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História Entre o Céu e o Inferno - Planos


Escrita por: Lucyrosa

Capítulo 13 - Planos


Elijah estava escolhendo alguns livros quando Freya entrou na biblioteca.

— Elijah, preciso falar com você.       

— Espero que seja sobre o treinamento de Genesis – ele disse sem se virar para a irmã.

— Sim. É sobre o treinamento e sobre ela também.

Elijah parou que estava fazendo e virou-se para Freya.

— Então diga, irmã.

— Antes de Genesis chegar aqui, eu tive um sonho. O sangue manchava as asas de um anjo, enquanto eu ouvia algumas palavras. In principio factum est, Et cum ad finem venit. O princípio veio e com ele virá o fim. Entendeu? Genesis. Início ou princípio.

Elijah aproximou-se da irmã.

— Genesis é a personificação de um anjo. Acha que era uma profecia sobre a morte dela? - ele perguntou.

— Não acredito que seja sobre a morte dela. Mas de um mal que ela carrega

— Está impressionada com as palavras daquele feiticeiro, Magnus Bane. Ela não é assim. Ela não traz o mal.

— Sim. Eu sei. Mas, Elijah, ela é muito poderosa. Tão poderosa que eu pedi que ela formasse um círculo de fogo e ela o transformou numa coluna de fogo. Quase pôs fogo na casa.

— E é por isso que você e eu a estamos treinando. Para que ela possa se controlar. – ele bateu de leve no ombro dela.

— Tem outra coisa.

— O que? – Elijah perguntou se servindo de um copo de uísque.

— Vincent Griffith presenciou tudo.

— Freya, achei que ninguém pudesse entrar nessa casa sem que fosse convidado.

— Ele é um bruxo. Não acha que ele conseguiria passar se quisesse? Mas ele veio apenas para dizer que Davina Claire quer conhecê-la.

— Fora de cogitação.

— Elijah, eles a temem. Vincent disse que os Ancestrais disseram à Davina que Genesis pode destruir Nova Orleans.

— Mas um motivo para que eles não cheguem perto dela.

— Ou para que eles pensem que queremos transformá-la numa arma contra eles, se nós recusarmos um encontro. - Klaus respondeu por Freya, entrando na sala e se intrometendo na conversa.

— E será que eles estão errados, Niklaus? - perguntou Elijah sentando-se numa poltrona e cruzando as pernas com graça.

— Ela seria uma poderosa aliada, não acham? – ele pegou o copo da mão de Elijah e tomou um gole do uísque.

— Esqueça! - Elijah bateu o punho cerrado sobre a mesa e se levantou. - Você não vai usar essa pobre moça, Niklaus! Ela é uma inocente nesse mundo violento em que vivemos.

— Elijah está certo, Niklaus. - disse Freya – A menina não tem que ser envolvida em nossas batalhas. Davina Claire está imaginando que nós vamos usá-la contra todos. Marcel ainda não sabe de seus homens, mas quando ele souber, vai pensar a mesma coisa.

— Então o que faremos? - perguntou Klaus. - Se Marcel pensar que vamos usar a Genesis como arma, ele vai nos atacar.

— Podemos apresentá-la a todos então. - propôs Elijah. - Reunir Marcel, Davina e Vincent e apresentar Genesis como filha de amigos. Eles a veriam que ela é inofensiva.

— Inofensiva... - caçoou Klaus.

— E ficariam mais tranquilos. E o mais importante, nos deixariam em paz por mais algum tempo. – Elijah continuou falando como se Klaus não existisse.

— Faça como quiser, irmão. Se eles não acreditarem em nossas palavras e no sorriso doce e inocente da sua pupila, seguiremos do meu jeito. - Klaus avisou antes de sair.

Elijah apertou os lábios para conter a sua irritação. Depois foi até a janela tentar se acalmar.

— Ele não vai usá-la, Freya. Eu não vou deixar.

— Elijah, eu esperei Niklaus sair para continuar a contar mais. – ela se aproximou do irmão junto à janela.

— O que mais há para falar, irmã?

— Quando Genesis estava expandindo sua essência, a energia que se formou ao redor dela se transformou em duas asas.

Elijah estendeu a mão a irmã.

— Mostre-me

E quando Freya tocou a mão do irmão, as mesmas imagens adentraram a mente dele. Elijah arfou quando a conexão foi interrompida e ele ficou cismando sobre o que vira.

— Acha mesmo que, se ela atingir uma elevação máxima de sua essência, ela se transformaria em um anjo de verdade e se elevaria aos céus?

— Possivelmente, ela morreria no processo. Seu corpo humano não aguentaria tanto poder.

Elijah sentiu como se uma mão invadisse seu peito e apertasse seu coração.

— Você viu a visão através de meus olhos, Elijah. Tenha cuidado, irmão. Essa menina pode causar a sua morte.

Coube a Elijah procurar Davina e Marcel para fazer o convite para conhecer Genny. Eles não tinham nada contra ele, pelo menos não abertamente, assim como ele também não tinha contra a Regente e contra o novo líder dos vampiros do Quartel.

Quando ele chegou ao Tremet, que era o lugar das bruxas, Davina já o esperava.

— Elijah Mikaelson... espero que tenha vindo me trazer notícias de sua irmã Rebekah.

— Minha irmã está bem, Davina Claire. Pede para lhe dizer que ainda está à procura de algo para trazer nosso irmão Kol de volta.

— E por quanto tempo eu ainda terei que esperar?

— O tempo que for necessário, eu acredito. Mas, minha presença aqui é por outro motivo. Devido aos boatos que circulam pela cidade, minha família achou necessária uma apresentação formal de nossa convidada. Daremos um jantar hoje, às nove horas.

— Boatos? Eu não considero a informação vinda de uma testemunha ocular um mero boato, Elijah.

— Tenho certeza que tudo será esclarecido, senhorita Claire.

— Espero mesmo, Elijah Mikaelson. Pois se eu suspeitar que vocês têm a intenção de nos atacarem...

— Isso nunca nos passou pela cabeça.

— Pode afirmar isso de seu irmão Klaus?

— Sim. Dou minha palavra que Niklaus não irá usar Genesis como arma.

Davina pareceu relaxar. Tanto Marcel quanto Vincent sempre lhe disseram que Elijah Mikaelson era um homem de palavra. E ela mesmo já teve a oportunidade de comprovar isso.

Mas os Mikaelson eram tão voláteis, que ela não colocaria a mão no fogo por nenhum deles.

— Está bem, Elijah. Lhe darei o benefício da dúvida e irei a esse jantar.

— Obrigado. – ele se virou e já ia saindo quando Davina o chamou.

— Sim?

— Mesmo que essa menina não seja uma arma, Elijah, seria bom para todos que ela fosse embora de Nova Orleans. Os sinais não são auspiciosos em relação a ela.

Elijah considerou as palavras de Davina por alguns segundos, mas logo saiu rapidamente do recinto.

Klaus entrou no bar onde Camille O’Connell trabalhava e olhou ao redor. Ele estava parcialmente vazio aquele horário. O movimento só aumentaria ao cair da noite, horário em que a cidade fervilhava de pessoas.

Camille organizava algumas garrafas quando ele se aproximou do balcão.

— O que um homem honesto deve fazer para ser servido aqui?

Camille se voltou para ele com um sorriso nos lábios. Ela era alta e esbelta. Seus cabelos loiros tinham o tom de mel e os olhos azuis. Ela estampava um sorriso maroto, enquanto pegava dois copos e derramava Bourbon neles.

— Se ele deixar uma boa gorjeta para a garçonete, ele pode se servir do bar inteiro.

Klaus pegou uma nota de cem dólares e deixou sobre o balcão.

Camille pegou um dos copos e deu a Klaus e o bateu com o outro nele, fazendo um brinde.

— O que foi? Resolveu ter mais alguma sessão de terapia comigo?

— Não... vim convidá-la para jantar. Na minha casa hoje.

Camille já conhecia Klaus o suficiente para saber que havia algo naquele convite.

— O que está havendo, Klaus?

— Digamos que a sua presença dará um toque de humanidade aos convidados.

— Vampiros?

— Não totalmente. Marcel, Davina e Vincent.

— Uma reunião?

— Um jantar, já disse. Eles precisam se convencidos de uma coisa.

— Se é sobre você estar curado de sua paranoia, sinto dizer que, como sua psiquiatra, eu ainda não lhe dei alta.

— A moça que está na minha casa. Eles acham que ela é uma arma.

— E, não é?

— Elijah me mataria se eu a usasse.

— Humm... A que horas?

— Ás nove. Traje formal, sim?  – Klaus se levantou e tomou o resto do Bourbon.

— Espera, Klaus! Eu não aceitei o seu convite.

— Cami, querida... Seri que você não resistirá a oportunidade de conhecer um anjo de perto.

— Anjo?! Klaus, espera! – mas ele já havia saído.

Camille apoiou o queixo na mão, pensativa. Um anjo? No que os Mikaelson haviam se envolvido dessa vez?


Notas Finais


No próximo capítulo:
— Senhoras e senhores, a família Mikaelson lhes apresenta a senhorita Genesis Wayland, filha de amigos nossos de Nova York.
Genny dirigiu um sorriso a todos. Parecia que seu rosto racharia tal a sua tensão.
— Sempre me ensinaram que a verdade deve ser dita e assim eu o farei. Sim, eu posso ser uma ameaça.


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