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História Enigmático - Plano agindo?


Escrita por: kmandi

Notas do Autor


Olá

Novo capitulo

Boa leitura!~

Capítulo 5 - Plano agindo?


Fanfic / Fanfiction Enigmático - Plano agindo?

 

 

 

 

 

 

                Dirigindo por ai, como costumo fazer, sem rumo. Bem, a minha vida inteira é sem rumo, então não há problemas ou desconforto nisso. Começa a chover. Ótimo, melhor ainda. Eu gosto mesmo de chuva, torna tudo mais obscuro.

                 Penso sobre o que eu fiz, e não sinto absolutamente nada. Nem um pingo de culpa. Nem tristeza, nem felicidade. Como sempre, neutro. Só um pequeno incomodo por não fazer o que eu queria: finalizar meu trabalho. Agora só me pergunto no que isso vai dar, não que eu me importe, só me atiça um pouco a curiosidade.

                Somi, como sempre, a boa samaritana que se importa excessivamente com todos, sempre deixando-se levar pela grande empatia a todos. Eu não sei como ela consegue, eu me sentiria um idiota frustado se fizesse o que ela faz, se sentisse tudo que ela sente. E então, ela decide ameaçar um suícidio para que eu pare o que estou fazendo. Que golpe baixo, Somi.      

                Eu odeio te amar.

                Agora, minutos depois, estou chegando ao centro da cidade, já que não fica longe de casa. Pouca movimentação, já que já passa das 20h da noite de uma segunda-feira. Mas como a cidade é grande, ainda tem um ou outro perdido pelas ruas escuras e molhadas pela chuva que só aumenta.

                Eu não faço ideia de onde ir. Não quero voltar pra casa, não tenho amigos. Talvez a única opção seja dormir em um hotel, embora eu não esteja com saco pra isso, serei obrigado.

                Dirijo, procurando algum lugar que eu possa me hospedar por essa noite. Quando percebo, já estou meio longe. No distrito Myeongdong, perto as encostas norte da Montanha de Namsan.

                Hotel.

                 É, aqui vai ser minha casa por hoje.

 

 

 

 

 

23h30.

                Rolando de um lado outro. No quarto escuro, onde há apenas a cama de casal em que estou deitado, uma televisão na parede, um criado mudo branco do meu lado, frigobar. Decoração simples. Nada mais que isso, ou seja, o quarto é quase vazio. Eu não tenho nada para fazer, e ninguém para conversar. É, eu só tenho Somi, e ela não está aqui.

                Decido mandar algumas mensagens para ela. Mm, talvez eu devo fingir me importar com JinWon? Isso a agradaria, de alguma forma?

 

23:33 Me: Somi, onde está?

No hospital com JinWon?

Ele está bem?

 

 

Assim que envio, percebo o quanto isso soou comicamente irônico. ''Hey, a pessoa que eu espanquei. Sim, ele mesmo! Ele está bem???''. Rio ao perceber isso. Eu até queria me importar, mas realmente, realmente, não consigo. Eu só acho engraçado.

 

23:37 Somi: Me deixa em paz, Jimin

Ou melhor, nos deixe em paz. Entendeu?

Eu te odeio

 

23:37 Me: E eu finjo que acredito

23:38 Você não odeia

Não é capaz de odiar alguém. Muito menos eu, não se pode odiar a quem ama. Não ao mesmo tempo.

23:39 Mas como já disse, vê-lá dando uma de valentona, é encantador :)

 

23:40 Somi: Você quebrou a duas pernas dele

Porra, Jimin. Ele tem 5 anos.

5 ANOS!

23:41 Ele é frágil e pequeno. E NOSSO IRMÃO!!!

EU ESTOU CHORANDO ATÉ AGORA!

 

23:41 Me: Então pare de chorar

Simples

 

23:42 Somi: Eu tive que mentir, sabe que odeio mentir

Eu tive que dizer que ele caiu da beliche e nós nem temos uma beliche

23:43 Antes, eu tive que implorar pra ele confirmar a mentira quando eu a contasse

 

23:43 Me: Talvez seria melhor que eu tivesse feito isso, não é?

Jogado ele de um lugar alto. Afinal, nossa casa tem dois andares

23:44 Como nunca pensei nisso???

Obrigado, Somi

 

23:45 Somi: Pare com isso ou eu te bloqueio e conto toda a verdade

Que você é um psicopata, torturador de criança

A polícia te encontra, nossos pais te matam

 

23:46 Me: Você não seria capaz

E se acha que isso me deixou assustado, saiba que não.  

Eu não sinto medo, não sinto.

 

Ela hesita por alguns segundos. Manda um emoji revirando os olhos.

 

23:47 Somi: Eu me odeio, eu me sinto sua cúmplice

23:48 Onde está agora?

 

23:48 Me: Por que? Vai me denunciar?

K K K K K K

Kyoung Dong

 

23:49 Somi: Meio longe, não?

 

23:50 Me: Sim.

Por quê? Ainda não respondeu.

 

23:50 Somi: Só queria saber...

E não, não estou no hospital. Tia GukJoo está com ele. Eu não poderia ficar...

Ele está bem... mas eu continuo chorando T.T

Enfim... pode me levar para o colégio amanhã?

 

23:51 Me: Posso, estarei ai pontualmente ás 7h30.

 

23:52 Somi: Venha mais cedo, eu quero avisar a escola dele

Agora vou dormir, faça o mesmo

Boa noite.

 

23:53 Me: Boa noite.

 

Bloqueio a tela, deixo o celular, que já está quase descarregado, no criado mudo. Obviamente, não tenho meu carregador aqui. Só espero que esses 37% durem até 7h00.

 

 

Horas mais tarde.

Saindo de casa.

—Eu sei que é algo muito complexo. Também é um enigma pra mim. Mas eu continuo buscando explicação, então sempre descubro coisas novas. E isso me assusta. — tento explicar enquanto caminhamos até o carro.

—Procure tratamento. — ela sugere — Vá a um psiquiatra.

—Você não entende. — digo, chegamos ao carro. Entramos.

—Mas eu nunca disse que entendia.— ela argumenta — Apenas que não é normal, procure ajuda.

—Talvez você seja minha ajudadora. — digo tirando o carro da vaga. — Eu não sinto que alguém além de você pode me ajudar.

—É estranho. — ela diz — Quando me diz essas coisas fofas. Sei que não é a intenção — ri baixo — Mas... sei lá.

—É apenas a verdade. Se é fofo e a faz sentir confortável, melhor ainda. Porque não tem maldade ou mentira nisso.

                Silêncio. Continuo dirigindo. Lembro-me que preciso ir até o colégio de Jinwon primeiro.

                Chegando. Estaciono em frente, há várias crianças.

—Eu serei rápida. — ela diz e então abre a porta.

                Desce, e eu fico a espera. Pensando em mil destinos que eu posso seguir. Abandonar todos, e inclusive Somi? Ou seguir com meu plano? Pra isso, eu preciso que meus pais voltem logo da viajem. Em meio pensamentos, Somi entra novamente no carro.

—Eles disseram que vão considerar mesmo que seja menor de idade. — ela diz — Mas que ligarão ao hospital, bem, eles confirmarão, então não devo me preocupar.

—Você age como se fosse a mãe dele. — digo e rio.

                Percebo que ela se incomoda com isso, então não diz nada.

—O que foi? — pergunto já dirigindo.

—Nada, Jimin... — diz — Depois do colégio, me deixa no hospital? Preciso visita-ló.

—Meia hora. — digo, ela concorda. — Vamos dormir juntos hoje.

—Pode ser. — concorda novamente.

                Ela está cabisbaixa.

—Somi. — encaro rapidamente — O que foi?

—Ás vezes me incomoda o fato de você se incomodar com tudo. E... sei lá. Eu preciso saber do plano.

—Se eu contar você não concordaria. E tenho certeza que já pensou nisso.

Quietos até chegar ao colégio.

—Tchau tchau, Jimin. — ela diz simples, logo saindo.

—Tchau.

 

 

 

Os dias passam. É claro que não contei sobre o plano. Logo Jinwon saí do hospital, e agora usa temporariamente uma cadeira de rodas, já que as duas pernas foram fraturadas, mas só ficará com o auxiliador por 1 mês e meio. Os hematomas já estão começando a desmanchar, logo desaparecendo. Meus pais estão para chegar, e então colocarei meu plano em ação.

   

   É claro que perguntam sobre o estado de Jinwon, já estavam sabendo, mas vendo pessoalmente eles se preocupam mais. Ele apenas repassa a mentira, é incrível como uma criança pode ser manipulada tão facilmente.

 

 

 

     Jantar.

     Vou a cozinha. Enquanto minha mãe não vê, coloco algumas substâncias nos ingredientes e comidas já prontas, as quais eu sei que meus pais são os maiores consumidores. Toda refeição coreana é farta, então há várias pratos. Bibimbap, arroz branco, vegetais e carne misturados e preparados em tigela de pedra vulcânica. E ainda bulgogi, uma carne marinada grelhada em molho de soja, alho picado e semente de gergelim. E claro, kimchi.

—Sim, eu concordo. Entendi. — digo enquanto coloco em alguns pratos — Deve ser mesmo, mãe.

—Que bom que entende. — ela se vira, antes consigo disfarçar. — Agora me ajude a levar tudo para a mesa.

—Claro. — forço um sorriso.

 

 Já feita a mesa.

—Mm, não, Somi. — digo — Não coma isso, pode te fazer mal.

 Realmente pode. Ela ameaça pegar um pouco da carne, e eu a aconselho.

—E por quê? — pergunta sem entender.

—Só quero seu bem. A última vez te fez mal, mas você não deve lembrar.

—Não... — pensa — Não lembro.

 Dou de ombros, e continuo comendo meu kimchi com um pouco de bibimbap. Os vegetais que não contaminei.

—O gosto está um pouco diferente. — diz meu pai, depois de comer uma boa parte de seu prato.

—Acha isso, querido? — minha mãe pergunta preocupada. — Oh, me desculpe.

—Tudo bem, está bom. — ele sorri — Mais saboroso.

 

Rio fraco.

 

 

Eu não sabia que a morte podia ter gosto.


Notas Finais


E aí, o que acharam?

Eu estou cogitando fazer um capítulo exclusiva na visão da Somi;

Thx por acompanhar ^-^
Fighting!~


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