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História Enquanto o tempo passa. - Muito complicado.


Escrita por: Nay_Vascon

Notas do Autor


Nesse capítulo começamos a enxergar o que está por vir. Foi um pouco demorado escrever, mas consegui exergar cada cena. Espero que vocês também consigam.

Capítulo 4 - Muito complicado.


Fanfic / Fanfiction Enquanto o tempo passa. - Muito complicado.

Estou aqui a quase três meses. É ótimo estar em um lugar que ninguém me conheça, é como começar do zero. Posso criar uma nova personalidade para mim mesma, sem ter que manter as máscaras que eu criei para mim mesma durante todos os anos da minha existência.

Mesmo assim, ainda tenho sonhos, quase todas as noites eu tenho que lutar contra essas malditas lembranças que me consomem a paz. Ele já se despediu de mim a muito tempo, e eu nem sei mais quanto, pois parei de contar os dias, quando parei de tomar meus remédios para ansiedade.

LUNA: Em que ou quem você está pensando?

Luna era a minha colega de quarto, chegamos na mesma época para fazer o intercâmbio, ela era da Espanha e falava português.

S/N: Eu não estou pensando em nada. Você quer beber alguma coisa? Eu vou sair para comprar um sorvete.

LUNA: Você me desanima sabia? Você parece mais uma colegial do que uma mulher que está se tornando mestre em música. Você já tem 24 anos. Vamos sair hoje. Consegui dois ingressos para uma festa VIP.

S/N: Luna! Você sabe que eu não gosto de sair. Eu prefiro ficar aqui tomando sorvete.

LUNA: Ah não! Hoje você vai sair sim. Você me prometeu da última vez.

Eu não entendia como não havia perdido essa mania de prometer coisas que eu provavelmente não iria cumprir, apenas para me ver livre da pessoa. Mas era a Luna, eu nunca havia me aproximado de alguém tão rapidamente, e nesses três meses ela nunca me abandonou. Dessa vez eu não irei quebrar minha promessa.

S/N: Está bem, mas eu não tenho roupas para ir em uma festa VIP. E com quem você conseguiu isso?

Ela simplesmente riu. As vezes ela não voltava para o dormitório. Voltava cheirando a cigarro e álcool. Eu sabia que ela tinha passado a noite com alguém, mas não achava que fosse alguém com dinheiro ou coisa do tipo.

LUNA: Vem aqui, vamos dar um jeito nessas sobrancelhas. E eu tenho uma roupa que vai ficar linda em você.

O vestido que ela me emprestou era realmente lindo, e longe de ser cafona ou vulgar. Eu apenas não entendia como ela havia comprado aquelas roupas. A um mês atrás ela reclamava de não ter dinheiro nem para o jantar. Mas parece que ela ganhou na loteria.

LUNA: Pronto! É aqui.

S/N: Eu não faço ideia de onde estamos.

LUNA: É lógico, você nunca saiu do bairro do campus.

S/N: Você sabe que o avião cujo qual eu cheguei aqui, não aterrissou no campus. Então, tecnicamente, desde que eu cheguei, eu nem sempre estive na Universidade.

LUNA: S/N, você entendeu o que eu quis dizer. Não tente ser engraçada, isso não combina com você.

Descemos do táxi. Estávamos paradas em frente a um prédio gigantesco, e não me parecia que era um lugar no qual pessoas como eu estavam acostumadas a ir. Haviam alguns fotógrafos na porta, e um tapete vermelho.

Cheguei a pensar que talvez ela tivesse errado de lugar. Mas ela me pegou pela mão e me puxou por aquele tapete, tiraram algumas fotos de nós, mas não paramos para fazer poses, assim como os famosos fazem.

Entramos em uma fila para apresentar os convites. Escutei então alguns gritos. Logo me lembrei da situação no aeroporto e espontaneamente sorri. Me lembrei dos meus pensamentos idiotas e dos garotos bonitos e logo lembrei do rosto daquele homem que havia me ajudado durante o voo.

S/N: Como eu pude me esquecer?

LUNA: O que você disse? Não entendi.

S/N: Não! Não foi nada, eu só lembrei de algo e falei alto. Desculpa!

De onde eu estava dava para ver o tapete pelo qual havíamos passado de forma rápida. Eu olhei para ver por quem eram aqueles gritos. E para minha surpresa, ele estava ali. Qual era mesmo o nome dele?

Ele estava junto com os mesmos garotos da última vez.

LUNA: OMG! O BTS está aqui. Que sorte, depois vou conseguir uma foto nossa com eles, só pra passar raiva nas meninas do dormitório.

S/N: BTS? Aqueles garotos de quem você fala o tempo todo?

LUNA: Sim, minha linda e doce s/n, são eles. Mas agora disfarça que eles estão vindo pra cá.

No mesmo instante em que Luna me alertou da proximidade deles, por impulso eu escondi meu rosto com a mão. Não era possível que ele me reconhecesse, até mesmo eu tinha me esquecido dele, mas algo fez com que eu agisse assim.

Eles não entraram na fila. Passaram direto pelos seguranças. Eu fiquei olhando para as costas deles. Mas queria mesmo era enxergar as costas daquele homem gentil.

LUNA: Ei! Lembre-se, essa é uma festa chique. Não dance como uma louca, assim como você faz no nosso quarto.

Quem era pra se controlar mesmo? Luna estava dançando como um espírito livre, junto de algumas pessoas que eu tenho certeza que ela nunca viu.

O lugar em que eu me encontrava, realmente não era um lugar de pessoas simples. Tudo cheirava a riqueza, mas isso me deixava mais desconfortável. Eu podia estar com o vestido mais caro que eu tenha colocado na vida, mas eu não pertencia a aquele lugar.

Me retirei um pouco para o jardim que havia ao lado do salão aonde estávamos. E eu estava ali não porque queria, e sim por ter me perdido depois de ir ao WC, mas era agradável, então decidi permanecer ali por alguns instantes.

JIN: 이것은 좋은 것입니다.

Eu olhei para o lado, não havia percebido que ele estava ali, nem ao menos sabia se ele havia acabado de chegar, ou se estava a muito, ali parado. Esperava também não ter deixado meus pensamentos saírem em forma de voz, imaginando estar sozinha.

Ele então olhou para mim.

JIN: Desculpe! Pensei que você fosse coreana – falando em inglês – mas, mesmo assim, aqui é agradável, não é mesmo?

S/N: Sim, lá dentro está um pouco abafado.

JIN: Eu acho que te conheço.

S/N: Ah! Eu acho que não, é a primeira vez que eu venho a Coréia do Sul. Mas, prazer em conhecê-lo, meu nome é s/n.

Eu não sabia por qual motivo estava negando. Acho que fiquei com vergonha de tudo o que aconteceu, e aproveitei da falta de memória dele para me livrar daquela lembrança, e agora que eu havia descoberto que ele era famoso, provavelmente eu nunca mais o veria depois dessa festa.

J-Hope: Hey! Seokjin. Oh! 안녕하세요.

S/N: Olá – respondi em inglês – acho que vou voltar, prazer em conhecê-los.

Me retirei rapidamente. Quando passava no corredor para voltar para o salão de onde a música vinha, passaram por mim, outros cinco homens, os mesmos do avião. Quando passei pelo último, ele me olhou e sua cara se retorceu como a cara de alguém que se esforça para lembrar de algo.

V: Ah! A garota do avião.

Ele falou em alto e bom inglês. Eu parei e olhei para trás quando ele ainda acabava a frase. Ele também tinha se virado para mim e parado. E eu não sabia porque agia daquela forma, mas eu só queria passar despercebida, e mesmo que não fosse tão grave assim, a alguns instantes atrás eu havia sido externamente infantil, negando que conhecia o homem do qual agora eu me lembrava o nome.

Olhei para ele por alguns segundos. Me lembrei que provavelmente eu não os veria de novo então não teria problema nenhum nessa situação, ela não afetaria a vida de ninguém.

Eu sorri para ele e me inclinei um pouco para cumprimentar, e quando estava me virando para voltar a festa, ele disse.

V: Você está muito bonita.

Verei novamente.

S/N: Muito obrigada. Você também está muito bonito.

Ele riu, e começou a caminhar em minha direção. Não queria que ele se aproximasse, eu apenas queria desaparecer naquele instante, se os outros voltassem, se Seokjin voltasse com eles, ele saberia que eu havia mentido.

V: Sabia que o Seokjin esperou você ligar para ele? Acho que durante uns dez dias. Eu também esperei que você ligasse.

O que? Não tinha como aquilo ser verdade. Certeza que ele estava tirando uma com a minha cara. Eles nem me conheciam. Aquilo me irritou.

S/N: Me desculpe, eu perdi meu celular. Então perdi o contato. Agora tenho que voltar para festa. Foi um prazer encontrar-te novamente.

V: Você pode me dar seu novo contato?

Por qual motivo você é tão insistente? Esse era meu único pensamento. Meu celular estava em minha mão. Então acredito que como eu não havia dito absolutamente nada, ele tomou minha mão suavemente, e pegando o telefone celular, digitou algo e logo escutei seu celular tocar. Agora ele tinha meu número. Mesmo assim eu não acreditei que ele fosse me ligar. Talvez aquilo não passasse de um tipo de jogo de sedução pelo qual todas as garotas das quais ele estava habituado dariam a alma em troca.

Voltei aos meus sentidos.

S/N: Eu realmente tenho que voltar, desculpe por não ter entrado em contato, agora que tenho seu número, com certeza irei ligar. É! Meu celular, por favor. Foi um prazer.

Ele tomou minha mão novamente para depositar o telefone em minha palma.

V: Okay! Vou esperar, mas não vou passar seu número para o Seokjin, nem vou dizer que te encontrei. Tudo bem.

Era o que eu mais queria.

S/N: Tudo bem – falei em meio a uma risada tímida.

V: Bye Bye!

S/N: Bye Bye!

Quando voltei, Luna estava sentada em uma mesa conversando com um homem bem mais velho que ela, e ao que me parecia os dois eram bem íntimos. Não me importei com isso, eu apenas queria ir embora. Demorei uns vinte minutos para convencê-la, mas consegui dizendo que estava com cólica e não tinha remédio para dor.

Pedimos um táxi, e finalmente voltamos para o meu porto seguro. Longe de confusões e de lembranças vergonhosas.

S/N: E agora? Vou ter que arrumar outro número. Sei que ele não vai ligar, mas por segurança amanhã terei que comprar uma linha nova.

ENQUANTO ISSO...

JIN: Você acredita que ela não se lembra de mim Taehyung?

V: Você se encontrou com ela?

JIN: Sim, mas nem consegui falar muita coisa, o Hoseok chegou, e ela foi embora.

V: Nossa! Sinto muito. Um dia quem sabe vocês se encontram.


Notas Finais


Acho divertida intrigas entre amigos, quando eles tem o mesmo interesse, já que a amizade não irá acabar, não importando quem ganhe...


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