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História End of the day - 2 - His choice was her


Escrita por: signof_thetimes

Notas do Autor


Boa leitura ♡

Capítulo 31 - His choice was her


Fanfic / Fanfiction End of the day - 2 - His choice was her

-Nossa segunda proposta é que a garota em questão, Lauren, assine um contrato e se torne artista solo. Nós estamos de olho nela há um tempo e ela rende bons comentários onde quer que é assunto. Isto é do nosso interesse. Sendo duas pessoas famosas, também.

-Artista solo? 

 

Arqueei as sobrancelhas, era como se minha pressão estivesse caindo toda de novo. Eu sabia que ela tinha dúvidas, e isso era o suficiente para saber que aquela não era uma boa ideia. 

 

-Modelo? 

 

Tentei, eles se entreolharam. 

 

-Bom... sim, também, mas o foco não é carreira de modelo. Nós queremos algo grande, como o Harry. 

 

Cruzei os braços e balancei a cabeça negativamente, aquelas pessoas eram belas sanguessugas de energia. 

 

-Ela têm dúvidas, empurra-lá assim não seria bom para ninguém. 

 

Silêncio. 

 

-Apenas pensem. A garota nunca teve contato com essa realidade e, quando teve, foi de uma vez só. Ela recebe muitas críticas por ser namorada de alguém famoso, o que a encorajaria a entrar na luta por um lugar? 

-Exatamente tudo isso. Eles já a conhecem e sempre tem alguém para defender. 

-Isso é perda de tempo.

-Vamos fechar ou não, Mary? 

 

Pessoas más muitas vezes tentam fazer com que você se sinta culpado, a fim de manipulá-lo a fazer algo que eles queiram. Pessoas más precisam fingir que você é uma pessoa ruim, para que então elas não se sintam culpadas pelas coisas que fazem. Mas eu não aceitaria. 

 

-Vocês se resolvam, eu realmente não vou ser responsável por isso.

 

Caminhei até a porta, sendo surpreendida por um leve toque no braço esquerdo, me obrigando a parar. 

 

-Mary, você é responsável por ele, seria melhor se vocês conversasse. 

-Eu não vou, eu realmente não vou. Boa sorte. 

 

Acenei com a cabeça e deixei a sala, o prédio, e quem dera todo o resto.

 

... 

 

Pov Lauren 

 

Estávamos em uma daquelas tardes amáveis que aparecem nos filmes, onde tudo ao redor parecia brilhar. O vento era fresco, a grama era verde, o sol aquecia e Harry era arte. 

 

Estávamos ali, sentados na grama, enquanto Dudu ia de um lado para o outro com o seu carrinho de controle, controlado por Harry. 

 

Seu cabelo parecia maior a cada dia que se passava e, naquela tarde, havia uma diferença. Harry não havia o escondido com uma bandana vermelha ou uma presilha qualquer, estavam soltos. 

 

Seus leves fios vez ou outra caíam pelo rosto, com a ajuda do vento. O que o fazia jogar para o lado como reflexo. E então acontecia de novo, e de novo, e você jamais entenderia o quão charmoso aquilo era. 

 

Sua camisa era leve e vermelha, vermelho vinho, com estampas que podiam facilmente ser confundidas com o que havia atrás de nós: flores dando vida à um jardim.

 

Elas pareciam ter sido desenhadas à mão, desenhadas somente para ele. E eu não duvidaria. Era como se todas as flores do mundo o amassem e desabrochassem no peito dele.

 

Seus dedos eram enfeitados pelos seus anéis variados, exceto por um. O terceiro dedo da mão esquerda do Harry nunca tinha um anel. Talvez estivesse esperando por um dia. 

 

-Vira devagar, cuidado! 

 

Ele gritou para o meu irmão, que não devia ter escutado uma palavra sequer.

 

-Menos de dez minutos e eu já recebi duas ligações da mesma pessoa. 

-O cara que foi atrás de você no Havaí, não é? 

 

Fiz que sim com a cabeça, soltando o ar. Coloquei meu celular no chão, logo ao lado das minhas pernas e apoiei meus cotovelos no joelho, firmando a cabeça.

 

-Não quer atender baby? 

 

Deixe-me dizer: seu coração explodiria em amor todas as vezes que Harry te chamasse de “baby”. Ele perguntou, desviando o olhar para mim por um segundo, mas logo o voltou para o Dudu e seu carrinho. 

 

-Eu não sei, essas pessoas são estranhas. 

-Você tem medo? 

-Am... -gaguejei- Eu acho que sim. Eu acho que sim porque... Porque eu posso acabar deixando de ser quem eu sou, ou de fazer o que eu gostaria de fazer. Eu sei que essas coisas podem acontecer. 

 

Silêncio. 

 

-Tenho medo de alguma escolha minha nos afetar, de alguma forma. 

-Não deixaríamos acontecer, fica tranquila quanto a isso por favor. -sorri de canto

-Dudu, já está bom não está? A mamãe está te chamando há um tempão! 

-Mas Lolo!! 

 

Ele resmungou e Harry foi parando devagarzinho com o controle, estacionando o carro. 

 

-Droga! 

-Ei!! 

 

Harry riu a medida que ele foi entrando. Permanecemos no chão. Cheguei mais perto e encostei minha cabeça no ombro dele, soltando o ar em seguida. 

 

Eu acho que nós dois sabíamos o que poderia acontecer. 

 

-Eu estou orgulhoso por você não estar olhando as redes sociais esses dias. Você definitivamente parece melhor sem ler todas aquelas coisas. 

 

Sorri. 

 

-Estou feliz também, estamos aproveitando muito mais assim. 

 

Meus olhos estavam fixos em um passarinho que havia parado para tomar ar nos galhos de uma árvore do outro lado do quintal. Mesmo tendo a visão levemente inclinada, eu podia ver claramente o seu biquinho cantarolando para alguém. 

 

-Harry, como seria se eu me tornasse famosa? Quer dizer, como seria se eu conseguisse? 

 

Esperei por uma resposta, ainda com os olhos fixos no passarinho.

 

-Hum... Eu teria ciúmes. -riu- Mas pelo menos poderia escutar sua voz sempre que estivesse longe. É um bom ponto. 

-Mas e a banda então? -ele pensou-

-Ninguém te substituiria, mas... se fosse o caso, nós poderíamos escolher juntos. Alguém que você confie para tal tarefa. 

-Baby, eu devo aceitar? Caso aconteça, eu deveria aceitar? 

 

Eu guardava as palavras dele como tatuagens eram guardadas em uma pele. Minha cabeça estava um tanto quanto confusa agora. 

 

Harry inclinou os ombros, na tentativa de que eu levantasse para me olhar, mas eu não o fiz. Ele ficou quieto por um minuto, pensando. Delicadamente envolveu meus dedos com os dele, acariciando-os. 

 

-Eu acho que você não quer abrir mão da simplicidade que sempre teve. Certo? 

-Uhum. 

-Então... eu não sei, quer dizer, eu acho que se for dada a oportunidade, você tem que pensar e moldar da forma como quiser. Entende o que eu digo? 

-Produtos de mercado? Músicas apenas para vender? 

-Exatamente. Se não quiser se tornar um produto, terá que ser forte por quem você é e não ser atraída para jogos que outras pessoas jogam.

 

Me recompus devagarzinho e encarei Harry. Seus lábios rosados rapidinho se formaram em um sorriso doce, leve. Como podia? 

 

Colei nossos narizes em agradecimento e fechei os olhos, sentindo minhas bochechas corarem. Ele deixou dois selinhos em meus lábios e o meu doce friozinho na barriga foi cortado por mais uma ligação. 

 

-Atende desta vez, vamos ver o que querem. 

 

Assenti. 

 

-Lauren? 

-Sim, quem fala? 

-Falo em nome da Columbia Records e queríamos nos encontrar agora mesmo com você e Harry, seria possível? 

 

Nós já sabíamos. 

 

[...]

 

-Nós tivemos uma reunião com Mary mais cedo mas, como podem imaginar, não chegamos a um acordo. 

 

O moço de terno gesticulava com as mãos muito mais do que falava. Ele ia de um lado para o outro na sala e, por Deus, minha cabeça já estava cansada de tentar acompanhá-lo. 

 

Algumas outras pessoas também estavam na mesa redonda, preenchida alguns lanches bem convidativos. O que, geralmente, era feito para que as pessoas se sentissem a vontade. 

 

Mas eu não sentia nada além de nervosismo. 

 

-Ela conversou com vocês? 

-Não. 

 

Harry respondeu, eles se entreolharam. O moço, Júlio, engoliu a seco e raspou a garganta. Definitivamente não havia ninguém a vontade naquela sala. 

 

-Primeiro, Lauren, nós queremos que saiba que não é nada particular com você. Muito pelo contrário, são apenas negócios. 

 

Assenti, escutando. Harry me olhou rápido e voltou a atenção para o homem.

 

-Harry, você sabe que não é bom para nós ter a imagem de um dos nossos cantores com namoradas ou namorados. 

 

Arqueei a sobrancelha. 

 

-Ok, vocês tentaram esconder, nós sabemos e entendemos. Mas os comentários estão lá fora. Por toda a parte. 

 

Ele insistia em mexer as mãos e apertar uma caneta, fazendo um “click” ecoar profundamente na minha mente. 

 

-Nós conversamos com ela para que vocês pudessem dar um jeito, mas não houve acordo. Então, nós temos um acordo final que vai diretamente para vocês. 

 

Respirei fundo. 

 

-Lauren, estamos vendo você. Já sabemos do seu potencial. 

-Eu não acredito.

 

Sussurrei. 

 

-Disse alguma coisa? 

 

Harry sussurrou de volta, neguei com a cabeça. 

 

-Nós continuamos e vocês podem seguir juntos, desde que aceite e assine nosso contrato e se torne artista solo. 

-Baby...

 

Harry sussurrou novamente, sem me olhar. Eu não me mexi. 

 

-Estão me dizendo que a carreira dele não continua se eu não sair ou aceitar o que estão me propondo?

 

Ele fez que sim com a cabeça e o peso do mundo estava novamente nas minhas costas. Olhei para baixo, para os meus pés, precisava pensar. 

 

Era como se um zumbido tivesse se instalado nos meus ouvidos e eu não pudesse escutar nada do que eles falavam. Apenas ruídos. 

 

Ser cantora. Lançar álbuns. Ter fãs. Compor músicas. Ser usada. Não ser valorizada. Ser motivo de piada. Ser bem sucedida. Realizar um sonho. Destruir outro. Prejudicar alguém que lutou por isso. Perder alguém que amo.

 

-E então, Lauren? 

 

Voltei meus olhos até ele, afastando os pensamentos. 

 

-Eu... é... -raspei a garganta- Eu...

 

Eu aceitaria por pressão? Para não prejudicar Harry? Eu aceitaria por pressão. 

 

-Eu...

-Ok, é isto. 

 

Harry se levantou rapidamente e segurou minha mão esquerda, me fazendo levantar também. Arregalei os olhos. 

 

-Muito obrigado pela oportunidade e por terem me ajudado com um primeiro álbum incrível. Levarei sempre comigo, mas não vou passar por isso de novo. Ligarei agora mesmo para o meu advogado e vocês podem entrar em contato com a Mary, minha representante, para resolverem as papeladas.

-Ei, o que está fazendo? 

-Como assim? O que está fazendo? 

 

Cochichei primeiro, seguida por Júlio. Harry caminhou sem soltar a minha mão e eu não conseguia tirar os olhos dele, buscando por uma explicação. Eu sentia que estava prestes a desmaiar por nervoso. 

 

-Você não pode encerrar um contrato assim. 

-E vocês não podem decidir por mim, essa época ficou lá atrás. 

 

Ele parou. 

 

-Vocês não me querem com ela? Tudo bem, então eu não quero trabalhar com vocês. 

 

Meu coração parou. 

 


Notas Finais


Eu sinto muito muito muito pela demora, tive alguns motivos e esperei que ficasse tudo bem para que eu pudesse escrever de novo.
Me digam o que acham, estou aqui!!
Até a próxima ❤️


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