1. Spirit Fanfics >
  2. Entre a luz e as trevas >
  3. Capitulo 22

História Entre a luz e as trevas - Capitulo 22


Escrita por: JuuhMetal

Notas do Autor


Boa noite my Povoooooo
Como sempre, estou atrasada com o capitulo... Masss, o que importa é que estou aki kkkkk
Ne?!
Enfimmm, não gosto de me estender demsis, portanto, bora para o cap <3
Boa leitura a todos *-*

Capítulo 23 - Capitulo 22


  Foi fácil encontrar a fábrica abandonada, pois uma aglomeração impressionante de elfos negros e vampiros cercava o prédio.

  Paramos a uma distância segura do local, estudando a melhor maneira de entrar na fábrica sem sermos notados. E o mais importante, como sair de lá sem luta.

  Itachi estava calado ao meu lado olhando a movimentação. Estávamos há quase meia hora no terraço de uma indústria de pneus abandonada, mas não podíamos mais adiar o plano, pois os elfos já estavam ficando inquietos. Três deles tentaram derrubar a porta de ferro usando um carro, mas a porta apenas amassou e se negou a abrir.

 - É agora ou nunca. – Itachi falou baixo, com as mãos nos bolsos e o semblante fechado – Eles não vão mais esperar, vão jogar gasolina e queimar a fábrica.  Se os seus amigos saírem morrerão aqui fora, mas se eles ficarem morrerão queimados, e se tiverem sorte morrerão intoxicados com a fumaça.

  Olhei para ele de olhos arregalados. Ele disse tudo tão calmamente como se aquilo fosse óbvio, mas para mim não era uma opção, eu estava decida a não deixar meus amigos serem mortos.

 - Eles não vão morrer por que nós vamos salvá-los! – fiz a cara mais feia possível para ele, que apenas me encarou como se eu fosse inocente demais para aceitar a conclusão óbvia dada por ele. – Vamos agora, qual é o seu plano?

  Ele ficou calado alguns segundos, estudando minha reação.

 - Eles são muitos, você vai morrer se for até lá. Somente eu irei. Você ficará aqui até segunda ordem. – Ele passou a mão nos cabelos, jogando os fios soltos que insistiam em cair em seu rosto para trás. – Não tem como entrar sem ser notado. Há apenas um modo de entrar, mas eles vão me ver e com certeza vão queimar a indústria. Eles sabem que eu sou imortal, mas vão me atrasar bastante fazendo isso.

 - O que você vai fazer? – um vento gélido passou por nós, fazendo um arrepio atravessar meu corpo. – Você é imortal Itachi, mas meus amigos não são. Eles vão morrer!

 - Não, não vão. – ele parou de me olhar, se virando para olhar a fábrica – Vou entrar no prédio pela porta da frente, para que todos me vejam. Eles vão se preocupar tanto com a minha presença que vão esquecer o real motivo do cerco. Seus amigos irão sair pelo duto de lixo que deve dar na parte de trás do prédio. Assim que eu entrar você corre até lá, e se certifica que eles saíram.

  Ele virou as costas e começou a andar até as escadas de emergência.

 - Itachi, mas e você. E se eles te pegarem? – indaguei com um nó na garganta.

  Ele se virou novamente para mim, olhando-me nos olhos, seu olhar negro e indecifrável presos aos meus por quase um minuto.

 - Você e seus amigos ficarão bem. É o que importa. Já passei por coisas muito piores, acredite. Apenas faça o que eu disse e vá embora. Meu carro está a uns cinco quarteirões daqui. Não se esqueça de pegar o elfo preso no container. – ele voltou a caminhar, mas parou quando chegou às escadas e jogou a chave do carro para mim – Só mais uma coisa. Não morra!

  E pulou.

  Corri até a beirada do prédio e me inclinei no parapeito para vê-lo, mas ele já não estava mais lá.

  Voltei para onde estávamos anteriormente, e o vi caminhando tranquilamente até onde os elfos estavam.

  - Tome cuidado Itachi. – falei para mim mesma.

  Senti uma presença em minha cabeça, a mesma presença maligna que eu sentia durante a guerra há dois milênios atrás.

  “Tomarei” a voz grave e rouca do hibrido sussurrou em minha mente.

  Sorri, eu sabia que era ele. No fundo eu sabia que ele sempre esteve comigo.

 

  Gritos ecoaram em um beco mais a frente. Era a hora, Itachi estava chamando a atenção para frente da fábrica, o plano estava dando certo. Os elfos corriam desesperadamente na direção do portão principal.

  Ouvi tiros, e um carro foi lançado sobre uma dezena de elfos negros. Avistei Itachi correr numa velocidade assombrosa e matar dois vampiros em questão de segundos. Corri para a escada de emergência e desci o mais rápido que pude.

  Tomei o caminho contrário do qual ele havia tomado, seguindo para trás da fábrica. “Entrei” ele sussurrou em minha mente. Obriguei minhas pernas a correr mais rápido.

  Cheguei à saída de lixo do prédio, gritos pareciam vir de todos os lados. Eu não sabia o que fazer, não conseguia falar com nenhum deles.

  Uma explosão tomou conta do ar, e a terra abaixo dos meus pés pareceu tremer.

 - O que tá acontecendo, que droga! – eu gritei.

 “Eles explodiram a entrada principal, estão entrando, mantenha a calma Hinata”. Respirei fundo, Itachi podia me ouvir, eu não sabia como, mas ele podia me ouvir.

  Fumaça saía pelos dutos de lixo. O desespero começou a tomar conta de mim.

 - Itachi eu vou entrar. – falei.

  A resposta veio quase imediatamente na minha cabeça “Nem pense nisso”.

  Eu estava quase arrancando meus cabelos, mais de quinze minutos havia se passado e nenhum sinal deles.

  De repente ouvi um barulho alto vindo de uma porta lateral, onde eu acreditava ser uma saída de incêndio. Mais um estrondo e a porta foi arrancada das dobradiças e se chocou contra a parede do beco.

  Uma nuvem de fumaça saiu pela porta arrancada e Itachi apareceu carregando Sakura no ombro. Ele largou a elfa inconsciente no chão ao meu lado e se levantou.

 - Ela não está ferida, mas inalou muita fumaça. – ele falou – O outro está lá dentro, vou buscá-lo. Fique com ela.

  - Espere, eu posso ajudar! – falei agarrando o braço dele. – Não quero que você se fira.

  Itachi olhou para minha mão, depois para mim. Seus olhos brilhando vermelhos.

  Ele sorriu e passou o polegar carinhosamente sobre minha bochecha.

 - Vai me ajudar ficando segura. Por favor, fique aqui, eu não demoro. – soltou minha mão que agarrava seu braço e correu para dentro da fábrica tomada pela fumaça.

 - Você está bem? – Sakura perguntou um pouco consciente.

 - Não fale gárgula, vai ficar tudo bem. Itachi está lá dentro, foi buscar o Sasuke. – falei, me ajoelhando ao seu lado.

  Ela começou a tossir tão energicamente que fazia seu corpo tremer, parecia que ela cuspiria o pulmão para fora a qualquer segundo.

 - Você precisa saber da verdade Hina... Ele quer te contar... Mas tem medo. – ela voltou a tossir e meus olhos se encheram de lágrimas – Seu pai o obrigou a manter distância de você... Ele sofre desde então...

  Mais uma sessão de tosse, mas essa parecia que não cessaria.

 - Pare de falar Sakura, por favor, pare. – implorei, mas ela não me ouvia.

 - Lorde Hiashi fez um acordo com ele e com o guardião... Suas memórias foram engarrafadas... Uma forma de proteção... Eles só queriam ver você bem... Ele te ama Hina, todos sabem disso... Todos menos você...

  Eu não entendia nada sobre o que ela falava. Eu estava com medo e as palavras dela embaralhavam em minha cabeça. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e pingavam na jaqueta jeans repleta de cinzas que ela usava.

  Outra explosão veio de dentro da fábrica, o prédio parecia que desabaria a qualquer momento e eles ainda estavam lá dentro.

 - Itachi! – gritei, mas não obtive resposta, então gritei mais alto – Itachi!

  “Estou bem. Tire Sakura daqui, estou com o outro elfo, mas ficamos encurralados.”

  Meu coração apertou dentro do peito, olhei para Sakura que respirava com dificuldade, mas se mantinha acordada. A indecisão não me deixava pensar direito. Me levantei e decidi agir.

  Corri cambaleante para dentro da fábrica.

  O fogo tomava conta do lugar e o calor estava quase insuportável. Tentei enxergar em volta, mas era impossível, a fumaça estava muito densa.

 - Itachi! – gritei o mais alto que pude. – Sasuke!

  Senti alguém se aproximando por trás de mim, esperançosa me virei na direção da presença, mas não era Itachi, nem Sasuke.

  Um vampiro chutou minhas costelas, sem dar chance para me esquivar do golpe. Fui lançada com força contra uma coluna de concreto e o ar foi arrancado de meus pulmões, tentei me levantar, mas o vampiro me agarrou pelo pescoço e me ergueu do chão.

  Fiquei suspensa no ar, minha garganta estava sendo pressionada com força, eu não conseguia respirar. Mantive meus olhos fechados, me concentrando em achar a adaga presa em minha cintura.

  Retirei a adaga com dificuldade e a finquei na cabeça da criatura. Ele me soltou e eu caí no chão respirando com dificuldade, o ar tóxico arranhando minha garganta.

  Olhei para o vampiro que tentava arrancar a faca do seu olho esquerdo, mas antes que ele atacasse de novo me joguei sobre ele.

  Caímos no chão com força.

  Agarrei a adaga com as duas mãos e terminei de arrancá-la do olho do vampiro, a cravando também no seu olho direito, e sem esperar ele revidar a afundei em seu pescoço, dando uma volta inteira até a cabeça ser separada do seu corpo.

  Limpei a faca na roupa do vampiro e me levantei tossindo. O fogo estava mais espalhado deixando a fumaça ainda mais densa, eu não sabia para onde ir, e minha perna ferida ainda sangrava, me deixando tonta. Tentei chamar o Itachi, mas a voz não saía pela minha boca, meus pulmões estavam cheios de fumaça.

  Comecei a caminhar cambaleante, o medo tomando conta de mim. Tudo em que eu pensava era Itachi. Caí de joelhos, meus olhos lacrimejavam e o ar se negava a entrar em meus pulmões. Arrisquei olhar em volta uma última vez, e avistei várias silhuetas mais a frente.

  Eram eles.

  Itachi estava no chão, com uma dezena de vampiros o segurando contra o piso, tentando a todo custo arrancar sua cabeça. Levantei-me e corri o mais rápido que pude até ele, Sasuke estava um pouco mais a frente lutando contra dois elfos, mas claramente estava em desvantagem.

  Segurei a adaga entre os dedos, e com toda a força que me sobrava lancei a adaga num vampiro que estava sobre Itachi, um dos tantos que o seguravam. Ele saiu de cima do hibrido tentando arrancar a faca, “um a menos” pensei. Sem perder a oportunidade, peguei minha arma.

  Eles olhavam para mim desorientados, visivelmente indecisos entre soltar Itachi para me atacar, ou arriscarem tudo e – tentar – matar o caçador.

  Apontei a arma para os vampiros, mas antes de disparar o primeiro tiro três dos vampiros foram lançados vários metros para trás. Itachi havia recuperado suas forças e já se livrava do restante deles. Respirei aliviada e mirei minha arma para o outro lado, onde Sasuke lutava.

  Disparei em um dos elfos. O tiro acertou em cheio a cabeça dele, e antes do segundo elfo correr atirei nele também, o atingindo no peito.

  Sasuke olhou na minha direção surpreso, parecendo não ter notado minha presença até aquele momento. Ele soltou um pedaço de madeira que segurava na mão e correu até mim, me abraçando com força.

  Antes de eu pensar em retribuir o abraço um pilar caiu, a um metro de onde nós estávamos. Itachi gritou algo, mas não pude entender, pois mais partes do telhado começavam a desabar.

  “Corra Hinata!”

  Ele gritou em minha mente, me assustando. Sem ele precisar dizer duas vezes comecei a correr, sendo seguida por Sasuke.

  Itachi não nos seguia, parei por um segundo, mas meu braço foi puxado por Sasuke que me guiava para a saída. Pedaços de madeira caíam em nossa frente, avistei a saída há dois metros de nós, mas antes de alcançarmos a porta o telhado desabou de vez.

  Tudo foi muito rápido, não pude ver com clareza o que aconteceu.

  Senti um forte aperto em minha cintura e em menos de um segundo estava no lado de fora da fábrica. Ouvi o estrondo do telhado caindo, e só o que vi foi um vulto sendo coberto pelos escombros do telhado.

  Sasuke.

  Tentei me levantar, mas meu peito estava em chamas e minha cabeça latejava. Senti o peso de um corpo sobre mim e percebi que era Itachi. Ele me tirou de lá no último instante.

  Ele estava muito perto, seu nariz quase tocando o meu. Eu queria chorar, mas as lágrimas não saíam. Eu encarava aqueles olhos negros indecifráveis, e ele me encarava de volta com tanta intensidade, que por um segundo eu pensei que ele me beijaria.

  Ele se afastou alguns milímetros, como se me inspecionasse e falou algo que não compreendi. Olhei para seus lábios perfeitos enquanto eles se moviam lentamente.

  “Você está bem Hina?”

  Wilhelm perguntou em minha cabeça, notando que eu não o ouvia. Eu não respondi, apenas fechei os olhos e me perdi na imensidão sombria da minha mente.

 

  Eu corria em direção à torre alta onde o elfo ruivo estava.

  Muitos seres se amontoavam na escada tentando chegar ao topo, assim como eu. Um forte empurrão em minhas costas me fez ter a noção de o quanto aquela ideia era inútil.

  Tentei dar meia volta, mas não havia espaço. Mais e mais seres tentavam entrar na torre, e apenas uma estreita escada de pedra levava ao topo. Avistei uma tocha fixa na parede e uma pequena janela logo acima.

  Um anão estava a alguns passos de mim, empurrei alguns homens na minha frente e me abaixei pedindo desculpas ao senhor anão. Ele olhou para mim confuso, e antes de perguntar do que eu estava falando ergui minha perna e pisei em sua cabeça, usando ela como calço para me alçar até a tocha.

  Segurei nela como se minha vida dependesse daquilo e me equilibrei até a janela, senti o vento gelado em meu rosto e olhei para baixo, avistando a altura que já estávamos. Pelo menos dez metros do chão. Segurei em uma pedra e percebi que seria fácil escalar a torre, era só seguir devagar e tudo daria certo.

  Tirei minha adaga da bainha e a finquei na parede, começando a subir. Firmei meus pés nas curvas dos tijolos de pedra e fui subindo me firmando como podia.

  O topo estava próximo.

  Ouvi vozes exaltadas vindo do parapeito da torre e de repente um raio atingiu o chão.

  A terra tremeu e algumas pedras soltaram das paredes da torre. Meu coração parecia que saltaria para fora, tive que me agarrar com força a uma pedra para não cair os vinte metros que já havia escalado.

  Escutei a voz grave do homem que não saía da minha cabeça, ele disse algo sobre fim e espada da escuridão. Segurei com força na ameia e me alcei com certa dificuldade.

 Assim que olhei para os presentes ali um frio atravessou minha barriga. O elfo ruivo ainda segurava a espada negra próxima ao rosto, mas as outras espadas estavam caídas no chão ainda brilhando. O vampiro de cabelos negros estava ao lado do guardião, ambos prontos para atacar.

  O elfo negro foi o primeiro a me avistar. Ele inclinou a cabeça e sorriu diabolicamente. Ele falou algo em élfico antigo e apontou a espada em minha direção. Minhas pernas bambearam e uma vertigem avassaladora passou pelo meu corpo, minha mão não tinha mais a força necessária para me segurar e senti meu corpo se inclinar para trás, prestes a despencar da torre.

  Meu corpo se desprendeu da ameia e eu caí.

  O guardião apareceu na beirada da torre e balançou o cajado, que brilhou em uma cor verde claro. Meu corpo não chegou ao chão, fiquei flutuando no ar como se um fantasma me segurasse. O vento começou a lamber meu rosto, primeiro devagar e depois com mais força, eu estava sendo içada para o alto da torre por alguma magia do guardião.

  Assim que eu estava próxima o suficiente ele segurou meu pulso e me puxou para perto dele, fazendo meu corpo voltar a me responder.

 - Está tudo bem filha, tudo irá acabar logo. – ele disse num tom firme, mas gentil.

Olhei na direção do elfo ruivo e percebi algo que eu não havia notado antes. Seus pés não tocavam o chão, ele estava flutuando.

  Itachi estava em sua frente, alto e imponente. As duas espadas que antes ficavam presas à suas costas agora estavam em suas mãos, pronto para atacar.

 - Me diz que está quase na hora Jiraya, não temos mais tempo, o feitiço já está quase completo. – o vampiro falou sem olhar para ninguém, mas parecia se dirigir ao guardião.

 - A última peça que faltava acabou de chegar meu velho amigo. – o guardião olhou para mim, e sorriu.

  Eu não entendi o que ele quis dizer, mas não precisou. Uma força maligna e gigantesca começou a emanar do elfo negro que ainda flutuava.

  O vampiro também pareceu sentir a força emanando do elfo. Ele segurou uma das espadas em suas mãos como uma lança, e a lançou. Ela cortou o ar numa velocidade incrível e em questão de milésimos de segundos atravessou o corpo do elfo.

  Eu prendi a respiração.

  As espadas no chão começaram a tremer e flutuar, assim como o elfo negro, que parecia às controlar. Sangue saía da sua boca, mas ele começou a gargalhar. Um riso cruel e lunático, que fez meu corpo todo gelar e meu estômago se revirar.

 - É tarde demais para vocês, a era dos humanos e elfos brancos acabou. Eu serei o rei de tudo e todos. Eu trarei a paz e o equilíbrio que a terra precisa, vocês não são mais capazes de me impedir! – ele olhou para mim, seus cabelos ruivos rodopiavam em volta de sua cabeça como serpentes prontas para dar o bote – Você criança, venha comigo. Juntos, nós acabaremos com essa guerra. Nunca mais haverá matanças, nem fome ou guerras. Venha comigo milady e ajude-me a realizar esse ideal!

  Ele estendeu a mão para mim.

  Uma força imensa atravessou meu corpo e eu levantei, sentindo naquele momento como se nada pudesse me impedir.

  Olhei na direção do vampiro que me olhava de esguelha, mas sem tirar a atenção do elfo negro.

  Dei um passo na direção do elfo.

  “Não faça isso milady, ele está mentindo.”

  Ouvi a voz do vampiro em minha mente, mas não me abalei, apenas continuei caminhando.

  “Apenas você tem poder para acabar com essa guerra”.

  Suas palavras chamaram minha atenção. Olhei para ele, pedindo com os olhos para continuar. Ele entendeu.

  “Pegue as espadas e às separe, jogue uma delas para qualquer lugar longe do Boskrovt.” Sua voz em minha cabeça era baixa e grave, mas calma, parecendo não querer me assustar.

  Eu continuava caminhando na direção do elfo, como se nada tivesse acontecido e olhei para as espadas, notando que elas pararam de brilhar.

  Levei um susto de imediato quando olhei na direção do elfo negro a poucos metros de onde eu estava, vendo seu olhar colérico sobre mim.

  Ele sabia o que eu ia fazer.

  Ele pousou no chão e se aproximou rápido demais, sua espada negra estava prestes a atravessar meu coração, mas eu fiquei sem reação e não pude me mover.

  O vampiro foi tão rápido que quando o notei, ele já estava em minha frente como um escudo, com a espada atravessada em seu peito.

 - Corra! – ele gritou.

  E eu corri sem hesitar na direção das espadas.

  O elfo lançou o vampiro para o outro lado da torre e veio atrás de mim, mas eu não parei de correr.

  Uma luz verde brilhou novamente e o guardião surgiu em uma nuvem de fumaça, entre mim e o elfo negro.

  Eles lutaram.

  Não olhei mais para trás, foquei nas espadas logo à minha frente.

  Elas estavam ficando escuras como carvão. “Está começando” pensei desesperada.

  Sem pensar nas consequências escorreguei pelo chão e agarrei em uma das espadas, e comecei a puxa-la, tentando desprende-la da placa de metal com formato de asas.

  Ela não se movia, parecia que estava sendo puxada pela placa como um imã. Um choque atravessava meu corpo a cada cinco segundos e as luvas em minhas mãos começaram a derreter, mas em momento algum soltei a espada.

  A pele da minha mão começou a queimar quando entrou em contato com o cabo da espada.

  Ela não se soltava da placa de metal, e me repelia.

  A dor invadia meu corpo cada vez mais forte, eu não aguentava mais.

  Pensei em tudo pelo que passamos e pelo que lutamos até aquele momento.

  Se eu desistisse agora tudo seria em vão.

  Lembrei-me de todo meu povo, meus amigos, as outras raças que engoliram seu orgulho e se juntaram à Aliança.

  Lembrei-me da minha mãe.

  Juntei o resto das forças que ainda estavam no meu corpo. Fiquei em pé e pisei na placa, puxando a espada com as mãos ensanguentadas.

  Pedaços de pele começavam a soltar da palma das minhas mãos, mas não parei de puxar a espada.

  Comecei a gritar pela dor insuportável, até que senti a espada vacilar e a esperança tomou conta de mim, e num último impulso desesperado do meu corpo, ela se soltou da placa.

  Olhei desacreditada para a espada, só agora percebendo que era a espada do elemento ar.

  Um vento soprou sobre mim e me lançou longe, como se me atacasse. Caí de costas no chão ainda segurando a espada, que já havia parado de queimar. O vento soprou novamente e fagulhas de gelo rasgaram a pele do meu rosto, mas me neguei a largar a espada.

  Ouvi um grito raivoso do elfo negro que ainda lutava contra o guardião.

 “Jogue a espada para longe.” O vampiro gritou na minha cabeça.

  Segurei ela com as duas mãos; girei meu corpo e a lancei para fora da torre.

  O elfo acertou o guardião com a espada negra, o vampiro segurou seus braços para trás e acertou o joelho do elfo, o fazendo cair de joelhos no chão. Ele parecia sem forças, estava derrotado.

  O guardião limpou o sangue que escorria pelo seu cajado e falou algumas palavras em uma língua estranha e o elfo parou de se mover, como se estivesse petrificado.

  O vampiro o soltou e olhou para mim. Seus olhos vermelhos passaram para uma cor vinho, e depois para um preto tão escuro que era impossível diferenciar as pupilas das íris.

  “Muito bem” ele sussurrou em minha cabeça, e sorriu largamente, deixando a mostra seus caninos levemente maiores que os demais dentes, e duas covinhas nas bochechas.

  Fiquei perdida naquele rosto irresistivelmente belo por alguns segundos, e depois de muito tempo me permiti rir de verdade.

  Nós havíamos vencido, guerra havia acabado.

  


Notas Finais


NÃO ME ODEIEMMM
Foi triste para mim tambem, acreditem...
Não gostei de fazer isso com o nosso Sasuke... Masssss, aconteceu...
Enfimmmm, está ai, mesmo que o cap seja hiper triste, eu amei escrevê-lo, por isso, não me odeiem tanto,e continuem lendo, tenham fé em mim kkk
Obrigada por favoritarem
Obrigada por cada comentário FODA de vcs.
Boa noite, e até o próximo capitulo.
VCS SÃO FODAS <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...