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História Então é amor. - Capítulo 4: Você


Escrita por: usoppsan

Notas do Autor


DESCULPEM A DEMORA!!
Tive alguns problemas na história mas aqui está o quarto capítulo! Obrigada por todo o apoio!! Eu adoro vocês, bebês!

Capítulo 4 - Capítulo 4: Você


Capítulo 4: Você

P.O.V Sanji

Bem, eu jurava que o tinha assustado, já estava entrando numa profunda depressão xingando a mim mesmo com todos os palavrões possíveis mas Usopp estava normal, ele corava as vezes mas tirando isso e gaguejos eventuais estava tudo em ordem, e eu não podia estar melhor, é claro, continuávamos os mesmos embora parecia estarmos fingindo que nada aconteceu.

Estávamos agora numa onda de chuva. A Grand Line é imprevisível e até mesmo assustadora, passávamos o tempo checando a rota e voltando para dentro do navio. Em decorrência da chuva o clima ficou uma porcaria, se não estava gelando todo o interior do Sunny então o estava abafando, e hoje é um daqueles dias chuvosos e frios que congelam até os ossos, então todos estavam agasalhados, menos Luffy porque ele é lerdo e ainda não percebeu que está frio.

O bando agora vivia na cozinha, talvez porquê esquentava quando cozinhava algo e era assim que estamos agora, todos sentados em volta da mesa conversando descontraidamente e eu fervia agora uma água para o café e outra para o chá -que Robin-chan me pediu e quem sou eu para negar algo a uma dama?

- Oe. – O capitão chamou atraindo a atenção de todos. – Não está meio frio demais?

- SÓ PERCEBEU AGORA, IDIOTA? – Gritamos. Onde já se viu alguém tão lento ainda ser um capitão?

Bufei e coei o café, fazendo o chá e servindo primeiro as damas. Entreguei xícaras de café quente a cada membro e por pouco quase derramei o café na mesa. Luffy estava sentado no colo de Usopp tentando roubar o casaco do mesmo, seria uma ocasião normal e etc se não fosse pelo fato de Luffy estar se rebolando no colo do moreno.

- Espera, Luffy! Pega um para você, já te disse! – Usopp reclamou tentando segurar os braços de Luffy.

- Ah, mas eu não quero andar! Aqui está congelando, divide comigo!

- Não puxa assim! Vai rasgar!

- Pronto! Viu que dá? Sanji, café! – E com um sorriso reluzente de criança e praticamente tendo roubado o casaco de Usopp já que ele estava com a maior parte, Luffy me gritou.

Se eu o fatiasse agora ficaria muito na cara meu ciúmes? Claro, eu não o mataria, seria demais, mas pelo menos o deixaria longe o suficiente de Usopp nesse navio. Além da onda de chuva há também uma onda de ciúmes sobre mim e sinceramente, está sendo um porre.

Mas no fundo eu sabia que toda essa agonia era porquê Luffy é capaz de fazer o que eu me tremo inteiro só de pensar em fazer; tocar em Usopp. Desde que descobri minha paixão por ele eu sou incapaz de tocá-lo sem quase entrar em transe, por mais que eu o deseje por perto eu travo nessas horas e isso está me matando. Como o conquistarei se mal lhe abraço ou pego em sua mão? Queria fazer mais isso como na noite de vigia e quando lavamos os pratos mas eu simplesmente pifo.

Todos sabemos da facilidade do capitão para ter contato físico e intimidade com qualquer pessoa por sua natureza espontânea e pura, por isso estou me reacostumando com suas cenas com o atirador que inclusive é seu melhor amigo, então não era surpresa alguma os dois estarem do nada tão grudados. Contudo, não importa o quanto eu repasse esse fato na minha mente, eu sempre volto a sentir meu coração se remexer desconfortavelmente.

- Sanji? Tudo bem aí? – Me virei na direção da voz vendo um Chopper com olhar preocupado. – Você empacou aí, tipo uma estátua.

Escutando o outro, Usopp me olhou da mesma forma que a rena.

- Tudo bem, Sanji?

Balancei a cabeça em concordância, ajeitando minha postura e verificando se a comida na mesa estava a gosto de todos e o suficiente.

- Sim, estou. – Respondi, por fim. Meus dedos coçavam por cigarro, gostaria de fumar no convés mas com essa chuva toda não sei se iria dar. De qualquer forma, peguei uma capa e saí da cozinha. O céu estava escuro onde estávamos mas era possível ver que mais a frente ele se abria num azul reluzente, então logo logo estaríamos fora dessa imensa chuva. Acendi meu cigarro e com ajuda do capuz da capa eu consegui fumar.

- Hey. O que foi? - De relance vi Usopp se ajeitar do meu lado, se apoiando na barra molhada.

- Nada. – Soltei a fumaça para cima. Hmm. Queria passar meu braço por sua cintura e abraça-lo.

- Você está querendo mentir pra mentiroso, Sanji. – Inevitavelmente eu ri com essa, ele admitia na cara dura que mentia.

- Então admite que é um mentiroso? – O provoquei com um sorriso.

- Nunca neguei, ué. – Ele deu de ombros, rindo um pouco. - Mas e aí? O que houve?

- Nada demais. Só estou um pouco cansado. – Era uma meia verdade, eu estava cansado do clima ruim há semanas e de apenas pensar no que quero fazer. Usopp fez um estalo com a boca.

- Você tem vigia hoje, certo? Pode trocar comigo para poder descansar.

- Não é bem esse cansado mas vou aproveitar a oportunidade. – Fiquei feliz por ele tentar me ajudar, não segurando um sorriso. – Já terminou seu café?

- Metade dele o Luffy comeu, aquele cara não tem jeito. – Ah. Luffy. Imediatamente a imagem dos dois grudados veio a minha mente, mudei o peso de um pé para o outro, desconfortável. – E você? Quando vai tomar café?

- Tomo depois. Quer que eu faça algo para você mais tarde? – Bati o dedo médio no cigarro para a cinza cair e o levei a boca de novo.

- Sinto que você vem me mimando um pouco. Por quê isso de repente, Sanji? – Engasguei com a fumaça, me curvando e tossindo. Por essa eu não estava esperando.

- B-Bom.... v-você não gosta?

Ele brincava com os próprios dedos, olhando para baixo e tinha um vinco entre suas sobrancelhas, acho que ele as estava franzindo mas com a cabeça baixa não consigo ver direito.

- Não é isso. É só que você trata apenas as mulheres com esse cuidado, geralmente com os homens, mesmo do bando, você sempre é rude. E então, do nada, você me elogia e me faz comida fora de hora, eu, um homem. Como eu devo entender isso, Sanji?

Meu coração errou algumas batidas. Como ele deveria entender? Eu queria saber explicar pra ele. Como fazê-lo entender que não tem um motivo certo e que eu apenas quero cuidar dele por ser ele, independente do gênero? Eu adoraria saber explicar. Mas ainda com o coração desregulado minhas únicas palavras foram:

– É porque é você. Por ser você, Usopp, que eu faço essas coisas. – Traguei o cigarro mais uma vez, chegando mais perto dele e levantando seu rosto delicadamente, fazendo-o olhar nos meus olhos. – Essa é minha resposta. Pense o que quiser dela.

O soltei antes que ele molhasse o rosto, um silêncio curto surgiu mas logo foi quebrado pelo moreno.

- Se eu deixar você se aproximar eu vou ser mimado sempre assim?

- Então só está interessado na minha comida, Usopp? - O provoquei de novo, apoiando meu rosto na palma da minha mão e meu cotovelo na barra, olhando para o homem ao meu lado.

- N-não é isso!

- Estou brincando, narigudo. Mas seria compreensível se estivesse.

- B-Bom. Vou querer uma torta mais tarde, você pode escolher o recheio. Agora vamos entrar ou pegaremos um resfriado. – E então ele pegou a minha mão e me puxou, sua mão era quentinha e enviou um fio de eletricidade pelo meu braço que percorreu o resto do meu corpo. Meu coração batia tão forte que doía meu peito e era apenas ele segurando minha mão mas quando se tratava de Usopp nada era tão pequeno assim, cada gesto era carregado de potencial para me destruir.

Depois do caminho curtíssimo, para minha infelicidade, chegamos a cozinha e o moreno soltou a minha mão, foi direto conversar com o Franky e eu fui lavar a louça.

[...]

Já era tempos depois do almoço e eu preparava as coisas para fazer a torta que Usopp havia pedido quando ele entrou na cozinha dizendo que ficaria para aprender a fazer. Ao invés do usual rabo de cavalo, agora ele tinha um coque baixo mas ainda meio vomuloso e amarrava no pescoço um avental igual ao meu.

- ‘Tô me sentindo a tia da merenda.

- Espera aí, está faltando algo. – Me abaixei e abri uma das gavetas do armário, retirando uma touca nova. Fui até o moreno novamente e pus a touca no cabelo dele.

- Agora sim você parece uma.

- SANJI! – Ele reclamou, me dando um tapa ardido no ombro e fez um bico fofo, cruzando os braços. Tão, tãão adorável. 

Enchendo meu peito de coragem passei meus braços ao redor de sua cintura, alcançando os cordões do avental para amarrá-lo.

- Para mim você está adorável. - Estávamos tão perto que minha fala saiu em um sussurro e eu pude ver o rosa aparecer nas suas bochechas de forma gradual. Os olhos dele eram tão lindos e me olhavam tão atentamente que eu poderia morrer de amor agora mesmo. Terminei de amarrar o laço e o soltei, meu coração estava para sair pela boca de nervoso. - Vamos começar.

E então iniciamos a torta. Usopp não era ruim na cozinha, era um pouco lento mas nada que prática não resolvesse, corrigi alguns maus hábitos e dele e dei dicas para ele sair melhor, ele aprendia rápido e toda vez que conseguia imitar alguma manobra minha me dava um sorriso reluzente, era incrível como toda ação dele parecia me enviar doses de serotonina. Eu percebi que adoro passar meu tempo com ele.

Agora a torta já estava no forno e Usopp tinha acabado de voltar com as laranjas para fazermos um suco. Ele ainda usava a touca e o avental e inclusive ficava uma graça nele, por baixo do avental vestia uma camisa de frio amarela e nunca tinha percebido como essa cor combinava com ele. Separou duas laranjas do restante e se pôs a fazer o suco, parecia que estava em modo automático já que mal falou algo e seguiu direto.

- Está bom? – Me perguntou, oferecendo um copo com um pouco da bebida.

- Só um pouquinho mais de açúcar. É importante estar doce o bastante mas ainda ser notável o gosto da fruta. – Com um aceno, ele concordou e pegou mais uma colher de açúcar, me mostrando e quando eu disse que era o suficiente ele despejou na jarra. Usopp assobiou, cantarolando alguma música alegre que eu desconhecia enquanto colocava o suco para gelar. Ele remexeu os quadris de um lado para o outro descascando uma das laranjas que separou. Lindo.

- Que música é?

- Não sei o nome mas era uma que o Brook estava tocando ontem. Parece que finalmente estamos saindo desse toró, né? – O atirador me ofereceu a laranja descascada e partida, agradeci. As laranjas da Nami-san são realmente doces.

- Eu já não aguentava mais.

Ficamos em silêncio por um momento, Usopp se apoiava com os cotovelos no encosto da cadeira em frente a minha chupando a fruta, ele lambia os lábios grossos pegando os resquícios do suco, engoli em seco, céus, esse garoto ainda me mata. Ele conseguia ser sexy sem esforço algum, tão malditamente natural e ele era tão grande, uma hora ele me é adorável e quando lembro dos seus braços e abdômen fortes quase se parece outra pessoa. Suspirei me levantando, ficar mais tempo observando seu corpo e a situação se tornaria embaraçosa. Recolhi as cascas de cima da mesa e joguei no lixo.

A cozinha estava lentamente esquentando mas ainda estava bem frio. Lembrei da mão quente de Usopp quando estávamos no convés e então tive uma ideia para me aproximar dele.

- Usopp? – Ele me olhou arqueando uma sobrancelha, como se estivesse com preguiça de falar. Puxei sua mão – YAY! ela estava quente!- e o fiz se erguer direito. Com ele em pé e sendo menor que eu, me aproximei. Deitei minha testa em seu ombro e circulei meus braços por seu quadril em um abraço frágil, com zero resistência para que se ele não se sentisse confortável, pudesse me afastar.

Seu corpo era quente e ele cheirava a laranjas, pude sentir sua respiração em meu ombro e como a minha ela estava desregulada. Se eu o abraçar direito com certeza ele poderá sentir meu coração batendo forte como estava, me pergunto se o dele está assim também.

- S-Sanji? – Ele por fim, disse algo. O soar do meu nome em sua boca arrepiou minha espinha, escondi mais meu rosto na curva de seu pescoço.

- Está frio. – Que ele não me afaste. Que ele não me afaste. Que ele não me afaste.

Prendi a respiração quando o senti se movimentar e devagar suas mãos pousarem em meu quadril, eu podia sentir a hesitação como uma onda invisível emanando de suas palmas para meu corpo. E então ele me abraçou. De verdade. Deitou seu rosto no meu ombro e pude sentir sua respiração forte, suas mãos agarraram meu corpo e eu me senti relaxar.

Soltei o ar lentamente tentando normalizar meu coração que poderia explodir apenas pela felicidade de Usopp retribuir meu abraço. Com mil borboletas no meu estômago, eu sorri.

Ficamos assim por um espaço de tempo consideravelmente grande até que eu tive que ver a torta, quando ela estava no ponto a retirei e deixei que esfriasse e voltei para o abraço de Usopp que tinha se sentado no sofá dali e riu quando me sentei ao seu lado e deitei a cabeça em seu ombro.

- Parece que você vai se acostumar fácil em grudar em mim.

- Você é quentinho, é confortável. Seria ruim se eu me acostumasse?

- Nem um pouco. – Senti ele mexer os dedos no meu cabelo em um cafuné gostoso e lento, me ajeitei mais próximo a ele, queria mais disso; de nós dois.

[...]

No dia seguinte o céu estava resplandecente, brilhava fortemente e o vento vinha fresco, deixando todos a bordo animados mas quem olhasse para trás ainda poderia ver a imensa nuvem carregada que derramava chuva no mesmo lugar.

No horizonte a sombra de uma ilha começava a se erguer e nosso capitão já estava animado para explorar a terra.

- Que tipo de comida será que tem lá? – O capitão se perguntou.

- Ou que tipo de monstro. – Robin-chan sugeriu com um sorriso. Assustadoramente linda.

- Tomara que não tenha monstros. – Os medrosos Chopper e Usopp cruzaram os dedos. Usopp inclusive estava com sua roupa habitual: um macacão que se sustentava em dois suspensórios, uma camisa branca, suas botas pretas e a bolsa de armas. Maravilhoso.

- Mas tem que ter monstros! Que tipo de aventura não tem isso? – Luffy brigou com um bico e Franky concordou de braços cruzados. - A gente consegue ir mais rápido?

- Yah. Por volta das dez horas chegamos lá. Vamos nos preparar para desembarcar. – Disse nossa navegadora e com isso todos foram se aprontar a todo vapor, preparei os lanches piratas que Luffy pediu e logo mais já estávamos na costa da ilha desconhecida.

- Não tem nem sinal de gente. Será que ninguém chegou aqui ainda? – O moreno murmurou. Não tinha nem sequer uma casinha ali a frente.

- Chegar chegaram, Usopp, olhe as águas perto da costa. – Robin-chan o respondeu, apontando um dedo para as águas abaixo do Sunny. Me inclinei para ver também e havia ossos lá, com certeza ossos humanos, alguns esqueletos estavam completos e outros destroçados. Vi o moreno engolir em seco e murmurar.

- Acabei de lembrar que tenho a doença se-eu-pisar-nessa-ilha-eu-morro. Vamos dar meia volta, que tal?

- Não podemos, idiota. A log pose precisa registrar essa e apontar para a próxima ilha. – A ruiva revirou os olhos, mostrando a log no braço.

- E quanto tempo vamos precisar ficar aqui, Nami?

- Bom, vamos descobrir. Precisamos achar pessoas e perguntar isso, mas por enquanto vamos dar uma olhada nesse lugar. Eu preciso rodar essa ilha para desenhá-la, Robin, vem comigo? – Nami-san perguntou mas não houve resposta, me virei preocupado para onde momentos antes a arqueóloga estava, não tinha nem sinal da moça.

- Vou na frente! Eu acho vocês! – Uma voz animada gritou e lá onde já começava as árvores grossas e altas estava Robin, que acenou e adentrou a ilha. Ela parecia bem entusiasmada para estar numa ilha de cadáveres e mais sabe-se lá o quê mas podia ser perigoso eu tenho que protegê-la. E por falar em proteger cadê o medroso do bando?

- Espera aí, cadê o Usopp?

- Aqueles idiotas do Luffy e Usopp foram na frente. – Zoro saltou do navio, andando para a entrada da ilha também.

- OE ZORO! VOCÊ NÃO PODE IR SOZINHO! – Nami-san brigou.

- E por que não? – E ele ainda pergunta?

- Talvez seja porque você sempre se perde, cabeça de mato. Não podemos gastar tempo procurando você e o restante, essa ilha parece enorme. VOCÊ ESTÁ ME ESCUTANDO? – Ele me lançou o dedo do meio. Francamente, espero que ele se ferre.

- Argh, nada para essa gente. Sanji, pode vir comigo? Chopper, você fica com o Franky e Brook para cuidar do navio. – Com lápis, réguas e caderno em mãos a navegadora me chamou. Desci do navio e a ajudei a descer.

- Eeeh? Mas eu quero ir! Tem várias plantas esquisitas aqui, quero dar uma olhada. – A rena choramingou grudada na barra do convés.

- Tudo bem, você vem então. Até logo, rapazes. – E assim fomos pela direita da ilha, ficando quase pela costa para que Nami analisasse.

- Tem muita coisa estranha nessa ilha, não? – Comentei ao ver uma planta que lembrava uma carnívora enorme comer outra perto de onde estávamos.

- E muito mosquitos. Será que tem ao menos uma alma viva por aqui? – Passei a mão na cabeça de Chopper que agarrou minha perna com medo.

- Silêncio, preciso desenhar. – Nos calamos quando a ruiva reclamou outra vez mas continuamos a observar a fauna e flora esquisita daquele lugar. Mosquitos grandes demais para serem chamados apenas de mosquitos sobrevoavam a gente o tempo todo. Tinha raízes de vários tamanhos e espessuras no chão, rodeadas de gramas verdes que brilhavam com o sol onde uma ou outra coisa esquisita passava ali. Chopper tropeçou numa das raízes e antes que ele caísse o puxei rápido, além da raiz havia uma poça de areia estranhamente movimentada.

- O que diabos uma poça de areia movediça está fazendo no meio do mato? – Sussurrei. Que lugar era aquele??

- Sanji! Sanji! Aquele bicho! É uma Arthropleura. – Nosso médico apontava assustado para uma coisa que parecia uma centopeia enorme.

- E o que tem? – Ok, era um bicho esquisito, e daí? Tinha um monte por aí. Mas então Chopper falou algo que eu realmente não esperava.

- Essa espécie não deveria mais existir. Ela foi considerava extinta há anos!

- O quê?! – Como era possível ela estar ali agora? Se ela foi extinta há anos essa ilha só poder ser-

- Calados! Não consigo me concentrar com vocês dois cochichando aí! Podem ficar quietos por um momento? – Nami-san não tinha armas de fogo nos olhos mas nos escolhemos como se ela estivesse pronta para nos fuzilar quando ela nos olhou.

Caminhamos mais um pouco em silêncio, paramos algumas vezes a pedido da cartógrafa e Chopper ia de um lado a outro fazendo anotações. Me pergunto se Usopp está bem, ele deve estar com Luffy então não deve estar muito machucado ou algo assim e além disso ele cresceu, deve estar lidando melhor com as coisas mas ainda assim queria estar o assegurando.

- E aquela cobra é rara, a espécie está quase extinta, seu veneno pode combater outros também então há muito tráfico desse tipo de animal no mercado mas os testes são ilegais pois há mais sinais de piora do que melhora nos pacientes. – Balbuciou o médico, colocando uma das patas do lado da boca como quem conta um segredo.

E de repente o chão começou a tremer e as folhagens se movimentaram agitadamente. Cada vez os tremores ficavam mais próximos e rápidos e começamos a escutar gritos.

- PARA ESSA COISA!

- ELE NÃO FAZ O QUE EU MANDO! AINDA VOU DOMESTICAR ELE!

- COMO INFERNOS VOCÊ VAI DOMESTICAR A PORRA DE UM DINOSSAURO, LUFFY?

A voz do Usopp? Dinossauro? De onde ele está vindo? Espere, se acalme, Sanji! Em que direção os sons parecem mais altos? Á minha esquerda! Corri o mais rápido que pude em direção ao som, quase caindo em outra poça e chutando plantas com dentes afiados. Parei numa clareira, olhando em volta e o som sumiu por um momento.

- SANJIIIIIIII! – Usopp! – SAAAAAI DAAAAÍÍÍ! – E então eles apareceram montados em um dinossauro verde e enorme que inclusive tinha a boca pingando sangue. Luffy ria como se fosse a coisa mais divertida do mundo inteiro enquanto um Usopp assustado estava grudado nele. E o dinossauro vinha agressivamente na minha direção. As plantas esquisitas e bichos que já não deveriam existir habitando esse lugar, só tinha uma resposta: essa era a porra de uma ilha pré-histórica!


Notas Finais


Obrigada por lerem até aqui, mina! Até o próximo!


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