POV Masami
E aqui estou eu, na porta de casa. Daqui em diante eu não sei o que irá acontecer. Ninguém descobriu nada. Não fiz barulho.
Abri a porta e senti um vento gelado vindo de fora.
— Vamos lá! — Tentei dizer uma frase para me animar. Por que eu estou fazendo isso Deus?
Fui andando a caminho da escola. Comigo, eu levava uma mochila com o meu celular, meu carregador, e alimentos.
Sim, eu sei, alimentos. Eu realmente não sei o que vai acontecer. Até parece que passarei dias sem voltar para casa.
Estava perto da escola, quando encontro uma garota loira de costas. Parecia a...
— YASUNY?— Digo surpresa.
— Masami?!!— A loira veio correndo em minha direção.
— O que você está fazendo aqui?— Perguntei.
— Menina, se eu te contar que ouvi vozes, você acreditaria?
— Acredito Yasuny. Eu também ouvi vozes.
Começamos a andar em direção a escola. Fomos pela parte de trás da escola. Era mais simples passar pelas grades de trás do que da frente.
— Você quer mesmo fazer isso?— Yasuny perguntou.
— Sim. — Apesar do medo, eu estava confiante.
— Yasuny? Masami? — Ouvimos uma voz masculina.
Olhamos para trás e vimos o moreno, com uma máscara que tampava apenas a boca.
— Hiro...? — Perguntamos em sintonia.
— O que vocês estão fazendo aqui?— Ele perguntou.
— Aí que saco, esse daí deve ter ouvido vozes também, só pode.— Yasuny começou a implicar com Hiro.
— Primeiro, eu não sou esse dai, e sim, Hiro tá? Segundo, não me leve a mal, mas eu realmente ouvi vozes.
— Puts. Tá todo mundo ficando louco agora?— Leon aparece com uma lanterna ligada.
— Logo mais vai dar meia noite! Vamos, parem de enrolar. — Tasane apareceu reclamando. Parecia que ela estava ouvindo tudo. Ela veio juntamente de Kitsune e Agnes.
— Tudo bem... Só é bizarro todo mundo estar na escola EM PLENA NOITE POR CONTA DE VOZES! — Hiro parecia irritado.
— Tá Hiro, já entendi. Larguem de ser burros! TEM UM ATALHO PARA ENTRAR NA ESCOLA! ME SIGAM! — Kitsune começou a falar num tom mais alto. Todos já estavam acostumados.
Seguimos Kitsune, que comandava na frente o caminho.
Tudo era realmente muito estranho. Como ela sabia deste caminho? Ela já matou aula? Ou já pulou a grade? Por acaso ela é retardada?
— Chegamos.— Ela aponta para uma casinha que se localizava perto da escola.
— Você está me dizendo que essa casinha vai nos levar pra escola?— Hiro perguntou num tom debochado.
— Aposto que aí deve ser uma casa cm coisas velhas da escola. Tipo armário? Só que, em formato de casinha.— Agnes disse e riu.
— CALADOS! Isso é sim um atalho! Vamos logo.— Kitsune abriu a porta dizendo. Logo vimos o quanto a casinha estava bagunçada. Estava cheio de bugigangas.
Kitsune foi empurrando as bugigangas, até que ela encontra uma porta... Só que, no chão?
— Que merda é essa?— Agnes disse indignada.
— Isso meus amigos, é o atalho. Todos pensam que é um porão subterrâneo. Mas não. Pelo o que eu sei, há um caminho para seguirmos através desta porta.
— Pelo o que você sabe? Então, é um boato? De quem? —Tasane disse. Eu já tinha em mente quem havia falado sobre o boato.
— Rupert Nagase.— Todos disseram em uníssono.
— Rupert é um mentiroso!— Yasuny aumentou o tom de voz.
— Não custa tentar Yasuny, larga de ser ignorante! Você nem sabe se é verdade! — Kitsune aumentou o tom de voz, juntamente de Yasuny.
— Todo mundo sabe disso Kitsune! Não comece a dar uma de boazinha só por que ele MORREU!— Yasuny disse.
Tic, tac. Tic, tac. O tempo voa. Se não chegarem a tempo na escadaria, já sabem.
Aparentemente, todos ouviram a voz. Era a mesma voz do último ocorrido comigo. E, certeza que, o último ocorrido com os outros.
As duas pararam de discutir. Kitsune apenas abriu a portinha, e todos descemos com o auxílio da escada que estava grudada na parede. Realmente, era um caminho. Seguimos o caminho reto. O silêncio permaneceu após aquela discussão.
Depois de andarmos por um tempo, em nossa frente havia outra escada na parede. Todos nós subimos e abrimos a portinha acima de nós.
— Eu disse— Kitsune disse num tom orgulhoso.
Ela abriu a portinha e subimos. Estávamos na sala da diretora Koharu. Mas... Como? Eu realmente não estava acreditando.
— Vamos! Olhem! Falta cinco minutos para a meia noite!— Leon disse ofegante.
Por sorte, a porta estava aberta. Acho estranho a Diretora Koharu deixar aberta...
Começamos a correr pelos corredores. Finalmente havíamos chegado na escadaria do colégio. A escadaria do boato.
— Tá! E agora? Cadê aquela voz maluca lá? — Yasuny disse.
— Veja bem como me chama mocinha!— Logo vimos uma aparição. Um fantasma.
— GYAAAAAAAAAAAAH!!!— Kitsune começou a gritar.
— Calada! Aquieta o facho garota! Saiam logo daqui, irritantes! — O fantasma logo abre um portão em nossa frente.
— Mas o que?— Tasane estava amedrontada, pelo tom de sua voz.
Fomos lentamente para o portal que estava em nossa frente.
Senti uma sensação estranha. Algo estava me puxando.
— EI, ESPERE!— Chamo o fantasma. Era inútil. Ele havia sumido.
Tudo era muito estranho. O que eu estava vendo? Parecia ilusão de ótica. Eu estava me sentindo diferente. Algo me puxava, e me dava uma sensação estranha. Fechei os meus olhos, e logo cai em algo macio. Parecia, grama?
Continua...
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