E depois daquilo, mais a tarde eu fui embora. Passei numa pizzaria no caminho de casa e comprei uma pizza de pepperoni enome e um refrigerante. Depois fui a uma confeitaria renomada daqui e comprei um bolo de chocolate cheio de cerejas e um pote de sorvete de creme.
Cheguei em casa e guardei o refrigerante na geladeira junto com o bolo. O sorvete foi para o freezer e a pizza para o forno a espera da Emily.
Amanhã é aniversario dela e sempre comemoramos juntas, e eu sinceramente espero que ela entenda.
Fui tomar um banho e quando sai penteei os cabelos e coloquei meu pijama. Até que escutei a porta se abrindo.
-- Licity, ta em casa? – Emily pergunta ainda na cozinha
- To no quarto. – falo indo na direção dela.
- Que cheiro maravilhoso de pizza é esse? – ela pergunta procurando a fonte do cheiro
Eu sorrio.
- O que aconteceu? – ela fala desconfiada
- Eu não estar aqui amanhã – eu falo e fico triste
- Aonde você vai? – ela pergunta séria
- Itália? – falo em tom de questionamento, mas já falando aonde eu ia
- Você vai ir ver a mamãe? – ela questiona rápido e indignada
- Não, eu vou a trabalho. – respondo
- Com o Oliver – ela ainda está séria
- Sim, eu não tinha o que fazer. Ele precisa de mim porque eu falo italiano assim como você. – respondo
- Quantos dias?
- Uma semana. – respondo
- Posso fazer uma festinha aqui? – ela pergunta rindo
- Eu achei que você ia ficar brava comigo. – e então eu volto a raciocinar e me lembro da pergunta – E, não! Nada de festas aqui.
E então nos jantamos e passamos a noite assistindo filmes e comendo.
Depois fomos dormir e pela manhã eu não fui trabalhar. Oliver me deu o dia de folga para me organizar e estar na agencia à tarde.
Arrumei as malas e descansei um pouco. Depois do almoço eu fui para a agencia e fiquei lá.
- Está pronta? – ele pergunta chegando do nada
- Claro, sim. Estou pronta. – respondo
- Então, desligue tudo e vamos descer. O John está no carro nos esperando. – ele me fala
E foi o que fiz.
Desci e o motorista me ajudou com as minhas malas. Estar com Oliver sentado ao meu lado foi um pouco estranho. Viajar com ele ainda mais.
Eu não estava totalmente confortável com a situação.
Depois de 10 minutos, saímos do carro e embarcamos no avião.
Na manhã seguinte chegamos à Itália. Estava bem ensolarado e bem quente. Ao pisar para fora do carro eu sorri e isso chamou a atenção do Oliver.
- O que foi? – ele me pergunta sorrindo
- Estou em casa! – eu falo suspirando e sentindo o ar daquele lugar
Ele continua sorrindo e me observando.
Até que parei e olhei para ele:
- Tem um tempinho? – pergunto
- Sim, a reunião é às 17h. Aonde você quer ir? – ele fala e parece entusiasmado
- Piazza di Spagna. – respondo – Estamos em Roma, você precisa ir lá.
- O que é isso? – ele fala confuso
- Vem comigo – eu falo e saio andando e ele vem atrás tentando me acompanhar
- Felicity, aonde vai? – ele fala ainda atrás de mim
Chegamos à frente da bela fonte no centro da praça. Eu me sentei na beira dela e ele se senta também.
- Isso é lindo – ele fala
- É. – ele estava falando da enorme escadaria que dava para uma bela igreja – Eu vinha aqui sempre, para pensar.
- Você tem muita sorte. Podia ver isso sempre. – ele me diz sorrindo enquanto olhava a escadaria
- Não muita, mas nessa parte sim. Eu tinha muita sorte. – respondo cabisbaixa
- O que aconteceu aqui? – ele me pergunta
- Eu quase me casei aqui – eu respondo
- Como? – ele parece perplexo
- Eu namorava um rapaz e a minha mãe fazia muito gosto desse relacionamento. – começo – Mas eu não o amava. Então, um dia ele conversou com a minha mãe sobre casamento e ela respondeu em meu nome.
- Ela disse que você se casaria com ele?
- Mais ou menos isso. Mas até então eu não sabia o motivo. Depois que eu descobri que ele era filho de um dos homens mais ricos de Roma.
- Você não conhecia a família dele?
- Só alguns. – respondo
- E então? – ele me pergunta
- Eu terminei o relacionamento com ele e tive uma briga com a minha mãe. – eu paro – Eu me senti usada e então depois disso eu fui embora.
Ele estava em silencio.
- E fui embora para Los Angeles.
- E então desistiu de viver aqui?
- Aqui não era o meu lugar. Perdeu o sentido depois que eu meu pai morreu. – respondo – Ele era a pessoa aventureira e perspicaz que tentava fazer com que todos ficassem unidos e crescessem juntos.
- Eu sinto muito – ele fala
Eu então fico olhando a escadaria. E depois de um tempo eu sorrio, olho para o relógio do meu pulso e falo:
- Temos que ir, a reunião começa em uma hora.
Ele se levantou e me deu a sua mão. Agradeço e vamos caminhando pela praça enquanto eu fui explicando tudo o que sabia nos mínimos detalhes dos mínimos lugares onde passávamos.
Até que ele olha para mim e sorri.
- O que foi? – pergunto
- Você é uma ótima guia turística – ele fala e sorri
E eu apenas sorrio de volta.
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