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História Entre amor e vingança - Dançando na chuva


Escrita por: RobertaDragneel

Notas do Autor


Vocês já dançaram na chuva?
A sensação é de completa libertação, é uma das melhores que há na vida.
A Sakura também precisa se sentir assim, afinal está liberta dos seus fantasmas da vingança, não é?
Bem, talvez nem tudo sejam rosas e o real perigo está prestes à começar.
Por hora, aproveitem os momentos que calmaria porque não haverão outros como esse à partir de determinado ponto da obra.

Sem mais enrolação, tenham uma boa leitura!

Capítulo 46 - Dançando na chuva


Fanfic / Fanfiction Entre amor e vingança - Dançando na chuva

Quando desço as escadas, encontro Kiran cozinhando com o meu avental branco. Lembro-me dessa cena antes da nossa viagem ao Egito e uma sensação de nostalgia toma meu peito. O indiano parecia concentrado pois cantarolava jogando a panqueca para cima. Desta vez, a massa não ficou presa no teto e bato palmas em comemoração. Ele dá um pulo surpreso ao ouvir as palmas, girando os calcanhares com a frigideira em mãos.

— Oh! Bom dia, Sakura!

— Bom dia, Kiran! — digo parando ao seu lado. — Você conseguiu, parabéns!

— Haha. Eu pratiquei muito em casa! — comenta apoiando a mão na cintura com um sorriso convencido e dou um leve soco em seu ombro. — Aí!

— Eu vou preparar o café.

Enquanto isso, conversávamos sobre assuntos aleatórios e ríamos ao comentar sobre professores que tínhamos em comum. Ao sentarmos à mesa, coloco um pouco de café na xícara de Kiran.

Parecemos casados.

Paraliso com tal pensamento, deixando o café derramar da xícara ignorando os protestos do rapaz. Quando estava no ensino fundamental, sonhava com momentos assim ao lado do Yatori, onde vivíamos como um casal perfeito e sem preocupações. Sempre quis ser boa nos afazeres domésticos porque pensava que, um dia, poderia orgulhá-lo como uma boa dona de casa. Como eu era idiota, né?

— O café é só na xícara, Sakura. Não precisa colocar na mesa também.

— D-Desculpa, estava um pouco distraída.

Respiro fundo, bebericando o café enquanto fitava as panquecas à minha frente junto com várias frutas. Kiran comia tranquilamente, comentando algo sobre a viagem ao Triângulo das Bermudas. O sorriso em seus lábios é tão evidente que posso ver com clareza cada um dos dentes alinhados. As covinhas de suas bochechas, às vezes, aparecem e eu acho aquilo uma graça. Gradativamente, as palavras somem do rapaz e ele devolve o contato visual.

Engulo seca ficando corada e pigarreio alto.

— Kiran, nunca pensou em ser modelo?

Não sei porque essa pergunta veio em minha mente, mas gostei da reação do indiano. Ele engasgou com a própria panqueca e bebeu o café em goles rápidos; só então percebeu que havia queimado a língua. Enquanto Kiran respirava com a língua para fora, buscava palavras para se expressar.

— Eu já recebi algumas propostas. — finalmente começava a se explicar, após o mini surto com o café quente. — Mas eu não consigo me sair bem com tantas pessoas me encarando.

— E aquela reunião na China? Suponho que precisou enfrentar várias pessoas.

— Aquela situação era totalmente diferente. Eu precisava fazer aquilo pelo bem da empresa, mas não me senti confortável. O único momento em que me sentirei bem entre pessoas será quando for professor de história.

— Porque é algo que você ama.

— Isso mesmo.

— E eu realmente não teria tempo para desfilar em passarelas. — ele completa. — Tenho que ajudar em casa, as aulas de luta, treinar o piano, escola e sobre nossos planos.

Nossos planos...

— Como consegue fazer tantas coisas? — pergunto curiosa. — Eu não sei como consegue lidar com tudo isso de uma vez.

Ele desvia o olhar um pouco envergonhado, apertando as mãos sobre a mesa e decide olhar em meus olhos após longos segundos.

— Quando eu tinha cinco anos, fui diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

— Nossa!

— Por sorte, era em um nível que não comprometeria o meu desenvolvimento escolar mas eu precisava exercitar constantemente a minha mente. Então, fui forçado a aprender uma segunda língua. Mesmo assim, continuava inquieto e foi aí que comecei a ter aulas de piano.

— Uau! Você pratica desde cedo. — digo impressionada, apoiando os cotovelos na mesa o fitando. — Foi difícil aprender?

— Demorou alguns anos para que eu aperfeiçoasse. — comenta sem jeito. — Depois do sequestro, voltei para casa um pouco agressivo.

— Um pouco?

— Tá bom. Muito agressivo. Mesmo com o intenso tratamento no psicólogo, não conseguia me recuperar. Por isso, meus pais decidiram me apresentar ao mundo das artes marciais. Eu iria treinar de qualquer jeito, mas pretendia fazer somente quando estivesse mais velho.

— Por ter começado tão cedo, conseguiu fazer mais de um tipo de arte marcial. — deduzo.

— Sim. Eu terminei o meu curso de inglês na época e aproveitei para encaixar outro treino. Lutar bloqueava a minha mente de pensar sobre tudo o que houve.

— E agora você está melhor?

— Sim! Ahm... Sakura...

— Sim?

— Você não vai se afastar de mim, certo? É que tenho medo de se afastar agora que sabe sobre meu transtorno...

Kiran encolhia os ombros como um gatinho assustado, abaixando a cabeça com a franja cobrindo seus olhos. Posso perceber o medo emanar do jovem, ele realmente temia ser rejeitado por mim. De forma súbita, arrasto a cadeira para trás ao ficar de pé e caminho em sua direção. Antes do indiano erguer o olhar, envolvo os braços entorno do seu pescoço abraçando-o de lado enquanto repouso o rosto em sua cabeça.

— S-Sakura?

— Eu nunca me afastaria de você por um motivo assim. Para mim, o Kiran continua sendo o bobo alegre de sempre que é a melhor companhia que eu poderia ter nesse momento.

— Obrigado... De verdade.

Ele fecha os olhos com um sorriso bobo, apenas apreciando o momento como eu fazia. Inspiro o seu shampoo, roçando a ponta do nariz pelas mechas macias de seu cabelo até perceber o que estava fazendo. Afasto-me rapidamente, dando alguns passos para trás o encarando com os olhos arregalados e muito vermelha.

Eu... Eu o abracei com tanta carência. Que vergonha!

Sinto uma mão segurar meu pulso, puxando-me para frente e solto um grito surpresa. Meu corpo caía sobre Kiran mas ele é mais rápido, envolvendo a mão livre em minha cintura e virando meu corpo. Acabo caindo sentada no colo do indiano com um braço dele ao redor da minha cintura e a outra mão segurando a minha com certa força.

Eu o encaro confusa e sem jeito, sentindo as maçãs de meu rosto tomarem uma tonalidade avermelhada. Kiran também estava corado mas permanecia com sua expressão serena. A nossa distância diminuía a cada segundo em que ele aproximava seu rosto. Senti sua respiração tocar minha pele, arrepiando-me por completo. Minha mão estava apoiada em seu peito mas não conseguia afastá-lo, algo mais forte me impedia de sair dali.

— Sakura...

A forma como meu nome saía de seus lábios fez uma festa no interior do meu peito.

— K-Kiran, o que voc-...

A campainha toca e o indiano congela no momento: quase tocando seus lábios no meu. Ele trinca o maxilar como se estivesse assustado com sua própria atitude.

— Creme.

— Hã?

— Tem creme na sua boca. — ele dizia passando o polegar por minha bochecha, próximo aos lábios. — Por isso te puxei, Sakura.

— Ah, sim. Obrigada.

Kiran afasta os braços, permitindo que eu ficasse de pé e caminhasse até a porta, dando de cara com a vizinha que oferecia um bolo de chocolate. Mesmo com uma breve conversa, meu coração não conseguia se acalmar e meu rosto continuava corado.

Durante o trajeto de volta para a cadeira, quase tropecei nos próprios pés pois as pernas tremiam como se estivessem quebradas. Depois disso, não conseguimos conversar “normalmente” até a hora de lavar a louça.

Ele respira profundamente, lavando a louça com um semblante tenso. Decidi não falar nada quando fiquei ao seu lado para ajudá-lo. O silêncio instaurou-se por longos minutos até que um jato d’água atinge o meu rosto.

— Ei!

Kiran olha para o lado assobiando inocentemente.

Começo a rir com sua atitude e jogo um pouco de água em seu olho. Ele solta uma exclamação e revida o ataque. Então, pego um prato e o coloco na frente do rosto como uma forma de escudo. Ele pega uma colher de madeira – transformando-a em “espada” – e um prato para ser seu escudo.

— Não permitirei que me ataque, guerreiro cruel. — ele enfatiza o seu tom dramático.

— Nunca ouse encostar em mim! — exclamo ficando em posição de batalha.

Quem visse essa cena pensaria que nós somos dois loucos, mas loucos felizes. Corremos um pouco pela cozinha, desviando dos ataques imaginários e avançando. Logo após essa brincadeira, Kiran se encarregou de secar tudo enquanto eu o observava sentada no balcão.

— Kiran, vamos lutar.

Ele olha de canto por cima dos ombros, franzindo o cenho confuso. Trato de explicar a situação:

— Eu sei que posso aprender muito lutando contigo.

— Tudo bem. — concorda secando as mãos. — Pronta?

— Sempre!

Desço do balcão, indo até a sala onde afasto todos os móveis. Então, fico em posição de batalha e Kiran imita meu movimento, avançando em seguida. Mal posso vê-lo quando aparece em minha frente tentando uma rasteira, mas consigo desviar jogando o corpo para trás com um mortal.

— Woah! Você está muito boa nisso, Sakura!

— Sem bajulação.

Tento um chute horizontal em seu rosto, porém o indiano segura minha perna no ar com facilidade e gira meu corpo junto. Acabo caindo no chão, batendo o ombro no tapete e grunhindo de dor. Ele fica preocupado, aproximando-se e eu aproveito o momento para chutar com força o seu rosto.

Kiran recuar massageando o nariz e rindo enquanto eu já estava de pé. Com um impulso, avanço contra o moreno que permanece na defensiva.

(...)

Por maior que fosse a minha dedicação às lutas, acabei perdendo com poucos minutos. O Kiran é realmente incrível lutando, seus movimentos são rápidos e quase todos os golpes impossíveis de serem desviados. Nesse momento, nós dois estávamos deitados no tapete encarando o teto, pensando em como foi divertido lutar.

— O que faremos agora? — sussurro desviando o olhar para a janela, onde via uma leve chuva cair. — Queria sair de casa mas não há nenhum lugar legal para sair com essa chuva.

— Quem disse que não?

Viro o rosto em sua direção, totalmente confusa e esperando uma explicação lógica.

— Nessa época, a Índia é coberta por chuvas intensas e trovoadas. No começo, Maya tinha medo da chuva e odiava sair da casa, por isso minha mãe pediu para que eu a ajudasse. Então, certo dia, eu a levei para o quintal e dançamos na chuva. Garanto que ela nunca mais temeu nada do tipo.

— Você está sugerindo que a gente...?

— Sim!

E nem sei como fomos parar no quintal da casa, girando de braços abertos enquanto os pingos d’água escorriam por nossos corpos. Fecho os olhos com um sorriso, erguendo a cabeça e deixando esse sentimento de liberdade invadir meu peito.

— Sakura!

— Sim?

A distância entre a nós era quase inexiste após Kiran se aproximar, seu peitoral estava quase colado em meu rosto e precisei erguer o olhar para fitar suas orbes douradas. A chuva fez minha franja molhada cobrir os olhos, por isso a deixei de lado enquanto esperava suas palavras.

— Vamos ver os fogos de artifício da próxima vez?

Lembro-me claramente de quando ele disse que queria ver naquele dia mas não iria pois eu não estava lá. Naquela época, eu ainda estava me recuperando do trauma.

— Claro!

E voltamos a dançar na chuva, sentindo as gotículas escorrerem das longas mechas do meu cabelo até o corpo. A roupa encharcada, os olhos fechados e os braços apertos enquanto girava sem parar. Sentia como o mundo me pertence, tendo o poder de lidar com qualquer problema. O Kiran imitava o movimento ao meu lado, rindo de forma descontraída e exagerada. Permito-me rir também, pensando como somos dois bobos por fazer isso.

Miku POV’s On

A ideia de um passeio em família foi uma completo desastre, meus pais brigaram à noite e acabamos voltando para casa no outro dia. Todo esse ambiente estressante já estava desgastando a minha mente e perdi a conta de vezes que pensei em fugir de casa. Vê-los em total conflito e não poder fazer nada é a pior sensação de todas.

Quando chegamos em casa, fomos recepcionados por uma forte chuva. Cada um foi para o seu canto e eu subi para o quarto, onde liguei o computador e continuei com minhas pesquisas.

— Hum... Se o inquérito policial do caso da Sakura foi arquivado por falta de provas, então ele deve estar disponível na delegacia.

Por sorte, o detetive permitiu que eu usasse a senha dele.

Pode aparecer algo maluco o detetive ter concordado com isso, mas eu realmente dei tudo de si para ajudar no caso. Por isso, merecia algum “crédito”.

Ao entrar no sistema da delegacia, procuro o mais rápido possível o vídeo do interrogatório da Sakura e, ao encontrá-lo, respiro fundo antes de clicar no link.

Sakura estava sentada na sala vazia do interrogatório até que o delegado entra, desviando a sua atenção para ele. Ao sentar à sua frente, o senhor Minamoto organiza os papéis que carregava em suas mãos e encara minha amiga com um leve sorriso.

— Olá, Sakura.

Ela permanece em silêncio, fitando um ponto qualquer no chão. O delegado pigarreia alto e tenta ser amigável, criando um clima mais agradável para o interrogatório mas, depois de longos minutos, não consegue. Então, parte para as perguntas.

— Onde você estava naquele dia?

— Voltando para casa depois de sair do local onde eu trabalho. — ela dizia sem vida em sua voz.

O delegado continuava a fazer perguntas para encontrar suspeitos, porém as respostas de Sakura eram curtas e objetivas demais; apenas as descrições eram as mais detalhadas possíveis. Havia um imenso vazio em seu olhar, como se toda a esperança e felicidade fossem sugadas brutalmente daquele ser. Entre a indiferença de suas palavras, encontrei o ódio no olhar quando Minamoto começou a reconstruir o crime, contando qual o rumo que a investigação tomava.

Um murmúrio corta o diálogo:

— Eles precisam pagar...

— Hum? Perdão, eu não ouvi.

— Tudo que fizeram. — Sakura dizia erguendo o olhar com a franja ocultando uma parte dos olhos, parecia uma psicopata. — Eu não acredito em céu ou inferno, delegado. Tudo que fazemos nessa vida, será paga nela.

— Eu devo concordar. — ele responde tentando esconder o medo. — Mas não se preocupe, nós faremos tudo que estiver ao nosso alcance para pegar esses indivíduos.

— Sim, sei que farão.

E então, o delegado sai da sala mas, antes, tentava tocar o ombro da Sakura como uma forma de demonstrar que tudo ficaria bem. Porém, ela se encolhe tremendo e abaixando novamente o olhar.

 

Eu tento não vomitar ao assistir esse interrogatório. A pessoa naquele vídeo não é a Sakura que eu conheço, é alguma pessoa com forte sede de vingança. Eu nunca cogitei a hipótese dela ter sido a causa da morte daqueles dois empresários, mas agora não posso afastar a prova evidente. Sei muito bem que a última frase da minha amiga foi repleta de sarcasmo, só eu pude perceber porque a conheço com a palma da minha mão.

Nesse momento, peguei uma folha de papel e pesquisei os noticiários onde relatavam sobre a morte deles. Então, percebi que elas ocorreram em um lapso temporal peculiar: uma na primavera e outra no verão.

Estamos no meio do outono, isso só significa que ela irá matar outro esse mês ou no próximo!

Os pelos do meu braço se enriçam com tal hipótese, meus olhos correm pela folha de papel até que para no sobrenome deles.

— Espera... Tem algo estranho aí...

— Miku! Desça para a sala! — ouço minha mãe gritar.

Respiro fundo, deixando de lado o meu momento Sherlock Holmes para ir até a sala, encontrando meus pais sentados no sofá com um olhar sério.

Não vem nada de bom.

— Seu pai e eu decidimos nos separar, Miku.

Sei que a dor de suas palavras não é pelo divórcio, é porque a minha expressão os preocupa. Não consigo conter as lágrimas, mesmo mordendo o lábio inferior, elas caem sem minha permissão. Por isso, abaixo a cabeça soluçando baixinho enquanto tento – miseravelmente – secar as lágrimas.

Minha mãe ajoelha-se em minha frente, ajudando-me a secas as lágrimas com um sorriso triste nos lábios.

— Você já é grande o suficiente para lidar com isso. Sempre estaremos contigo, querida.

— Isso mesmo, filha. — meu pai dizia ficando ao meu lado. — O nosso amor por você não mudará.

As palavras estavam presas em minha garganta, então apenas abraço ambos chorando alto. Eles permaneceram em silêncio, afagando minhas costas e esperando pacientemente que eu me recuperasse. Depois de longos minutos, já não havia lágrimas para sair dos meus olhos. Afasto um pouco o corpo e os encaro com um fraco sorriso.

—Tudo bem, eu entendo que esse é o melhor.

— E nossa família não irá acabar por causa disso, filha. — minha mãe dizia gentilmente. — Podemos sair juntos no natal, o que acha?

— Uma boa ideia...

— Mas tem outra coisa que preciso te dizer, querida.

— O que, mãe?

— Eu irei me mudar próxima semana, após firmar o divórcio no cartório. — ela explica apoiando a mão em minha cabeça, iniciando um lento cafuné. — Vou para a casa da tia Sally na Itália. Gostaria de saber se irá comigo ou ficará com seu pai?

— Sei que eu e sua mãe brigamos muito, mas conseguimos entrar em um consenso sobre isso por você. Eu entendo se quiser ir com sua mãe, não terá dificuldade pois sabe o básico de italiano.

— Quem diria que o cursinho de italiano na sexta série seria útil? — comenta rindo fraco. — Então, filha, quero que pense o tempo que for necessário para dec-...

— Não precisa, mãe.

Sempre fui apegada à minha mãe por estar comigo mais do que meu pai, já que vivia trabalhando pela empresa. Apesar disso, construí uma vida incrível no Japão; não poderia deixar para trás meus amigos – principalmente a Sakura –, o colégio e a cultura desse local.

— Eu ficarei aqui no Japão.

Meus pais se entreolham e assentem positivamente com a cabeça, concordando com a minha decisão. Sinto-me uma pessoa de sorte por ter o apoio deles nessa escolha. Então, dou outro abraço e nós três caímos no chão rindo.

Após esse último momento em família, voltei para o quarto pois havia um caso que precisava ser solucionado.

Realmente pareço uma detetive.

Analisando os sobrenomes, comecei a circular com caneta vermelha cada letra e ligar os pontos. Se os sócios haviam sidos expulsos, poderia puxar a lista dos nomes deles mesmo sendo um pouco trabalhoso. Acho que perdi a noção do tempo fazendo isso, pois a madrugada já iniciara e meus olhos pesaram.

Porém, em determinado ponto, consegui formular uma palavra que era conhecida. Como não poderia conhecer uma logo marca famosa na cidade, devido aos seus importantes trabalhos e contribuições para o Japão. Ao ler em voz alta, minha mão tremeu e a caneta caiu no chão ao lado do meu pé.

Precisei me apoiar na mesinha para não cair com a forma brusca à qual me levantei, devido ao susto da descoberta. Limpei o suor escorrendo da testa com as costas da mão.

O mundo havia desmoronado diante de mim, pois não sabia como agir diante dessa revelação. O que há por baixo do caso da Sakura é mais podre do que eu imaginava.

— Então, foi ele... 


Notas Finais


A Miku tem dado duro para descobrir o que se passa com sua melhor amiga, apesar de já se passarem vários meses do depois do ocorrido. E, agora, ela descobre uma sutil ligação entre os fatos que será exposta um pouco depois.
Porém, essa descoberta será o estopim para um triste acontecimento da nossa querida personagem.

Aguardem os próximos capítulos e obrigada pela leitura!


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