História Entre dois mundos - "Fui atacada por um vampiro".

Masami.

Eu acordei num gramado meio molhado, será que choveu? 

Olhei ao redor, só conseguia ver grama e árvores. O céu estava estrelado nessa noite. 

— Onde estão os meus amigos? 

Tentei me levantar mas a minha perna direita estava sagrando. Havia um machucado imenso na perna, eu nem sei como isso chegou a acontecer! 

Passei a mão no sangue para tentar limpar, não foi nada inteligente da minha parte, só fiquei com as mãos ensanguentadas.

— O teu sangue é diferente. — Ouço uma voz masculina que ecoava atrás de mim. Olhei para trás, e vejo um cara alto, com a pele clara e roupas pretas. Seus olhos eram vermelhos como sangue. Teu cabelo era preto, assim como toda a sua vestimenta. 

— Q-quem é você? — perguntei com a voz falha. Eu estava com medo. 

— Bom, talvez um cara que está totalmente apaixonado por você. Deixe me limpar o seu sangue. — Ele sorriu. Não era nada legal aquele sorriso.

— Apaixonado? Que história é essa? 

Ele então se aproximou de mim, passando a mão na minha perna direita. Suas mãos ficaram cheias de sangue. 

— Olha, eu acho que sua mão está cheia de sangue, sabe? 

O cara logo lambeu a mão ensanguentada. Ele lambeu? Eu não tô entendendo sabe? 

— Moço, por que você está...— Fui interrompida, após ele olhar para mim sorrindo, com os dentes para fora. Ele tem dentes afiados não? — É... Sem ser intrometida, você não acha que deveria usar um aparelho, para alinhar os dentes?

Ele foi se aproximando do meu pescoço. Eu entrei em choque, fui me arrastando para trás.

— É... Com licença faminto por sangue, você está sendo muito retardado não acha? — Ouço outra voz masculina. Eu fechei os meus olhos, acho que ele também quer me morder. Eu já saquei tudo! SAO VAMPIROS! Eu devo estar dormindo, então, talvez eu pense num romance entre Edward e a Bella. 

O "vampiro" que estava praticamente encima de mim, saiu. Eu me senti aliviada. Continuei com os olhos fechados, porém ouvi os dois caras discutirem. 

Abri os meus olhos lentamente, e só estava uma pessoa. Era outro cara, seus olhos não eram vermelhos. Ele usava uma capa meio estranha e tinha uma expressão como "não ligo para nada". 

— Você é mesmo muito ingênua não? Um vampiro quase te mordeu! — Ele disse com uma expressão de raiva. 

— Eu não sabia que ele era um vampiro ok? 

— Você é tão burra assim? Por acaso é uma humana? Só pode, humanos são burros! — ele disse num tom debochado. 

— Eu não sou burra tá? E sim, eu sou uma humana! Por que? Você agora é um alien?

— Ah... Então, você realmente é uma humana, né? Eu estava zoando. Que droga, humanos são tão intrometidos a ponto de entrarem em um mundo em que não foram convidados?

Eu realmente me senti ofendida com esse comentário. Quem ele pensa que é? E por, ele é o que? Um urso? Um elefalante?

Eu ia falar algo, mas aquele insuportável me levantou.

— Você se machucou e tanto! Não é a toa que aquele faminto por sangue estava afim de você. — O mesmo disse enquanto pegava um paninho. Parecia estar molhado. Ele passou com "cuidado" na minha perna.

— MAS QUE MERDA É ESSA? NEGÓCIO ARDIDO DA DESGRAÇA! VOCÊ QUER ME MATAR COM ISSO? — eu gritei agoniada pela dor.

— Larga de reclamar, eu tô te ajudando! 

Eu não disse nada. Tentei segurar a dor enquanto ele passava no machucado. Quando ele parou, eu percebi que não havia machucado algum lá.

— Você fez alguma magia aqui? Como que o machucado sumiu? — Eu estava indignada. Eu realmente estou naquele mundo besta que Rupert disse?

— Bom, digamos que sim. — Ele se virou e começou a andar. Fiquei parada, ele ia me deixar aqui no meio do nada? — Vai ficar aí plantada? Se outro vampiro vier, eu não vou te salvar, e pode ter certeza, a sensação não é boa no começo. 

Comecei a seguir ele.

— Como você sabe sobre a sensação da transformação? — perguntei.

— É... Olha, eu só sei tabom? 

Ficamos calados por um tempo, mas resolvi fazer outra pergunta para ele. Afinal, eu não sabia o seu nome.

— Qual é o seu nome? 

— Ah... Rin Hiroshi. E, o seu?

— Masami Schmidt.

— O que você está fazendo por aqui? Um mundo que tinha objetivo de estar afastado de humanos. — Ele deu ênfase na palavra humanos. Ele nos odeia tanto assim? 

— Se eu te contar que um grupo de amigos meus, fomos para a escola em plena madrugada por conta de vozes que nos atormentaram. E que um fantasma falou com a gente, você acreditaria? 

— Isso é estranho. Mas eu acredito. Nesse mundo nada é normal, fique tranquila. Mas... Você deve ter acreditado por algum motivo. Qual?— ele me questionou bastante sobre isso. Era um crime? Será que vou ser condenada num mundo em que eu não sabianem a existência?!

— Bom... Na minha escola, rolou vários boatos sobre coisas místicas, sabe? Coisas de magia, feitiçaria... E, o principal boato, o mundo místico. — Ele me olhou confuso. — Quem inventou esses boatos?! — Rin perguntou.

— Rupert Nagase. 

Ele ficou calado, até se tocar que eu ainda estava do seu lado. 

— Aquele desgraçado! Ele está acabando com esse mundo. Não bastava o mundo idiota dos humanos?! 

— Rin, eu não tô entendendo. 

Havíamos chegado numa casa.

— Essa é a minha casa. Fique aqui até eu pensar no que fazer com você ok? Se souberem que humanos estão aqui, coisas ruins estariam por vir. 

Entramos em sua casa. Logo fui recebida por um gato super gordinho e peludinho. 

— Ownnnt que coisa mais fofa! — Fui fazer carinho nele. O gato se jogou no chão e eu fiz carinho eu sua barriga. 

— Eu não sou fofo humana, mas, continue, isso é bom! — O gato falou. O GATO FALOU! Fiquei paralisada.

— Você nunca viu um gato falar?— Rin disse num tom debochado.

— É, não?????

— Você vai dar trabalho.— Ele disse.