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História Entre o Céu e o Inferno - Os que vão e os que ficam


Escrita por: Lucyrosa

Notas do Autor


Nesse capítulo...

- Eu tentei de tudo, Hope. Mas é chegado ao fim do tempo de sua mãe. - respondeu Klaus.

Hope ficou triste, mas a natureza era implacável. Olhou para sua tia Freya. Era certo que o tempo passava mais lentamente para ela, mas ainda sim passava. E quando Freya já não estivesse mais entre eles, quem seria o elo de ligação entre os membros da família?

Capítulo 31 - Os que vão e os que ficam


 

Klaus Mikaelson, aquele que havia sido considerado o pior vampiro da história do mundo, se aproximou da pessoa de pé junto a uma grande janela.

- Irmão? Você está bem?

- Como sempre, Niklaus. Já deveríamos ter nos acostumado com isso.

- Talvez, há alguns séculos atrás nem daríamos importância. Mas agora...

- Nós mudamos, irmão. Rebekah ficaria feliz com isso. - constatou Elijah. - Ela foi a única que sempre sentiu algo em seu coração frio.

- E, agora estamos iguais a ela. E eu sempre disse a ela que os sentimentos a enfraqueciam.

- A mim também. Mas agora não importa mais.

Os dois permaneceram calados, perdidos em recordações e pensamentos enquanto viam os carros passarem abaixo da janela.

A porta abriu, dando passagem a uma jovem e a uma mulher loira cujos cabelos entremeavam com fios brancos.

- Papai?

Klaus voltou-se ao ouvir a voz e abriu os braços para receber a jovem.

- Hope! Minha princesa. - ele a abraçou.

Hope saiu do abraço do pai e abraçou ao tio.

- Olá tio Elijah.

- Olá, minha querida.

- Eu vim assim que pude. Como ela está? Há algo que possamos fazer?

- Eu tentei de tudo, Hope. Mas é chegado ao fim do tempo de sua mãe. - respondeu Klaus.

Hope ficou triste, mas a natureza era implacável. Olhou para sua tia Freya. Era certo que o tempo passava mais lentamente para ela, mas ainda sim passava. E quando Freya já não estivesse mais entre eles, quem seria o elo de ligação entre os membros da família?

Sua tia Rebekah havia seguido o caminho dela. Ela decidira ficar em um corpo de bruxa e assim ter a família que sempre desejara. Ela vivera em San Francisco com o marido e teve duas filhas lindas. Klaus a compelira a esquecer tudo sobre a família Mikaelson e Rebekah só existira nos corações daqueles que a amavam

Seu pai, sempre sozinho, dizia a ela que seu amor bastava para ele. Mas ao olhar alguns quadros antigos dele, vira um de uma jovem loira em um longo vestido de festa azul. Seus cabelos estavam arrumados em um coque frouxo e diamantes faiscavam em seu colo e pulso. Quando Hope perguntara a ele quem era ela, seu pai apenas lhe respondeu que era alguém que ele conhecera em Mystic Falls.

E seu tio Elijah... por muitos anos ela vira o quanto sua mãe era feliz com ele. Mas, o que seria dele agora que a vida de sua mãe acabava?

- Mãe...

Hayley, com os cabelos negros já grisalhos e o corpo enfraquecido, estava recostada contra alguns travesseiros.

- Hope! Você veio. - ela estendeu as mãos para a filha.

Hope as estreitou entre as suas mãos.

- Mas é claro! Eu posso fazer alguma coisa por você mamãe?

- Querida, só de ver o quão linda você se tornou, já é tudo para mim. Eu só desejo que você viva a sua vida. Não fique presa a nenhum juramento, como seus tios ficaram por séculos.

- Papai precisa de mim.

- E ele sempre a terá, Hope. Mas seu pai precisa entender que o tempo não correrá para você, como corre para ele. Eu digo e repito, Hope. Viva a sua vida. - Hope inclinou-se sobre o colo de Hayley e os soluços sacudiam seu corpo - Saia por aquela porta e encontre o mundo. - Hayley levantou a filha e enxugou as lagrimas de seu rosto ainda fresco de juventude. - Agora peça para seu tio Elijah vir me ver.

Hope levantou-se da cama e, inclinando-se, deu um beijo na face da mãe.

Pouco tempo depois, Elijah apareceu no quarto. Ele caminhou até a cama, pegou a mão de Hayley e a beijou, como tantas vezes fizera no passado.

- Nós já não nos despedimos? - perguntou ele.

- Sim. Tantas vezes já dissemos adeus..., mas agora será para sempre, não é?

Os olhos dele encheram-se de lágrimas diante da partida. Hayley havia significado tanto para ele. A única que havia conseguido penetrar na couraça que Elijah havia colocado em torno do coração. A única? Disse uma vozinha irônica em sua mente. Ele a ignorou.

- Você quer que seja. Tenho que aceitar a sua decisão.

- Você sempre as aceitou não foi?

- Sempre.

A emoção tomou conta de Hayley por um momento. Abrir mão de ser uma hibrida havia sido uma decisão dela. A vida imortal que lhe era oferecida perdera o sentido quando quase perdera Hope. A família Mikaelson sempre teria seus inimigos e Hope quase fora vítima deles. Naquele momento, a perspectiva de viver eternamente sem sua filha fora difícil demais para ela. Nunca se arrependera de sua decisão e sempre vivera seus dias ao lado da filha e de Elijah como se fosse o último.

Despedidas nunca eram fáceis e Elijah havia sido o amor de sua vida. Era difícil abrir mão disso, mas era preciso.

- Agora eu tenho um pedido para fazer.

Ele se aproximou mais dela ainda mantendo a esquálida mão entre as suas.

- Diga, minha querida.

Hayley virou a mão dele para cima e passou o polegar sobre a runa gravada na palma.

- Você irá procura-la, não vai? - nao era uma pergunta. Era um pedido.

- Hayley...

- Diga-me Elijah! Eu não sou mais um empecilho para vocês. Através dos anos, eu sabia que você pensava nela cada vez que via essa marca.

- Você nunca foi um empecilho. E foi Genesis que abriu mão de mim por você. Ela sabia o quanto você significava para mim. Eu esperei por você, Hayley, como ela disse que eu esperaria. Vivemos o nosso amor e o viveria por muitos anos ainda, se você assim o quisesse.

- Tudo na vida é um ciclo. O nosso começou, floresceu e agora finda. Eu desejo que você inicie novamente. Nada mais apropriado do que com uma mulher chamada Genesis. - ela tentou rir, mas a respiração ficou mais difícil e Hayley arfou. - Agora vá!

- Não quer que eu fique? Ou que chame a Hope? - Elijah perguntou.

- Não. Vivi minha vida praticamente sozinha. Não tenho medo de morrer assim. Afinal sou uma loba. - Os olhos de Hayley fulguraram um pálido brilho amarelo.

Elijah abaixou-se e tocou a fronte enrugada com os lábios. Pareceu ouvir um pequeno suspiro e fez um carinho no rosto que exibia um cândido sorriso congelado pela eternidade.

Ele saiu do quarto cabisbaixo e todos sabiam que Hayley havia partido para sempre. Klaus abraçou a filha enquanto ela chorava de mansinho. Freya abaixou a cabeça e fez uma oração por Hayley.

Elijah seguiu pelo corredor. Queria ficar sozinho. Sempre e para sempre era uma promessa vazia para ele agora.


Notas Finais


E no próximo capítulo...

O fim? Não, um recomeço.


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