Minnari, ou Minna (como todos a conheciam), não tinha a menor idéia do que se passava ao seu redor. Estava tonta e triste, em mais um dia de aula naquela escola especial para pessoas - que necessitam de ajuda psiquiátrica - "especiais". Era mais um daqueles dias que seus delírios vinham à tona.
Estava assistindo a aula quando de repente bateu o sono matinal, como de costume, as oito horas e dez minutos da manhã são as piores, aquele sono quase que impossível de suportar. E então... Aquele cheiro bom. Cheiro forte de hortelã com canela. Estranhou, conhecia esse cheiro. Sentiu que já havia passado por aquilo, nostalgia batia forte. Ela sabia o que era. Na verdade, quem era. Levantou a cabeça e lá estava ele. O menino mais lindo que já vira, cabelos lisos e negros, olhos castanho-amarelados. Seus olhos cresceram de forma que ela parecia ter visto algo sobrenatural. Ele sorriu e pediu licença a professora, a mesma concedeu-lhe permissão de adentrar em sua sala. O garoto foi até Minna.
- Minna. Você está linda, tão grande. Nem parece aquela criança que eu vi pela última vez que vim aqui. - O serzinho lindo disse tocando o rostinho delicado de Minna.
- W... Willy? - Ela piscou inúmeras vezes. - Você aqui... De novo?... - Seus olhos enchem de lágrimas.
- Opa, minha princesa. Não vá chorar comigo aqui. - Ele disse beijando sua testa. - Seu irmão agora está aqui com você.
Willy, o irmão mais velho de Minna, foi o menino mais bonito que aquela cidade poderia ter visto.
Pegou na mão de sua irmã. Segurou firme. Puxou-a para que se levantasse. Ela fez, se levantou da cadeira ainda com lágrimas nos olhos. Não se conteve e o abraçou firme. O mesmo retribuiu seu abraço.
- Que saudade de você, pequena. - Ele disse tocando o topo de sua cabecinha. - Não chore, o irmão está aqui com você agora.
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