História End of the day - 1 - I wanna marry you.

Pov Lauren

 

-Parabéns galera! Peguem o que tiverem deixado por aí e vamos de volta ao hotel.

 

Bianca gritava enquanto segurava a caixa onde guardávamos nossos fones especiais. 

 

-Amanhã sairemos com os ônibus ao meio dia. 

-Ok, valeu!

 

Diego disse, liderando o caminho. Esse era o momento em que todos íamos para o camarim central. 

 

Dei alguns passos e notei algo muito estranho. Olhei para trás e haviam dois homens maiores, um pouco mais afastados.

 

Me virei, decidindo que era apenas impressão. Subi minha saia com as mãos, deixando meus pés livres para caminhar mais rápido. 

 

Tudo super estranho. Haviam dois caras me seguindo e eu não sabia como me sentir sobre aquilo. Apressei o passo e me juntei à Gabriella.

 

-Tem dois caras me seguindo. Eu estou tentando não entrar em pânico. 

 

Cochichei. 

 

-Como assim? 

-Shhh!!!! 

-O que foi?? -cochichou-

 

Fiz sinal com a cabeça, a fazendo olhar. Gabriella segurou o riso, erguendo as sobrancelhas.

 

-Harry te quer só para ele mesmo, huh? 

-Pare!

 

Olhei para os caras de novo mas tive a atenção toda roubada ao vê-lo conversando e sorrindo para eles, suado e vermelhinho. 

 

Fiquei sobre meus pés novamente e caminhei até Harry, o puxando um pouquinho para o lado. 

 

-O show foi tão bonito, me faz sentir tantas coisas lá em cima...

 

Levei uma das mãos até o seu rosto, acariciando suavemente. Harry colocou sua mão sobre a minha, suas covinhas eram a minha segunda casa. 

 

-A cada noite você faz melhor e estou feliz por tudo o que está conquistando. Porém, quem são aquelas pessoas?

 

Harry riu.

 

-Aqueles? -apontou- 

-Uhum. 

-Bom, eu gostaria de te dizer isso com mais calma. Mas, contanto que você é uma mocinha apressada, terei que dizer agora.

-Por favor!

-Eles estão aqui para te proteger. Eu sei que pode parecer esquisito, mas não é. Quando você sair, eles vão estar por perto. Jamais invadindo o seu espaço.

 

Harry explicava naturalmente e aquilo me assustava um pouco. Você sabe, aquilo fazia parte do mundo dele, mas nunca fez do meu. 

 

-Mas...

-O David está por perto, eu só quero me certificar de que ninguém vai chegar perto de você. 

 

Eu sabia que Harry falava com o coração, mas era difícil para mim acompanhar.

 

-Mas e quando eu... Eu não sei...  E quando eu quiser fazer algo sozinha?

-Não Lauren, não será assim. Eles não vão te sufocar, ok? 

 

Fiz que sim com a cabeça. 

 

-Você está linda hoje, que bom que estamos no mesmo quarto e poderemos conversar bastante.

 

Harry disse e um sorriso largo cresceu em seu rosto em seguida. Brilhante. Ardente.

 

-Você me deixa envergonhada...

 

Falei, passando as mãos no cabelo, em puro charme.

 

-Venha comigo, preciso checar uma coisa.

 

Atravessávamos outro corredor e ele me contava sobre o show animadamente.

 

Era como se nada pudesse me atingir com ele por perto. A não ser sua luz e sua alegria. 

 

Ele abriu uma das portas e olhou tudo lá dentro. Permaneci do lado de fora, o esperando. 

 

-Mãe! 

 

Harry gritou, a abraçando. Ela sorriu enquanto ele a apertava de vários jeitos diferentes. 

 

-Eu já estou sentindo sua falta de novo...

 

Pude ouvi-la dizer baixinho, meu coração se cortou. 

 

-Nós vamos nos encontrar de novo, não vai demorar! Eu te amo. 

-Gemma estava pegando as coisas. Está tudo bem?

 

Anne disse, soltando o filho mais novo. 

 

-Mais cedo você estava nervoso e...

-Tudo resolvido e estou mais tranquilo, não se preocupe, dona Anne!

 

...

 

-Desculpe a demora. 

 

Harry abriu a porta e eu me virei para olhá-lo melhor, tão bonito. 

 

Harry imediatamente desabotoou alguns botões de sua camisa branca. 

 

-Sabe o que minha mãe me disse? 

 

Sentou-se na ponta da cama, tirando seus sapatos.

 

-Que você é muito gentil e atenciosa. -me olhou- Ela gostou de você. 

 

Sorri. Me sentei na cama e fui até ele, o abraçando por trás. Apoiei minha cabeça em suas costas e permaneci por longos e maravilhosos segundos.

 

-Eu gostei dela também, é um alívio saber disso. 

 

Ele riu.

 

-Vamos tomar banho? -sugeri-

-Eu e você? 

 

Perguntou surpreso.

 

-Eu e você.

 

Respondi, tocando seu cabelo. Harry se mexeu e, quase sem esforço, me deitou em seu colo. 

 

Suas mãos acariciaram meu rosto e pescoço, abrindo caminho para sua boca se encostar na minha. 

 

Ele celou nossos lábios com calma e precisão, o suficiente para que eu me arrepiasse. 

 

Sua respiração quente, porém calma, se chocou com a minha também. Abri levemente os lábios e deixei que ele passasse. 

 

Suas mãos seguravam meu rosto, sua língua caminhava em minha boca. Era viciante, sensual. O jeito que ele me tocava, o jeito que ele me enlouquecia, eu nunca havia me sentido tão viva.

 

Passei os braços em volta de seu pescoço, dando continuidade ao beijo. Harry sugou meu lábio contra o dele e ali era o momento que ou eu parava ou eu me entregaria. Nos separamos por falta de ar. 

 

-Eu e você.

 

Cochichei, ainda de olhos fechados. Me movimentei um pouco e fiquei de pé, o puxando pelas mãos até o banheiro.

 

Harry fechou a porta e posicionou duas toalhas limpas na grande pia. Me encostei na mesma e o observei vir até mim. 

 

Levei meus dedos a sua camisa e terminei de tirá-la, com cuidado. Meus olhos seguiram o movimento dela caindo, sua pele era tão macia quanto seu cabelo. 

 

Ele tirou minha saia primeiro, o jeito que ele me olhava me fazia sentir a mulher mais bonita do mundo inteiro. 

 

Após tirar tudo e morrer de vergonha, Harry liderava o caminho. Ele ligou o chuveiro e se posicionou em baixo da água que caía do alto. O segui.

 

Fechei o box e me arrepiei toda ao sentir seu corpo nu e molhado contra o meu. 

 

-Vem logo!

 

Harry se afastou um pouco e eu me virei para ele, sentindo a água quente percorrer o meu corpo também. Levei as mãos ao meu rosto e molhei o cabelo. 

 

Ele sorria, o cabelo caído em sua testa o deixava absurdamente adorável. 

 

Harry passou as mãos em minhas costas enquanto me fitava intensamente. Estiquei o braço para pegar o vidro de shampoo.

 

-Deixe comigo.

 

Ele sussurrou, me virando. Era uma sensação estranha, mas divertida. O vi abrir o frasco e esfregar as mãos uma contra a outra. Ele então começou a esfregar o shampoo por todo o meu cabelo ao mesmo tempo que perguntava "Está certo?" "Estou fazendo certo?"

 

Foi certinho, apesar das vezes em que deixou o shampoo entrar nos meus olhos. Lavei o cabelo dele também e aquela era a coisa mais pura que poderíamos ter feito. A confiança era indispensável. 

 

Mas, obviamente, você não conseguiria se segurar por muito tempo enquanto o tinha na sua frente. 

 

Em algum momento enxaguando o cabelo dele, Harry conduziu minhas mãos até o pênis dele. 

 

Ele suspirava baixinho a medida que eu o estimulava. Harry desligou o chuveiro e me virou de costas, rosto contra a parede.

 

-Eu tomo remédio depois, não se preocupe. 

 

Ele se tocou por alguns segundos e posicionou-se dentro de mim, bem lentamente, querendo com que eu me acostumasse com sua espessura primeiro.

 

Fechei os olhos, atingíamos o céu toda vez.

 

Os sons aumentavam a medida que ele aumentava a força também. Quanto mais ele gemia, mais minhas pernas fraquejavam.

 

Em cada segundo ele ia mais rápido, me mexendo da forma como queria, me sentindo da forma que queria.

 

-Shh!!!

 

Ele pressionou a mão contra a minha boca.

 

-Nossos amigos estão logo ali.

 

Harry riu, fazia de propósito.

 

Ele foi tão rápido que eu só pude sentir a sensação do céu levar a minha alma embora. Harry aproveitou para ir mais forte, me deixando ser preenchida por algo quente.

 

-Eu te amo. Eu te amo muito. 

 

Me virei.

 

-Você é a garota mais bonita, gentil e carinhosa que eu já conheci e eu não quero não estar com você.

 

Meu coração batia forte, minha vagina latejava.

 

-Me desculpe se às vezes quero te proteger demais, eu não consigo não fazer isso. Você se tornou o meu tesouro. E eu não quero perder. 

-H...

-Você se tornou a pessoa em quem confio. Eu não falei, mas a tatuagem significou muito para mim.

 

Tocou minha mão.

 

-Ela é como você. Veio de surpresa e teve um monte de significado. 

 

Eu ri. 

 

-Eu quero me casar com você. Um dia. Quero escrever músicas sobre você, canta-las até você dormir... Quero te levar para conhecer o mundo todo!

-Eu... -sorri, querendo chorar- Você é lindo, eu aceito me casar com você.

 

Harry gargalhou, era apenas uma brincadeira. Mas eu me casaria bem ali, daquele jeito, em um piscar de olhos. 

 

...

 

Pov Harry

 

Senti a luz do sol bater em meu rosto, me fazendo mexer um pouco. 

 

-Bom dia...

 

Ouço ela me chamar baixinho. Ainda sem abrir os olhos, tentei toca-la. 

 

Mas não consegui. Lauren distribuía beijos por todo o meu rosto, era impossível não acordar sorrindo. 

 

-Vamos levantar?

-Não, deite aqui comigo, por favor.

 

Choraminguei, Lauren me dava mais beijinhos. 

 

-Precisamos ir, já já a sua família vai embora e você deveria aproveitar mais um pouco com elas.

 

Abri meus olhos e tive a visão mais doce de todo o planeta. Ela usava a minha camiseta, como um vestido, seu cabelo longo estava meio bagunçado, a deixando sexy e fofa ao mesmo tempo.

 

-Já falei o quanto você fica bonita assim? Natural? 

 

Ela nunca deixaria de se envergonhar ao ouvir elogios.

 

-Já te falei o quanto eu gosto de te ver dormindo?

-Oh, isso é estranho.

 

Sorri, fazendo sinal negativo com a cabeça. Com muita dificuldade, levantamos e nos trocamos.

 

Eu odiava ter que ver a combinação mãe e malas. Nós caminhamos aqueles corredores imensos e ela chorava, era muito difícil para todos nós. 

 

-Continue fazendo o que faz e lembre-se que tenho muito orgulho de quem você é. Muito.

 

Ela sorriu, sua voz quase não saía pelo choro. Abracei ela tão apertado que pude sentir seu coração agitado pulando. 

 

Abracei Gemma também, a distância nunca atrapalhou nosso carinho um pelo outro, nunca atrapalharia. 

 

-Traga Lauren também, vamos esperar! 

-Obrigada por tudo, tenham uma boa viagem!

 

Elas se abraçaram. Dei um último abraço em ambas e as vi voltar. Um pedaço meu sempre ia junto. 

 

Lauren me abraçou pela cintura e eu as olhei até sumir. Eu sentia falta de casa também.