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História Entre guitarras e trombones - Rebeldia


Escrita por: byu

Notas do Autor


Olá pessoinhas! Apareci dessa vez mais rápido pra atualizar as coisas aqui, o capítulo tá meio grandinho AUHUSHSU espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 3 - Rebeldia


Fanfic / Fanfiction Entre guitarras e trombones - Rebeldia

96 a 79

O real resultado do show de talentos da escola só foi descoberto por conta de Tenya Iida, um dos membros da orquestra. Isso porque o rapaz ㅡ inconformado com a vitória dos baderneirosㅡ resolveu recontar o número de alunos presentes no dia e foi justo ali que ele notou o grande deslize de Yagi.

Faltavam exatos 16 votos naquele total, 16 decisivos votos. 

Iida logo correu para contar ao diretor sobre sua fraude, foi então que o loiro ㅡ enfezado com a acusação do meninoㅡ recontou todos os papeizinhos da caixa. De primeira ele não encontrou erro algum, os 159 votos estavam ali, porém, foi ao olhar novamente que ele percebeu um erro fatal: os benditos votos não estavam na caixinha vermelha feita por si e sim na ao lado, que deveria ter sido jogada fora.

Yagi por pouco não caiu para trás quando viu aquilo, realmente ele tinha errado, errado feio.

O homem tratou de avisar o garoto reclamão o mais rápido possível, este que não tardou em ligar para Midoriya; chegando assim na triste situação dos jovens roqueiros...

 

A mensagem de Izuku foi respondida com um nada agradável “vá se foder” por parte do bicolor. O garoto ainda tinha dúvidas se aquele era mesmo Midoriya, mas quando viu o chamativo trombone na foto de perfil do contato, ele teve certeza, ficando ainda mais puto.

No dia seguinte, o guitarrista contou para os colegas de banda sobre o ocorrido e sobre a mensagem que havia recebido do queridinho dos professores. Bakugou por pouco não socou um dos postes da rua quando o ouviu, era como um pesadelo; todos seus planos de futuro rockstar pareciam ter ido por água a baixo, tudo por conta do maldito trombonista.

ㅡ Ah, droga, eu realmente quero esmurrar a cara daquele filho da puta ㅡ o enfezado resmungou, andando em passos pesados pelo pátio da escola.

A mesma tortura do ano passado havia se repetido. 

ㅡ Esmurrá-lo não irá nós fazer pegar o prêmio de volta ㅡ o líder retrucou.

Shouto não entedia. Teria ele feito algo de errado?

Quer dizer, tudo bem que o bicolor e seu grupinho de amigos viviam trocando socos com os colegas de sala, mas, tirando esse pequeno detalhe eles não haviam cometido nenhum outro delito, não naquele dia.

ㅡ Cara, eu não consigo entender. Nós ganhamos, tava lá ㅡ agora foi Denki a falar, o loirinho ainda estava visivelmente afetado pela noite de bebedeira ㅡ Eu tinha prometido pra Jiro que íamos sair com o dinheiro do prêmio

ㅡ Nós íamos ganhar um vale na loja de instrumentos, imbecil. Não era pra gastar com besteiras ㅡ Sero o corrigiu

ㅡ Ei, sair com minha fofinha não é nenhuma besteira!

ㅡ Que se foda. De qualquer modo nós perdemos. ㅡ finalizou o baixista.

Os cinco continuaram a caminhar até a sala do diretor, onde um certo trombonista ansioso os esperava.

Aquele não era o lugar exato em que Izuku deveria estar. Todavia, o garoto acabou escolhendo a sala de Toshinori por achar que ficaria mais "seguro" ali. Afinal, a fama de encrenqueiros era quase como uma marca registrada da banda.

O diretor ainda não havia chegado, Yagi costumava se atrasar quase todos os dias. Sendo assim, a única alminha presente era a do esverdeado.

Midoriya estava nervoso, muito nervoso.

Estranhamente ele se sentia curioso, nunca havia visto os roqueiros tão de perto. Quer dizer, os únicos com quem o verdinho teve uma mísera chance de prosear foram Bakugou ㅡ que tentou o esmurrar no ano anterior e Kirishima ㅡque o impediu de levar uma bela surra. 

Midoriya sorriu um tiquinho quando viu a maçaneta girando, seu coração estava acelerado. 

O primeiro a adentrar na sala foi justamente o menos simpático dos amigos. Bakugou entrou ali com sua cara emburrada de sempre, o loiro encarava o trombonista como um digno animal selvagem. Izuku até tentou cumprimenta-lo, no entanto tudo que ele recebeu foi um desdém do outro seguido de uma cara feia. 

Ok, Midoriya já esperava algo assim de Katsuki.

O histórico complicado do garoto era conhecido por todo o colégio e o verdinho sabia bem disso. 

Deixando de lado toda a falta de educação do roqueiro, Midoriya arqueou as sobrancelhas curioso sobre o troféu; que para sua tristeza, não estava com o baterista. 

Em seguida entraram Sero e Denki, também sem o troféu em mãos. Seguido dos amigos Kirishima foi o próximo a entrar e, embora estivesse demasiadamente triste, o ruivo se forçou para lançar um sorrisinho ao esverdeado. 

Midoriya sentiu seu coração acelerar ao ver os dentinhos afiados de Kirishima, sorrindo de volta.

O trombonista até pensou em dizer um animado "olá" ao roqueiro, porém logo foi impedido por Todoroki, que praticamente esfregou o troféu na cara do baixinho.

ㅡ Oh, muito obrigado ㅡ ele disse, segurando o objeto que estranhamente parecia não desgrudar das mãos do bicolor ㅡ Obrigado mesmo ㅡ ele puxou mais um tiquinho, ainda sem conseguir pegá-lo. 

Shouto simplesmente não podia soltar o troféu, não nas mãos daquele baixinho maldito.

Entregá-lo a Midoriya era como jogar todo o esforço da banda fora. Isso lhe doía...

Ah, como doía. 

ㅡ Você pode soltar? ㅡ Izuku falou, vendo o outro finalmente deixar o objeto.

Midoriya percebeu o pesar do bicolor, não só dele, mas de todos que estavam ali.

ㅡ Ei, caras ㅡ o esverdeado começou a falar, após um estranho silêncio que pairou ali ㅡ Vocês foram...deixem me ver como os roqueiros dizem... ㅡ deu uma pausa, causando olhares desconfiados dos cinco, principalmente do guitarrista perto de si ㅡ...vocês foram IRADOS! ㅡ Izuku terminou, um tanto animado demais.

ㅡ Se tivéssemos sido irados esse prêmio estaria com a gente, desgraçado ㅡBakugou retrucou, se aproximando do baixinho.

ㅡ Ei, não fale assim com o garoto Katsuki ㅡ Kirishima impediu o amigo ㅡ Vocês também foram bem ㅡ o ruivo completou, vendo um sorriso largo até demais se formar no rosto do esverdeado, junto de um olhar impiedoso do baterista.

ㅡ Ah, obrigado Ki... ㅡMidoriya logo foi interrompido pelo bicolor a sua frente.

ㅡ É só isso, baixinho? ㅡShouto retrucou, o fitando com desdém. 

Midoriya odiava que falassem de sua altura, como odiava.

ㅡ Eu não sou baixㅡ lá foi ele ser interrompido mais uma vez, agora por Denki.

ㅡ Ô tampinha, nós temos mais o que fazer. Minha gatinha tá me esperando, sabe? ㅡo loiro retrucou e, sem nem ao menos esperar, ele saiu da sala; sendo seguido pelos amigos. 

ㅡ Espera! ㅡ o esverdeado gritou, segurando nos ombros de Todoroki, que o encarou furioso. 

O que aquele tampinha queria agora? 

ㅡ Eu não estava mentindo quando disse que vocês foram bem ㅡ ele pausou de novo, tomando um tempo para pensar ㅡ Vocês são demais, são...são fodas! ㅡ ah, aquele havia sido o primeiro palavrão da vida do trombonista.

Todoroki apenas o observou ainda irritado, as mãozinhas desgraçadas do trombonista ainda seguravam seus ombros.

Fire Fighters é demais, demais mesmo ㅡele continuou, tentando fazer o sinal do rock com as mãos, de maneira falha, claro.

ㅡ É Foo Fighters, tampinha. Foo Fighters ㅡ o bicolor falouㅡ Se é só isso acho que cê já pode me soltar.

Midoriya engoliu a seco, tirando as mãos do guitarrista no mesmo instante.

ㅡ Vocês têm futuro, não...não desistam ㅡele deu um tapinha nos braços de Shouto, voltando a pousar suas mãozinhas irritantes no ombro do bicolor.

ㅡ Tsc! Vá se foder ㅡ o roqueiro tirou as mãos do esverdeado de si, caminhando irritado até a porta. 

ㅡEspera! O diretor ainda n...ㅡMidoriya mal conseguiu ser ouvido, sendo impedido pelo estrondo da porta da sala. Aqueles cinco nem sequer haviam esperado a explicação de Yagi sobre tudo que havia acontecido. ㅡ Que cara doido! ㅡ ele retrucou por fim, também saindo dali.

(...)

As provas começavam a torrar cada um dos poucos neuroninhos dos jovens roqueiros.

Na sala do segundo ano, Hanta Sero se esforçava para descobrir quem era Newton e por que diabos haviam tantas questões sobre seus binômios malditos. No terceiro ano, Denki e Shouto faziam a prova juntos. Os dois não eram lá muito inteligentes, quer dizer, os malandrinhos nem sequer haviam folheados os livro da escola uma única vez, mas seus olhinhos furiosos nas mesas ao lado talvez o salvassem daquelas questões cabulosas.

Do outro lado do corredor ㅡ onde Katsuki, Kirishima e o trombonista estudavam juntosㅡ era aplicada uma prova de química. 

O ruivinho havia tirado um tempo na baderna da noite anterior para estudar, seus neuroninhos repetiam incessantemente as funções orgânicas, o mantendo disperso. E enquanto Kirishima se esforçava,  o loiro bem ao lado perdia o tempo analisando o rosto confuso do amigo.

Bakugou não ligava para qual nomenclatura a cetona deveria receber, nem quais elementos formavam sua função, os neurônios explosivos do baterista ainda estavam putos com toda a confusão do show de talentos.

E, foi justamente por estar focado nisso, que o loiro acabou ouvindo o que menos precisava.

ㅡ Esses caras são problemáticos ㅡum garoto a algumas cadeiras de si falou 

ㅡ Eles são apenas drogados loucos ㅡ outro rapaz continuou rindo junto do amigo.

ㅡ Ouvi falar que a mãe do Katsukㅡ

Antes que o menino tivesse tempo de dizer algo mais ele foi impedido pelos punhos do baterista.

Bakugou não hesitou em lançar sua carteira para longe, começando a esmurrar cara do garoto enquanto seu professor gritava ao fundo; exigindo para que ele parasse.

(...)

ㅡ Você não tinha nada que o defender! ㅡ Katsuki exclamou para Kirishima que apenas o ignorava, continuando a subir os degraus da escola ㅡ Hunf, é mesmo patético.

ㅡ Qual foi Katsuki? ㅡ o ruivo parou de caminhar, virando-se agora para o loiro raivoso logo atrás de si ㅡ Você age como um idiota na frente dos nossos professores e eu quem estou errado? Vá se lascar! ㅡEijirou bufou irritado, apertando os passos para chegar à sala do diretor.

Depois de Katsuki atacar o colega de sala, Kirishima acabou tentando apaziguar aquela briga; ele não queria que o loiro se envolvesse em mais um problema, ainda mais no primeiro dia de provas.

O vocalista até tentou segurar o enfezado, no entanto, um dos rapazes que o provocava acabou acertando um soco em Kirishima, que não tardou em devolver; resultando na ida deles até a diretoria.

ㅡ Ao menos fale foder ㅡo loiro retrucou, encarando o colega.

ㅡ Hã? ㅡ Eijirou o olhou, sem entende-lo.

ㅡ Ao menos mande eu me foder. Porra Kirishima, por que você é tão certinho assim?

ㅡ Talvez seja porque eu recebi uma boa educação – respondeu irritado.

ㅡ Ei, cê tá querendo dizer que minha família não me educou direito? ㅡ o loiro indagou.

ㅡ Você quem está dizendo isso. Vamos, entra aí logo ㅡ Kirishima abriu a porta para que o amigo entrasse na sala do diretor.

Yagi suspirou assim que viu as ferinhas adentrando ali, ele ainda estava constrangido pelo seu erro no festival, além de já não aguentar mais ver os adolescentes em sua sala quase todos os dias.  

ㅡ Sentem-se, meninos ㅡ o loiro falou, observando os dois.

Toshinori já havia tentado todos os meios possíveis para melhorar o comportamento de Bakugou, no entanto nada parecia funcionar. O homem tinha consciência da família conturbada do baterista, ele queria ajuda-lo, mas Katsuki não parecia querer ajuda.

ㅡ Quem bateu em quem? ㅡ questionou.

ㅡ Eu bati neles ㅡ Kirishima falou, despertando um olhar curioso do loiro.

ㅡ Você Kirishima? ㅡ questionou ㅡ Não é do seu feitio sair por aí brigando com os colegas. Quer mesmo que eu acredite que foi você quem começou isso? ㅡ ele por fim terminou, vendo o ruivinho o fitar assustado.

ㅡ Senh..ㅡ

ㅡ Fui eu quem soquei aquele filho da puta ㅡ Bakugou o interrompeu, falando ali a verdade.

Yagi apenas fechou os olhos, respirando fundo...

 

Foram ao todo trinta minutos de um discurso do homem sobre como o ambiente escolar deveria ser comportado, sem intrigas e discussões. E, enquanto Kirishima prestava atenção no diretor ㅡ se desculpando por tudoㅡ, Bakugou apenas observava o relógio um tanto brega que decorava a sala.

Ele estava puto, seus nervos ferviam. Precisava relaxar, tinha que relaxar.

Em um ato impaciente, o baterista acabou por levantar da cadeira onde estava, pronto para sair dali e extravasar todo o ódio que sentia.

ㅡ Senhor Bakugou! ㅡ o diretor o observou por debaixo dos óculos, aquele garoto não estava prestando atenção em nada que ele dizia.

ㅡ Fala, velhote ㅡ Katsuki respondeu, já em pé.

ㅡ Se continuar a agir assim terei que tomar medidas drásticas. Eu entendo seu lado Katsuki, também fui rebelde na adolescência, mas essas atitudes só vão cada vez mais destruí-lo. Você não é um mau garoto, você... ㅡ o loiro apenas saiu dali antes de escutar o que o homem tinha a dizer.

Ele já havia ouvido demais.

ㅡEi, Katsuki ㅡ Kirishima o chamou depois de se desculpar com o diretor ㅡComo você o deixou falando sozinho?!

ㅡMe deixe em paz! ㅡ Bakugou sacou um maço de cigarro do bolso, acendendo um deles logo em seguida.

ㅡ Vai fumar aqui?

ㅡ Não, estou apenas com isso na boca porque gosto ㅡ o loiro revirou os olhos, ironizando a fala do garoto comportado ao seu lado.

ㅡ O que eles falaram de você? ㅡ Kirishima perguntou mesmo que já soubesse que não obteria uma resposta.

Katsuki odiava falar sobre sua vida, sobre seus familiares. Em todos os anos que o conhecia, o ruivo não sabia nem sequer o nome de seus pais, ele não sabia nem mesmo onde o loiro morava.

Bakugou era como um cofre sem chave e Eijirou sabia bem disso.

ㅡ Uh. Pra mim já deu Kirishima, estou saindo! ㅡ ele acenou para o amigo, se afastando.

ㅡ Espere! ㅡ Eijirou começou a segui-lo. ㅡ Temos mais um teste hoje, você não pode simplesmente ir embora ㅡ o ruivo falou antes de sentir o cheiro forte de tabaco do outro.

Kirishima odiava cigarros, odiava que seu amigo agisse assim.

Bakugou tragou mais uma vez,  dispersando a fumaça no rosto do amigo que tossiu com o ato.

ㅡ Não é como se você fosse minha esposa. Apenas me deixe em paz, hm? ㅡ o loiro se afastou do ruivo, pronto para arrumar um jeitinho de fugir dali.

(...)

O vocalista acabou fazendo a segunda prova sozinho.

Kirishima mal havia conseguido se concentrar nos problemas matemáticos, ele estava preocupado com Katsuki, preocupado com aquela raiva toda.

O ruivo levou algumas horas até finalmente terminar o teste e, ao sair da sala, encontrou logo com o grupinho de amigos; que fofocavam sobre as questões da prova e sobre a visita dos dois a diretoria.

ㅡ Cadê o Suki? ㅡDenki questionou, curioso ㅡQue que ele fez dessa vez?

ㅡ Ele foi embora ㅡ Kirishima respondeu desanimado.

Denki notou a face cabisbaixa do ruivinho, com certeza ele o baterista haviam brigado. Bakugou era uma pessoa difícil, o loiro tinha uma vida difícil e, os amigos entendiam isso.

Kaminari acabou puxando algum assunto bobo com o ruivo, tentando distrai-lo. Não demorou muito para que Sero o acompanhasse, ainda indignado com o tal Newton e suas formulas malucas. 

Como esperado, o ruivinho acabou rindo da burrice ingenua do mais novo dos roqueiros, deixando um pouco de lado toda a preocupação com o loiro enfezado. Os cinco perderam bons minutos de conversas aleatorias e fofocas sobre os colegas, isso até eles serem interrompidos pelo coordenador da escola, acompanhado de um certo esverdeado.

ㅡ Shouto Todoroki. Toshinori quer vê-lo ㅡ o homem disse, seguido de um singelo sorriso do trombonista.

Os quatro logo os encararam, que merda aquele garoto poderia querer agora?


Notas Finais


oq será que o deku quer agora? UAHUSHUS

ah tenho que confessar que fiquei bem feliz com todos os favoritos e comentários que a fanfic recebeu até aqui, muito obrigada novamente! me avisem se tiverem erros perdidos pelo capítulo e me digam oq tão achando da fanfic XD

inté!


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