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História Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XVIII. Instintos em conflito


Escrita por: podolska e Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Demorei um pouquinho, né? Isso vai acontecer às vezes, agora estou mesmo bem ocupada e meu tempo de escrita está ficando menor, mas eu juro que vou aparecer sempre que conseguir.
Boa leitura!

Capítulo 19 - XVIII. Instintos em conflito


Fanfic / Fanfiction Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XVIII. Instintos em conflito

Foi minha mãe quem me levou até a empresa em meu primeiro dia de trabalho. E me deu um beijinho no rosto, me desejando boa sorte, o que eu agradeci sorridente pelo carinho, coisas das quais jamais me envergonharia.

– Seu pai vai te deixar em casa? – Ela perguntou antes que eu saísse do carro.

– O Louis vem me buscar hoje. – Sorri tranquilizando-a. – Vamos jantar juntos.

– Tudo bem. Qualquer coisa me liga, meu amor. – Sorri ainda mais e desci do carro.

Olhei para o pequeno prédio à minha frente e involuntariamente coloquei minha mão sobre minha barriga já saliente, um costume que adquiri há pouco tempo e que sentia como se me conectasse ainda mais a ele, ao meu bebê.

– Sr. Styles. – Clary, a ômega que era recepcionista da empresa há anos, me cumprimentou.

– Clary, me chame de Harry, como sempre. – Sorri um pouco envergonhado.

– Está lindo gravidinho. – Ela sorriu animada. – Já sabe se é um menino ou uma menina?

– É um menino. – Levei a mão à barriga de novo e sorri mais relaxado por falar de meu bebê. – Meu pequeno William.

– Tão fofo. – Ela levou a mão até minha barriga e acariciou também.

– Harry. – Fomos despertos pela voz grossa de Nathan e eu me virei para encará-lo, encontrando-o com um grande sorriso no rosto. – Que bom que chegou, temos muito trabalho pela frente.

– Vamos lá então. – Eu sorri animado, me despedindo de Clary para segui-lo pelo corredor.

– Pode ir falar um oi para seu pai, ele está na sala dele.

– Ele pode esperar. – Não podia negar que ainda sentia um grande ressentimento por meu pai.

– Harry, ele está muito arrependido do que falou. Disse que eu fiz bem em te contratar. – Nathan tentou conciliar.

– Tudo bem, então é a vez dele dizer isso para mim. De qualquer forma, vou deixar ele perceber isso fazendo um excelente trabalho.

– Você é muito determinado. – Ele disse me conduzindo para dentro de sua sala. – Gosto disso.

– Eu tenho um filho para criar. – Justifiquei.

– Determinação não é algo que se pode criar do dia para a noite, então não acho que é só o fato de estar grávido que te faz tão confiante.

E essa era a prova de que ele não sabia nada sobre mim. Desde que fiquei grávido deixei a insegurança tomar conta de mim e não sei o que seria de mim se não fosse Louis, mas decidi que não seria bom contar isso a ele.

Nathan parecia um cara legal, mas eu nunca conseguia me sentir a vontade em sua presença e contar coisas tão íntimas não estavam em meus planos.

– Você tem duas mesas aqui? – Estranhei a presença de outra mesa de trabalho em sua sala.

– Você vai trabalhar comigo aqui. – Ele disse simplesmente. – Vou poder te ensinar melhor como funciona tudo desde o processo criativo até as finanças da empresa, ensinar a elaborar contratos e realizar os atendimentos.

– Uau, você comanda tudo isso? Meu pai deve confiar muito em você. – Estava realmente impressionado. Essa empresa era a vida de meu pai, ele conseguiu montá-la com muito esforço e era um publicitário muito competente e muito criativo.

– Isso te surpreende? – Ele disse surpreso e talvez um pouco ofendido.

– Não. Quer dizer, eu estou, porque, acredite, eu sei o quanto isso significa para o meu pai. E se ele te deu tanta responsabilidade, é porque realmente confia muito em você. Não estou questionando sua competência, só estou surpreso. Eu nem te conheço direito, mas você está aqui, comandando todo o patrimônio do meu pai. – Fui sincero e ele sorriu, caminhando em sua direção.

– É por isso que você está aqui. Vou te ensinar tudo, vamos gerir isso juntos, vamos aprender juntos. Vamos ser nós dois, Harry

Ele colocou a mão sobre minha barriga e olhou para ela acariciando. Mas não foi bom como era quando as pessoas acariciavam minha barriga. Não foi amigável como havia sido com Clary. E nem amável como quando era com Niall.

E decididamente foi absurdamente diferente do que era quando Louis acariciava minha barriga. Louis me fazia sentir quente, amável, como se eu pertencesse a ele e a nossa família. Com Nathan era frio, duro, distante, como se todos os meus instintos me pedissem para ficar distante.

– Então vamos começar. – Forcei um sorriso e me afastei dele, indo até minha mesa e impossibilitando qualquer tipo de contato.

Nathan pareceu perceber, porque tinha um sorriso contido no rosto e eu esperava que isso significasse que ele entendeu que eu não estava muito animado com possíveis contatos físicos.

Mas minhas esperanças foram embora quando ele puxou a cadeira ao lado da minha para explicar como tudo funcionava. Ele não me tocou, mas sua proximidade não era algo que me agradava.

Após mais de uma hora de conversa em que eu tentava absorver tudo e tentava fazer minha mente não pensar no fato de que Nathan podia ficar mais longe para me mostrar as coisas no computador, uma batida forte soou na porta e logo depois ela foi aberta, revelando meu pai ali.

– Oi, Harold. – Ele sorriu para mim e eu abri um sorriso pequeno. – Donuts com café?

– Desculpa, eu estou trabalhando. – Dei de ombros e ele riu.

– Ainda é meu filho, pode se dar ao luxo de tomar café comigo.

– Não quero pegar fama de filho protegido do chefe.

– Tudo bem, podemos falar de trabalho durante o café. – Continuei a olhar para ele sem dar uma resposta e ele riu incrédulo. – Incrível como você puxou a mim. – Ele disse risonho e distante, como se estivesse perdido em memórias. – Você e Gemma são idênticos a sua mãe, principalmente fisicamente e eu sou grato por isso, acredite. – Ele riu e eu senti minha resistência ser reduzida e culpei meus instintos de ômega, embora soubesse que o fato de que eu sempre fui o garotinho do papai estivesse pesando muito mais. – Mas sua personalidade forte e sua teimosia são minhas, com toda certeza. Eu gosto disso, me deixa próximo a você. Sinto que ainda faço parte de sua vida.

– Você sempre vai fazer parte de minha vida, pai. – Disse amolecendo.

– Então me deixe pedir desculpa, Harold. – Ele pediu e eu sorri em resposta.

– Nathan... – Eu iniciei, me justificando.

– Vai lá, Harold. – Ele me chamou pelo apelido que meu pai me chamava, mas eu resolvi ignorar, apenas me levantando para seguir meu pai.

– E então, como estão as coisas com Nathan? – Ele me perguntou enquanto eu mordia um donut cheio de açúcar.

– Ele estava me mostrando como funcionam todos os setores. Tem sido ótimo, mas eu não sabia que ele tomava conta de tanta coisa, então vou demorar um pouco para pegar o jeito.

– Nathan é ótimo. Ele me salvou aqui na empresa. Eu não teria conseguido chegar tão longe sem ele, nós crescemos muito depois que ele chegou. Eu não entendi muito de finanças e nem gosto disso, ficava perdido na maior parte do tempo. Agora eu fico só na parte de criação e Nathan comanda todo o resto, foi a melhor coisa que aconteceu para mim. – Ele disse feliz. – Por isso seria ótimo se você e ele se dessem bem e...

– Pai, eu namoro Louis. – Já o cortei, imaginando aonde isso chegaria. – Pare, eu já disse que é o Louis que eu amo e se você continuar a insistir nisso, nós vamos brigar de novo.

– Eu não disse nada. – Ele ergueu os braços em rendição. – Só espero que você e Nathan se dêem bem. Mas se não quer falar sobre isso, vamos falar sobre o meu neto. É neto, não é?

– Sim. – Meu sorriso se abriu involuntariamente e minha mão foi até minha barriga. – Meu pequeno William.

– William? – Ele perguntou curioso.

– É o nome do meio do pai dele. – E bastou isso para meu pai fazer uma careta. – Louis é o pai do meu bebê, pai, conviva com isso.

– Fazer o quê se meu bebezinho ômega não sabe escolher um alfa? – Ele tentou brincar, mas eu revirei os olhos e ele me puxou para um abraço. – Eu só espero que ele possa te fazer feliz, Harry. Que possa te dar tudo o que você merece.

– Felicidade não tem a ver com dinheiro, pai, eu já te disse isso. Ninguém pode me fazer feliz como Louis faz. Eu não me importaria em morar em uma casa pequena, seria até ótimo, nos uniria ainda mais. – Sorri feliz.

– Sua ingenuidade me comove. Me lembra que apesar de tudo, você continua sendo meu garotinho. Eu te amo, filho. – Ele deixou um beijo em meus cachos. – E amo meu netinho. – Acariciou minha barriga e eu sorri me aconchegando em seu abraço.

Meu pai ainda me levou para um tour pela empresa, o que era desnecessário, porque eu já a conhecia, mas dessa vez, ele me apresentou como o novo funcionário, o que foi bem legal de sua parte.

Pude perceber que meu pai empregava vários ômegas, o que me deixou feliz e me fez pensar que eu realmente poderia continuar a trabalhar ali após o nascimento de William. Embora, nesse caso, eu fosse precisar de um lugar para deixá-lo.

E deixá-lo era uma coisa que eu não queria fazer. Eu nem tinha segurado meu bebê nos braços ainda, não queria pensar em não poder ficar perto dele o tempo todo.

Ele estava bem, quentinho e protegido dentro de mim. E teria que ficar igualmente bem quando estivesse fora e teria que ficar igualmente perto, para que eu mesmo garantisse seu bem estar.

O quão louco era o amor que eu sentia pelo meu filho? E o quão louco era pensar o quanto isso vai surgindo e ganhando força dentro de mim? Eram coisas que eu realmente não podia explicar.

No fim, quando voltei para a sala de Nathan, faltava menos de uma hora para encerrar o expediente, o que me deixou um pouco envergonhado.

– Desculpa, meu pai acabou se empolgando, me apresentou para todo mundo e me contou a história da empresa. Como se essa não fosse também a história de minha vida. – Eu ri e Nathan fez o mesmo.

– Tudo bem, ele é o chefe, ele pode roubar você de mim quando quiser, mas só ele. – Ele piscou para mim e eu senti a mesma sensação ruim que tinha quando ele me tocava, mas não disse nada, ele estava falando do trabalho, eu não tinha motivo para surtar.

– Vou terminar de analisar aquela planilha que me passou. – Me sentei à mesa. – Ver se entendo mais alguma coisa. – Eu ri e ele sorriu junto, me acompanhando com o olhar.

Estava realmente concentrado quando senti outra mexida em minha barriga e soltei um barulho animado, afastando minha cadeira, para olhar para minha barriga enquanto acariciava a região em que ele havia meu filho havia mexido novamente.

– Está tudo bem, Harry? – O alfa perguntou preocupado.

– Ele mexeu. – Eu disse animado, sem nem me preocupar em olhar para ele. – É a segunda vez. – Disse bobamente.

– Eu posso sentir? – Eu nem tive tempo de responder e Nathan estava ajoelhado à minha frente, olhando para mim e com as mãos em minha barriga. – Mexe para o titio Nathan, bebezinho. Tio Nathan está louco para te pegar no colo.

Empalideci e senti meu estômago se revirar, de uma forma que eu não sentia desde o início da gravidez. A simples imagem de Nathan segurando meu bebê fazia com que todos os meus instintos gritassem. Era oficial, eu estava enlouquecendo.

Meu celular tocou e eu o agarrei o mais rápido que consegui, me levantando e saindo de perto do alfa. Era Louis e ele me informava que já estava esperando. Minha salvação.

– Nathan, minha carona chegou, eu tenho que ir. – Disse rápido, juntando minhas coisas. Eu precisava encontrá-lo desesperadamente.

– Louis? – Ele perguntou amargo.

– Como sabe sobre Louis? – Perguntei alarmado.

– Seu pai comentou algo.

– Claro que comentou. – Disse incrédulo, mais para mim mesmo do que para ele. – Tenho que ir.

– Tudo bem. – O alfa disse distante. – Até amanhã. – Apenas assenti e sai de lá.

O carro de Louis estava estacionado e ele sorriu quando eu apareci, mas eu nem tive tempo de retribuir, me joguei contra seus braços e me desfiz em lágrimas.

– Hazz, amor. – Ele disse todo preocupado. – O que houve? – Ele me abraçou ainda mais forte. – Eu te amo, fique calmo. – Me afastei levemente para olhar em seus olhos e ele tinha uma ruga de preocupação na testa e me olhava como se buscasse o problema. Mesmo assim, secou minhas lágrimas e esperou que eu lhe contasse o problema.

– Eu não quero que nada de mal aconteça com nosso bebê. – Eu disse e as lágrimas voltaram com força, o que me fez esconder meu rosto em seu peito de novo.

– Hazz, nada de mal vai acontecer com nosso bebê. – Ele segurou meu rosto com as duas mãos. – Você está cuidando dele, está tudo bem. – Funguei, sentindo-me mais relaxado, do jeito que só Louis conseguia me deixar.

– Eu acho que estou enlouquecendo. – Confessei.

– Você não está enlouquecendo, amor. Você está preocupado com nosso filho, mas não tem motivo para isso, olha só como ele está crescendo bem dentro de você. – Ele acariciou minha barriga e meus instintos se acalmaram. – Você cuida do nosso bebê e eu cuido de você. Não vou deixar nada de mal acontecer com vocês. – Eu o encarei e vi o brilho determinado em seus olhos. – Eu prometo.


Notas Finais


E aí, o que acharam desse primeiro dia do Harry? Bem tumultuado, não é? Nem vou perguntar sobre Nathan porque sei que sua popularidade deve estar abaixo de zero. Algum palpite aí sobre o futuro? E o que acharam nesse pequeno surto do Harry e todas as suas sensações? Me contem tudinho u.u
Espero que tenham gostado ;)
XO


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