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História Entre Coelhos e Luas - Bad Vibes e Tocar Flauta


Escrita por: FrancisTheLilly

Notas do Autor


quem é a pessoa que mais demora para atualizar e por que eu?
mil desculpas, mas aqui está o ultimo capitulo, eu realmente fico muito triste com isso, obrigado pelos mais de 60 favs nessa SeSoo, não achei que ela chegaria a esse numero nesse mar de Kaisoo :v

Não revisado :c

Capítulo 11 - Bad Vibes e Tocar Flauta


Sehun realmente acreditou que D.O iria voltar. 

Na primeira semana, sempre que saia da faculdade ia o mais rápido possível para seu apartamento na esperança de ver seu pequeno hyung o esperando sentado no sofá. Mas isso não aconteceu na primeira semana, nem no primeiro mês. Então juntou um pouco de fé e torceu para este voltar ao menos no segundo. 

Porém, mais uma vez, isso não aconteceu. 

O garoto ficou tão desanimado após os primeiros meses que seus "amigos" – ou qualquer pessoa que o conhecia e se importava ao menos – realmente se sensibilizaram, até mesmo Heechul o enviava o conteúdo das aulas por e-mail e assinava seu nome na lista, dando presença para que este pudesse afogar suas magoas em seu apartamento com macarrão instantâneo e sorvete de creme, o Kim mais velho não gostava nem um pouco de ver aquele pirralho parecendo um morto vivo em sua turma, e infelizmente as férias estavam longe de começar. Taehyung tentou de todo passar ao menos um pouco de esperança para o seu amigo, mas até ele mesmo estava triste com essa situação, se até mesmo antes, quando este tinha lido a carta, havia ficado no fundo do poço, imaginem agora que o mais velho ainda não voltou, parecia que alguém tinha jogado uma pá para Sehun poder descer mais. 

Park e Byun tentaram o animar, de certa forma, mas só desencadearam algumas lagrimas quando questionaram o porque Oh não viajava para Londres e reencontrar logo o seu "primo", os mais velhos não entenderam o motivo, mas também não perguntaram, queriam entender o porque o mais novo estava tão abalado por isso, afinal não era como se o tal de Kyungsoo tivesse ido pra outro planeta. Talvez tivessem brigado. O que também não fazia sentido, nunca antes viram Sehun tão pra baixo, nem mesmo ganhar um dos seus adorados bubble tea arrancava um sorriso daquela cara de porta, pensaram que com o trailer da continuação de The Last Of Us este ia ficar melhor, mas a saudade parecia ter tomado todo seu pensamento. 

No terceiro mês, Sehun saiu com Taehyung e uns amigos dele, só ficaram sentados em uma praça que só tinha mato, a paisagem era linda, e lá conheceu Luhan, um chinês muito simpático por sinal e que era chegado nessas coisas de good vibes e tudo mais. Este percebeu que Oh estava praticamente se transformando em um morto-vivo e o sugeriu algumas atividades, até se ofereceu pra ensinar o mais novo a tocar flauta, mas foi um convite estranho demais, Sehun agradeceu mas no final das contas voltou para sua fortaleza da solidão sozinho e foi jogar um pouco do seu MMO Rpg Online preferido. 

Nesse mesmo dia, Sehun contou para seu amigo virtual, Princess Jin sobre D.O, tirando o Kim mais novo, este era o primeiro a saber da verdade, e para a felicidade do mais novo seu amigo acreditou – ou fingiu muito bem acreditar em todo aquele papo de alienígena – já que o Necromante sabia apenas que Sehun havia saído da famosa seca, este realmente tinha ficado feliz em compartilhar essa historia, e provavelmente Jin foi o único que conseguiu "dizer" algo que o alegrou, que pode se resumir em "Eu acho que esse amor de vocês pode vencer toda essa bagunça interespacial". Sabia que D.O o amava, era uma das poucas certezas de sua vida, podia sentir isso em cada toque, em cada olhar, o mais velho odiava mentiras, não escreveria aquela carta atoa, e então, graças a Jin, pode se lembrar disso. 

Porém, no quinto mês, Sehun sonhou com seu amado, apenas uma besteira, sonhou que estavam juntos deitados naquele sofá onde já trocaram tantas caricias que era difícil contar, apenas sorriam um para o outro, Oh até mesmo achou que era a realidade. Mas acordou de madrugada, D.O ainda não tinha voltado, e então, depois de tanto tempo tentando se convencer que ainda se reencontrariam, Sehun chorou mais uma vez. 

Chorou por ter desistido, por saudade, por desespero, chorou porque precisava, não tinha mais o seu pequeno ao seu lado com palavras doces para lhe acalmar, e também não tinha mais esperança, teve o amor em suas mãos e deixou escapar. 

E então acabou o semestre, teria cerca de três meses de férias, por pouco não ficou de exame em nenhuma disciplina, sua motivação para estudar estava beirando os números negativos. Os pais de Oh começaram a se preocupar ainda mais quando Byun os ligou perguntando se tinha como pedirem para os pais de Kyung Soo o deixar passar um tempo na coreia de novo porque Sehun estava com muita saudade deste, Baekhyun até deu ênfase na palavra "saudade", recado que a Senhora Oh pegou no mesmo instante, mas não faziam a mínima ideia de quem era esse Kyungsoo, Sehun nem sequer tinha primos no exterior.  

Obviamente Byun não ia deixar isso passar. Chanyeol até tentou acalmar seu namorado, mas parecia impossível, o mais velho estava com o rosto vermelho enquanto repreendia o seu amigo por ter mentido sobre o garoto que estava na sua casa e por ter o abrigado, mas Sehun não demostrava reação alguma em relação as palavras ditas por Byun, ouvia tudo, porém isso não significava que prestou atenção. 

-Sehun eu 'to a um triz de te meter um murro, pirralho- Baekhyun batia forte o pé contra o chão, tentando passar algum tipo de moral, mas parecia uma criança birrenta- Eu estou falando com você. Olha pra mim! 

-Hyung, onde você quer chegar com isso tudo?- A voz rouca de Sehun ecoou pelo lugar, não havia dito nada desde que Byun e Park entraram – invadiram – sua casa pedindo explicações, seu humor não estava nem um pouco bom naquele dia, se não fosse por seus amigos enchendo seu saco, provavelmente estaria comemorando o aniversario de seis meses da sua solidão com filmes melosos ou com extraterrestres, a dor do parto foi grande- Eu sei que eu menti pra vocês, que foi arriscado, e mais um caralho de coisas. Não to no clima pra isso, Bae hyung. 

-Ele não liga se você tá no clima ou não, Sehun. Você abrigou um desconhecido na sua casa por mais de um mês e agora fica sofrendo pelos cantos. E se aquele cara fosse um maníaco psicopata?- Chanyeol falou após pigarrear, não concordava cem por cento com a pressão que seu namorado estava pondo em cima do mais novo, porém como um estudante de ciências forenses, se preocupava com esse tipo de coisa, a vida não é um filme ou fanfic onde todo mundo é bonzinho. 

-Ele era um bandido, Chanyeol- Park assustou-se, Oh falou com uma firmeza que era de se admirar, então todo o drama do mais velho era realidade, Sehun esteve esse tempo todo correndo riscos nesse amor digno de uma musica da Britney Spears que vocês sabem muito bem qual é. Porém Baekhyun levou sua mãozinha para sua testa, como se acabasse de ouvir um absurdo, conhecia bem o mais novo e sabia que este não perdia a oportunidade de fazer algum comentário tosco- Ele roubou meu coração, hyung... 

-Hunnie, que merda cara- E toda a postura de "policial bom e policial ruim" que os mais velhos estavam mantendo foi derrubada, Sehun podia ser o rei das piadas ruins e duplo sentido, mas não naquele momento, o mais novo nem sequer enaltecia a própria beleza quando se olhava no espelho, para o casal, ver seu amigo antissocial que passava horas se divertindo sozinho com jogos indies e debatendo sobre quadrinhos simplesmente tão pra baixo enquanto abraçava seus joelhos encolhidos no sofá era algo muito ruim. Ambos sentaram-se junto a este, abraçando de lado enquanto observavam a expressão facial chorosa do mesmo que segurava suas lagrimas- Sehun, olha... Eu entendi que você ama Kyungsoo e ele ama você, mas acho que está na hora de você seguir a sua vida, vocês ficaram juntos pouco mais de quarenta dias, já se passaram seis meses que ele se foi... 

-Não...- Murmurou baixo, o que Baekhyun queria dizer com isso? Que D.O estava na sua lua com algum coelho bombado "seguindo sua vida"? Não gostou nem um pouco de pensar nessa cena, até sentiu ais vontade ainda de chorar só de imaginar D.O sussurrando promessas para outra pessoa, fazendo todas aquelas juras, dizendo coisas fofas, aquilo era inaceitável e doía muito- Você não entende, Baekkie... 

-Você que não entende! Olha seu estado, Sehun- Afastou-se, ao menos o mais novo tomava banho e se arrumava direitinho, seria horrível ter que cuidar dele assim- Hunnie, você é novo demais pra sofrer assim por amor, e ficar aí não vai trazer seu bandidinho de volta- Apesar do nervosismo, o mais velho falava baixo, tentava ser convincente, precisava ajudar o seu amigo- Tem uma garota, o nome dela é Irene, ela sempre pergunta de você, porque não dá uma chance, hm? 

-Baekhyun!- Park lhe lançou um olhar repreendedor, achou um absurdo esse tipo de convite num momento daquele, Sehun podia ter uma cara de porta, uma porta muito bonita, mas era sensível, daqueles que chorava horrores no episodio que o Ash libertava o Butterfree no Pokémon, imagina ao ser abandonado pelo "amor da vida" dele? 

-Hyung, imagina uma cena comigo?- Oh falou tão calmo que era de se assustar- Imagina que Chanyeol mora muito longe, mas um dia ele te fala que você é o amor da vida dele, que você é a pessoa mais especial de todas e que planejava uma vida toda ao seu lado, você ficaria muito feliz, não é?- Baekhyun assentiu, recebendo um sorriso tímido de Park, viviam trocando essas confissões, e mesmo assim ainda sentiam como se estivessem fazendo isso pela primeira vez- Agora, assim que ele te diz tudo isso, alguém entra na sua casa e basicamente sequestra seu namorado na sua frente sem que você possa ter feito algo para impedir, como você se sentiria? 

-Mal...- Fitava os olhos marejados do mais novo, concluindo que foi isso que aconteceu com ele e Kyungsoo, o que era doloroso até de se imaginar, quem era esse garoto, afinal?- Muito mal... Mas...- Continuaria a frase, porém uma leve tossida do mais novo o interrompeu, Chanyeol se sentia péssimo por não ter conseguido conter seu namorado, definitivamente Sehun não precisava iniciar essa conversa daquela forma que Byun começou. 

-Baek, se antes de ir, você ouvisse o Channie dizer que iria voltar e te pedisse para esperar, você esperaria por quanto tempo até dar uma chance pra Taeyeon?- Baekhyun não era forte pra essas coisas, na verdade só foi ouvir a ultima parte da sentença do mais novo para ir em seguida abraça-lo, pedindo desculpas, Taeyeon era apenas uma amiga que não perderia a oportunidade de dar uns beijos em Byun, nada serio, ao menos agora entendeu que esses "dias de luto" que Sehun passava era algo que ele deveria superar da maneira dele. Mesmo que não pareça ser a melhor maneira, tentar força-lo só pioraria a situação- Eu não tenho mais a certeza que ele vai voltar ou não, só preciso de um tempo para me acostumar com essa ideia, vocês podem me deixar sozinho agora? 

-Está nos expulsando, pirralho ingrato?- Chanyeol tentou cortar o clima ruim que havia se instalado entre os três amigos, por algum motivo, Sehun sempre pareceu completamente satisfeito com sua vida, então nunca saia do seu humor neutro, era extremamente desconfortável para Park e Byun sentir medo das palavras que o mais novo proferia, deixa-lo sozinho parecia ser a escolha certa- Você não precisa ficar sozinho. Vamos Hunnie, o que acha de assistirmos algum besteirol comendo porcarias? 

-Convite tentador, Chany. Mas eu passo, acho melhor vocês irem fazer aquelas merdas de casal- Falou, tentando parecer o menos abalado possível, afinal de contas, sua maior vontade no momento era fazer essas merdas de casal, mas agora nem ao certo sabia se seu amado pensava mais na sua existência. Baekhyun se deu por vencido, beijando a testa de Oh antes de chamar Park para saírem, avisando ao mais novo para ligar caso mudasse de ideia, e então o deixaram sozinho. 

Sehun suspirou ao ouvir a porta se fechando, Byun certamente usaria a chave extra que exigiu de Oh para trancar a porta com toda aquela preocupação exagerada do mesmo, então não se importou em ir verificar. Por mais que já estivesse relativamente triste desde que D.O partiu, nos aniversários assumia que ficava um pouco mais, mas pelo menos não ficava ansioso a todo instante achando que ele entraria pela porta e o chamasse para viajar em sua espaçonave em busca de uma aventura intergaláctica recheada de visitas a outros planetas, beijinhos com mãos bobas em nebulosas e muito sexo. 

Ah vamos, sexo é bom, não tem problema pensar nisso. 

Ao menos Sehun pode sorrir verdadeiramente com esse pensamento enquanto colocava leite em uma pequena tigela para comer um pouco de cereal, afinal de contas só havia almoçado, e já passava das cinco da tarde, além de almoçar a única coisa que fez no dia foi tomar banho e se jogar no sofá assistindo alguns filmes que gostava muito. O que era normal da sua rotina antes de D.O chegar e bagunçar tudo transformando aquelas tardes em amontoados de conversas paralelas confortáveis com carinhos enquanto se aconchegava em seu colo, sentia saudades disso também. 

Então voltou a fazer absolutamente nada de produtivo no resto do seu dia, apenas acrescentou comer alguma coisa ou outra quando dava vontade, sentindo aquela vontade de chorar em alguns filmes específicos, como por exemplo em "Leon, o Profissional", foi um dos filmes que mostrou a D.O, sorria só de se lembrar a expressão indignada que estampou o rosto do menor no final, estranhamente Oh sentiu uma vontade enorme de chorar na primeira vez que assistiu, quando no inicio do filme Leon brinca com um fantoche de porco, por algum motivo aquela cena mexeu com Oh de uma forma que este não conseguia explicar, e agora assistindo pela enésima vez, não entendia ainda essa vontade, mas ficava de coração partido no final desse filme, injusto, era tudo que podia dizer. 

O maior problema é que havia um pouco de D.O em todo aquele apartamento, principalmente naquele sofá, foi onde quase se beijaram pela primeira vez, e por deus, Sehun revivia aquele momento a todo instante em sua mente, foi lá que começou a nutrir sentimentos mais sérios do que um desejo carnal pelo mais velho, não por ter o tocado de maneira mais intima, e sim por sentir o quanto seu coração acelerou com aquela aproximação, sentiu mais do que apenas vontade de beija-lo, sentiu vontade de o ter em seus braços por mais tempo. E agora, aquele sofá parecia mais desconfortável que o de costume, os episódios de Hora de Aventura pareciam demorar mais para acabar, apesar de amar o desenho, e sabia o motivo. 

D.O não vai mais voltar, não por culpa sua. Talvez, só talvez, ele estivesse no mesmo estado assistindo desenhos alienígenas. Se é que eles tinham isso. Tem uma pequena probabilidade de Sehun estar sendo egoísta por não "esperar" mais pela volta de seu amado, mas porra, estava cansado disso, era doloroso demais porque o mais novo não parava de martelar o "e se?" em sua mente, coisas como "e se eu tivesse impedido I.M e P.O de leva-lo?" repetiam em um loop por horas. 

Então, depois de se imaginar vivendo uma vida inteira ao lado do seu "namorado" hibrido acariciando aquelas orelhinhas, decidiu que isso era masoquismo demais, por mais que já não tivesse tanta certeza sobre a volta, não conseguia parar de pensar em D.O lhe abraçando de novo, sua mente estava confusa. Quando se tocou que já passava das onze horas, resolveu ir deitar, não passaria todo esse aniversario de perda acordado, dormiria até o dia amanhecer e talvez até a tarde chegar, talvez no dia seguinte fosse sair com alguns amigos como fez há algumas semanas, foi numa festa confirmar se beber para superar alguma frustação amorosa tinha algum resultado, e de fato teve nos primeiros momentos, dançou ridiculamente na pista de dança se esfregando em pessoas desconhecidas e sorria como se a piada mais engraçada do mundo tivesse sido sussurrada em seu ouvido, mas Sehun fazia o tipo bêbado depressivo, em menos de uma hora estava no bar reclamando para o garçom que sua paixão cósmica podia estar sentando no colo de um cachorro alienígena. Humilhante. Até tinha uma garrafa de alguma bebida na sua cozinha, detalhe que não sabia qual era, pois realmente estava bêbado e na hora que comprou havia tirado o rotulo e colado um papel escrito "acetona". 

E não foi só por uma ironia da vida que Sehun não estava conseguindo dormir, praguejava mentalmente pois graças a essa insônia repentina, teve a certeza que não seria naquele momento que conseguiria esquecer D.O por enquanto, mal soube dizer quando começou a fungar, estava mais que arrependido de ter mandando Chanyeol e Baekhyun saírem, por mais que estes não ajudassem nem um pouco, ao menos podiam ficar ali. D.O estava impregnado em seu corpo e alma, isso era amor demais. 

Baekhyun lhe disse uma vez que não devia dizer "eu te amo" tão rápido assim para uma pessoa, coisa que Sehun sempre fazia, porém agora estava mais que grato por ser meio apressado nisso, estaria bem pior se nunca tivesse dito a D.O que o ama, nunca se perdoaria se tivesse escondido seus sentimentos por medo, não existia mal algum em demostrar o que sentia e ninguém deveria se arrepender quando fizesse isso. 

Em algum momento da madrugada, Sehun ainda mantendo seus olhos fechados, jurou ter visto algo, talvez um clarão, apenas sua mente lhe pregando mais uma peça. Teve a certeza que estava alucinando, da maneira mais intensa possível, não era verdade o que estava sentindo agora, não era. Era só a saudade tentando se dissipar fazendo o mais novo sentir de novo aquele perfume do mais velho entrar por seus pulmões, era só sua imaginação o fazendo achar que tinha algo se movendo entre as cobertas, era só isso. Não quis abrir os olhos ao sentir seu corpo ser tocado, estava enlouquecendo, não era D.O soluçando baixo enquanto se aconchegava no seu corpo, ele não estava lá, ele nunca mais voltaria. 

Repetia isso mentalmente sentindo os braços lhe envolverem e apertarem com força, suas pernas se entrelaçaram e nesse momento Sehun já nem segurava mais o choro, rendeu-se a vontade de inalar o perfume doce do pescoço alheio, se estivesse alucinando não queria acordar dessa vez e chorava compulsivamente, abrindo os olhos devagar, sem poder enxergar algo que estivesse a mais de um palmo de distancia, estava escuro demais pra isso, mas reconhecia aquele par de orbes grandes e expressivos agora molhados por lagrimas junto aqueles lábios trêmulos e fartos. Oh apenas abraçou ainda mais forte como se quisesse se tornar apenas um com o mais velho, não conseguiam ficar parados, giravam levemente na cama tentando de alguma forma recuperar todo tempo perdido, esfregando seus corpos soltando grunhidos chorosos. 

Os lábios do mais novo passavam pela linha do maxilar, selando a área carinhosamente sentindo os dedos da mão delicada do menor acariciarem sua nuca, sem se importar com o peso que Sehun tinha sobre si, afinal de contas, D.O sentiu saudades de tudo. Até das birras infantis quando este se recusava a sair da cama cedo para ir estudar na faculdade, mas o que mais desejava sentir de novo eram os beijos tímidos do maior por todo seu corpo, sentia que Sehun o amava nesses momentos de carinho, e só conseguia suspirar em resposta. 

-Eu voltei, Hunnie- Foi a primeira e única frase proferida naquele cômodo, Oh murmurou um "shh" em resposta, voltaram apenas a tocar um no outro, acabando com as duvidas se aquilo era ou não uma alucinação, D.O mal conseguia acreditar que depois de muita insistência finalmente podia ficar perto de quem ama, aqueles seis meses foram os mais solitários de sua vida, temeu a todo instante que Sehun desistisse de si e fosse procurar alguém que ao menos podia ficar ao seu lado.  

Sehun o puxou pelos ombros, fazendo ambos ficarem sentados em cima do colchão macio, passando a acariciar o rosto belo do mais baixo com suas mãos, subindo pelos fios negros que agora se encontravam um pouco mais compridos, enrolando uma pequena mecha entre seus dedos antes de tocar timidamente aquelas orelhinhas de coelho que tanto amava antes de tomar aqueles lábios para si, sendo retribuído em seguida, podendo sentir de novo o gosto da boca do mais velho enquanto este sugava levemente sua língua, estavam tão felizes em poderem ter um ao outro, Sehun abraçou a cintura esguia do menor, ainda chorava, mas agora por motivos diferentes, descendo sua mão lentamente pelas costas até chegar aquele lugar, não tinha como esquecer aquilo, tocando os fios macios do pequeno rabinho, interrompendo o beijo para rir do grunhido que D.O soltou ao sentir o toque naquela região. 

Beijaram-se por tanto tempo, mas ainda sim parecia pouco, se renderam ao sono logo após um longo momento trocando caricias silenciosas, abraçando-se da maneira mais confortável que podiam. Mas talvez não fosse uma boa ideia falar para os pais de Oh que D.O fazia modificações corporais, seus progenitores já achavam que o mais velho era uma espécie de líder da máfia coreana infiltrada na Europa, isso pioraria a situação. Pensariam nisso mais tarde, teriam agora todo o tempo do mundo, aproveitariam a presença um do outro eternamente , se dependesse de ambos, Só tinham que dar um jeito no par de orelhas... 

Depois, é claro. 


Notas Finais


Enfim, perdoem qualquer erro
obrigado mais uma vez e até uma próxima <3


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