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História Entre-Laços - Ai meu corrassaum


Escrita por: senhoritolinx

Notas do Autor


E aqui estou eu mais uma vez, não deixando vocês esquecerem desse casalzão que a gente ama! Hoje teremos Stelfs e Castiel pro cêis em uma das cenas mais emocionantes que você lerá na coletânea desse casal (ou não [de novo]!).

Bem, sem mais delongas, boa leitura :}

Capítulo 3 - Ai meu corrassaum


 

Contexto da one: Provavelmente uns 6 meses depois da formatura das meninas. Castiel está pra se formar e Stelfs passou no Mestrado em Los Angeles. Na cena em questão, ela teria ido visitá-lo rapidinho, mas voltaria pro Brasil pra buscar suas coisas e se mudar “definitivamente” pra Califórnia. Ela ainda não começou os estudos e eles teriam aqui uns 4 anos de namoro.

Nessa one, vale esclarecer uma coisa: descobrimos que nas Universidades americanas não existe esse negócio de TCC. Parece que a pessoa faz uma prova relativa ao conteúdo do curso todo e é avaliado por ela. Pronto, podemos fechar esse parênteses xD

Boa leitura :3

~~~

 

Eu destranquei a porta da quitinete de Castiel e bati nela, enfiando metade do rosto e vendo a cozinha vazia. 

— Cass? — perguntei, colocando meu corpo com as inúmeras sacolas pra dentro do lugar.

Um latido fininho e estridente invadiu o ambiente e em segundos uma bolinha peluda apareceu na minha frente, balançando o rabinho com ansiedade.

— Ei, buniteza! — falei com ele, caminhando até a bancada. — Cadê seu dono, hein, Dragon? — Continuei conversando com aquele projeto de cachorro, deixando as sacolas na bancada.

O filhote latiu animado e inquieto, dando voltinhas pela cozinha e balançando o rabo. Comecei a rir e o peguei no colo, começando a brincar com ele.

— Você é muito fofo! — eu falava com uma vozinha besta, tentando evitar que ele lambesse minha cara.

— Já tá enviadando meu cachorro de novo? — Castiel apareceu na cozinha vestindo sua blusa.

Eu coloquei Dragon no chão.

— Ele é um filhote, Cass, precisa de amor. — Tentei me justificar, vendo o cachorrinho correr até os pés dele.

— Ele precisa ser adestrado, isso sim. — Fez um carinho nele com o pé. — Que é isso, aqui? — perguntou, fuçando nas minhas sacolas.

Eu abri um sorriso.

— Comida. — Abri as sacolas e fui tirando as coisas delas. — Vim jantar aqui hoje porque você tá comendo muito mal agora que tá na reta final do seu curso — respondi e Castiel deu a volta na bancada.

— E é você que vai cozinhar? — rebateu sarcástico, com o seu sorriso meia boca, me juntando pela nuca.

— A intenção é essa. — Ri engraçada.

— Cuidado pra não pôr fogo no meu apê — debochou e me trouxe ainda mais pra ele.

— HaHa. — Fiz irônica e venci nossa distância, beijando ele.

Castiel me atou pela cintura e nuca, se aproximando de mim ainda mais, enquanto nos entregávamos àquele beijo. O rodeei pela cintura, trazendo ele comigo e me escorando na bancada. E continuamos naquele beijo emocionante a ponto de nos esquecermos de quando parar. 

Então um latido cortou o ar e senti patinhas tocar meus tornozelos. Abri um riso divertido, interrompendo Castiel e quebrando o beijo. A gente se separou entre risos e olhamos pra Dragon na mesma hora. Ele parou de pular em nossas pernas e nos encarou, tombando a cabeça pro lado. 

— Oun. — Eu fiz, me derretendo e Castiel fechou a cara.

— Você tá muito impertinente, menino — falou com Dragon, fazendo ele latir em resposta.

Eu comecei a rir.

— Acho que ele tá nem aí pra você — comentei, olhando pro cão feliz e Castiel suspirou, me fazendo rir ainda mais, olhar pra ele e lhe dar um selinho.

Passei minhas mãos por seus cabelos, levando-os pra trás da orelha e fitei seus olhos. Ele sorriu de lado e tomou meus lábios mais uma vez. Logo me soltou, deixando um sorriso besta pra trás. Castiel também riu.

— Eu vou tomar um banho — me avisou, soltando minha cintura e deu a volta na bancada, passando por Dragon. — Anda, garoto, vem — chamou, fazendo o cãozinho acompanhá-lo.

Eu vi os dois sumirem pela porta com o mesmo sorriso na boca. 

Tirei meu celular do bolso e abri meu Deezer, selecionando o último álbum do Bon Jovi que eu tinha adicionado no meu aplicativo. Escutei a entrada de Livin’ On A Prayer e já abri meu sorrisinho. Tirei uma garrafinha de Coca da sacola, abrindo ela de imediato e bebendo dela.

Comecei a balançar a cabeça no ritmo da música, enquanto escutava aquele maravilhoso cantar. Levei os ingredientes até a pia, aproveitando pra lavar minhas mãos também. Vasculhei os armários, tirando a tábua, uma panela redonda e um frigideira. Me balancei, sentindo a animação daquela música me contagiar e fui descascar o alho.

Comecei a picá-lo, jogando na panela junto com um pouco de sal e óleo. Acendi o fogo e pus a panela lá. Mexi um pouco e pus o arroz, colocando a água logo depois e tampando. Bom Jovi deu aquela paradinha junto com a bateria e não me aguentei, começando a cantar o refrão com ele:

— Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, — Dei um gritão, dançando na cozinha e usando a colher de pau como microfone. — We're half way there. — Dei uma parada dramática, tirando os bifes de dentro da sacola. — Oh, oh! Living on a prayer! — Deixei eles na pia. — Take my hand, we’ll make it, I swear. — Continuei cantando com emoção. — Oh, oh! — Tirei um prato do armário. — Living on a prayer!

— Mas que desastre é esse?! — Castiel apareceu bem na hora.

— Ah, meu Deus! — gritei mais uma vez, levando a mão no coração e me encurvando. — Que susto, Castiel! — falei, agora mais calma, respirando fundo. — Vai matar sua vó do coração. — Eu o acompanhei contornar a bancada e vir na minha direção.

Ele deu sua gargalhada de sempre.

— Quer dizer que a mocinha escuta Bom Jovi? — perguntou, encarando meu celular na bancada.

— Escuto, sim — respondi, desamarrando a sacola com a carne. — Por quê? — Olhei pra Castiel, que continuava parado me observando.

— Só achei que uma princesa como você não escutava esse tipo de coisa. —comentou debochado com aquele sorriso.

Soltei um suspiro pesado, revirando os olhos.

— Princesa — repeti com voz de: “Ai, que coisa” e ele gargalhou. — Toma, segura essa! — Lancei uma garrafa de Coca de repente pra ele, que pegou no ar. — Vamos beber. — Pisquei pra ele.

Castiel deu uma risadona.

— Coca-Cola?

Dei de ombros.

— Ué.

Ele a abriu, fazendo aquele barulho tão característico e começou a bebê-la. O vi se aproximar de mim e me empurrar com o quadril.

— Dá licença aí. — Deixou a garrafa na bancada em cima da pia. Eu olhei pra ele sem entender nada. — Anda, garota, deixa eu mexer com isso. — Ele insistiu e eu soltei os bifes, lavando minhas mãos, enquanto Castiel “assumia” a situação.

Enxuguei as mãos no pano de prato e o lancei no ombro dele, implicando com Castiel. Ele virou o rosto, me olhando e o olhei de volta, sorrindo atrás da garrafa de Coca. Virei a garrafa, tirando ela da boca e a coloquei na bancada, enquanto percebia que agora tocava Bed of Roses. Olhei de novo o arroz e aproveitei pra colocar a segunda água, olhando Castiel temperar a carne. Abri outro sorriso, roubando a atenção dele com um beijinho no canto da boca. Ele se virou e me beijou na boca direito.

Tirei meus lábios dos de Castiel com um sorriso idiota na boca e o gosto da Coca-Cola nela. Peguei a sacola com os tomates e a trouxe pra bancada, junto com a tábua e uma faca. Escutei Dragon rosnar lá de dentro, junto com um barulho de pelúcia sendo agitada. À medida em que ia cortando aqueles tomates, escutava o som dramático do baixo e a bateria tocando lentamente, sendo quebrados pela guitarra, dando entrada no refrão extremamente sofrido da música.

— I wanna lay you down in a bed of roses — Castiel sussurrou aquele verso distraidamente e o olhei. — For tonight  I sleep on  a bed of nails. — Forçou a voz e colocou a frigideira no fogão, untando ela com óleo. — I wanna be just a close as the Holy Ghost is. — Cantava automaticamente, enquanto ia colocando os bifes e os fritando. 

Eu parei de cortar os tomates e fiquei olhando aquelas costas largas e altas vestida numa camisa de malha vermelha. Ela se movia de um lado a outro da pia, alternada entre os sons da carne sendo frita e a voz rouca de Castiel. 

— And I wanna lay you down on a bed of roses. — Encerrou aquele refrão tampando a panela. Pegou sua garrafa da prateleira e se voltou pra mim, me encontrando olhando pra ele.

— Que cara de cachorro abandonado é essa? — perguntou, levando a garrafa na boca e virando, sem tirar os olhos de mim. 

— Nada. — Desconversei e voltei a encarar os tomates, terminando de cortá-los. — É só  você que  fica muito gato cantando. — Completei minha frase, não tirando os olhos dos meus tomates.

Me surpreendeu com um abraço pelas costas, apertando minha cintura com seus braços. Tive um sobressalto rápido, respirando fundo logo depois, quando me senti sendo rodeada por ele.

— É mesmo? — provocou, nos juntando naquele abraço. — Que interessante saber disso. — Terminou aquela provocação arrastando meus cabelos com a mão e beijando minha nuca.

Me encolhi, sentindo cosquinha com aquele movimento e inclinei minha cabeça, estremecendo, enquanto Castiel tirava seu rosto dali, me encarando estranho.

— Ai, que agonia — comentei, fechando os olhos, ainda me remexendo e largando os tomates por ali.

— O que é? — Ele me soltou, e se pôs ao meu lado, ainda me olhando estranho.

— Eu tenho cócegas na nuca — admiti engraçada, indo até a pia e tirando o suco dos tomates das mãos.

Castiel deu uma gargalhada incrível.

— Como é que é? – rebateu no mesmo instante com seu rosto sarcástico e irônico.

Eu balancei as mãos, tirando o pano do ombro dele, fazendo Castiel acompanhar meus movimentos com os olhos. 

— Ué, — Dei de ombros, enxugando as mãos. — Eu tenho cócegas na nuca, que que tem? — falei, ainda engraçada, jogando o pano de volta nele, enquanto olhava o arroz.

— Lugar esquisito pra se ter cócegas — disse normalmente e bebeu mais uma vez da Coca.

— Ah, é, senhor “tenho cócegas na barriga”? — alfinetei, tentando cutucar a barriga dele e ele desviando dos meus golpes.

Então, Castiel me segurou pelo pulso.

— Êi! — reclamei. — Que assédio é esse? — Vi ele me olhar com seu sorriso meia boca.

— Vou te mostrar quem é que sente cócegas aqui, mocinha.

E me puxou de repente, me tirando de perto do fogão e me atando a ele em instantes. Subiu meus cabelos de uma vez, jogando eles na minha cara.

— Para, Castiel! — Eu comecei a me debater nos braços dele, tentando me soltar. — A comida vai queimar, seu doido!

Senti seus lábios na minha nuca e foi inevitável. Comecei a rir, me debatendo ainda mais, enquanto tentava inultimente sair daquela situação.

— Pa – ra, Cas – tiel! — Meus gritos eram entrecortados pelo acesso de risadas, enquanto ele continuava a brincar com a minha nuca, rindo de vez em quando do meu desespero. — É sé – rio! Pa – ra!

Então meus gritos se misturaram aos latidos de Dragon, que veio nervoso do quarto. O filhotinho correu até onde estávamos, vendo Castiel atracado a mim e eu me debatendo mais que peixe fora d’água e correu na nossa direção, latindo há alguns centímetros de distância.

E foi aí que eu ri mais.

— Dra – gon! Me sal – va! — Eu brinquei e Castiel soltou minha nuca.

Os beijos cessaram, mas as risadas não. Ainda mais a de Castiel, que começou logo em seguida. Dragon terminou de vir em nossa direção quando a gritaria parou e farejou meus pés pra ver se eu tava bem. Castiel ainda me mantinha em seus braços e eu, sem fôlego, após rir sem cessar e até a barrida doer, respirei, ainda rindo. Ele me largou e eu cambaleei pela cozinha, me escorando na bancada.

— Seu ridículo! — Dei um tapa no braço dele, que ainda ria da minha situação deplorável. — Idiota — zinguei de novo, me recuperando e ele me roubou um beijo rápido, indo até o fogão e olhando as panelas.

Dragon ficou me encarando sem entender muito bem o que havia acontecido e eu ri pro cão.

— Não é, Dragon? Ele não é um idiota? — dalei engraçada e ele abanou o rabo.

Deu mais alguns latidinhos e saiu correndo loucamente pela cozinha, passando pela porta, me fazendo rir. Escutei Castiel desligar o arroz. O mirei, percebendo que agora mexia nos bifes, virando eles na panela e fui até ele, segurando na sua camisa com carinho. Ele parou o garfo no meio do processo e me encarou meio confuso. Sorri pra ele.

— Deixa eu brincar aqui agora, deixa? — disse engraçadinha, começando a tirar o garfo da mão dele, quando ele me deteve. — É sério, Cass. Você deve tá arrebentado de tanto estudar...

Eu falei, olhando pra ele com insistência e Castiel suspirou, me entregando o garfo.  

— Vai descansar que eu termino esse jantar. — Acariciei a cintura dele por sobre a blusa e dei um beijinho nele, ficando na ponta dos pés.

E começou a tocar Always.

Ele não deixou aquele momento barato e me deu um beijão mesmo, me fazendo perder até o rumo daquele jantar. Desliguei o fogo da frigideira, enquanto ainda era beijada por Castiel e deixei o garfo em cima da pia, entrelaçando seu pescoço com meus braços, enquanto ele me erguia um pouco do chão em um abraço, soltando um riso dos meus lábios. Ele começou a caminhar comigo pela cozinha e eu pisei em seus pés com delicadeza, deixando que meu corpo fosse levado por ele. Fomos parar na geladeira, quando senti minhas costas encostar nela e ali ele me deixou, ainda me beijando. Eu não sei como, mas eu sorria ao mesmo tempo em que o beijava e escutava Always tocar como fundo musical desse momento.

Castiel me soltou, mas ainda sentia a respiração dele perto da minha. Eu continuei agarrada no pescoço dele e também continuamos ali, juntos. Dei um suspiro grande e demorado, com os olhos ainda fechados. E escutei a voz de Castiel bem pertinho de mim:

— And I will love you, baby, always. — Abri um sorriso na mesma hora, apesar de continuar de olhos fecados. — I’ll be there forever and a day always. — Cantei junto com ele, sentindo os feels que aquele momento passava. — I’ll be there till the stars don’t shine. — Eu tentei cantar essa parte mais rápida com ele e me embolei, soltando uma risada no meio do processo e fazendo Castiel rir também.

Abri os olhos, encontrando os dele sobre mim. 

— I’ll love you always... — Ele retomou a última linha do refrão, enquanto ainda mantínhamos aquele contato visual.

Tirou as mãos da minha cintura, apoiando-as na geladeira sem parar de me olhar. Engoli em seco, envergonhada com aquele contato incisivo. Castiel aproximou seu rosto do meu e tomou meus lábios devagar, tocando eles em um pequeno beijo e soltando-os de novo, tudo isso ainda olhando pra mim, que nem sabia como me sentir diante disso. Ele ficou ali, brincando com meus lábios dessa forma durante alguns segundos, até que eu, aflita com essas insinuações dele, me adiantei, beijando ele de verdade e Castiel riu entre meus lábios da minha impaciência.

Paramos com aquele beijo uns minutos depois e eu sorri mais uma vez, abrindo os olhos. Ele também sorriu do seu jeito de mau moço. E eu ri ainda mais, abaixando a cabeça e envergonhada. Ele tirou as mãos da geladeira e tomou meu pescoço em um abraço. O agarrei pela cintura, suspirando forte. Castiel me acolheu por alguns instantes, até que ele venceu o silêncio:

— Tá conseguindo andar já? — Eu o olhei, estreitando os olhos e ele gargalhou.

— Palhaço. — Sai de seus braços, empurrando ele com uma fingida força. — Sai fora, vai — disse engraçada e foi aí mesmo que ele riu. — Deixa eu terminar esse jantar, senão ninguém vai comer hoje. — E ele sorriu, abrindo espaço pra mim.

— Depois dessa eu deixo — brincou comigo e eu virei o rosto, fazendo uma careta pra ele.

Acendi o fogão de novo, colocando os bifes pra fritar mais uma vez e fui procurar um tabuleiro nos armários. Então, escutei um barulho extravagante e olhei pra trás, encontrando Castiel sentado em cima da bancada, bebendo sua Coca. Sorri e voltei pro meus afazeres.

— Como estão os estudos pra sua Prova Final? — perguntei, colocando os tomates em uma panela pra fazer um molho.

— Um saco — ele me respondeu de maneira quase monossilábica.

— Mas você tá tentando descansar? — Revirei os bifes mais uma vez na panela e depois pus água nos tomates com alguns temperos.

— Hum Hum. — Escutei seu murmúrio junto com o refrigerante sendo bebido.

— Bem, levando em conta de que é a matéria da faculdade TODA, deve ser puxado — falei, empenhada na minha tarefa de terminar aquela receita ainda hoje.

Escutei um suspiro de Castiel.

— É, sim. Mas também não é nada que a gente já não esteja acostumado — comentou meio indiferente, mas percebi que ele parecia preocupado.

— Tente equilibrar as coisas e não ficar só estudando, senão você vai pirar — aconselhei.

— Tá, mãe — ele soltou debochado e eu o olhei, fazendo uma cara engraçada, enquanto ele ria de mim.

— Falando nisso, comprei um negócio pra você. — Voltei sorridente a mexer o molho e desliguei os bifes.

— Ah, é? O quê?

— Abre a sacola aí. — Indiquei e escutei o barulho de plástico sendo mexido.

— Trident? — ele rebateu assim que tirou a embalagem dali de dentro.

Olhei pra ele de novo, vendo Castiel segurando a caixinha de chicletes e me encarando confuso.

— Eu sei que você consegue se concentrar melhor quando masca chicletes, então, resolvi dar uma ajudinha. — Sorri pra ele e ele devolveu um sorriso meio sem graça, colocando a caixa ao seu lado e olhando pra ela.

Eu me virei de novo, e experimentei o molho, vendo que ele já estava bom. Espalhei um pouco no tabuleiro, organizando os bifes já fritos sobre ele e despejando o restante sobre.

— E quando você vem mesmo morar em Los Angeles? — Castiel interrompeu aquele silêncio com essa pergunta.

Abri a embalagem da mussarela e coloquei camadas generosas dela sobre, salpicando orégano em cima.

— Estou só esperando o pessoal do Mestrado daqui me chamar pra poder organizar minhas coisas direitinho — respondi, ligando o forno e enfiei o tabuleiro logo lá dentro. — Por que a pergunta? — Me virei pra Castiel, me encostando na pia e cruzando os braços.

Ele apoiou as mãos na bancada.

— Vem morar aqui. — Simplesmente disse isso, apesar de seu tom ser sério e ele não ter nenhum dos traços de ironia em seu rosto.

Eu tive um sobressalto repentino, percebendo que aquilo era, tipo, muito sério. E o encarei surpresa.

— Hã... — Comecei meio incomodada com aquilo, sem saber como responder. — Castiel, você sabe que eu.... Não sou assim. — Desviei meu olhar do dele, tomando coragem pra ser sincera. — Eu sou religiosa, você sabe disso, e eu não começaria uma vida a dois com você sem me casar antes — disse, levantando o rosto pra verificar como a minha notícia tinha sido recepcionada. 

Mas ele continuava com as mesmas expressões sérias.

— Então casa comigo. — Escutei Castiel dizer aquilo e o encarei perplexa.

— QUÊ?! — É, eu gritei mesmo.

Foi então que ele abriu seu sorriso meia boca.

— Tô te pedindo pra casar comigo, ué, não é isso que você quer? — rebateu nas suas típicas frases e eu franzi as sobrancelhas.

— Não, espera. — Balancei a cabeça. — É isso mesmo, produção? — brinquei, começando a rir feito uma doida. — Você tá me pedindo em casamento, Castiel? — rebati, ainda não acreditando no que meus ouvidos estavam escutando.

— Tá louco, mulher. — Ele me lançou essa todo engraçado e pulou da bancada. — Se tá tão difícil assim, — Se aproximou se mim e me tomou pela cintura. — A mocinha quer casar comigo? — Fez a pergunta costumeira a lá Castiel, claro, e aí que eu arregalei os olhos ainda mais.

Gente, a Juliana tá desmaiada.

— Meu Deus. — Foi só o que eu soltei.

— Que foi dessa vez? — rebateu, já impaciente com a minha incredulidade.

— Nada, é só que... — Ainda estava perplexa. — Nunca imaginei você me pedindo em casamento.

Ele soltou uma gargalhada gostosa.

— É pegar ou largar. — Ainda teve a audácia de me zoar.

— É claro que eu quero, né! — falei engraçada, balançando a cabeça ainda sem acreditar naquilo. — E acha que eu vou esperar você mudar de ideia? — zuei também.

Ele recomeçou as gargalhadas, abaixando a cabeça e trazendo os cabelos vermelhos pra cara. Eu também ri daquela cena, tirando o cabelo do rosto dele e os coloquei atrás de sua orelha, despertando sua atenção e fazendo Castiel olhar pra mim também. Eu fiquei séria em segundos e ele me acompanhou. 

— Vou te dizer uma coisa que eu nunca disse pra ninguém — falei, desviando meus olhos dos seus e fiquei olhando meus movimentos em seus cabelos.

— Sou todo ouvidos — ele me respondeu, levando seus dedos pra minha nuca e acariciando ali com carinho.

Eu abri um riso tranquilo, tomando a coragem que precisava. E levantei meu olhar, concentrando nos cinzas dele. 

— Eu te amo, Castiel — me declarei, sentindo que meu coração batia mais forte com essa declaração.

Ele se afastou um pouco, impactado por aquela frase e desviou o rosto, avermelhando as bochechas de repente.

— É, eu também — disse sem graça, arrancando um sorriso de mim.

E o agarrei pela cintura, o abraçando com toda a força que eu tinha.

 


Notas Finais


AMÉM, IRMÃOS? EU OUVI UM ALELUIAAAA?! kkkkk
Parei com a palhaçada! kkk Entonces, finalmente! Depois de um século namorando, agora eles estão noivos ♥
Pra quem quiser conhecer o Bon Jovi, esse maravilhoso, só entrar aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=lDK9QqIzhwk
https://www.youtube.com/watch?v=NvR60Wg9R7Q
https://www.youtube.com/watch?v=9BMwcO6_hyA

Beijinho para vocês e até mais o/


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