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História Entre Medos e Temperos - Capítulo 8 - Vestiário


Escrita por: SonhosOcultos

Notas do Autor


Olá todos!

só posso dizer uma coisa: eu queria que essa 7ª temporada da história tivesse acontecendo na real, kkkkkkkkkkkkk

Capítulo 8 - Capítulo 8 - Vestiário


Fanfic / Fanfiction Entre Medos e Temperos - Capítulo 8 - Vestiário

Capítulo VIII – Vestiário

 

Apesar de ser Henrique quem tinha mais motivos para se esconder, era Paola quem havia se enfurnado dentro do camarim no dia seguinte. Ela própria se perguntou a noite inteira porque diabos havia confrontado Henrique sobre aquilo. Não poderia ter apenas ignorado o assunto?

Talvez fosse o medo que tinha de perder a boa relação que tinha com ele. Ou até para, de alguma forma, estar mais consciente dos seus movimentos. Mas porque havia passado as últimas 24h com uma sensação constante de vergonha, além de uma mente aérea e distante?

Não faz sentido.

“Bem” pensou “Pare com isso e vá trabalhar”.

Comunicada de que o vestiário que ela usava para se preparar junto com a maquiadora não estava disponível naquele momento, Paola, simples como sempre foi, não se importou de fazer seus preparativos em outro local indicado pela produção.

Dentro da sua cabine, se surpreendeu ao ouvir a voz das participantes do programa e, só então, se deu conta de que estava no vestiário das competidoras.

“Ah que ótimo... carajo”

Estava prestes a destrancar sua cabine, quando ouviu risadas.

- ...mulher! Conta logo, que a gente tá morrendo de curiosidade!

- Ei, é verdade mesmo? Tu saiu com ele ontem?

Paola ouviu um suspiro. Havia identificado as vozes como sendo as de Manoela e Raíssa. Só podia imaginar que a terceira integrante da conversa fosse Clara, o que lhe arrepiou os pelos da nuca e praguejou sem voz.

- Ai gente, assim vocês me deixam sem graça.

- Vai fala logo! A gente tá doida aqui.

Paola sentiu seu coração disparar. “Mierda, mierda, mierda...”

- Foi ótimo. Isso é tudo que eu vou dizer! Vamos, a gente tá atrasada...

- Nananinanão – disse Manoela – Você vai contar sim, que não é todo dia que a gente tem informações de primeira mão!

Os risinhos deixaram Paola impaciente.

“Qué hago?” Se ela saísse da cabine, elas saberiam que estava ouvindo. Se ficasse, ouviria coisas que não queria!

Decidiu-se por permanecer imóvel.

- Ele foi legal. A gente saiu para jantar. Depois... vocês sabem.

- A gente não quer saber de romance não, porra. Conta os podres!!! – exclamou Raíssa – A gente quer saber o tamanho do pau, qual a posição que ele mais gosta, se ele dá mais de uma vez na noite, se...

As três riram.

- Ah, então... ele é desse tamanho assim.

- UAU GAROTA CÊ TÁ EM PÉ COMO?!

Mais uma sequencia de risos sem parar, que fez Paola se encolher dentro da cabine.

- Conta mais. E aí? Como fooooi.

- Gente – Clara suspirou fundo – Ele come você como se fosse... tipo... uma puta refeição principal quando se está morrendo de fome, se é que me entendem? O cara não cansa.

- JESUS CRISTO!

As três riram até ficarem vermelhas e ofegantes.

- Todo aquele muay thai colocado em prática hein? Skate e tal... o homem tem braços e pernas, senhoras. Classe A.

- Mas, e aí, vai ver ele de novo? Vai rolar de novo?! Gente, é como se eu tivesse lendo uma fanfic bem safada bem na minha frente...

- Isso é puro suco de pornô, minha filha. Ai, como é que eu vou fazer a prova pensando nisso? – exclamou Manu se ventilando com as mãos – Se ele descascar uma mandioca na minha frente eu fico doida.

As três deram gargalhadas sem fim. Paola sentia seu rosto corar até o último fio de cabelo. Com medo de ser descoberta, aguardou pacientemente elas se arrumarem, até serem chamadas para sair.

Quando não havia mais nenhum som, finalmente teve coragem de destrancar sua cabine, respirando fundo. Indo lavar suas mãos, seu coração congelou quando, pelo reflexo, viu Clara guardando a bolsa no armário.

As duas se olharam com um susto tão grande como se estivessem vendo um fantasma.

- Hola... – disse Paola constrangida, saindo imediatamente.

“Puta que me pariu...” pensou Clara.

 

Quando o episódio começou a ser gravado, todos os 15 participantes remanescentes estavam perfilados na frente dos jurados. Pato estava prestes a dar o “gravando!” quando Clara e Paola estavam mirando o chão.

Na verdade, Paola daqui a pouco ficaria com torcicolo. Não queria olhar para sua direita, para não encarar Henrique, não queria olhar para a frente, para não encarar as três meninas.

“Ay por Dios...”

- Gravando!

Depois que Ana Paula registrou a fala batida sobre os prêmios, iniciou a explicar a prova.

- Olá, meninos e meninas. Estão vendo algo diferente no nosso cenário hoje?

- Os chefes estão de dólmã – disse Heleno.

- Isso mesmo. E atrás de vocês?

- Três bancadas... – disse Catarina com um muxoxo - ...ai meu Deus.

Ana Paula sorriu e confirmou.

- Hoje será uma prova inédita no MasterChef. Pela primeira vez vocês serão divididos em três equipes de 5, para cada um dos chefes.

- Puta que pariu, a gente vai ter que replicar prato deles – exclamou Raíssa – Puta que pariu, puta que pariu...

- Isso mesmo Raíssa. Chefes – Ana se virou para os três – Podem se posicionar nos seus lugares, por favor?

Ao assistir Paola, Henrique e Jacquin se colocarem ao mesmo tempo por trás de bancadas, todos os participantes sentiram vontade de sair correndo e chorar.

- Agora, quem foi o líder da equipe ganhadora da prova passada?

- Eu – disse Walter – Porra, vou ter que escolher pra eles, né?

- Olha como vocês já estão treinados! Vem pra cá, do meu ladinho.

Walter, já de ombros baixos, posicionou-se do lado de Ana Paula. A câmera focou o rosto dos chefes sorrindo divertidamente.

- Walter. Agora você tem uma difícil missão. Você vai ter que escolher para si mesmo, e para cada um ali na frente, com quem eles irão trabalhar para essa prova.

- Certo...

- Começando por você, é claro.

- Ok. Eu fico com o Fogaça.

- É mesmo? Por que?

- Ah, eu tenho um estilo de cozinha mais... parecido com o dele.

- Ou seja, se pela de medo de Paola e Jacquin – disse Fogaça tirando onda – Tá achando que vai ser facinho, seu Walter?

- Que isso, Chef...

- Agora escolhe dos outros, vai.

- Hum... comigo no time do Fogaça vão Igor, Heleno, Paula e Adélia.

- Cê não foi muito amigo do Igor não né? – a gargalhada foi geral e a câmera focou na expressão de Henrique fazendo sinal de “se fodeu” com as mãos.

- Porra, o Igor só se fode nesse programa bicho – exclamou baixinho Heleno.

- Ah, Ana, é um jogo né?

- Tá, vai. E no time da Paola?

- Ah... eu quero a Clara – ouviu-se um ‘wowww!!” – Manoela, Raíssa, Catarine e Matheus. E o restante com o Jacquin.

- Bem estrategista você, hein?

- Tem que ser.

Quando todos ficaram posicionados em suas respectivas ilhas ao lado dos chefes, as meninas por trás de Paola sussurraram.

- Porra, bicho... né possível.

- Eu vou matar Walter – disse Clara se virando para trás e o encarando – Filho da puta.

- É jogo, querida. Quem mandou?

Depois que Ana explicou os três pratos que seriam replicados por cada um, todos vindos dos restaurantes dos chefes, terminou explicando que apenas os dois melhores de cada grupo se livrariam da eliminação. Enquanto cozinhavam, os três chefes levaram cerca de 40min na produção.

- ...bueno, ay está. Fácil, no?

Os cinco na frente de Paola fizeram um sorriso amarelo.

- Agora é com vocês.

Retirando-se da filmagem enquanto os participantes faziam a prova, os quatro se sentaram para descansar por alguns minutos. Mas Jacquin parecia ter engolido uma rádio.

- Olha, esse Walter, é um fil de pute. Ele sacaneou, hein.

Ana e Jacquin olharam para seus amigos, que pareciam se ignorar mutuamente e em Paola, notaram até uma expressão irritada.

- Jacquin, eu me aventurei na cozinha ontem, fazendo uns doces. Vem comigo lá no camarim para você me dar uma opinião? Tô querendo preparar um jantar pro Gustavo.

Ana o encarou abertamente.

- Vamos, Jacquin? Agora.

- Ah, oui.

Sendo forçados a ficarem sozinhos nas cadeiras de descanso, Henrique arriscou olhar para Paola com o rabo do olho. Ela estava com as pernas cruzadas, braços firmemente retraídos no tórax e expressão fechada, observando a prova.

Não arriscaria dizer nada. O que ele ia dizer? Parecia que tocar no assunto era pior.

- Usted deveria ser mais discreto – disse ela, quebrando o silêncio.

- Hã...

- Eu tô falando da garotinha ali.

Ela finalmente o fitou, dando em Henrique um arrepio na espinha. O olhar de Paola era enigmático, então ele finalmente se sentia como um dos participantes quando tenta entender o que ela está pensando.

- É só curtição.

- Só estou dizendo para que tenha cuidado, mierda.

Henrique ficou confuso.

- Aconteceu alguma coisa que eu não tô sabendo? Por que você tá irritada?

- Eu no estou irritada.

- Beleza...

Foram interrompidos pelo fim da prova e a continuação das gravações.

 

Após aquele dia exaustivo, Paola só queria descansar. Dispensaria a babá para ficar sozinha com Fran, enquanto esticaria as pernas no sofá para assistirem algum desenho juntas.

Mas se surpreendeu ao ver malas na entrada.

- Darling...?

- Estou aqui! – gritou Jason, fazendo-a encontra-lo na cozinha com Fran.

- Chegou mais cedo?

- Ah, sim. Consegui antecipar o voo.

- Hola, mamá.

- Hola, mi amor.

Paola olhou aquela cena com carinho. Jason e Fran estavam preparando o jantar, com tanto amor envolvido. Sentiu saudades disso, mas se surpreendeu ao perceber que já estava se acostumando com aquela ausência.

- Viu a mala na entrada? É para você.

- Para mi?

- Yes.

Paola depositou a mala com cuidado sobre a mesa e abriu, vendo uma imensa quantidade de fracos de vidro com o que pareciam ser sementes, plantas, especiarias e temperos da Amazônia.

- Qué rico! Hermoso!

- Gostou? – disse ele enlaçando sua cintura e depositando um beijo delicado no seu ombro – Eu visitei muitas aldeias e alguns vilarejos, pensei em você em cada um deles. Tem coisa aí que eu tenho certeza de que você nunca usou.

- Ah, si...

Encantada com o presente, ela abriu um por um, cheirando e experimentado, dando-lhe um gás criativo que não tinha em meses. Carinhosa, beijou-o nos lábios.

- Gracias, adoré.

- Machucou o dedo?

- Ah... no es nada.

- Que bom. Sentiu minha falta?

- Claro.

Mas Paola desviou o olhar, constrangida consigo mesma. Ele não parecia ter percebido aquele sentimento, voltando ao lado de Fran para terminarem a janta.

 

Enquanto faziam amor, Paola sentia que seu ritmo não estava no mesmo que o dele. O virou na cama, ficando por cima, então tomando as rédeas das penetrações. Como se sentisse em chamas, ansiosa e com um leve toque de desespero, beijou-o e se segurou na cabeceira, imprimindo um ritmo mais forte e veloz. Jason nunca a tinha visto com tanto empenho assim, como se aquela urgência estivesse barrada para ser liberada só ali. Os sons gemidos que saiam da garganta dela, seus cabelos soltos, a forma como ela fechava os olhos e procurava o próprio prazer, deixavam-no surpreso. Mesmo assim, acompanhou-a, enquanto Paola parecia expulsar de si o desejo desenfreado.

Ao gozar com intensidade e liberar-se, ela caiu ao seu lado, ofegante.

- Não que eu esteja... hum... reclamando – disse ele com cansaço – Mas eu não sou mais um garoto. Isso tudo é saudade? Te deixei muito tempo sozinha, right? Sorry.

Sem falar nada, Paola se levantou, procurando o robe para vestir. Jason acompanhou-a em seus movimentos, encostando-se contra a cabeceira que ela tinha acabado de quase quebrar.

- Tá tudo bem, my love?

- Si.

Ela observou as fotos que estavam sobre a mesa. A forma como Jason se dedicava ao seu trabalho, como ele enxergava a beleza do mundo, era impressionante.

Então sentiu um abraço apertado pelas costas.

- Gostou delas?

- Muito. Son perfectas.

Jason não era um garoto. Ele havia tido muitas primaveras e muitos relacionamentos para perceber quando alguma coisa estava diferente. E Paola, sempre uma mulher muito sincera e honesta, era a que o mais tinha encantado.

- Está chateada com algo? – ela se virou de frente para ele, odiando ver no rosto do seu esposo uma expressão tão desconsolada – Isso é porque eu passei tanto tempo longe?

- No me gusta quando fica tanto tempo assim.

- Eu vim morar no Brasil por sua causa, Paola. Eu pensei que você não gostasse de ter alguém o tempo inteiro, achei que estávamos certos sobre isso.

- No és eso... você tomou a decisão de ficar lá sem nem me consultar! Eu não tive escolha, isso é que me chateia.

- É isso mesmo?

Ela o fitou.

- É claro que es eso. O que seria?

- Don’t know. Não aconteceu... nada...? Qualquer outra coisa que a esteja deixando chateada?

- No te estoy entendendo, Jason.

Ele suspirou fundo, passando as mãos nos cabelos, resolvendo que seria melhor interromper aquela conversa e tomar um banho.

 

- ...ela o que?! – exclamou Raíssa, enquanto as meninas terminavam o dia num barzinho para relaxarem depois da prova –  MEN-TI-RA!

- Tô dizendo. Ela ouviu tudo. Cada detalhe.

Manuela e Raíssa olharam para Clara, realizando a situação extremamente constrangedora. Manuela virou a dose e Raissa chupou o canudo da caipirinha.

- Porrannn – exclamou Manuela – Ela vai te perseguir até o final do programa, gata.

- Não acho que a Paola iria usar isso para prejudicar a Clara, Manu. Ela é bem coerente.

- É porque não foi você que passou o dia inteiro com ela fuzilando você só com os olhos.

- Mas, gente, a Paola é casada. Ela é feliz com o marido dela. Já viram as fotos deles juntos? Eles são fofos. Isso que a galera fica falando, é só coisa de fã mesmo. Tipo, eles já tiveram mil chances de ficar juntos, não? Eu acho que não rola nada mesmo não – indagou Raíssa – Por que, tipo, oportunidade é o que não falta. Acho que é piração.

- Gente, mas a Paola não ia ficar daquele jeito se não fosse nada.

- Ai, vocês acham? – Clara sentiu-se insegura – O Fogaça deixou claro que era só uma curtição, mas é claro que se rolasse outra vez eu ia topar, né?

- Até porque ele te comeu bem hein, garota? Tá suspirando até agora! – disse Manoela, arrancando risada das outras.

– Não, na moral, eu acho que não tem nada a vê esse negócio da Paola. E daí que ela ouviu? Ela não é nenhuma santa, pelo amor de Deus né – indagou Raíssa.

- Alou, sua doida – Manoela estalou os dedos na frente de Raíssa – A questão é justamente essa: ela não é nenhuma santa! E eu posso tá errada né, claro, mas que tem alguma coisa esquisita tem. Pode não ter rolado nada ainda, mas com certeza tem uma tensãozinha ali escondida. Não é possível gente.

- Se fodeu, Clara – riu Raíssa – Competir com a Paola Carosella! – riram – Caramba, eu não queria passar por isso não viu, puta que pariu! Se fodeu pra caralho!!!

Riram até se acabar.

Mas a risada foi interrompida quando Clara percebeu o rosto das suas amigas ficarem brancos.

- Que foi, gente?

- Oi, meninas.

Clara se virou sentindo seu corpo gelar.

Era Fogaça.


Notas Finais


Ai minha gente, a situação que acontece no vestiário foi inspirada numa situação que eu passei viu kkkk (no caso eu era a pessoa escutando sobre o boy que eu gosto, socorroooo)


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