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História Entre Olhares - Imagine Min Yoongi - Sorrisos e abraço


Escrita por: _Athenas_

Notas do Autor


♡ Ooi. Boa leitura!

Capítulo 7 - Sorrisos e abraço


(S/N)

- Sua casa fica nessa rua?

- Isso.

Passamos pela mesma rapidamente. Eu estava tão desesperada!

- É essa a casa! Me espere aqui.

- Certo.

Abri a porta de nossa casa de maneira desesparada e encontrei minha irmã tentando reanimar minha mãe.

- (S/N)! - ela me olhou com uma expressão chorosa.

- Calma, ela está viva! - senti seu pulso - Precisamos levá-la ao hospital.

- Mas como? Afinal, como você veio?

Respirei fundo e a olhei.

- O Yoongi...

- O que tem? - arregalou os olhos.

- Prometa não surtar, por favor.

- Ele está aqui? - sorriu largo.

- A mamãe... - apontei a mesma.

- É mesmo. 

- Não surte. Finja que não é ele.

- E eu vou fingir que é quem?

- Um cover.

- Um cover... Está bem.

Pegamos a mamãe e a levamos para dentro do carro. Os vidros do carro eram escuros e ninguém veria o Min, a menos que este saísse.

Minha irmã foi atrás com minha mãe e eu voltei para frente. Eu percebi lágrimas nos olhos de Misa e esta ficou boquiaberta.

- Podemos ir? - ele perguntou.

- Sim.

Seguimos até o hospital rapidamente. Vez por outra Yoongi olhava para Misa pelo retrovisor. Talvez estivesse preocupado com o fato dela estar tão quieta e chorando. Mal sabia ele o porquê...

Chegamos no hospital e um enfermeiro nos ajudou a levá-la para uma sala onde eles ver ficariam os sinais vitais.

- É melhor que a senhorita espere aqui fora. - ele disse.

- Certo.

Eu e minha irmã sentamos em um dos bancos do hospital. Estávamos em um corredor totalmente vazio, por isso, ela voltou a ser quem era.

- Não brinca! Eu não acredito! - ela dizia enquanto não conseguia conter as lágrimas - Como você consegue trabalhar todos os dias para ele e não ficar cega com todo o brilho desse homem?

- Não seja exagerada. - ri.

- Preciso vê-lo, por favor, (S/N). Eu quero demonstrar meu amor de fã!

- Talvez ele não queira que você toque nesse assunto.

- Fale com ele por mim, por favor!

- Tudo bem, vamos lá.

Ela ficou me esperando um pouco distante do carro e eu me aproximei do veículo. Entrei e fechei a porta, para evitar qualquer contato dele com o meio.

- E então?

- Eles estão verificando sinais e tentando reacordá-la.

- Você não pôde ficar na sala?

- Infelizmente, não.

- Aquela não é a sua irmã? - apontou pelo vidro escuro.

- Sim, ela mesma.

- E por que ela está ali?

Respirei fundo antes de continuar. Caso ele ficasse bravo, a culpada seria eu.

- O nome dela é Misa. Ela é sua fã desde quando criança e, acredite, as lágrimas dela não eram por conta de mamãe, mas sim de emoção em te ver.

Ele riu fracamente e balançou a cabeça negativamente.

- Não tenho mais fãs.

- A Misa é sua fã! Eu te garanto!

- O que ela quer? Uma foto?

- Acho que não. Acho que ela gostaria de uma confirmação sua de que está bem e que ainda ama seu público.

- Eu preciso mesmo falar isso?

- Não estou pedindo para falar, apenas dizendo que ela ficaria muito feliz em ouvir. Contudo, você não precisa fazer isso se não quiser.

Ele assentiu levemente.

- Eu direi isso quando voltarmos, está bem?

- Obrigada.

- Por nada. Eu vou voltar e ver os resultados.

- Certo.

Voltei até onde Misa estava e esta me olhou esperançosa.

- E então?

- Ele vai falar com você quando estivermos em casa.

- Mesmo? - sorriu largo - Ah, estou tão feliz! Obrigada mesmo!

- Por nada. Vamos voltar e ver o que os médicos tem a dizer.

Ela assentiu e me acompanhou.

Ao chegarmos no corredor bati na porta e ficamos esperando uma resposta.

- Entre. - disse o médico.

Encontramos nossa mãe acordada e sentada na cama, embora parecesse fraca.

- Mamãe! - Misa correu até a mesma e a abraçou fortemente.

- E então, doutor? - perguntei.

Dej um abraço rápido em minha mãe também e, em seguida, virei-me para o médico outra vez.

- Pressão baixa demais. Ela acabou ficando tonta e, logo depois, desmaiou. Aparentemente, não é nada demais. Mas se juntarmos um problema desse com os problemas cardíacos e respiratórios que ela tem as coisas ficam complicadas.

- Eu entendo. - suspirei - O que podemos fazer?

- Uma alimentação saudável, exercícios físicos e noites regulares de sono irão ajudar bastante.

- Ouviu, mamãe? - a olhei com repreensão.

- Eu faço tudo isso, filha.

Balancei a cabeça negativamente.

- Eu vou me assegurar que ela vai se cuidar mais, doutor.

- Eu espero que sim. Se possível, tenham um acompanhamento também. Isso vai ajudar bastante.

- Tudo bem. Obrigada.

- Por nada. A senhora já pode ir. - encarou minha mãe.

- Eu ajudo, mamãe. - Misa lhe estendeu a mão e ela desceu da cama.

O médico terminou a nota com o preço da consulta e me entregou. Tinha custado um pouco caro para algo tão simples.

- Obrigada.

- Não foi nada.

Misa e minha mãe saíram da sala lado a lado. Eu estava atrás ainda observando aquela nota e pensando em como pagaria por tudo aquilo.

Tinham umas economias em minha conta e as usei totalmente para pagar a consulta. Pelo menos, o dinheiro havia sido suficiente.

Deixamos o hospital e seguimos em direção ao estacionamento.

- Então ele está mesmo aqui? - mamãe perguntou. Ela ainda estava um pouco pálida e abatida, mas sabia que logo ficaria bem.

- Sim, mãe! Você precisa ver! Eu estou quase enlouquecendo.

Misa dava mil e um elogios para Yoongi. Não sei se ele gostaria ou não de ouvir isso, mas logo descobriria sobre isso.

- Yoongi... Essa é a minha mãe. O nome dela é Aera.

- É um prazer conhecê-la. - a encarou pelo retrovisor.

- Eu que o diga.

- A senhora está bem mesmo?

- Estou melhorando.

- Fico feliz.

Misa parecia se segurar para ficar quieta e essa situação estava um tanto cômica.

O pálido trocou um olhar comigo e riu.

- Então... Misa, não é?

Ela soltou um grito agudo, mas logo colocou as mãos sobre a boca.

- Desculpe.

- Tudo bem. - ele riu.

- Eu não sabia que você sabia do meu nome.

- A sua irmã me disse.

- E ela fala de mim?

- Às vezes.

As lágrimas começaram a rolar pelo rosto dela novamente, mas eu tinha certeza que eram de felicidade.

- Eu nem consigo acreditar! Você é tão incrível e eu te amo tanto! Eu realmente acho que é um sonho.

- Não é um sonho. - riu - Eu estou aqui.

Ela quase teve outro surto, mas conseguiu segurar-se.

Basicamente, a conversa girou-se em torno dos dois. Eles falaram sobre todas as músicas dele, participações especiais, documentários e tudo que tinham direito.

Diferente do que pensei, ele pareceu feliz em ouvi-la tão contente e falando sobre o trabalho dele. No fim, acredito que o mesmo estava um pouco desanimado para a música, mas não deixou de amar o público e sua carreira.

Chegamos em nossa casa pouco depois. Ele não pôde descer - por conta dos vizinhos - mas fez questão de se despedir da minha família.

- Você não vem? - Misa perguntou.

- Preciso fazer o jantar dele, mas voltarei logo. Se precisar, me ligue.

- Está bem. Até mais tarde.

- Até.

Seguimos caminho para sua casa. Não conversamos nada durante aquele momento e isso me deixou um pouco desconfortável.

Ao chegamos fui direto para a cozinha preparar o cardápio da noite. Não vi Yoongi por um bom tempo, pois o mesmo se reapareceu quando tudo já estava pronto.

- Vai jantar comigo, não é?

Mesmo sem vê-lo, pois estava de costas, sabia que era difícil recusar aquela proposta.

- Eu posso?

- Você deve.

Rimos juntos. Ao me virar pude ver um pequeno sorriso em sua face e isso me fez ganhar a noite, afinal, seus sorrisos eram raros.

Sentei-me a mesa e me servi com o jantar. Ele fez o mesmo e logo começou a comer.

- Sabia que você cozinha muito bem?

- Não é pra tanto.

- Claro que é! Eu adoro sua comida.

Sorri com o elogio.

- Obrigada.

- Não precisa agradecer. - fez uma pequena pausa - Você não me disse o que houve com sua mãe.

- Ela estava com pressão baixa e acabou desmaiando. O problema é que já tem outras doenças e, formando junção, pequenas coisas assim podem ser perigosas.

- Imagino que sim.

- Tenho medo, Yoongi. Medo de perdê-la.

De repente, o assunto tinha se tornado sério e as risadas escassas.

- Ela vai ficar bem. Se seguir os conselhos médicos tudo irá bem.

- Esse é o problema.

- Como assim?

- O acompanhamento, as rotinas, a alimentação... Tudo isso custa muito caro. Já deixei de fazer muitos exames por conta dos preços e eu sei que isso a prejudica.

Ele encarou as próprias mãos por algum tempo.

- Como vocês viviam antes de você trabalhar aqui?

- Eu tinha outro emprego, mas ganhava pouco. Não dava para tudo que a frete precisava, mas mesmo assim seguíamos a vida. Depois fiquei desempregada e quase enlouqueci, mas graças a Misa, estou aqui hoje.

- Misa? O que tem ela?

- Foi ela quem me disse da vaga e me pediu para vir aqui.

- Ah, mesmo? - sorriu de canto - Que bom que ela fez isso!

- Você acha?

- Sim. Não apenas pelo emprego, mas também porque ela te colocou em minha vida e eu não poderia ficar mais feliz.

Sorri involuntariamente com seu comentário, embora tivesse me deixado com certas dúvidas. Essas palavras eram mesmo reais? Eu realmente fazia diferença para ele?

- Acho que percebeu que ela é mesmo sua fã.

- Eu nunca tinha conversando tanto com uma. É que tinha surgido a oportunidade e tempo.

- Eu entendo. Acredito que ela nunca se esquecerá disso.

- Nem eu. Embora não vá mais cantar, isso foi marcante para mim.

- Como pode ter tanta certeza que não vai mais? Você está tomando medicação e melhorando, não é?

- Eu tentei atingir umas notas ontem e... Quase não dormi de tanta dor.

- Yoongi, você sabe que não pode fazer isso sem autorização médica.

- Eu precisava tentar.

Ficamos em silêncio por um pouco. Eu queria ajudá-lo, mas ele era teimoso demais.

- Eu sei que não posso, mas eu precisava. - disse como forma de se justificar.

- Tudo bem, eu entendo.

Terminei de jantar e lavei as louças. Após arrumar tudo ele me levou até a porta de casa.

- (S/N)...

- Sim?

- Eu quero te ajudar a pagar os tratamentos da sua mãe. Quero ajudar vocês em tudo que puder.

- Eu não quero me aproveitar de você.

- Mas eu estou me oferecendo.

Sorri em resposta e balancei a cabeça positivamente. Me joguei em seus braços e pude sentir suas mãos envolverem minha cintura.

Enterrei o rosto em seu pescoço e absorvi seu perfume amadeirado.

- Eu não sei o que dizer para agradecer. - disse ainda presa ao abraço.

- Não precisa dizer nada. Como eu disse, quero ajudar vocês.

Me afastei dele devagar e encarei seus olhos.

- Obrigada.

- Eu adorei conhecer sua família hoje. Estou feliz por ter te conhecido.

Outro sorriso involuntário surgiu em meu rosto. Afastei o cabelo para trás da orelha e o encarei novamente.

- Eu também estou adorando te conhecer.

- Mesmo que eu seja uma pessoa difícil de lidar? - riu de si mesmo.

- Mesmo com as todas as circunstâncias, você é incrível.

- Você é muito mais.

Umedeci os lábios e assenti.

- Tenha uma boa noite, Yoongi.

- Você também. Até amanhã.

- Até.

Passei a caminhar para o ponto de ônibus. Eu não conseguia esquecer do seu sorriso e das palavras proferidas por ele.

O fato dele ter sido grosso comigo nos primeiros dias havia sido totalmente anulado e tudo que eu queria era conhecer cada vez mais o Yoongi atencioso e alegre que vi.


Notas Finais


♡ Que fofos aaa


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