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História Entre Medos e Temperos - Capítulo 13 - Fome


Escrita por: SonhosOcultos

Notas do Autor


Oieee
Gente, eu fui ver o episodio da 5 temporada sobre ingredientes afrodisíacos, e eu não tava preparada psicologicamente para ver a Paola e o Henrique falando que a comida tem que ser "sensual". Credo, que dlç. Hahahahaha.
Boa leitura!

Capítulo 13 - Capítulo 13 - Fome


Fanfic / Fanfiction Entre Medos e Temperos - Capítulo 13 - Fome

Capítulo XIII – Fome

 

Algo interessante acontece em cozinhas profissionais. Apesar do trabalho corrido e da tensão que um restaurante trás, há silêncio e comedimento na forma de agir.

Era por isso que, apesar da cozinha do Sal estar com mais ou menos 18 integrantes trabalhando, eram audíveis os gritos que saíam da dispensa.

Todos se entreolhavam, naquela comunicação por olhos em que a gente não sabe como agir. O chef que preparava os aligots até diminuiu o ritmo com que seu punho mexia a liga. A chef que cortava legumes até desacelerou e, mesmo que ninguém dissesse absolutamente nada, mas nada mesmo, todo mundo pensava algo semelhante:

Porra, a mulher tá brava.

 

Dentro da dispensa a cena parecia surreal. Não havia muito espaço, algo em torno de 8m², o que para Henrique Fogaça se assemelhava a estar preso dentro da jaula da leoa. Apesar de ter quase a mesma altura que ela, Paola parecia ter dobrado de tamanho, virando um titã enfurecido.

Ele já conhecia Paola Carosella há quantos anos...? 12? Ou mais? Havia visto a chef irritada antes. No Julia. Havia visto ela furiosa. Havia visto ela chateada. Irada.

Mas nesse nível...

Enquanto Paola o xingava de todos os nomes em espanhol, francês, inglês, italiano e português que conhecia, Fogaça parecia encolhido no outro canto, enquanto a escutava berrar de ódio.

Tudo bem, ele sabia que ela ficaria brava.

Mas isso era de outro nível...

- ... COMO QUE CÊ FAZ ISSO?! COMO?! NO SABE COMO QUERO TE MATAR, FOGAÇA! VOCÊ SABE O QUE FOI GRAVAR HOJE?! SABE?! EU FIQUEI SABENDO NA FRENTE DE TODOS! MALDITO SEA! HIJO DE PUTA!

Ele não disse nada.

Nem teria coragem, na verdade. Paola parecia tomada por uma fúria assassina. Estava vermelha, mas não o tipo quando estamos com vergonha ou excitados. Ela estava vermelha de raiva.

- NO PODIA TER FEITO ISSO! NO PODIA! CARAJO! NO VOU DEIXAR QUE SAIA! CÊ NÃO PODE SAIR!

- Paola...

- AY QUE ODIO! – ela deu um passo a frente, realmente com a intenção de lhe dar um tapa e esmurrar seu tórax, mas se conteve quando o viu arregalar os olhos – MIERDA, PUTA QUE PAREO, COMO CÊ FAZ ISSO SEM ME AVISAR?! COMO?! YO TE DICE QUE NO HICIERA!

Henrique mordia o lábio interno, concentrado em não mirá-la nos olhos, porque parecia que se fizesse isso, o engoliria. Para seu susto, recebeu uma batida no braço que o assustou.

- ME OLHA! OLHA PARA MI, CARAMBA! – ele obedeceu, ainda que seu olhar parecesse o de um cachorro abandonado, o que fez Paola respirar fundo finalmente – Como que cê faz isso, cacete? Como? Así? De repente?

Então, lembrando-se de algo curioso que havia visto enquanto estava com Jason, ela puxou seu celular do bolso e colocou no WhatsApp, exatamente numa mensagem apagada por ele.

- Era isso? Cê me enviou esa mensagem e apagou logo depois. Era isso? Por que no me ligou? Por que apagou?

- Nossa – disse, finalmente – Posso falar agora?

Ela emburrou a cara.

- Pode.

- Eu enviei a mensagem logo depois que falei com Pato. Mas você estava em lua de mel com o gringo e eu me senti um imbecil por enviar assim que mandei. Deletei segundos depois.

- Y no te pasó pela cabeça me ligar?

- Primeiro, eu não ia te ligar enquanto você tava com ele, né? Pelo amor de Deus, Paola. Segundo, para quê eu ligaria, pedir sua permissão, porra? Terceiro, você ia tentar me convencer a não sair, mas eu já estava decidido.

- Então tá tudo bem que eu tenha descoberto no meio de uma reunião, carajo?! Y SI – gritou – CÊ NO VAI SAIR!

- Já tomei a decisão.

Paola, que tinha arrefecido sua raiva por breves segundos, voltou a ficar com os olhos vidrados, sem piscar, mandíbula cerrada e o rosto vermelho, então ele se preparou para mais um grito.

Mas ela não gritou.

Descontou sua raiva numa sequencia de socos, um seguido do outro, enquanto um som grotesco de ódio saia da sua garganta. Bateu-o no tórax, nos braços, mas as palavras não saiam. Ao invés disso, saíram em forma de lágrimas.

- SEU... MALDITO... COMO... TE... ODEIO! CÊ... NO... VAI...

Quando toda sua raiva se transformou em lágrimas e tremores, mesmo que Henrique se sentisse verdadeiramente dolorido, apertou-a contra si.

A sensação de tê-la assim, tão parecido com o que sentiu na frente do seu camarim há dias atrás, não parecia ter diminuído. Pelo contrário, queria sugar dela tudo. Queria que ela não sofresse, de forma alguma.

Esperou que seus tremores cessassem, esperou que suas lágrimas banhassem sua dólmã, esperou que seus soluços parassem, esperou que, finalmente, pudesse alisar seus cabelos e sentisse a leve fragrância que ela emanava.

Só então sussurrou em seu ouvido.

- Foi a melhor decisão, cê sabe disso, porra.

Paola o afastou, ainda irritada.

- Somos dos adultos, Henrique. No é possível que essa seja a melhor decisão.

- Mas é – o desejo dele era tocar seu rosto, ajeitar aquelas mechas que estavam nos seus olhos, coloca-las atrás das orelhas. Mas se conteve – A minha saída é mais discreta, cê sabe disso.

- No quero que saia, CACETE! Cê tá surdo?! NO!

- E eu não quero que você saia.

- Nenhum dos dois!

Henrique franziu o cenho da testa.

- Tenho certeza de que isso vai passar – disse ela – Y que podemos conviver no programa sin ter que fazer uma cosa tão drástica. Fazemos isso a 7 anos, Henrique.

Ele se sentia sobrecarregado. Agora, parece que todas as atividades físicas extras que vinha fazendo cobraram do seu corpo, deixando-o derrotado.

- Desiste – disse ela num apelo desesperado – Por favor, desiste de eso. Além de uma multa absurda que cê vai te que pagar, provavelmente fechando um dos restaurantes... eu... quero você lá.

De cara amarrada, ele cruzou os braços no tórax dolorido e tentava organizar sua mente confusa. Sentiu um leve toque, suave e frio, no seu antebraço, do mesmo jeito que ela o tocava durante as gravações e queria tê-lo como seu apoio.

- E o que cê falou lá no hotel? – Paola retirou sua mão, imediatamente, assim que ouviu a pergunta – Que precisava ficar longe de mim?

- Eu...me engané.

Agora era a vez dele de ficar irritado, o que fez a argentina dar um passo para trás assim que Fogaça mudou a configuração do seu rosto.

- Olha, argentina, que bom que você teve uma lua de mel tão boa com o velho – disse com sarcasmo – E que esteja em paz por quase ter caído numa “aventura” – Henrique deu mais dois passos na direção dela, fazendo Paola finalmente perceber que estavam num cubículo, disparando seu coração e se agarrando às prateleiras de trás dela – Pode até mesmo ser que você consiga, mas eu não.

- Do que... do que tá falando, Fogaça?

Ele respirou fundo, irritadíssimo, querendo quebrar tudo que tinha ali, o que deixou Paola em alerta. Mas antes mesmo que ele dissesse algo, ela sentiu um arrepio na nuca, um calafrio na espinha, que só experimentou nos segundos antes que ele a beijou naquele saguão do hotel.

- O que eu tô falando é que agora, nesse exato instante, eu tô precisando fazer uma força absurda para não trepar contigo com todo mundo ouvindo lá fora...

- Fogaça.

- ...o que eu tô dizendo é que eu tô morrendo de vontade de pegar você e te beijar até te ouvir gemer como fez lá no hotel.

- Gemer?! Eu não...

- Sim, você gemeu – completou furioso – Sabe o que eu tô pensando exatamente agora?! É de pegar esse licor que tá atrás de você e te lamber com ele. Lamber teus peitos com ele. E te ouvir pedindo por mais.

- Fogaça, para.

Paola pode sentir, sentir toda a vibração e o esforço que ele parecia estar fazendo. E dessa vez ela corou, não de raiva, mas de excitação e desespero. Se antes era Fogaça quem se sentia enjaulado, era ela que se sentia encurralada agora.

- Eu tomei a decisão de sair não somente por você, mas por mim – disse com calma, mas entristecido – Cê acha que eu não sei que você é doida pelo gringo? Cê não acha que eu tô completamente confuso comigo mesmo?! Depois de tudo que a gente passou nesses 7 anos? Quantas vezes eu neguei para Deus sabe quantas pessoas que isso aqui – indicou os dois – Nunca aconteceu e que era viagem da cabeça dos outros?! Eu sei que somos adultos, porra, mas sou eu que não confio em mim mesmo perto de você agora. Caralho, eu preciso de um tempo para me colocar no eixo. Eu nunca tinha sentido tesão por você, nunca mesmo! E talvez seja apenas uma impressão, uma fase, sei lá, talvez isso passe daqui a um mês, mas agora, nesse exato instante, tudo o que eu penso quando tô do teu lado é que eu quero te comer, caralho!

Paola ficou estática, sem acreditar que ele verbalizou tudo, absolutamente tudo, que ela tinha medo de ouvir. Depois de tudo que ela falou, aos gritos, não tinha palavras para nada depois daquilo.

O que diria?

- Vai embora, Paola.

- No sé que dizer...

- Só vai embora.

Sentindo-se péssimo, Henrique abriu a porta da dispensa, deixando-a para trás. Ele não percebeu, mas todos seus 18 funcionários estavam se olhando e, durante os últimos 5 minutos que eles estavam ali dentro, o silêncio que vinha da dispensa intrigou a todos.

 

Quando os competidores entraram na cozinha do MasterChef, imediatamente viram que Thiago Castanho ainda estava lá. E se antes havia especulações do paradeiro de Fogaça, a repetição do chef paraense só confirmou as suspeitas que ninguém queria ter.

- Gente... – disse Carolina entristecida - ...nun tô acreditando...

- Espero que ele esteja bem – disse Igor – Dá até desânimo.

- A Paola não tá bem não, galera – cochichou Heleno – Ela sempre recebe a gente com um sorriso.

Raíssa, Manoela e Clara se olharam, ficando as três confusas.

- Sejam bem-vindos, novamente – disse Ana Paula – Como devem ter percebido, o chef Thiago vai continuar com a gente por hoje. Thiago, é um prazer enorme ter você aqui, seja muito bem vindo, de novo.

- Obrigado, Ana.

- Ah não gente... ah não – sussurrou Manoela – Ai não tô acreditando...

- O chef Fogaça continua afastado, por razões pessoais, mas a gente sabe que não pode parar, né? Então, vão para suas bancadas, por favor.

Obedecendo, cada um se posicionou na frente da sua bancada, mas era nítido e perceptível o nível geral de desagrado e tristeza estampados nos rostos.

- Qué que cês tem hoje, gen? – Jacquin os provocou – Alegria, gente! Cês ton aqui para cuizinar, non é?

- Sim, chef... – responderam sem ânimo.

- Eu acho que eles ton abatida, Ana – comentou Jacquin – Olha a cara deles.

Na verdade, não eram só os participantes que pareciam abatidos. Ana Paula só conseguia observar sua amiga cabisbaixa, mirando o chão, com o olhar perdido. Mesmo assim, Paola era profissional e poucas vezes permitia que seus problemas pessoais interferissem no seu desempenho. Ela era a responsável por explicar a prova do dia, fazendo a demonstração para os participantes de como cozinhar um mil folhas de doce de leite. Ainda que seus dedos, suas mãos, seu corpo se movessem com maestria na frente da bancada, todos ali, até mesmo Castanho, podiam perceber sua voz mais baixa, mais triste e contida.

- ...prestem atenção nas dobras da massa. Son 20 minutos de descanso entre as dobras, no pode errar.

- Sim, chef.

- Bem, boa sorte a todos.

Enquanto a prova acontecia, Paola permaneceu calada, dando apenas orientações gerais sobre o forno, temperatura e o ponto do doce de leite. No momento das degustações, manteve-se no seu papel de jurada, mas durante uma das suas falas, não entendeu porque todos a fitaram com estranheza.

- Que foi?

- Você falou Fogaça. É Thiago, Pôla.

Paola corou imediatamente, pedindo desculpas, o que fez todos os participantes ou fitarem-na com pena, ou com malícia. Enquanto Castanho analisava a mil folhas de Heleno, recuada um pouco para trás, cobriu seu rosto sem acreditar que tinha cometido aquele ato falho. Sacodiu a cabeça, tentando se concentrar, mas seu olhar cruzou com o de Clara, que a olhava como se pudesse ler seus pensamentos, e rapidamente, toda sua vergonha ressurgiu.

 

- Chef, o senhor tá sendo chamado no salão.

Roberta, a souschef de Fogaça, alertou-o durante o serviço daquela noite. Temendo algum erro grosseiro em um dos pratos – afinal, ele andava com a cabeça nas nuvens – ficou um pouco mais tranquilo quando viu que eram Ana Paula e Gustavo numa das mesas reservadas.

- Finalmente, né! Pelo amor de Deus.

- Oi, Ana – deu dois beijos nela de cumprimento e estendeu a mão para Gustavo – E aí, boa noite.

- Tava tudo divino – comentou Gustavo – Realmente, incrível.

- Valeu.

Fogaça ficou até constrangido pelo olhar de Ana Paula que parecia querer assassiná-lo. Ela se virou para seu acompanhante e pediu para ter um tempo a sós com o chef.

- Tá, vou fazer umas ligações.

Imediatamente, Fogaça sentiu sua coluna arrepiar.

- Agora, seu teimoso, senta aqui que a gente vai conversar.

- Eu tô cheio de serviço.

- Dá para esperar.

Obediente, sentou-se ao lado dela. Podia prever o que ia acontecer, como se esperasse um desastre.

- Que loucura é essa que você tá fazendo, criatura?

- Ana, eu realmente não tô afim de...

Ele parou imediatamente quando ela mostrou algo no seu celular. Os olhos de Fogaça não acreditaram na sequencia de prints que ela estava lhe mostrando.

- Vou ler algumas manchetes que saíram agora de tarde, caso não esteja sabendo, ok? – disse com ironia – Primeira: “Rumores indicam a saída de Henrique Fogaça do MasterChef”; dois “Produção da Band não confirma a saída do chef, mas inclui um substituto”...

- Eu já sabia que ia...

- Cala a boca. Você vai escutar – ele a fitou com medo – Terceiro: “Tensões entre chefes nos bastidores do programa devem ter motivado saída de Henrique Fogaça do MasterChef”; e, na minha opinião, a mais grave de todas, porque eu juro como eu não sei como isso foi publicado e foi por isso que eu vim até aqui... “Saída de Henrique Fogaça do MasterChef estaria relacionado com Paola Carosella”

- Puta que pariu.

- E fica melhor – continuou no seu tom irônico – “Apesar de alegar à produção precisar de mais tempo ao lado dos filhos e na administração dos seus restaurantes, Henrique Fogaça estaria desistindo de ser jurado do programa mais popular da Band por razões bem específicas. Duas fontes – uma do próprio programa e outra por proximidade com o chef – revelam que o verdadeiro motivo para sua saída estaria relacionado com a sua companheira jurada, Paola Carosella. As fontes, que não revelaremos os nomes, dizem que há semanas os chefes andam se aproximando e surgiram novos rumores de um possível affair entre os dois. Não é a primeira vez que os dois jurados do MasterChef têm sido abordados sobre rumores de um romance fora das telinhas...”

- Porra.

- Pois é – Ana estava irritada – Eu não faço a menor ideia de quem sejam essas fontes, mas honestamente a gente já sabe que iam fuçar até descobrir. Pato está furioso, mas o que realmente me preocupa é a Paola. Você sabe o que isso vai ser para ela.

Ele não estava acreditando.

Mesmo quando ele faz tudo certo, de alguma forma, aquela porra sempre voltava para ela. Que maldição é essa?! Ele cobriu o rosto, agoniado, sem conseguir respirar.

- Amigo, você tá bem?

- Como tudo sempre dá errado assim?! Que inferno!

Ana Paula foi pega de surpresa ao ver seu amigo, tão forte e tão agressivo, segurar suas lágrimas.

 

- Mamá?

- Si, mi amor?

Era bom que Jason não estivesse em casa naquela noite. Ela precisava de um momento em que não precisasse fingir na frente dele, porque sinceramente, não conseguiria. Estava transtornada o dia inteiro e, mesmo que se concentrasse na cozinha, não conseguia impedir que seu peito estivesse apertado.

Francesca, percebendo o quanto a mãe parecia triste, abraçou-a pela cintura. Paola a beijou na testa e sorriu, algo que sua filha sempre a conseguia arrancar.

- Qué pasó? Estás llorando?

- No pasa nada.

- Pero estás triste... no me gusta.

- No estamos felices todos los días, és normal, no?

- Pero usted está triste hace muchos días. Díme, que pasó?

Enquanto picava os legumes, Paola sentiu sua mão tremer. Francesca subiu na bancada, sentando-se ao lado da tábua com as perninhas balançando no ar. Era ainda uma garotinha, mas muito sensível e amável, além de ser o ponto fraco de Paola. Estava preparada para dispensar a pergunta, mas sua filha se inclinou sobre ela e deu um beijinho na sua bochecha.

Foi o suficiente para Paola chorar e soltar as lágrimas presas.

- Ow mi amor, eres tan preciosa.

- Sabes que te quiero mucho, mamá. Y de todas las personas del mundo, usted es la que quiero que sea más feliz. No sabes?

- Y yo a ti, cariño.

- Encontes, no llores, que eso me pelea el corazón – Francesca limpou as lágrimas da mãe, puxando seu rosto para um abraço apertado. Beijou-a na testa, agarrando seu pescoço – Estás triste con Jason? O con mi papá?

- No, no.

- Com mi tio Henrique?

Paola levou um susto. Sua filha havia notado algo?! Seu coração disparou imediatamente.

- Qué...? Como así?

- Bueno – a menina deu de ombros – És que te escuché hablando su nombre mientras dormia hoy...

Paola sentiu-se corar imediatamente.

- Yo hablé su nombre?!

- Si – vendo a mãe ficar completamente chocada e constrangida, Francesca descansou sua cabeça no ombro da mãe – A mi me gusta tio Henrique. És divertido y muy chismoso, no?

Paola sentiu seu coração afundar e precisou cobrir sua boca para que não saísse um som esganiçado de dor.

 

Quando, pela terceira vez seguida, os competidores entraram na cozinha e viram Thiago Castanho, finalmente os rumores se confirmaram.

Se antes as expressões eram de sofrimento, agora pareciam chocados, deprimidos e revoltados.

- Ai gente, não! – sofreu Carolina – Gente, eu vou fazer um protesto. Não, não...

- Puta merda, então é verdade?

- O que?

- O que disseram. Dele e da Paola.

Com o comentário sussurrado de Igor, todos fizeram uma expressão de choque.

- Olha, o Thiago que me desculpe, mas não dá. Ai gente, não dá, não dá!!!

Iniciando a gravação, Ana recitou os prêmios, então o clima ficou silencioso e parecia estampado na cara dos competidores que aquela nova configuração era definitiva. Enquanto fitavam Ana Paula falando, Raíssa e Manoela não conseguiam tirar os olhos de Paola, que parecia cada dia mais abatida.

- Então, vamos à prova de hoje? Para suas bancadas, por favor.

Cada um se posicionou.

- Hoje teremos um incrível chef que irá cozinhar para vocês. Não podem se virar, ok? Por favor, dêem as boas vindas para...


Notas Finais


Ai gente, eu acho a relação da Fran com a Paola tão fofinha! Ela e Ana Paula serão nossos cupidos ^^


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