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História Entre Amor e Tretas - Encontros que não deram certo


Escrita por: Janne-Be

Capítulo 7 - Encontros que não deram certo


*Rose*

Cheguei mais cedo na escola, estava carregando uma caixa com meus materiais de pintura já que hoje teria aula de artes, resolvi deixá-la já na sala de aula para não ficar carregando-a pra cá e pra lá.

Indo até a sala no primeiro andar ouvi vozes vindo de dentro de lá.

???: Para com isso! Sai daqui!

???: Não fala assim princesa, sei que você também me quer.

Me apressei e entrei na sala correndo, lá estava Lucas prendendo Lisa contra a lousa.

Rose: Lucas!

Ele olhou para mim e isso foi tempo suficiente para Lisa pegar o apagador da lousa e bater no rosto dele, levantando pó e fazendo ele solta-la. Ela saiu de perto dele, pegou minha mão e correu me puxando junto, nesse momento minha caixa de materiais de artes caiu, não me preocupei pois estava dentro da sala.

Quando já estávamos no andar térreo ela parou de correr.

Rose: Temos que avisar a coordenação! O que ele fez foi muito sério!

Lisa: Não, já lidei com caras desse tipo, o que menos podemos fazer agora é avisar alguém, isso só irá piorar tudo. Não temos provas, podem dizer que queremos o incriminar falsamente e ficar contra nós e isso pode despertar raiva nele e fazer com que tente coisas piores.

Rose: Tem razão... Precisamos de provas.

Lisa: Ele não tentará nada se tiver alguém por perto ou se estivermos juntas.

Rose: Mas não quero viver com medo por que temos um babaca em nossa escola.

Lisa: Nem eu, mas é só por enquanto, quando der tiramos uma foto dele no flagra, ficaremos alertas caso ele faça algo com mais alguma menina, só confia em mim, vai dar tudo certo - ela falava transmitindo confiança.

Concordei com a cabeça, ela ia em bora, mas eu segurei sua mão.

Rose: V-você... Está livre hoje a noite? - perguntei nervosa.

Lisa: Estou, por que?

Rose: Quero que vá lá em casa, jantar com meus pais.

Lisa sorriu.

*Gustavo*

No início da aula eu fico no pátio da escola assim como a maioria, eu estava no celular quando vejo Sarah chegando correndo até suas amigas Melissa, Vitória e Vanessa. Eu fiquei no celular fingindo não ouvir.

Sarah: Gente, gente! Vocês não tem ideia! Adivinha quem voltou para a cidade!

Melissa: Fala logo quem.

Sarah: O Thiago!!

Vanessa: Sério?!

Sarah: Sim!! E eu vô toma sorvete com ele hoje!!

Vitória: Ele é mó bundão.

Sarah: Não fala assim dele, ele é meu amigo!

Vitória: Maisé.

"Droga, ela tem um encontro hoje!"

Fomos para a aula, eu sento na frente da Sarah.

Gustavo: Eai, Sarah?

Sarah: Que que tu quer Gustavo?

Gustavo: Nossa, grossa - falei rindo e ela riu também.

Sarah: Fala o que tu quer demônio.

Gustavo: Quero saber se tu vai fazer algo hoje a tarde.

Sarah: Vô, vô sai com um velho amigo.

Gustavo: Thiago?

Sarah: Como você sabe?

Gustavo: FBI aqui.

Sarah: Tu tava ouvindo eu conversando com minha amigas?

Gustavo: Não, ele foi almoçar no restaurante onde meu pai trabalha ontem - menti.

Sarah: Ata.

O papo morreu aí, mas a história não acabou ainda não.

*Rose, na aula de artes*

Eu estava pintando meu quadro assim como todos os outros alunos, até que Lisa que já tinha terminado o seu quadro se aproximou de mim.

Lisa: Hum... uma rosa - falou olhando para minha pintura - é... interresante...

Rose: Esperava o que? Meu nome é Rose - falei rindo.

Lisa: Esperava uma guitarra bem gótica e roqueira ou algo mais clássico como a Mona Eu.

Rose: Mona Você?... Ah! Mona Lisa! Entendi - falei rindo. - E você, pintou o que?

Lisa: Algo simples mas expressivo - falou virando seu quadro para mim, era um olho muito bem feito e detalhado.

Rose: "Simples" não é mesmo?

Lisa: É... Só acho que falta algo.

Rose: Tipo o que?

Lisa: Tipo um pouco de cor, o que acha desse... azul celeste?! - ela passou a tinta no meu nariz.

Rose: O que?! Você vai ver! - revidei espalhando um rosa pink pelo rosto dela igual as pontas dos seus cabelos coloridos.

Ela  sorriu, pegou um pincel, mergulhou no balde de tinta vermelho-sangue e mexeu o pincel repetidas vezes rapidamente para respingar em mim.

Rose: Ah, é assim?! Eu joguei nela o resto de um potinho de tinta verde-limão.

Ríamos enquanto fazíamos uma guerra de tinta e revidávamos os ataques e contra-ataques uma da outra. Nos sujamos de tantas cores diferentes que parecíamos um arco-íris.

Lisa sujou as mãos de tinta turquesa e pintou uma mecha do meu cabelo.

Lisa: Ficou linda.

Rose: Você não fez isso isso - sujei minhas mãos de tinta e a sujei toda derrubando-a no chão.

Lisa: Ah! - gritou rindo.

Nesse momento a professora de artes Marcela entrou na sala e nos viu.

Marcela: Bonito heim! Bonito!

Nos levantamos no mesmo instante.

Marcela: Eu só não mando as duas para a coordenação por que a coordenadora está doente, lá está uma bagunça e vocês só piorariam as coisas! As duas vão se lavar no banheiro e peguem roupas limpas com a Laís.

Fomos direto para o banheiro antes que a cituação ficasse pior para o nosso lado.

Eu terminei de me limpar antes que a Lisa por estar menos suja que ela, só minhas roupas ainda estavam cheias de tinta então fui buscar outras com a Laís. Me encaminhei a recepção, chegando lá também estava uma bagunça.

Rose: Laís... o que está acontecendo?

Laís: A coordenadora está doente a dias e até aqui está uma zona, não há quem organizar a papelada dos alunos, inscrições, etc...

Rose: Entendo, eu vim pegar algumas roupas limpas por que eu e Lisa tivemos um pequeno acidente na aula de artes.

Laís: Claro, pode pegar umas roupas dos achados e perdidos ali na salinha, estou muito ocupada agora, pode ficar com elas, essas coisas já estão ali a tempo e os donos nunca apareceram - ela estava andando de um lado para o outro fazendo mil e uma coisas ao mesmo tempo.

Rose: Ok...

Me encaminhei a famosa "salinha da bagunça" e peguei algumas roupas que considerei menos foi feias, uma camisa branca básica meio velha, nada demais e uma camisa xadrez até que bonitinha para Lisa, e para mim peguei uma blusa preta com o símbolo do Iluminate nela.

Voltei ao banheiro, chegando lá ouvi algumas vozes, então espiei por uma fresta na porta e vi que novamente Lucas estava tentando forçar Lisa a ficar com ele.

"Aquele babaca escroto!" - me enchi de raiva - "calma, preciso ser mais esperta que ele".

Aproveitei a chance e tirei uma foto, a foto que o incriminaria e o expulsaria, após tirar a foto aí sim eu pude expressar minha raiva. Entrei chutando a porta.

Rose: Escuta aqui embuste, quem você pensa que é?! Se acha superior a ponto de poder fazer o que quiser com ela independente da vontade dela, não é assim que as coisas funcionam, sai daqui agora!

Ele saiu, não tinha resposta para dar.

Rose: Aí se eu vejo ele um dia desses na rua!

Lisa: Deixa, não vale a pena, estou bem.

Rose: Bem nós e todas as meninas desse colégio ficarão quando ele for expulso, eu tirei uma foto - falei sorrindo - é o que precisamos para incriminar e denunciar ele.

*Heitor*

Cheguei em casa, o clima estava sério, meu pai não falou nada, apenas mandou que eu me dirigisse até a sala de estar, acompanhei-o até lá e ali estava um homem velho, vestido com um terno e carregando um mala de couro preta, estava sério. Luana (minha irmã) e minha mãe já estavam na sala.

Pai: Sente-se - obedeci meu pai - esse é o Dr. Bernard Dubois, advogado de seu tio distante Antenor Onorato Vianna Carter.

Dr. Dubois: Como seu pai já vos disse, sou advogado de seu tio distante, que vocês não sabiam da existência - ele falava muito calmamente com uma expressão neutra - seu tio faleceu a uma semana, era um homem sozinho, não tinha parentes próximos. Por este motivo foram feitas pesquisas e ao analisar o banco de dados os únicos parentes de sangue dele são vocês. Heitor e Luana, por serem os mais jovens, a herança de Anator Onorato Vianna Carter é toda de vocês.

Eu e Luana nos olhamos espantados.

Pai: E o que seria essa herança?

Dr. Dubois: Uma mina de esmeraldas, 30% da fábrica de jóias Christian Dior e mais alguns milhões nos quais ⅓ estão investidos na Petrobrás.

Meu pai ficou sem reação.

Dr. Dubois: Vocês só poderão usar o dinheiro após atingirem a maioridade e é claro que ele será dividido entre os dois mas por enquanto seus pais poderão administrar a mina e ficar com o lucro assim como a Christian Dior e Petrobrás, todo o dinheiro que conseguirem com suas ações poderão usar.

Pai: E quem está administrando as minas?

Dr. Dubois: Sophia Montserrat.

*Gustavo*

Já era de tarde, Sarah provavelmente já estava na sorveteria com Thiago, obviamente eles iriam na sorveteria da Magali, a mais famosa da cidade.

Chegando lá vi os dois sentados em uma mesa na frente da sorveteria conversando.

Sarah: Você vai voltar a estudar no São Inácio junto comigo?

Thiago: Sim, começo amanhã.

Me escondi no beco que havia do lado para eles não me verem e fiquei espiando discretamente.

Um garçom foi atender uma mesa perto de onde eu estava.

Gustavo: Psiu - chamei, ele não ouviu - psiu! - ele olhou para mim e eu fiz sinal para que viesse até mim.

Garçom: Sim? - ele falava com um sotaque francês falso.

Gustavo: Preciso de um favor, está vendo aquele casal? - apontei para os dois - te dou 20 reais para que derrame uma jarra de suco no menino.

Garçom: Mas que absurdo! - falou o garçom - tão jovem e tão trapaceiro, no jogo do amor não é assim que se joga!

Gustavo: Você tá com a chance de ganhar um dinheiro a mais.

Garçom: Se o gerente ficar sabendo posso perder o emprego ou pior.

Gustavo: É só fingir que foi sem querer.

Garçom: Mesmo assim posso ser demitido por incompetência.

Gustavo: Tá bom, te dou 30.

Garçom: 50 - falou com um sorriso.

Gustavo: Você vai derramar uma jarra de suco nele, não um barril.

Garçom: 50 ou nada feito.

Gustavo: 40 e não se fala mais nisso.

Ele revirou os olhos, pegou o dinheiro e foi, alguns minutos depois escutei um grito.

Thiago: Que isso cara!

Garçom: Oh! Seigneur, pardon! - ele falava com sotaque francês novamente - não era mi intencion.

Thiago: Grr... - ele se mordia de raiva, estava todo sujo.

Sarah: Está tudo bem, foi sem querer, ele não tem culpa.

Thiago: É, está tudo bem, vou ao banheiro, já volto.

Cai na gargalhada. Ele levantou e foi até o banheiro, nessa hora percebi uma oportunidade perfeita. Tinha uma criança brincando com bombinhas de festa junina enquanto os pais tomavam sorvete, obviamente os pais não viram que ele estava tocando as bombinhas nas pessoas.

Gustavo: Ei, menino! - ele veio até mim - está afim de ganhar 10 reais?

Ele sorriu.

*Sarah*

Eu estava no celular por isso não percebi nada, quando Thiago voltou estava em um estado muito melhor e mais limpo.

Ele se sentou na cadeira e "BOOM!" houve um estouro.

Todos olharam e uma criança começou a rir com um sorriso maldoso.

Mãe da criança: Antônio Carlos Roberto Júnior! Foi você?!

Antônio Carlos: Não mamãe.

Mãe: Sei... Vamos para casa, lá conversamos!

Assim o casal e o menino foram para casa.

Thiago virou de costas e eu não me contive, cai na gargalhada.

Thiago: Do que você está rindo?!

Sarah: A sua calça está com um enorme buraco atrás - falei rindo.

Ele sentou-se antes que alguém visse.

*Gustavo*

"Agora o toque finale"

Gustavo: Ei, psiu!

Garçom: O que é agora, menino?

Gustavo: Preciso de mais um favor.

*Sarah*

Sarah: Amarre seu casaco na cintura - assim ele fez.

O garçom deixou sua bandeija com algumas coisas cair no lado de nossa mesa.

Garçom: Pardon, estou muito desastrado hoje!

Sarah: Sem problemas.

Depois de um tempo resolvemos ir em bora, quando Thiago levantou a toalha de mesa prendeu na sua roupa e ele levou tudo o que estava em cima da mesa junto sem querer.

Todos caíram na gargalhada.

Thiago: Para mim chega, vou em bora!

*Gustavo*

Ele foi em bora, Sarah teve de pagar os sorvetes e foi em bora logo após.

Segui-a.

Gustavo: Sarah! Espera!

Quando me viu ela parou e secou as lágrimas.

Gustavo: Ei... Tá tudo bem?

Sarah: Não... Só aconteceu merda hoje - ela falou e me abraçou.

*Rose, de noite*

Era 20h, meus pais já tinham sido avisados que Lisa vinham jantar conosco, se arrumaram e arrumaram a mesa, minha mãe fez uma janta especial, eu nunca havia convidado ninguém para jantar lá em casa.

Ding Doing

A campainha tocou.

Rose: Eu atendo! - sai correndo até a porta.

Mas não era ela, era uma mulher.

???: Olá, você é a Rose?

Rose: Sim, sou.

???: Meu nome é Neli, sou a mãe da Lisa, posso entrar?

Rose: Claro... - falei confusa.

Entramos e sentamos na sofá da sala.

Neli: Sinto muito, Lisa não pode vir hoje e não era justo eu deixar você aqui esperando-a a noite toda, além do mais você é a melhor amiga dela, talvez até mais que isso - pelo jeito a mãe dela sabe que ela é lésbica. - Eu não tenho seu número e mesmo que tivesse isso não era um assunto que pudesse ser falado por telefone.

Eu ficava mais curiosa e nervosa a cada segundo.

Neli: Lisa foi atropelada e está no hospital.


Notas Finais


Seigneur: Senhor em francês
Pardon: Perdão em francês


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