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História Enquanto eu respirar - Texas


Escrita por: uni023

Notas do Autor


👄Aviso👄
Se você está esperando por um homem frio e durão o tempo todo, Randy não é para você.

Capítulo 14 - Texas


Fanfic / Fanfiction Enquanto eu respirar - Texas

Ergo a cabeça para o ruivo que para diante do bando onde estou. 

Randy está o cabelo ruivo escondido em um boné  preto, com uma jaqueta de couro velho por cima do se coldre axiliar onde estão suas duas armas, uma de cada lado.As botas nos pés são tão surrados quanto o jeans que está vestido. 

Randy tem um estilo totalmente diferente do que normalmente estou acostumado  vê-lo. Quando ele se passa pelo Hero sempre está bem vestido em ternos. 

-o que é isso?-Ergue a sobrancelha.

 Olho para o vidrinho que está em minhas mãos. 

-Álcool em gel.

 -Eu sei, mas por que está tomando banho de álcool em gel? 

Término de passar em meus braços.

 -provável você também comprou as passagens no  brechó-Debocho. 

É a primeira vez na minha vida que vou viajar na classe econômica.Deve ser terrível.Só em pensar me dar calafrios.Aquelas pessoas cheias de germes respirando o mesmo ar.Pessoas fedidas no mesmo lugar.Alguns indivíduos não sabem que desodorante e banho são necessidades.Devia ser obrigatório tomar banho e usar desodorante!

 -Aposto que você ia ama-lo.

Eu ainda não superei o fato de está com roupas de brechó.Me sinto uma adolescente rebelde clichê que odeia moda, os pais e todo o resto do mundo.A adolescente que tentar ser a diferentona,  mas no fundo é apenas mais uma garota tentando se encaixar em alguma bolha.

 -Só se for no seu sonho, ou melhor, no seu pesadelo-Resmungo.

 -Não sei se percebeu, mas você é pobre, Eva Collins-Randy debocha.

Isso me faz revirar os olhos.

 -pobre e não mendiga.

Randy ainda tem seu sorrisinho debochado.Ele me irrita quando não me leva a sério.

Acompanho Randy para a linha de embarque, pois finalmente vamos para o Texas.O aeroporto até que está tranquilo, o que é ótimo  para poder  circular com tranquilidade.

 -Aliás, a situação é de pobre, o corpo  é de pobre, mas o espírito continua de R-I-C-A.

Randy me olha com uma careta e então um sorriso nasce nos seus lábios.

 -Você é doidinha. 

Quando anuncia o vôo engulo seco.Randy entrega nossos passaportes falsos e isso me faz tremer na base.

Já pensou ser presa?

Quando finalmente entramos no avião eu posso respirar aliviada.As turbinas ligam.Quando o avião estabiliza as pessoas começam a andar pelo corredor.  Randy inclina a cadeira e estica as pernas puxando seus fones de ouvido.A pequena tela preta a sua frente acende.Ele escolhe ao e então depois de alguns segundos carrega o que foi escolhido.

 -É sério isso?-pergunto.

 Randy tira os fones

 -Qual é?Bob  esponja é um ótimo desenho. 

Reviro  os olhos

 Um homem de quase dois metros de altura e praticamente um saco de músculo ambulante está  rindo feito uma criança ao assistir um desenho animado.

 Randy coloca os fones de volta e dá play na tela.Afundo na poltrona. 

Randy parece está se divertindo.É bem estranho ver alguém fica alegre com tão pouco.O ruivo é o tipo de pessoa que te surpreende.Ele é tão imprevisível.Sem contar que gosta de coisas que nunca imaginei ele fazendo. 

Dormi parece ser uma ótima decisão.Viro de lá e descanso a bochecha no estofado Macio. Tento ignorar o cheiro suave de Randy, ele ainda cheira tão bem.

Durmo durante todo o Vôo.

 As luzes acesas me fazem despertar.A aeromoça fala algo, mas estou um pouco desorteada para entender.Deduzo que devia ser que iríamos pousar.

Ao levantar os olhos arregalo, pois minha bochecha está apoiada no ombro largo do Randy.Seu rosto está tão próximo ao meu que posso ver perfeitamente os seus cílios negros Seus olhos se abrem aos poucos.Olhos claros me fitam.Intenso.Rapidamente me levanto e desvio o olhar.Ele se espreguiça.

  -só me avisa para trazer tampões da próxima vez.

  Sorri por enquanto que se livra do cinto.

-Se vous estiver vivo até lá-Rebato sua provocação.

Randy sentiu o impacto, pois piscou várias vezes e fez uma careta.

Quando desembarcamos me mantenho em silêncio, pois ainda estou com um pouco de sonolenta.Não sou o tipo de pessoa alegre e saltitante quando estou com sono.

Chegamos mais cedo do que o previsto em Dalla, texas.Então Randy aproveita para alugar um carro, pois até a casa do meu pai é quase duas horas de carro.

Resumo do meu estado como passageira é cochilar pelo menos por meia hora.Acordo com o sol escaldante do Texas praticamente me fritando viva.Ao olhar no relógio do carro percebo que minha meta de cochilar meia hora virou uma hora.

Randy de perfil é uma miragem maravilhosa mesmo que o boné e o óculos escuro esconda a sua beleza.

Randy é uma encrenca muito bonita.

-Vai sentir saudade?

Mantenho meus olhos nele que sorri ainda com os olhos fixos na direção.

 -Saudade de quase morrer por culpa sua?claro que vou-Ironizo.

Ele ri baixinho.

-Sou uma boa companhia.

Assobio e nego com a cabeça antes de abrir a boca para falar.

-uma boa companhia para me mandar direto para um caixão.

Randy me olha.

 -Sou sim 

-isso é o que você está falando.

Ele balança a cabeça e faz beicinho feito uma criança.

-colabora com meu ego.

Dou risada, pois mesmo sendo ridículo consegue ficar bonito.

 -Você já tem um ego BEM grande-Falo lentamente.

Ele abaixa o óculos de sol na altura do nariz e pisca pra mim.

Me calo durante quase meia hora, pois sou obrigada ouvir as músicas de caipira que o Randy coloca.É bizarro o gosto dele e engraçado ele catando cheio de caras e bocas.Só faltou um chapéu de cowboy que ficaria iguais aos caipiras.

 -chegamos.

Olho para a casa de três andares de tijolinhos vermelho.Para ser mais específica as casas coladas ao lado, ou melhor, do bairro, também tem a mesma arquitetura.Tudo continua igual.Parece que o tempo parou para a casa do meu pai.Tirando o fato que as janelas foram pintadas de branco e tem vasos de flores.Chego a pensar que ele deve ter se casado novamente, pois não me lembro do Sr.Tony gostar de flores.A verdade éque não lembro de quase nada.

Olhando tão de perto essa casa tento não entrar em estado de choque.Agora parece tão assustador que chego a pensar em não entrar, dar meia volta e fingir que nunca estive aqui.

 -o que foi ?

Olho para ele e não tenho uma resposta para a sua pergunta.Simplesmente é uma situação estranha e eu me sinto estranha.

 -nada.

Randy me olha desconfiado.

 -tá! É estranho voltar .

Randy franzi a testa.

-por que?é o seu pai 

Balanço a cabeça.

-Eu não falo com meu pai desde que a minha mãe foi embora de volta para a França.

Eu só me lembro dessa o deixando.Ele ficou arrasado.Na época eu tinha dez anos e não entendi toda aquela situação.

-há  quanto tempo?

 -Dez anos.O pior foi que ele me procurou tantas vezes e eu o ignorei.

Eu mantive contato com meu pai até meus 16 anos.Sempre vinha em sua casa e aprendi tantas coisas com ele.Eva Collins não era mais a mesma ao 16 anos.

 -complicado.

Volta para a França ao dez anos para morar com meus avós maternos foi maravilhoso.Fui corrompida pela riqueza e o luxo que vivemos.

-Eu não sei o que dizer a ele.

Quando eu fiz 16 anos fiquei revoltada por meu pai não ter lutado por nós.O meu pai simplesmente não lutou pela minha mãe nem por mim...As suas palavras foram "espero que vocês sejam felizes"

-que tal começar com um oi pai

Ne pas

Balanço a cabeça.

 -acho melhor irmos embora

Randy toca meu ombro.

 -Eva...

 -Eu não consigo fingir que não fui uma vaca sem coração  com meu papa (pai)

Randy balança a cabeça inconformado com o que acabei de dizer.

 -tá,  Eu sou uma vaca sem coração grande parte do tempo.Mas não consigo fingir, principalmente depois da minha mãe ter fugido com um homem para França. 

Minha mãe me jogou na casa dos meus avós e foi viver a sua linda vida de romance.Ela não é nenhuma Santa.Hoje eu entendo porque meu pai nos deixou ir.Ele estava machucado demais.Tony não merecia isso.

-uma hora você vai ter que encarar ele 

 -Eu sei.

Suspiro.

Randy sai do carro e ao dar a volta abre a porta pra mim.Olho para o ruivo estendendo a mão.

-Você entra,  resolve e se não dar certo estarei aqui.mesmo que dar certo volte até o carro e me avisa, ok? 

Randy está com um sorriso amigável e me passa confiança.Eu gosto disso nele.O ruivo sempre me motiva.

-Merci-pego em sua mão e saio só carro.

Sou atingida pelo seu cheiro suave.Randy passa os braços em volta de mim e me envolve em um abraço.Eu fico imóvel pela surpresa.

Randy é imprevisível!Eu disse! 

 -o que é  isso? -Pergunto confusa.

-um abraço ue.Nunca foi abraçada?-debocha.

 Me afasto ainda com uma careta, pois isso foi demais para meu cérebro absorver. Randy é sempre bonzinho e atencioso.Eu acho bem bizarro.Olhando de fora ele coloca medo em qualquer um. Conclusão  Randy      é bizarro. 

Faço sinal para que ele me esperar que logo voltarei para contar como foi. 

Dou as costas e subo os quatro degraus até a pequena varanda com flores.Ao olhar por cima do ombro percebo que Randy voltou para carro, mas está com a porta do passageiro aberta.Ele faz um sinal.

A porta branca antiga com grandes está semi aberta.

-Pai?-Chamo.

O silêncio continua instalado.Coloco o pé direito antes de respirar fundo e entrar.Espero pela resposta, mas nada acontece.

-Tony-Chamo mais uma vez ao passar pela porta.

O hall de entrada da casa do meu pai é bem simples com um longo tapete brega e pelo menos quatro guarda-chuvas.Não entendi porque ter tantos, principalmente morando no texas.

Caminho com cautela, pois o silêncio ainda está presente.Só consigo escutar o coturno sem graça que estou calçada se chocando contra a assoalho de madeira clara.

A lavadeira simples no final do corredor está vazia.A pequena cozinha ao lado está bem limpa e sem sinal de vida.Me surpreendo ao ver tudo muito limpo e bem organizado.Parece que meu pai sabe cuidar muito bem da própria casa.

Subo as escadas ignorando o fato que é falta de educação ir entrando na casa dos outros.O que mais provável pode me acontecer é ser expulsa da casa do meu próprio pai.

Ao chegar no último degrau dou de cara com uma velha sala.Digo velha, pois ainda são os mesmo móveis de dezesseis anos atrás.A TV é tão antiga que não parece nada mais que uma caixa velha.Os sofás xadrez com mantas cafonas.Uma pilha de jornais.O escritório sem porta parece um depósito de livros e jornais.

Suspiro ao ver a outra escada que leva para os quarto.Subo um pouco irritada, pois nunca vi uma casa ter tantas escadas.Deus que livre ter que subir e descer isso todos os dias.

Ao chegar no terceiro andar e dar de cara com um pequeno corredor tento recuperar o fôlego.Fico em alerta ao ouvir pingos de água.A porta do banheiro é a única que está aberta e com a luz acesa.Assim que paro diante da porta respiro aliviada ao perceber que é a torneira pigando em uma banheira cheia.

-Tony?

Olho para a banheira cheia.O que indica que ele está em casa.Passo pela porta do banheiro e caminho a torneira para fecha-la  melhor, assim evita os pingos.

Mãos fortes e grandes em torno do meu pescoço por trás me faz saltar de susto, mas não tenho tempo de me livrar, pois é um estrangulamento.Consigo me debater em desespero, mas simplesmente minha cabeça e o peso do meu corpo é lançado contra a banheira.Só tenho tempo de segurar a respiração quando minha testa se choca contra o fundo da banheira e volta para a superfície com o impulso e impacto.Abro a boca para tentar gritar, mas sou impedida, pois novamente a minha cabeça é lançada de volta para a banheira cheia d'água.O desespero toma conta de mim.

Estou preste a ser morta e não sei o que fazer!



Notas Finais


O que acham da Eva collins?


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