltar ao teu antigo nível de força e seguir mais a frente.

- Sim, eu sei. Ainda não cheguei ao ponto que estava antes de tudo o que me ocorreu recentemente. Mas mesmo sendo esse relacionamento de mentira, não vou permitir que me tirem algo que me pertence. – afirmei a ela.

- Então pegas o touro pelo chifre. Ao menos não estás iludida de tuas capacidades, sabes que estás fraca e que podes ficar forte. Continues assim, treine teu corpo, que aqui treinaremos tua mente e teu ki. Estás longe de chegar ao teu limite, assim como o macho com quem dormes agora. Ele também pode ficar mais forte do que já é, mas pode ser que o orgulho dele o impeça. Aproveita que estás mais próxima a ele para guia-lo. Será com certeza mais interessante para os dois.- disse com um toque de sorriso na voz.

Eu ponderei tudo o que ela havia me dito e concordei com a lógica de seus argumentos.

- Estou pronta. Podemos começar agora mesmo.

- Que seja então. Comecemos. – e enquanto meu corpo e parte da minha mente descansavam, outra parte mais profunda da minha mente treinava pra ficar mais forte.

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Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijos.


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