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História End of the day - 2 - It's not the end of the road.


Escrita por: signof_thetimes

Notas do Autor


Boa leitura :))

Capítulo 94 - It's not the end of the road.


Fanfic / Fanfiction End of the day - 2 - It's not the end of the road.

Inclinando-se na pia do banheiro e olhando para o espelho provocador em sua frente, tudo o que Bianca podia ver era um reflexo que ela odiava. 

 

Sentindo lágrimas quentes brotando em seus olhos novamente, a garota se afastou da pia e encontrou a parede lisa do banheiro logo atrás. 

 

Lentamente, ela deslizou pela superfície com lágrimas rolando pelo rosto enquanto se sentava no chão frio e com seus joelhos puxados contra o peito. 

 

A sensação muito familiar de fracasso tomava conta do seu corpo mais uma vez. Sua mente parecia estar mergulhando em um poço de ansiedade sem fim. 

 

Sua respiração ficava cada vez mais curta, seu peito arfava para obter o máximo de oxigênio possível e fazer o menor barulho que pudesse.

 

Suas mãos começaram a tremer e parecia apenas ficar pior. A luz forte da luminária no banheiro de repente tornara-se muito forte. Seus olhos estavam inchados enquanto as lágrimas escorriam incontrolavelmente pelo seu rosto rosado.

 

E, por mais que ela odiasse se sentir assim, não era nada novo. Seus ataques de ansiedade tinham se tornado mais frequentes do que nunca, e sempre terminavam da mesma maneira: deitada no banheiro sentindo-se absolutamente vazia. 

 

-Onde está a Bianca? Eu não consigo sozinho! 

 

David, seu colega de trabalho, passou pelo corredor, procurando por ela. 

 

-Alguém a viu?

 

Ele também sentia-se como uma pilha de nervos.

 

Os pensamentos flutuavam em suas mentes e o sentimento de ansiedade inundava cada centímetro do corpo dela.

 

Tudo parecia desmoronar ao seu redor enquanto ainda estava em seu expediente de trabalho. As pequenas coisas sempre rompiam a ansiedade inegável que crescia e se acumulava em seu peito durante toda a semana. 

 

Colocando a cabeça em suas mãos enquanto a respiração ficava mais irregular e o banheiro menor do que nunca, ela pôde ouvir batidas singelas do outro lado da porta.

 

-Bianca? -a voz de David chamava por ela- Você está aí? 

 

Ele perguntou baixo, seus passos levemente audíveis no tapete macio que alinhava o corredor para a lanchonete.

 

Uma nova onda de lágrimas quentes rolou pelo seu rosto com o pensamento de outras pessoas tendo que vê-la daquela forma.

 

Ela odiava preocupar pessoas, embora realmente precisava ser confortada para então se sentir segura. 

 

-Bianca?

 

Ele chamou novamente, nervoso daquela vez. Bianca podia ouvi-lo se aproximar da porta, a maçaneta se sacudiu por um breve segundo. 

 

Tentando esconder seus soluços, ela sabia que já havia sido descoberta. A porta se abriu e, menos de um segundo depois, David aparecia na porta do banheiro feminino. 

 

Instantaneamente, Bianca memorizava tudo sobre a aparência dele. A cor de seus Vans, o jeans que usava, a camiseta colorida que eram obrigados a vestir mas, de alguma forma, se saindo melhor do que ela. 

 

A forma como seu cabelo se enrolava, o crachá com a foto sorridente que estava pendurado no seu pescoço e a preocupação que inundou seus olhos quando olhou para ela.

 

-Oh não, o que houve? 

 

Ele imediatamente caiu de joelhos contra os ladrilhos frios do banheiro, empurrando a porta com os pés e puxando o corpo dela para o dele.

 

Normalmente, ela lutaria contra aquele tipo de contato, mas não teve forças naquele momento. Sua cabeça simplesmente caiu perfeitamente na curva do pescoço de David, enquanto seus braços envolviam seu torso, segurando-a com força. 

 

Ele esfregava uma das mãos para cima e para baixo em suas costas, enquanto a outra simplesmente embalava sua cabeça levemente. 

 

Soluços corriam pelo seu corpo enquanto lágrimas molhavam a camisa de trabalho dele. Bianca podia ouvir David sussurrando palavras doces em seu ouvido. 

 

-Shhh, está tudo bem, estou aqui agora. Por favor, está tudo bem.

 

Bianca precisava ser legal com aquelas pessoas que ainda eram legais com ela. Mesmo que ela não gostasse deles. Nunca se sabe qual papel aquela pessoa poderia desempenhar em sua vida daqui um ano, por exemplo.

 

David balançava os dois corpos para frente e para trás no chão frio. Seus lábios estavam próximos de sua cabeça. O silêncio caiu sobre ele por um minuto antes de Bianca se afastar ligeiramente, encontrando seu olhar. 

 

-Se nossa chefe nos encontrar aqui...

-Não se preocupe, ela não está. 

 

Bianca desviou o olhar com o toque das mãos de David em suas bochechas, enxugando levemente o fluxo constante de lágrimas com as pontas dos polegares. 

 

-Aconteceu alguma coisa? 

 

Perguntou, cautelosamente.

 

-Eu... -deu de ombros- Eu só quero desistir. É como se as paredes estivessem desabando e eu não soubesse como impedir o mundo de desmoronar ao meu redor.

 

Soluçou, entre as lágrimas. 

 

-É tudo demais.

-Bianca...

 

Murmurou, puxando seu corpo para o dela novamente e traçando círculos suaves nas suas costas rígidas. 

 

-Pare de chorar e respire um pouco, ok?

 

Imitando suas ações, a garota respirou fundo, empurrando o ar para dentro de seus pulmões. Instantaneamente, seu corpo parecia relaxar, finalmente capaz de respirar corretamente de novo. 

 

-É uma pergunta estúpida, eu sei, mas você está bem? Há algo que eu possa fazer?

 

David perguntou baixinho, Bianca balançou a cabeça contra sua palma.

 

Algum dia, alguém seria tão gentil com seu coração que você se perguntaria por quê diabos já havia pensado em desistir.

 

-Você quer chocolate ou algo assim?

 

Perguntou, observando sua expressão facial atentamente. Bianca balançou a cabeça mais uma vez, sorrindo muito pequeno. 

 

Com o silêncio e de porta fechada, David se aninhou ao lado dela e respirou fundo, a lanchonete poderia esperar.

 

-Quando estiver pronta, estarei aqui.

 

Ela sabia que ele se referia à conversa inevitável que teriam, mas poderia ele estar se referindo à algo a mais? Algo além daquele momento? 

 

Os olhos castanhos de David continuamente se voltavam para ela, verificando se tudo estava bem. 

 

Falar sobre o que a incomodava nunca fora fácil, embora as palavras estivessem na ponta da sua língua daquela vez, esperando para serem realmente ditas. 

 

Ele parecia querer ouvir e, ao invés de não se aproximar e não se importar, ele a acolheu com braços calorosos e a garantiu que não importava o que acontecesse, estaria lá. 

 

-Ok...

 

Murmurou baixinho, sua respiração ainda instável. Instantaneamente, David sentou-se um pouco mais ereto, sua atenção apenas nela agora.

 

-Estou pronta. 

 

E então ele acenou com a cabeça, em um sinal de que também estava pronto para ouvir. Ela respirou fundo, tomando um momento para olhar para suas próprias mãos. 

 

-Eu conheci alguém com o seu nome há um tempo atrás. Éramos pessoas horríveis rodeados por pessoas boas.

 

Ambos estavam no chão, encostados contra a parede, olhando para a porta fechada à sua frente. Conversas abafadas da lanchonete podiam ser ouvidas se prestassem atenção. 

 

-Ele se matou.

 

David a olhou surpreso, definitivamente não esperava por aquilo. 

 

-E eu poderia ter evitado tudo, se eu quisesse. 

 

Inclinou a cabeça para o lado oposto, seu rosto fervia em arrependimento. 

 

-Ele me assombra todos os dias, todas as noites...

 

Bianca abraçou o próprio corpo, fechando os olhos, sentindo todas aquelas sensações repugnantes de novo.

 

-Não Bianca, não permita que as dores do seu passado ditem a maneira como você vive hoje... -respirou- Você tem que se perdoar, seguir em frente, tenho certeza que deu o seu melhor para evitar a situação. 

-Eu não dei, essa é a questão. Nós buscamos aquilo, eu sabia o quê estava acontecendo, sabia do temperamento dele e poderia ter evitado, mas não o fiz. 

 

Bianca sentia-se como um monumento incapaz de se manter sozinha.

 

-Aqui, nessa minha mente... -gesticulou- Tudo já desmoronou. Imagine uma ruína de escombros cinzentos. 

-Não é verdade... -tocou na mão dela-

-David, eu tenho sonhos e pesadelos de reconstruir todo esse corpo e mente. -o olhou- E não, nenhum deles termina bem.

 

David levou cinco minutos até que conseguisse dizer alguma palavra.

 

-Espero que você seja capaz de se sentar com seus demônios, com sua depressão e com você mesma e, finalmente, chegar a um acordo de que você só tem um corpo, uma mente e um momento. Você tem que começar a cuidar melhor de si mesma, Bianca. 

 

Ela o olhou, triste.

 

-Eu sei que a vida não é fácil, mas você não deve ter medo... -deu de ombros- Espero que você encontre dentro de si mesma uma maneira de se apaixonar por você e então manter um relacionamento saudável com sua mente. Eu tento, todos os dias.

 

Seus olhos lacrimejavam agora, mas eram sinceros.

 

-Espero, de verdade, que você se reconcilie com toda essa dor que o passado guarda e seja capaz de permanecer consistente consigo mesma. Você errou e se arrependeu, então agora siga os altos padrões de ser uma pessoa melhor. Por você. 

 

Os sentimentos naquela sala pareciam avassaladores. 

 

-Você é incrível e vai ficar cada vez mais forte. Eu sei que não importa o quão difícil as coisas fiquem, você encontrará esperança e terá a fé necessária. -sorriu com os lábios, tremendo ligeiramente- Eu gosto de você, Bianca, fique segura.

-O problema do passado é que... Me deixa muito triste. Mas está tudo bem, não está? -sorriu de volta- Eu tenho um presente diferente agora. E um futuro.

 

Bianca se aproximou, vendo os detalhes de seu rosto pela primeira vez desde que assinara o contrato. 

 

-Sim, não é o fim da estrada. -olhou para os lábios dela- Pode ser uma parada, um canteiro de obras no meio do caminho. Conseguimos fazer isso. Conseguiremos chegar lá.

 

Silêncio. Bianca sentia a respiração dele muito perto agora, os pêlos de sua nuca se arrepiando. E então, ela sentiu os lábios dele nos dela, apenas um leve toque, e, sem pensar, se inclinou para diminuir a distância.

 

A poesia nasceu em seus lábios com aquele primeiro beijo então. Algumas milhares de palavras tímidas de uma língua inteira.

 

Quando seus lábios finalmente se tocaram naquele banheiro, Bianca sentiu por toda parte. Um beijo tão sincero e tão profundo que ela poderia nunca mais querer voltar para buscar ar.

 

Um ar salgado nos lábios, como o cheiro do oceano, como experimentar algo pela primeira vez. Cheiro fresco depois de um banho, cores suaves de um céu de fim de tarde, toques suaves.

 

Seus lábios unidos pareciam como uma jaqueta jeans gasta que se encaixava perfeitamente, e você não gostaria de jogá-lo fora. Era como a sensação selvagem de liberdade perante algo espontâneo. 

 

Como a emoção de fugir de casa à noite, ou a luz do sol através das cortinas.

 

As palmas das mãos dele não eram tão úmidas quanto as dela, mas certamente eram quentes como as dela, um calor tostado que acompanhava o que já estava queimando em seu rosto.

 

Seus corações batiam descontroladamente a medida que as línguas se tocavam, o sangue subia à cabeça de modo que Bianca se sentia tonta enquanto a adrenalina corria em suas veias de novo. 

 

Suas mãos se moveram enquanto David se perdia ainda mais no beijo, afundando-se nela, bocas dançando em segredo.

 

Sem pensar, sem nem perceber que estava fazendo aquilo, Bianca arqueou as costas, permitindo que seu corpo, ligeiramente, encostasse contra o dele. Mas, mesmo aquele pequeno ato, aquela pequena provocação, fora o suficiente para fazer David explodir. 

 

Ele retribuiu, deixando-se escorregar, deixando sua mente ser dominada por seus desejos mais profundos, até que o tecido de sua calça começou a ficar incomumente apertado. 

 

Ele se afastou então, olhando-a nos olhos, sorrindo e estendendo as mãos para que ela se levantasse, antes que notasse o quanto havia gostado de beija-la. 

 

-Estamos aqui há dez minutos, precisamos sair... 

 

Cochichou, rindo. Ambos os lábios estavam vermelhos. 

 

Ele colocou as mãos em concha sobre a água fria e trouxe-a até seu rosto enquanto pensava em qualquer outra coisa sobre a lanchonete para se distrair.

 

A superfície fria do violão de Harry repousava contra as pernas cruzadas de Lauren, na cama macia do quarto que dividiam. 

 

Ela usava uma camiseta branca, enorme, como camisola e meias no mesmo tom que iam até metade de suas canelas. 

 

Seus fios estavam úmidos, mas soltos o suficiente para cair sobre seu rosto e atrapalhar todo o processo. 

 

Múltiplas páginas marcadas em lápis estavam espalhadas pelo edredom branco em sua frente, enquanto delicadamente colocava os dedos na posição correta no braço do violão. 

 

Puxando a pequena palheta verde que Harry sempre mantinha entre os lábios, a garota o dedilhou cuidadosamente e um acorde afinado preencheu o quarto. 

 

Um sorriso se formou lentamente no seu rosto quando acertou o primeiro acorde da música no violão.

 

Lauren murmurou as letras baixinho então, concentrada, soando tão brilhantemente quanto um sonho em sua beleza natural.

 

As palavras memorizadas caíam perfeitamente de seus lábios, enquanto focava toda a sua atenção em tocar os acordes corretos.

 

-Ugh! 

 

Lauren gemeu, jogando sua cabeça para trás em frustração.

 

Ela sempre se esquecia de uma nota específico. 

 

-Tudo bem, é de “” à “mi” menor. 

 

Murmurou para si mesma, reajustando o violão pintado à mão em seu colo, começando a tocar a música novamente mas, determinada a acertar todos os detalhes daquele vez. 

 

Soltando um suspiro lento, Lauren começou a dedilhar novamente e sua voz seguiu atrás dos acordes. Ela havia atingido o primeiro verso com perfeição, mas assim que moveu sua mão para tocar o próximo acorde, um de seus dedos escorregou e bagunçou a coisa toda.

 

-Não!!!! Se eu consigo fazer isso no piano, eu consigo aqui. 

 

Resmungou, afastando seu cabelo e situando seus dedos novamente, sem notar Harry entrando no quarto. Suas mãos estavam enterradas nos bolsos da calça de moletom e um sorriso tímido brincava em seus lábios. 

 

Tinha cachos desgrenhados, mais fofos do que o normal, e vestia moletom escuro dos pés à cabeça.

 

-O que está fazendo, baby? 

 

Harry perguntou curiosamente, observando a cena diante de seus olhos antes de se aproximar e deixar um beijo suave no topo de sua cabeça recém lavada. 

 

Equilibrando o violão em seu colo, Lauren afastou toda a bagunça de papéis da cama.

 

-Tentando tocar Fine Line no violão, mas não obtive sucesso até agora. 

 

Explicou, um pouco frustrada. Harry então se sentou na cama, movendo algumas folhas para o lado. 

 

-Eu ouvi e você parecia absolutamente linda. 

 

Ela o olhou, sorrindo com os lábios fechados. 

 

-Adoro quando está com meus instrumentos.

-Sim, eles são maravilhosos...

 

Brincou, desviando o olhar. 

 

-Eu simplesmente não consigo alternar entre dois acordes rápido o suficiente, e isso me faz errar todas as vezes.

 

Lauren apontou para a parte preocupante da partitura, mostrando ao Harry.

 

-Certo, venha aqui. 

 

Disse, se deslizando pela cama enorme, ficando atrás de Lauren. Ela se moveu instantaneamente, entre as pernas dele. 

 

Recostando-se contra o peito de Harry por um momento, Lauren fechou os olhos e sentiu seu batimento cardíaco constante antes de reajustar o violão em seus braços. 

 

Baunilha e flores, era assim que ele cheirava.

 

Lauren sempre teve uma queda por aromas doces, mas aquele era o seu favorito. 

 

Gentilmente, abraçando-a por trás, Harry colocou suas mãos maiores sobre as dela, que descansavam no belo violão. 

 

-Tudo bem, baby, estamos começando com um “D”. 

 

Explicou, movendo os dedos para a posição correta. Lauren podia sentir sua respiração quente soprar contra seu pescoço enquanto se concentrava nos acordes. 

 

Sua voz matinal acariciaria seus ouvidos e se enrolaria em seu coração.

 

-E então temos que passar para o “mi” menor, que é aqui.

 

Harry, cuidadosamente, colocou os dedos dela na nova posição. 

 

-Tente assim, com a palheta.

 

Lauren balançou a cabeça, sem mexer os dedos até que estivesse pronta para tentar de novo.

 

-Deu certo, não deu? 

 

Ela perguntou entusiasmada, virando a cabeça para olhar para ele. Um sorriso largo e lindo estava lentamente florescendo em seus lábios. 

 

-Sim, exatamente assim! 

 

Harry exclamou envolvendo os braços em volta dela. 

 

-Pode tocar do começo?

-Eu posso tentar...

 

Lauren riu com o quão animado ele parecia estar para ouvi-la, raspando a garganta em um tom brincalhão. 

 

-Minha próxima música se chama Fine Line, do Harry Styles. -ele riu- Esta significa muito para mim porque meu futuro marido, Harry Styles, está sempre a cantando nos momentos em que eu realmente preciso ouvir. Obrigada baby.

 

Inclinou a cabeça para cima, ganhando um selinho. Ela apresentara a música como se estivesse tocando em um show, com uma última risada antes de colocar os dedos de volta na posição e cantar com o coração. 

 

Ela estava de frente para ele agora, e Harry mantinha o olhar suave e braços cruzados vagamente sobre o peito, observando cada movimento dela enquanto um sorriso caloroso também se estabelecia em seus lábios. 

 

-O quê?

 

Perguntou, de repente ciente do olhar de Harry.

 

-Eu realmente amo você, só isso. -balançou a cabeça- Não pare, eu amo te ensinar tocar violão. Adoro ouvir você cantando quando não estou por perto e achar que não posso ouvi-la...

 

Lauren soltou uma risadinha, corada. 

 

-Eu te amo mais...

-E o pequeno discurso que você fez antes da música? Me lembrou de quanto tempo você tem meu coração e... Estou feliz.

 

Harry falou docemente, inclinando-se ligeiramente e a beijando nos lábios. 

 

-Você não têm ideia do quanto me faz feliz. 

-Que bom... -selinho- Mas agora termine a segunda parte da música! 

 

Lauren se afastou, rindo.

 

-Você vai cantar comigo?

 

Perguntou timidamente, de repente nervosa sem qualquer motivo.

 

-Você quer que eu cante?

 

Os olhos de Harry brilhavam em vida, ela confirmou com a cabeça. Harry nunca admitiu aquilo para ninguém, mas adorava cantar com ela. Todas as vezes. 

 

Notas suaves, porém lindas, preencheram o quarto ao redor por alguns segundos antes que palavras também o fizessem. 

 

Os olhos de Harry estavam fechados agora, como normalmente fazia quando cantava apaixonadamente, letras saindo sem esforços de seus lábios.

 

Lauren cantava e tocava baixinho, apenas para ouvir a voz de tirar o fôlego de seu amor e, de repente, ela notou a mão tatuada dele descansando sobre seu joelho. Olhando para sua feição séria novamente, ela guardava todos os detalhes na memória. 

 

A forma como os fios castanhos de Harry caíam perfeitamente em seus olhos e a forma como seus lábios se moviam em sincronia com os dela enquanto as notas pulverizavam a energia da casa. 

 

A maneira como seus olhos brilhavam de amor enquanto a observava tocar violão e a maneira como um sorriso tímido crescia em suas bochechas rosadas logo em seguida.

 

Todos os momentos com ele pareciam perfeitos e Lauren gostaria de se lembrar daquela sensação para sempre. 

 

Perdendo-se em seus pensamentos ao olhar para Harry por muito tempo, a garota deixou de mover os dedos para o acorde do segundo verso. 

 

A música parou de fluir do belo instrumento que ainda estava em suas mãos e os olhos de Harry fixaram-se nos dela então.

 

-Posso beijar você? 

 

Fora ela quem perguntara daquela vez. Harry acenou e, em uma fração de segundos, as mãos de Lauren já seguravam seu rosto e seus lábios já encontravam os dela. 

 

Harry puxou o lábio inferior dela para sua boca, passando a língua ao longo dele, traçando a curva, os cantos sensíveis.

 

Ela suspirou novamente, pressionando as costas fundo nas almofadas. Harry sentiu os seios dela roçarem em seu peito, enviando uma injeção de calor diretamente para sua virilha. 

 

Ele cravou os dedos no colchão, desejando manter o controle para dar à ela apenas e exatamente o que havia pedido.

 

Um beijo.

 

Seus lábios se separaram por três segundos, até ele se aproximar novamente à todo calor e gosto dela, hortelã e morango. 

 

Ela envolveu as mãos em torno de seus bíceps, arqueando-se contra ele enquanto se beijavam sem parar. O corpo de Harry era macio e quente, Lauren respirava como se tivesse corrido uma maratona.

 

Lábios úmidos e rosados, bochechas em chamas.

 

-Talvez da próxima vez eu não me distraia tanto com meu lindo noivo e você conseguirá me ouvir tocar a música até o fim. 

 

Harry riu, se deitando. 

 

-Se isso significa que vou te ajudar outra vez, vou distraí-la sempre.

 

Ela acariciou o rosto dele, cuidando daquele amor, respeitando seus limites e recarregando sua bateria. Confiando no que sua alma lhe dizia.


Notas Finais


Às vezes, a gente só precisa de alguém que escute o que temos para dizer. Bianca nunca teve isso. Não por maldade das outras pessoas, mas dela mesmo.

Lembrando: criei uma lista de melhores amigos no Instagram e estamos tendo enquetes, votações e caixinhas de perguntas. Se quiser participar, me deixe saber.

Obrigada 🤍🤍🤍


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